Colchete

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 Nota: Para o elemento arquitectónico, veja Cogulho.

O colchete ou parêntese reto é um símbolo utilizado na língua portuguesa, na matemática, na química e também na informática. Em alguns casos, os parênteses têm maior precedência do que os colchetes, noutros a precedência é igual.

Os seus símbolos são os seguintes: [ para abrir e ] fechar.

Emprego[editar | editar código-fonte]

Linguagem escrita[editar | editar código-fonte]

Os colchetes têm finalidade semelhante aos parênteses, que é a de explicar, esclarecer algo. Todavia, enquanto os parênteses são usados com a função de vírgulas intercaladas (uma explicação dentro do texto, como esta agora), os colchetes indicam um esclarecimento de alguém sobre um texto alheio, sobretudo em material de cunho jornalístico.[1][2][nota 1]

Colchetes: recurso gráfico [ ] com função semelhante à dos parênteses, mas mais abrangente. Permite introduzir breves esclarecimentos no texto, principalmente em artigos ou traduções, para deixar claro que a observação não constava da versão original.[1]

Os colchetes podem ser empregados das seguintes formas, as quais incluem também material didático, filológico e científico:

1) Em definições de dicionários, para fazer referência à etimologia da palavra:

  • Amor- (ô). [Do lat. amore.] 1. Sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma coisa: amor ao próximo; amor ao patrimônio artístico de sua terra. (Novo Dicionário Aurélio)

2) Para intercalar palavras ou símbolos não pertencentes ao texto:

  • Em Aruba se fala o espanhol, o inglês, o holandês e o papiamento. Aqui estão algumas palavras de papiamento que você certamente irá usar:
    • Bo ta bon? [Você está bem?]
    • Dios ta di Brazil. [Deus é brasileiro.]

3) Para indicar omissões intencionais de partes na transcrição de um texto, sobretudo em livros, teses e artigos científicos:

  • "É homem de sessenta anos feitos [...] corpo antes cheio que magro, ameno e risonho." (Machado de Assis)[3]

4) Para inserir comentários e observações em textos e declarações de outrem, deixando assim claro que se trata de citação de alguém de fora do texto:

  • Machado de Assis escreveu muitas cartas a Sílvio Dinarte [pseudônimo do Visconde de Taunay], de quem era muito amigo.
  • Numa entrevista, o ator revelou: "Adorei viajar no trecho entre Roxton e Paris [ele se refere aqui a Paris, Texas, e não à capital francesa], pois vimos uma pitoresca caravana de carruagens dos Amish na autoestrada, algo que nunca tinha visto antes."

5) Para acrescentar uma palavra, a fim de esclarecer a anterior:

Informática[editar | editar código-fonte]

Em diversas linguagens de programação, os colchetes são utilizados para definição de listas e arrays. Exemplo: [4, 1, 9] é um conjunto sequencial dos inteiros 4, 1 e 9.

Química[editar | editar código-fonte]

É utilizado na Química para indicar concentração.

Notas

  1. Nos casos 1 e 2, por se tratar de frase independente, tem inicial maiúscula e pontuação final. No 3, pode ser substituído por parênteses sem prejuízo. Já nos casos 4 e 5, geralmente o texto interno vem em itálico para diferenciar do texto principal, ou vice-versa, tem inicial minúscula e nenhuma pontuação final.

Referências

  1. a b Divisão de Publicação do Grupo Folha (2021). Padronização: colchetes. [S.l.]: Publifolha. 213 páginas. isbn: 978-65-89548-00-3 
  2. Eduardo Martins (2002). Manual de Redação e Estilo de O Estado de S. Paulo. [S.l.]: Moderna. 62 páginas 
  3. Da redação (2018). «Colchetes ([ ])». Só Português. Consultado em 1 de fevereiro de 2023 
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