Conversão do apóstolo Paulo

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Conversão de São Paulo, do livro d'Heures d'Étienne Chevalier (c. 1450–1460), o Livro das Horas, por Jean Fouquet, agora no Castelo de Chantilly.

A conversão do apóstolo Paulo, chamada também de conversão de são Paulo, é, de acordo com o Novo Testamento, um acontecimento na vida de Paulo de Tarso que o levou a deixar de perseguir os primeiros cristãos e tornar-se um seguidor de Jesus. É normalmente datado pelos pesquisadores para 33-36 d.C.[1][2][3] 

Ananias restabelecendo a visão de São Paulo (c.1631) por Pietro da Cortona.

Descrição do Novo Testamento[editar | editar código-fonte]

No Novo Testamento, a experiência da conversão de Paulo é discutida nas próprias cartas de Paulo e nos Atos dos Apóstolos. De acordo com ambas as fontes, Paulo não era um seguidor de Jesus e não o conheceu antes da crucificação. Por conseguinte, sua conversão miraculosa ocorreu após esse evento.

A conversão de São Paulo, uma pintura de 1600 de Caravaggio.

Vida de Paulo antes da conversão[editar | editar código-fonte]

Antes de sua conversão, Paulo, então conhecido como Saulo, era um fariseu "observador da lei", que "intensamente perseguiu" os seguidores de Jesus. Alguns estudiosos afirmam que, segundo a Epístola aos Gálatas, Paulo era um zelota.

Atos dos Apóstolos[editar | editar código-fonte]

O livro Atos dos Apóstolos discute a experiência de conversão de Paulo em três pontos diferentes no texto, com mais detalhes nas cartas de Paulo. O livro dos Atos registra que Paulo estava saindo de Jerusalém a caminho de Damasco para prender os seguidores de Jesus, com a intenção de voltar a Jerusalém com prisioneiros para interrogatório e possível execução. A viagem é interrompida quando Paulo vê uma luz ofuscante, e se comunica diretamente com uma voz divina. A partir de então, ele fica cego.

O capítulo nove conta a história da conversão de Paulo como uma narrativa em terceira pessoa. O relato continua com uma descrição de Ananias de Damasco recebendo uma revelação divina instruindo-o a visitar Saulo na casa de Judas e colocar as mãos sobre ele para restaurar a vista de Paulo.[4] Ananias fica, inicialmente, relutante, depois de ter ouvido falar sobre a perseguição que Saulo movia contra os cristãos, mas, finalmente, decide obedecer ao mandamento divino. Nos Atos dos Apóstolos, a conversão de Paulo ocorre em um discurso que Paulo dá quando é preso em Jerusalém.[Atos 22:6-21][1] Paulo se dirige à multidão e diz-lhes de sua conversão, com uma descrição essencialmente igual à do capítulo nove de Atos dos Apóstolos, mas com ligeiras diferenças. Essa profissão de fé foi quase que integralmente em aramaico, pois estava claramente sob audiência judaica.[5][5]

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Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Bromiley, Geoffrey William (1979). International Standard Bible Encyclopedia: A-D (International Standard Bible Encyclopedia (W.B.Eerdmans)). [S.l.]: Wm. B. Eerdmans Publishing Company. 689 páginas. ISBN 0-8028-3781-6 
  2. Barnett, Paul (2002). Jesus, the Rise of Early Christianity: A History of New Testament Times. [S.l.]: InterVarsity Press. 21 páginas. ISBN 0-8308-2699-8 
  3. L. Niswonger, Richard (1993). New Testament History. [S.l.]: Zondervan Publishing Company. 200 páginas. ISBN 0-310-31201-9 
  4. John Phillips, Exploring Acts: An expository commentary, Kregel Academic, 2001, ISBN 0-8254-3490-4, p. 179.
  5. a b C. K. Barrett, A Critical and Exegetical Commentary on the Acts of the Apostles: Introduction and commentary on Acts XV-XXVIII, Continuum, 2004, ISBN 0-567-08395-0, pp. 1029-1031.