Constantino Euforbeno Catacalo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Constantino Euforbeno Catacalo
Constantino Euforbeno Catacalo
Selo de Constantino Euforbeno Catacalo
Nacionalidade Império Bizantino
Ocupação General
Religião Catolicismo

Constantino Euforbeno Catacalo (em grego: Κωνσταντῖνος Εὐφορβηνὸς Κατακαλών; romaniz.:Konstantinos Eúphorbenós Catacalón)[nt 1] foi um nobre bizantino e um dos mais proeminentes generais do reinado do imperador Aleixo I Comneno (r. 1081–1118).

Vida[editar | editar código-fonte]

Iluminura de Aleixo I Comneno (r. 1081–1118)

Um descendente das nobres famílias Catacalo e Euforbeno, Constantino é mencionado pela primeira vez nas fontes quando comandou os Chomatenos e o contingente turco do exército de Aleixo Comneno na batalha de Calávrita em 1178. Aparece novamente nas listas do Sínodo de Blaquerna em 1094, portando o título de protocuropalata. No ano seguinte, tomou parte da campanha de Aleixo I contra os cumanos. Aleixo enviou-o para atacá-los, enquanto estava cruzando o Passo de Zigos, mas os últimos, guiados pelos valáquios locais, conseguiram cruzar o passo mais rápido e capturar a cidade de Golos. Catacalo, no entanto, atacou-os e conseguiu capturar aproximados 100 prisioneiros, pelo que foi promovido a nobilíssimo.[1]

Depois, Constantino foi enviado para ajudar a cidade de Adrianópolis, que estava sendo sitiada pelos cumanos. Tentou entrar na cidade pelo sul, mas foi surpreendido pelos cumanos em marcha, e mal escapou com vida.[2] Em 1096, o imperador enviou-o para resgatar os remanescentes da Cruzada Popular que foram derrotados e quase destruídos pelos turcos seljúcidas. Os turcos se retiraram diante de seu avanço, e Catacalo conseguir resgatar os cruzados remanescentes. Em ca. 1100, foi nomeado duque (governador militar) do Chipre, e manteve o posto ao menos até 1102/1104.[3][4] Em 1108, Catacalo fez parte duma embaixada enviada por Aleixo a Boemundo, que estava sitiando a fortaleza imperial de Dirráquio. A delegação bizantina convenceu o príncipe normando a chegar em termos com o império, e acompanhou-o para o acampamento imperial em Deábolis, onde o tratado homônimo foi assinado.[5]

Constantino foi um dos oficiais mais confiáveis e estimados de Aleixo I. Como um símbolo da apreciação de Aleixo por Constantino, seu filho Nicéforo foi casado com Maria Comnena, a segunda filha do imperador. Eles tiveram muitos filhos, dos quais três são conhecidos: Aleixo, Andrônico e João.[6][3][7]

Notas

  1. O nome é também registrado nas fontes como Constantino Catacalo, Constantino Euforbeno ou Euforbeno Catacalo.[1]

Referências

  1. a b Skoulatos 1980, p. 63.
  2. Skoulatos 1980, p. 63–64.
  3. a b Kazhdan 1991, p. 1113.
  4. Skoulatos 1980, p. 64.
  5. Skoulatos 1980, p. 64–65.
  6. «NIKEFOROS Katakalon Euforbenos» (em inglês). Consultado em 14 de agosto de 2014 
  7. Skoulatos 1980, p. 65.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Kazhdan, Alexander Petrovich (1991). The Oxford Dictionary of Byzantium. Nova Iorque e Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-504652-8 
  • Skoulatos, Basile (1980). Les personnages byzantins de I'Alexiade: Analyse prosopographique et synthese. Louvain-la-Neuve: Nauwelaerts