Segundo Concílio de Braga

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Concílio de Braga (572))
Segundo Concílio de Braga
Data 572
Aceite por Catolicismo
Concílio anterior Primeiro Concílio de Braga
Convocado por Papa Paulo III ???
Presidido por Martinho de Dume
Todos os Concílios Ecuménicos Católicos
Portal do Cristianismo


O Segundo Concílio de Braga foi um concílio realizado em Braga no ano de 572 e presidido por São Martinho de Dume, com o intuito de aumentar o número de bispos na região da Galécia.

Lista dos Bispos[editar | editar código-fonte]

Dioceses do segundo concílio de Braga
    • 1 et 6. Martinus, Bracarensis metropolitane eclesie episcopus — bispo de Braga e de Dume
    • 2. Viator, Magnetensis eclesiae episcopus — Meinedo (Lousada)
    • 3. Sardinarius, Lamicensis eclesiae episcopus — Lamego
    • 4. Lucentius, Columbrigensis eclesiae episcopus — Conimbriga
    • 5. Remisol, Bisensis eclesie episcopus — Viseu
    • 7. Adorice, Getane eclesiae episcopus — Egitania (Idanha-a-Velha)
    • 8. Nitigis, Lucensis metropolitanus episcopus eclesie — Lugo
    • 9. Vitimer, Auriensis eclesiae episcopus — Orense
    • 10. Pulemius, Asturicensis eclesiae episcopus — Astorga
    • 11. Andreas, Heresis eclesiae episcopus — Iria
    • 12. Anila, Tudens eclesie episcopus — Tui
    • 13. Mayloc, Brittinorum eclesiae episcopus — Britonia[1]

Os decretos[editar | editar código-fonte]

O concílio foi assistido por doze bispos e foram promulgados dez decretos:

  • (1) Durante a visita pastoral, os bispos devam verificar de que forma os párocos celebram a missa, o baptismo e os sacramentos, agradecendo a Deus se o fizessem de forma correta e instruindo-os se encontrassem irregularidades, obrigando também todos os catecúmenos a seguir os ensinamentos durante vinte dias antes do baptismo;
  • (2) O bispo não deveria ser um tirano para os seus párocos;
  • (3-4) Não deve ser exigida qualquer taxa pelos sacramentos cristãos, o crisma é dado gratuitamente;
  • (5-6) O bispo não deve pedir uma taxa por consagrar uma igreja, que nenhuma igreja seja consagrada sem estar dotada de pároco e que não seja consagrada nenhuma igreja privada, apenas com o intuito dela tirar rendimento;
  • (8) Qualquer clérigo que acusar alguém de falta de castidade sem duas ou três testemunhas deva ser excomungado;
  • (9) O Metropolita deva anunciar a data da Páscoa, e tal deve ser anunciado ao povo depois do Natal, para que todos estivessem preparados para o início da Quaresma, quando as ladainhas seriam recitadas por três dias, no terceiro dia, o jejum quaresmal deve ser anunciado após a missa;
  • (10) Qualquer um que celebra a missa sem jejum (como muitos faziam em função de tendências priscialianitas), deve ser removido do cargo.[2]

No concílio participaram os bispos da Galécia e duma parte da Lusitânia. O concílio foi confirmado pelo papa Inocêncio III.[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Incipit synodus braccarensis secunda (Ata do segundo concílio de Braga)». benedictus.mgh.de (em latim). 2 março de 2008. Incipit-mgh. Consultado em 25 outubro 2021 
  2. a b «Catholic Encyclopedia» (em inglês). Consultado em 25 de outubro de 2021 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]


Ligações externas[editar | editar código-fonte]