Constantino Lárdis

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Constantino Lárdis
Morte 602
Calcedônia
Nacionalidade Império Bizantino
Ocupação Senador
Religião Catolicismo

Constantino, apelidado Lárdis[nt 1] (em grego: Κωνσταντίνος ὁ Λαρδῦς) foi um dos oficiais seniores do reinado do imperador Maurício (r. 582–602).

Biografia[editar | editar código-fonte]

Soldo de Maurício (r. 582–602)
Dinar de ouro de Cosroes II (r. 590–628)

Constantino era um dos principais membros do senado e patrício. Manteve o poderoso posto de prefeito pretoriano do Oriente por algum tempo durante a parte final do reinado de Maurício, embora cerca de 602 era curador do Palácio de Hormisda (curator domus divinae) e as extensivas propriedades imperiais ligadas a ele.[2] Seu mandato como prefeito pretoriano foi impopular devido às políticas financeiras rigorosas desenvolvidas por Maurício.[3]

Constantino teve um importante papel no tumulto que terminou com o reinado de Maurício em 602, provocado pelo motim do exército danubiano. A situação interna já tensa foi exacerbada quando Constantino incorreu à hostilidade com a influente facção verde, o que levou os verdes a protestarem no Hipódromo de Constantinopla e gerou mais tumultos contra Maurício, durante o qual Constantino foi queimado.[4][5]

No dia seguinte aos motins, 22 de novembro, Maurício, junto de sua família e associados mais próximos, fugiu da capital diante do avanço do exército rebelde sob Focas, e cruzou à Calcedônia. Numa tentativa de garantir apoio do Cosroes II (r. 590–628), Maurício enviou seu filho mais velho e coimperador Teodósio ao Oriente e enviou Lárdis para acompanhá-lo. Foram logo chamados de volta, e no retorno caíram nas mãos dos homens de Focas e foram executados na Calcedônia, poucos dias após a execução de Maurício e seus outros filhos.[6][7]

Notas

  1. O apelido está provavelmente conectado a banha de porco; foi aparentemente dado pelo povo, embora o motivo ainda seja desconhecido.[1]

Referências

  1. Martindale 1992, p. 347.
  2. Martindale 1992, p. 347-348.
  3. Whitby 1988, p. 25.
  4. Martindale 1992, p. 348.
  5. Whitby 1988, p. 25-26.
  6. Martindale 1992, p. 348; 1293–1294.
  7. Whitby 1988, p. 26.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Martindale, John R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia. ISBN 0-521-20160-8 
  • Whitby, Michael (1988). The Emperor Maurice and his Historian. Theophylact Simocatta on Persian and Balkan Warfare. Oxônia: Imprensa da Universidade de Oxônia. ISBN 0-19-822945-3