Copa Davis
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A Copa Davis (português brasileiro) ou Taça Davis (português europeu) é um evento internacional de tênis masculino. A maior competição por equipes no esporte, a Copa Davis é dirigida pela Federação Internacional de Tênis - ITF e é jogada entre times de diversos países, no sistema de eliminação direta (ou mata-mata). Em 2005 134 nações equipes inscritas na competição. O equivalente da Copa Davis para as mulheres é a Fed Cup.
O recordista de participações em jogos da Copa Davis é o italiano Nicola Pietrangeli. Ele disputou 163 partidas (109 simples e 54 duplas), entre 1954 e 1972. Venceu 120 no total.
História
A Copa ou Taça Davis teve sua 1ª edição no ano de 1900 e surgiu a partir de um desafio de três alunos da Universidade de Harvard, que tiveram a idéia de desafiar os britânicos, que na época eram os campeões do mundo no tênis, para uma partida no Longwood Cricket de Boston. O jogo seria marcado para o ano seguinte. A equipe dos Estados Unidos era formada por Dwight Davis (que daria nome ao torneio), Malcolm Whitman e Holcombe Ward e a equipe britânica era formada por Herbert Barret, Ernest Black e Arthur Gore. No final, a equipe estadunidense acabou sendo campeã[1].
As primeiras edições foram disputadas apenas por estadunidenses e britânicos, até que em 1904, belgas e franceses entraram na disputa. A partir daí, o número de participantes passou a aumentar, até que em 1923, a organização teve que dividir as equipes em duas zonas: americana e europeia, apesar que nem sempre a área geográfica seria respeitada[2].
Como em outras competições, a Davis deixou de ser disputada durante a 1ª Guerra Mundial (1915-1918) e 2ª Guerra Mundial (1940-1945). Além desses anos, a Davis deixou de ser disputada apenas em outras duas ocasiões, em 1901 e 1910.
Com o número de participantes aumentando a cada ano, em 1960 a direção da Davis foi obrigada a criar uma terceira Zona, já que naquela época, 39 países disputavam a competição.
A década de 1970, com o surgimento do Gran Prix, fez com que a Davis tivesse um encurtamento nas datas, o que foi feito após um dos torneios ter 16 meses, invadindo a temporada seguinte. Após muitas críticas, a Davis passou por uma grande reformulação na década de 1980, sendo criado um grupo de elite, o chamado Grupo Mundial, onde as 16 melhores equipes disputariam o título, e as demais equipes teriam que disputar as zonas regionais para chegar neste grupo.
Até 1973, a Davis foi dominada por 4 equipes, Estados Unidos, Reino Unido, Austrália (até 1913 Australásia) e França. Em 1974, África do Sul e Índia chegaram à final, mas por causa do regime do Apartheid, a delegação africana desistiu da disputa, e a equipe indiana conquistou a Davis por WO[3].
Hoje, a Copa Davis obedece uma fórmula alcançada em 1989[4]. Para não prejudicar o calendário da Associação de Tenistas Profissionais (ATP), a competição acontece em quatro semanas por ano, e em 2010 tinha mais de 130 equipes participantes[5].
Embora a maioria dos países vencedores sejam europeus, a maioria dos títulos foram conquistados por países não-europeus (Austrália e EUA).
Davis Cup Commitment Award
O Davis Cup Commitment Award é uma condecoração concedida pela Federação Internacional de Tênis (ITF) a todos os jogadores que disputaram pelo menos 20 confrontos na Copa Davis.[6]
O Brasil na Davis
O Brasil não tem muita tradição na Davis. Fez sua estréia em 1935, com Ricardo Pernambuco, Ivo Simons, Nélson Cruz, Inácio Nogueira, Humberto Costa e Roberto Whately, desclassificados na primeira rodada pelos Estados Unidos. Até 1966, os brasileiros não conseguiram nenhuma vitória expressiva. A partir desse ano, o Brasil passa ser mais respeitado internacionalmente. Thomaz Koch e Edison Mandarino levam o Brasil às semifinais contra a Índia, mas foi derrotado em Calcutá. O mesmo acontece em 1971, quando o Brasil deixou de disputar a final contra os Estados Unidos ao perder para a Romênia. Individualmente Thomaz Koch é o brasileiro que mais se destacou, sendo o sétimo jogador em número de vitórias em toda a história da competição. O Brasil voltou às semifinais em 1992, liderado por Luiz Mattar e Jaime Oncins, após vencer sete confrontos seguidos, sua mais expressiva série de vitórias, incluindo a Alemanha de Boris Becker e a Itália - no Rio de Janeiro e em Maceió. Foi derrotado pela Suíça em Genebra.
Depois disso o Brasil não forma grandes equipes, só voltando ter bons resultados nos anos 90 com Gustavo Kuerten e Fernando Meligeni como os principais jogadores, e volta a ter bons rendimentos, como a semifinal que perdeu para a Austrália em 2000. Nos últimos anos, tem disputado a repescagem para o retorno ao Grupo Mundial, sem lograr êxito até o ano de 2012 em que a seleção brasileira venceu a Rússia e voltou ao Grupo Mundial depois de 10 anos afastada. Em 2014, o Brasil impôs derrota histórica à Espanha em São Paulo e garantiu o retorno ao Grupo Mundial de 2015.
Formato
Torneio
Em 2010, o título da Copa Davis é disputada por 16 países, que competem num grupo chamado Grupo Mundial. Os demais países disputam uma competição dentro de sua zona regional.
O Grupo Mundial é disputado por 16 equipes, e as partidas são definidas através do ranking da ITF. Na 1ª rodada as equipes que forem derrotadas vão disputar a respescagem para o Grupo Mundial contra as equipes vencedoras do Grupo I. As equipes vencedoras disputam o Grupo Mundial no ano seguinte, e as equipes que perderem disputam o Grupo I de sua respectiva zona.
Existem três zonas regionais, a das Américas, a da Europa/África e a da Ásia/Oceania. Cada zona é dividida em quatro grupos (ou divisões; o grupo II equivaleria a uma terceira divisão).
Estrutura atual (2012)
16 equipes | ||||||
6 equipes |
11 equipes |
7 equipes | ||||
8 equipes |
16 equipes |
8 equipes | ||||
7 equipes |
11 equipes |
14 equipes |
9 equipes | |||
5 equipes |
10 equipes |
Partidas
Nos Grupos Mundial, I e II, as partidas são em melhor de 5, sendo 4 jogos de simples e 1 em duplas. Nos Grupos III e IV, as partidas são em melhor de 3, sendo 2 jogos de simples e 1 em duplas.
Vencedores da Copa Davis
ITF Ranking
Pos. | País | Pontos | |
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1 | Tchéquia | 30700.00 | |
2 | Suíça | 22912.50 | |
3 | França | 14725.00 | |
4 | Argentina | 13871.25 | |
5 | Sérvia | 12000.00 | |
6 | Reino Unido | 9574.69 | |
7 | Austrália | 9437.50 | |
8 | Bélgica | 8887.50 | |
9 | Espanha | 8750.00 | |
10 | Canadá | 6878.13 | |
11 | Itália | 6825.01 | |
12 | Cazaquistão | 5075.00 | |
13 | Estados Unidos | 3903.13 | |
14 | Japão | 3068.75 | |
15 | Alemanha | 2817.50 | |
16 | Croácia | 2750.00 | |
17 | Eslováquia | 2446.25 | |
18 | Brasil | 2327.50 | |
19 | Países Baixos | 2187.50 | |
20 | Polônia | 2105.00 | |
42 | Portugal | 512.50 |
- Última atualização: 13 de agosto de 2015 [8].
Recordes
- O recordista de participações em jogos da Copa Davis é o italiano Nicola Pietrangeli. Ele disputou 163 partidas (109 simples e 54 duplas), entre 1954 e 1972. Venceu 120 no total.
- A partida que mais tempo durou em toda a competição foi o duelo de duplas entre Stanislas Wawrinka/Marco Chiudinelli, da Suíça, e Tomas Berdych/Lukas Rosol, da República Tcheca, em 2013, que se arrastou por 7h02, com vitória dos tchecos por 6/4, 5/7, 6/4, 6/7 e 24/22.[9]
- A partida entre Leonardo Mayer 3 x 2 João Souza (Feijão), válida pela Copa Davis de 2015, é o jogo de simples mais longo da história do torneio, com duração de 6h42[9].
Ver também
Referências
- ↑ «A Serve is Born» (em inglês)
- ↑ «The Top Trophy» (em inglês)
- ↑ «Milestones da Copa Davis» (em inglês)
- ↑ «How the Davis Cup Works» (em inglês)
- ↑ «Diagrama da estrutura da Copa Davis»
- ↑ cbtenis.com.br/ Guga, Kirmayr, Mattar e Motta são premiados na Davis
- ↑ «Estrutura da Copa Davis» (em inglês)
- ↑ ITF Ranking
- ↑ a b sportv.globo.com/ Feijão perde jogaço de quase 7h, e Bellucci faz "final" contra Argentina
Ligações externas
- «Copa/Taça Davis». Página oficial (em inglês)
- «Site brasileiro da Copa Davis»