Duque de Palmela

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  título nobiliárquico
  Casa de Palmela
Casa(s) Materna(s)
Casa de Bragança, Casa de Schleswig-Holstein-Sonderburg (Família Real Dinamarquesa) e
Família Sousa Holstein
Títulos associados
Condado de Sanfré (Piemonte) (Século XVIII)

Condado de Palmela (1812)

Marquesado de Palmela (1823)

Condado de Calhariz (1823)

Condado da Póvoa (1823)

Ducado do Faial (1833)

Ducado de Palmela (1833)

Marquesado do Faial (1834)

Viscondado de Lançada (1849)

Marquesado de Sousa Holstein (1855)

Marquesado de Monfalim (1861)

Marquesado de Sesimbra (1864)

Cargos e Honras
-
Fundador(es) da Casa
D. Pedro de Sousa Holstein, 1º conde, marquês e duque de Palmela e 1º duque do Faial, descendente da Casa de Bragança e da Família Real Dinamarquesa; foi primeiro-ministro de Portugal
Armas dos Duques de Palmela

O ducado de Palmela foi instituído por decreto de D. Maria II de Portugal, por intermédio de D. Pedro IV enquanto Regente do reino, de 13 de Junho de 1833 (primeiramente em vida, depois concedido de juro e herdade em 18 de Outubro de 1850) em benefício de D. Pedro de Sousa Holstein, diplomata e herói das Guerras Liberais, que fora, sucessivamente, primeiro conde (decreto de D. Maria I de 11 de Abril de 1812) e marquês de Palmela (decreto de D. João VI de 3 de Julho de 1823). Antes de ser feito duque de Palmela, D. Pedro de Sousa Holstein tinha recebido o título de duque do Faial (4 de Abril de 1833).

Os títulos de conde e marquês de Palmela foram concedidos de juro e herdade; o título de duque de Palmela foi primeiro concedido em vida (1833) e depois, em 1850, foi tornado de juro e herdade; já o título de duque do Faial foi outorgado em vida do primeiro titular, não tendo sido renovado devido a ter sido, a pedido do próprio duque, substituído pelo de duque do Palmela em 1833, ano da concessão de ambos os títulos ducais.

Pouco antes de D. Pedro receber o título de marquês de Palmela, em 2 de outubro do mesmo ano, foi criado o título de conde de Calhariz, a favor de seu primeiro filho varão, Alexandre de Sousa e Holstein, herdeiro presuntivo do marquesado de Palmela. Um ano após ter o mesmo D. Pedro recebido o ducado do Faial, foi criado, em 1 de dezembro de 1834, o marquesado do Faial a favor de seu segundo filho varão, D. Domingos de Sousa Holstein, também herdeiro presuntivo do marquesado de Palmela – e, possivelmente, do ducado do Faial, pois embora este tenha sido outorgado em vida do primeiro titular, poderia ser renovado pela Coroa nos seus herdeiros. O segundo varão de D. Pedro, D. Domingos, apenas se tornou seu herdeiro presuntivo com a morte, ainda em vida do duque, de seu primeiro filho varão, D. Alexandre, tornando-se assim o segundo conde de Calhariz.

Por tradição, os herdeiros presuntivos do ducado de Palmela usavam o título de marquês do Faial enquanto não lhes era outorgado o título ducal, em homenagem ao título de duque do Faial que foi concedido ao primeiro duque de Palmela.

Associados à casa de Palmela estão os títulos de marquês de Sousa Holstein, marquês de Sesimbra, marquês de Monfalim, conde da Póvoa, barão de Teixeira e visconde de Lançada, tendo estes sido usados por alguns dos filhos e netos dos duques de Palmela.

Condes de Palmela[editar | editar código-fonte]

Marqueses de Palmela[editar | editar código-fonte]

Duques do Faial[editar | editar código-fonte]

Duques de Palmela[editar | editar código-fonte]

Foi diplomata antes de combater no exército Anglo-Português durante a Guerra Peninsular. Pelo sua acção diplomática junto do governo Espanhol em Cádis foi feito Conde de Palmela em 1812, após o que foi nomeado embaixador em Londres tendo depois representado o governo Português no Congresso de Viena e depois regressado à capital Inglesa. Foi várias vezes Ministro dos Negócios Estrangeiros de D. João VI de Portugal. Durante a Guerra Civil Portuguesa voltou à actividade militar no exército militar, o que levou a que lhe fosse concedido o título de Duque em 1833. Até à sua morte desempenhou numerosos cargos políticos e militares.
Filho do anterior, herdou os títulos de seu pai. Foi Par do Reino e diplomata.
  • 3 D. Maria Luísa de Sousa Holstein (18411909), também 2.ª Marquesa do Faial - casou com D. António de Sampaio e Pina de Brederode, filho 2º dos Viscondes da Lançada, título que entrou na Casa Palmela.
«Duquesa de Palmela e família» em 1909, viajando no elétrico de Sintra.
Foi muito influente na sociedade do seu tempo exercendo as posições de dama da rainha D. Maria Pia, e camareira-mor da rainha D. Amélia. Fundou e presidiu à Associação das Cozinhas Económicas de Lisboa que se destinava a distribuir comida aos mais necessitados.[1]
casou com D. Luís Coutinho de Medeiros de Sousa Dias da Câmara, filho do 1º Marquês da Praia e Monforte.

Representantes dos Duques de Palmela em República[editar | editar código-fonte]

Licenciado em engenharia civil pela Universidade de Coimbra. Exerceu o cargo de director do Banco de Portugal e administrador da Fundação Calouste Gulbenkian . Durante a II Grande Guerra foi nomeado embaixador de Portugal em Londres.[2]
  • 6 D. Luís Maria da Assunção de Sousa e HolsteinBeck, (1919-1997) - casou com D. Maria Teresa de Jesus Assis Pereira Palha.
  • 7 D. Pedro Domingos de Sousa e Holstein Beck, (1951), actual representante do título.[2] - casou Com D. Isabel Astride Teixeira Guerra Dundas

Referências

  1. «CASA PALMELA». Consultado em 11 de janeiro de 2013 
  2. a b «"Casa Palmela"». Arquivo Nacional Torre do Tombo 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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