Copa do Mundo FIFA de 1950

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Copa do Mundo FIFA de 1950
IV Campeonato Mundial de Futebol

Cartaz promocional da Copa de 1950
Dados
Participantes 13
Organização FIFA
Anfitrião  Brasil
Período 24 de junho16 de julho
Gol(o)s 88
Partidas 22
Média 4 gol(o)s por partida
Campeão Uruguai Uruguai (2º título)
Vice-campeão Brasil Brasil
3.º colocado Suécia Suécia
4.º colocado Espanha Espanha
Melhor marcador BrasilBRA Ademir de Menezes – 9 gols
Melhor ataque (fase inicial) 8 gols:
Melhor defesa (fase inicial) Uruguai Uruguai – Nenhum gol
Maior goleada
(diferença)
Uruguai Uruguai 8 – 0 Bolívia Bolívia
Estádio IndependênciaBelo Horizonte
2 de julho, Grupo 4
Público 1 043 500
Média 47 431,8 pessoas por partida
Premiações
Melhor jogador
BrasilBRA Zizinho
◄◄ França 1938 1954 Suíça ►►
Participantes da Copa do Mundo de 1950.

A Copa do Mundo FIFA de 1950 foi a quarta edição da Copa do Mundo FIFA de Futebol. Ocorreu de 24 de junho a 16 de julho. Foi sediado no Brasil, tendo partidas realizadas nas cidades de Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.

Os estádios já estavam prontos na época, devido à paixão dos brasileiros por futebol. O Brasil foi escolhido por unanimidade como anfitrião na época, sendo um sucesso no sentido de infraestrutura a instalações e exemplo para o mundo.

Muitos atribuem essa situação a Getúlio Vargas e sua administração, que incentivava o esporte como extensão da educação, e a sua capacidade de gerir a coisa pública. Contudo, deve-se destacar que o Brasil viu, em 1947, a Fifa adiar a competição em um ano para que as seleções da Europa pudessem se reestruturar – a Segunda Guerra Mundial arrasou o continente e deixou o mundo sem Copas desde 1938. Foi, inclusive, por causa dos efeitos do conflito que a entidade decidiu levar o Mundial para a América do Sul e o Brasil, como candidato único, foi o eleito.

A CBF, antiga CBD, não colocou empecilhos na decisão da Fifa de adiar em um ano a competição. E, mesmo com 12 meses a mais para entregar os estádios, o Brasil conseguiu se complicar. Não havia exigências com transporte, aeroportos, hospitais ou outros itens de infraestrutura. O único pedido era estádios “padrão Fifa”. O caderno de encargos da entidade não tinha 420 páginas como hoje. A Fifa só pedia arquibancadas para no mínimo 20 mil torcedores, alambrados, cabines para a imprensa e autoridades e túneis interligando os vestiários ao gramado.

A Presidência da República chegou a formar a “Comissão de Estádios”, mas, mesmo assim, nenhum ficou pronto com antecedência – nem o Pacaembu, inaugurado em 1940, considerado moderno à época e que havia passado por uma ampla reforma.

Em março de 1950, por exemplo, foi feito o calçamento no entorno do estádio para acabar com a lama que se formava nos dias de chuva, reformado o sistema de drenagem do gramado, foram abertos dois novos portões para facilitar a entrada e a saída do público e construído um ambulatório médico. Em 1.º de junho de 1950, 23 dias antes da abertura da Copa, no entanto, vistoria feita pelo presidente da Federação Italiana de Futebol e delegado da Fifa, Ottorino Barassi, constatou que o tamanho do gramado não era adequado, assim como a área da imprensa. [1]

Dezesseis seleções nacionais foram qualificadas para participar desta edição do campeonato, sendo 7 delas europeias (Itália, Suécia, Suíça, Espanha, Iugoslávia, Inglaterra e Escócia), 7 americanas (Brasil, Uruguai, Chile, Paraguai, Bolívia, Estados Unidos e México) e 2 asiáticas (Turquia e Índia).

A seleção da Inglaterra fazia a sua primeira participação na competição. A edição teve três grandes goleadas: Uruguai 8 a 0 Bolívia, Brasil 7 a 1 Suécia e Brasil 6 a 1 Espanha. Os destaques dessa Copa foram: Roque Máspoli, Obdulio Varela, Alcides Ghiggia e Juan Schiaffino do Uruguai e Ademir de Menezes, Zizinho, Jair da Rosa Pinto e José Carlos Bauer do Brasil.

Durante a década de 1940, não houvera a realização das copas previstas, pois a tragédia da Segunda Guerra Mundial mobilizara o mundo para o esforço de guerra e impedira a realização dos certames. A Federação Internacional de Futebol, entretanto, permanecera mobilizada e, tão logo quanto foi possível, tratou de marcar a disputa da IV Copa em um país fora do continente europeu, que ainda encontrava-se em reconstrução. O Brasil foi, então, o país escolhido.

Para a ocasião, foram construídos estádios, dentre eles o Maracanã, que, na época, era o maior do mundo. Ao longo da competição, as equipes da Índia, Turquia e Escócia desistiram; o grupo 4 ficou com apenas duas seleções: Uruguai e Bolívia. A partida direta entre eles teve, por resultado, 8 a 0 para os uruguaios.

A Copa do Mundo FIFA de 1950 não teve uma final oficialmente. As quatro equipes que se classificaram em primeiro em seus grupos formaram um novo grupo e disputaram partidas entre si. A Espanha e a Suécia foram goleadas pelo Brasil e eliminadas por placares apertados pelo Uruguai. A última partida era coincidentemente entre o primeiro e o segundo colocados, que até então não haviam perdido na competição. A última partida da copa ficou conhecida como Maracanaço e contou com o maior público de todas as partidas de todas as copas: 199.854 pessoas.

Ela ocorreu em 16 de julho no Estádio do Maracanã. O Brasil, embalado pela excelente campanha, pelo apoio da torcida, pela liderança e pelo elenco vitorioso, abriu o placar aos 47 minutos com gol de Friaça. O Uruguai, dezenove minutos depois, empatou a partida com Schiaffino. O empate daria o título do campeonato aos brasileiros. Entretanto, aos 79 minutos, Ghiggia virou o placar para os uruguaios, dando o segundo título ao Uruguai. Esta partida é considerada uma das maiores decepções da história do futebol brasileiro.

Cenário

Por causa da Segunda Guerra Mundial, a Copa do Mundo não vinha sendo disputada desde 1938; as Copas do Mundo de 1942 e 1946 foram canceladas. Após a guerra, a Federação Internacional de Futebol desejava ressuscitar a competição assim que possível, e começaram a planejar a próxima copa. No pós-guerra, a maior parte do continente europeu estava em ruínas. Como resultado, a Federação Internacional de Futebol teve algumas dificuldades em encontrar algum país interessado em sediar o evento, uma vez que muitos governos acreditavam que o cenário mundial não favorecia uma celebração esportiva e também que era mais importante que os recursos que seriam investidos na Copa do Mundo não fossem extraídos de outras fontes mais urgentes.

Por algum tempo, a Copa do Mundo esteve em risco de não ser realizada por causa de uma falta de interesse da comunidade internacional, até que o Brasil apresentou uma proposta ao Congresso da Federação Internacional de Futebol de 1946, se oferecendo para sediar o evento, contanto que o torneio fosse realizado em 1950 (estava originalmente planejado para 1949). Brasil e Alemanha haviam sido os principais candidatos à cancelada Copa do Mundo de 1942; uma vez que tanto os torneios de 1934 e 1938 haviam sido sediados na Europa, historiadores do futebol geralmente concordam que o evento de 1942 provavelmente seria sediado por um país sul-americano. A nova proposta brasileira era muito semelhante à de 1942 e foi rapidamente aceita.

Eliminatórias

Tendo escolhido uma sede segura para o torneio, a Federação Internacional de Futebol ainda dedicaria algum tempo para convencer os países a mandar suas seleções nacionais para competir. A Itália era de um interesse particular para a entidade: os italianos eram os defensores do título (haviam sido os vencedores em 1938), mas o país estava se reconstruindo após o final da Segunda Guerra e havia pouco interesse por parte dos italianos de se inscreverem. A Azzurra foi finalmente convencida a participar, porém há rumores que a Federação Internacional de Futebol teve que custear as viagens para que a seleção italiana pudesse viajar até o Brasil.

Enquanto Itália e Áustria, duas equipes bem-sucedidas no pré-guerra, não estavam sujeitos a sanções internacionais, o Japão, ainda sob ocupação, e a ocupada e dividida Alemanha ainda não tinham permissão para competir. A região do Sarre, ocupada pelos franceses, foi aceita pela Federação Internacional de Futebol duas semanas antes da Copa do Mundo, vários meses antes que a federação de futebol da Alemanha Ocidental fosse reinstalada. A Alemanha Oriental ainda demoraria mais para fundar sua associação.

As nações britânicas puderam competir, tendo se reunido à Federação Internacional de Futebol quatro anos antes, após 17 anos de autoexílio. Foi decidido que o 1949-50 British Home Championship serviria de eliminatória, com o campeão e vice se classificando. A Inglaterra terminou em primeiro e a Escócia em segundo, mas os escoceses optaram por não participar da copa. Só o fariam se tivessem conquistado o primeiro posto.

Dois outros times, Turquia e Índia, também desistiram após se classificarem. A Índia não foi por uma série de fatores: impossibilidade de arcar com as despesas da viagem, problemas na seleção do time (que levaram à falta de tempo para preparação) e a decisão da federação de priorizar as Olimpíadas, além da proibição da FIFA ao time jogar descalço, como fez nas Olimpíadas de 1948 (o que depois foi admitido pelo então capitão da equipe como uma desculpa para encobrir os outros fatores). França e Portugal foram convidados para repor as vagas, mas declinaram. Inicialmente a França concordou em jogar, mas depois reclamou que as partidas de seu grupo compreenderiam uma distância de mais de 3.000 quilômetros. Os franceses disseram aos brasileiros que não sairiam de casa se isto não fosse mudado. A Federação Brasileira recusou e a França desistiu. Sendo assim, ainda que 16 times estivessem originalmente previstos, somente 13 tomaram parte no torneio.[2]

Locais

Seis cidades sediaram o torneio:

O Estádio Raimundo Sampaio (Independência) foi construído para a Copa do Mundo e era pertencente na época ao Sete de Setembro Futebol Clube, tinha capacidade, na época, para 30 mil pessoas e recebeu 3 partidas pela competição. Atualmente o América Mineiro e o Atlético Mineiro estão mandando os jogos nesse estádio.

O Estádio Durival Britto e Silva (Vila Capanema) era pertencente ao então Clube Atlético Ferroviário (atual Paraná Clube), tinha capacidade, na época, para aproximadamente 10 mil pessoas e recebeu 2 jogos.

O Estádio dos Eucaliptos era o estádio do Internacional na época e tinha capacidade para 20 mil pessoas. Recebeu 2 jogos da competição e atualmente o estádio não existe mais.

O Estádio Adelmar da Costa Carvalho (Ilha do Retiro), pertencente ao Sport, foi reformado para a competição e tinha capacidade, na época, de 20 mil pessoas. Na metade do século XX, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo eram as únicas cidades brasileiras com mais de meio milhão de habitantes, então a capital pernambucana foi escolhida a representante da Região Nordeste. Receberia dois jogos, mas com a desistência da França, que se recusou a participar da competição porque jogaria em Porto Alegre e no Recife, a uma distância de 3.779 quilômetros, a cidade abrigou somente 1 partida.[3][4]

O Estádio Jornalista Mário Filho (Maracanã) foi construído para a Copa do Mundo e tinha a intenção de ser o maior estádio do mundo. O principal palco da Copa tinha a capacidade, na época, 200 mil pessoas e recebeu 8 jogos, dentre eles 4 da Seleção Brasileira e a final.

O Estádio Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu) foi o segundo maior estádio da Copa com capacidade, na época, de 60 mil pessoas. Recebeu 6 jogos, dentre elas 1 da Seleção Brasileira.

Rio de Janeiro São Paulo Belo Horizonte
Estádio do Maracanã Estádio do Pacaembu Estádio Sete de Setembro
22° 54′ 43,8″ S, 43° 13′ 48,59″ O 23° 32′ 55,1″ S, 46° 39′ 54,4″ O 19° 54′ 30″ S, 43° 55′ 04″ O
Capacidade: 200.000 Capacidade: 60.000 Capacidade: 30.000
Recife Porto Alegre Curitiba
8° 03′ 46,63″ S, 34° 54′ 10,73″ O 30° 03′ 42″ S, 51° 13′ 38″ O 25° 26′ 22″ S, 49° 15′ 21″ O
Estádio Ilha do Retiro Estádio dos Eucaliptos Estádio Durival Britto e Silva
Capacidade: 20.000 Capacidade: 20.000 Capacidade: 10.000

Árbitros

A competição

Na 1ª fase, o Brasil venceu por 4 a 0 o México, empatou por 2 a 2 com a Suíça (neste jogo o Brasil atuou com jogadores paulistas, pois o jogo foi no Pacaembu o único fora do Maracanã, desfigurando a seleção) e venceu a Iugoslávia por 2 a 0.

Uma das grandes decepções foi a Inglaterra, que perdeu por 1 a 0 para os Estados Unidos, numa das maiores zebras de todos os tempos. No seu grupo a classificada foi a Espanha, "a fúria", que venceu a Inglaterra por 1 a 0, o Chile por 2 a 0 e os EUA por 3 a 1. O Uruguai só enfrentou a Bolívia em Recife e goleou 8 a 0. A Itália, bicampeã mundial, também caiu na 1ª fase, mas o time não era nem sombra de antes devido ao trágico acidente aéreo que vitimou o time inteiro do Torino, base da Squadra Azurra. Os classificados foram os suecos, que ganharam da Itália por 3 a 2 e empataram com o Paraguai em 2 x 2, garantindo passagem para a fase seguinte. Na final, um quadrangular inédito e único em copas: Brasil, Suécia, Espanha e Uruguai.

Brasil 7 a 1 na Suécia e Brasil 6 a 1 na Espanha garantiram ao Brasil uma boa vantagem frente ao Uruguai. Em 16 de julho diante de um público de 199 954 pessoas (alguns estimam cerca de 205 000 espectadores) no Maracanã, o Brasil precisava apenas empatar com o Uruguai e o troféu seria dos donos da casa. Após vitórias esmagadoras contra Espanha e Suécia, parecia certo que os brasileiros fossem ganhar o título, especialmente quando Friaça abriu o placar aos dois minutos do segundo tempo. Porém o Uruguai empatou com Juan Alberto Schiaffino e, com onze minutos faltando para o final da partida, virou o jogo com um gol de Alcides Ghiggia, tornando-se campeões mundiais pela segunda vez.

O "Maracanaço"

O jogo final é conhecido como "maracanaço", derivado de uma expressão latina (em espanhol: Maracanazo) usada pelos adversários para provocar os brasileiros.

O silêncio tomou conta do Maracanã às 16 horas e 50 minutos do dia 16 de julho. O Brasil precisava de um empate. Saiu ganhando e perdeu por 2 a 1. Desolados, os quase 200 mil torcedores demoraram mais de meia hora para deixar o estádio. O time brasileiro fez trinta lances a gol (dezessete no primeiro tempo e treze no segundo). Os jogadores cometeram quase o dobro de faltas, um total de 21, contra apenas onze do Uruguai.

O presidente da Federação Internacional de Futebol, Jules Rimet, conta um caso curioso no seu livro La historie merveilleuse de la Cope du Monde: "Ao término do jogo, eu deveria entregar a copa ao capitão do time vencedor. Uma vistosa guarda de honra se formaria desde a entrada do campo até o centro do gramado, onde estaria me esperando, alinhada, a equipe vencedora (naturalmente, a do Brasil). Depois que o público houvesse cantado o hino nacional, eu teria procedido a solene entrega do troféu. Faltando poucos minutos para terminar a partida (estava 1 a 1 e ao Brasil bastava apenas o empate), deixei meu lugar na tribuna de honra e, já preparando os microfones, me dirigi aos vestiários, ensurdecido com a gritaria da multidão".

Aconselhado a descer devagar a escada até o vestiário, Jules Rimet ia acompanhado por delegados da Federação Internacional de Futebol, dirigentes brasileiros e guardas armados com a missão de proteger a taça de ouro:

"Eu seguia pelo túnel, em direção ao campo. Na saída do túnel, um silêncio desolador havia tomado o lugar de todo aquele júbilo. Não havia guarda de honra, nem hino nacional, nem entrega solene. Achei-me sozinho, no meio da multidão, empurrado para todos os lados, com a copa debaixo do braço".

Jules Rimet não conseguiu entregar a taça e decidiu se retirar. Mas logo depois voltou e Obdulio Varela recebeu a taça. Rimet disse: "Estou feliz pela vitória que vocês acabam de conquistar. Cheia de mérito, sobretudo por ter sido inesperada. Com minhas felicitações".

Na tentativa de encontrar um culpado para a derrota do Brasil, os supersticiosos de plantão culparam a troca do local de concentração na véspera da final, ou ainda culpam o uniforme, alegando que este deu azar para a seleção. A partir daí, a seleção abandonou o branco e passou a jogar com o seu clássico uniforme amarelo.

Outros culpam Flávio Costa pelas 2 horas de missa na manhã do jogo impostas pelo treinador aos jogadores, que rezaram de pé.

Portugal Portugal na Copa

Portugal não chegou à fase final e uma vez mais foi afastado pela Espanha em 2 jogos. A 2 de abril de 1950, em Madrid, a Espanha ganhou 5-1 com golos de Zarra, Basora, Painzo (2) e Molowny, e Cabrita. Em Lisboa, a 9 de abril de 1950, Portugal empatou 2-2 com gols de Travaços e Jesus Correia, e Zarra e Gainza.

Bem perto do início da fase final, diversas equipes desistiram, e a organização brasileira convidou Portugal a participar, mas o convite foi declinado.

Sorteio

Europa América do Sul América do Norte/Ásia

Fase inicial

Grupo 1

Classificado para as finais
Pos. Seleção Pts J V E D GP GC SG
1 Brasil 5 3 2 1 0 8 2 6
2  Iugoslávia 4 3 2 0 1 7 3 4
3 Suíça Suíça 3 3 1 1 1 4 6 -2
4 México México 0 3 0 0 3 2 10 -8
24 de junho Brasil 4 – 0 México México Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro
15:00
Ademir Gol marcado aos 30 minutos de jogo 30', Gol marcado aos 79 minutos de jogo 79'
Jair Gol marcado aos 65 minutos de jogo 65'
Baltazar Gol marcado aos 71 minutos de jogo 71'
relatório Público: 81 649
Árbitro: InglaterraENG George Reader

25 de junho Iugoslávia  3 – 0 Suíça Suíça Estádio Independência, Belo Horizonte
18:00
Mitić Gol marcado aos 59 minutos de jogo 59'
Tomašević Gol marcado aos 70 minutos de jogo 70'
Ognjanov Gol marcado aos 84 minutos de jogo 84'
relatório Público: 7 336
Árbitro: ItáliaITA Giovanni Galeati

28 de junho Brasil 2 – 2 Suíça Suíça Estádio do Pacaembu, São Paulo
15:00
Alfredo Gol marcado aos 3 minutos de jogo 3'
Baltazar Gol marcado aos 43 minutos de jogo 43'
relatório Fatton Gol marcado aos 17 minutos de jogo 17', Gol marcado aos 88 minutos de jogo 88' Público: 42 000
Árbitro: {{b}}ESP Ramón Roma Azon

28 de junho México México 1 – 4  Iugoslávia Estádio dos Eucaliptos, Porto Alegre
18:15
Ortiz Gol marcado aos 89 minutos de jogo 89' (pen) relatório Bobek Gol marcado aos 20 minutos de jogo 20'
Z. Čajkovski Gol marcado aos 23 minutos de jogo 23', Gol marcado aos 51 minutos de jogo 51'
Tomašević Gol marcado aos 80 minutos de jogo 80'
Público: 11 000
Árbitro: InglaterraENG Reginald Leafe

1 de julho Brasil 2 – 0  Iugoslávia Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro
15:00
Ademir Gol marcado aos 4 minutos de jogo 4'
Zizinho Gol marcado aos 89 minutos de jogo 89'
relatório Público: 142 000
Árbitro: País de GalesWAL Benjamin Griffiths

2 de julho México México 1 – 2 Suíça Suíça Estádio dos Eucaliptos, Porto Alegre
15:40
Casarín Gol marcado aos 89 minutos de jogo 89' relatório Bader Gol marcado aos 10 minutos de jogo 10'
Antenen Gol marcado aos 44 minutos de jogo 44'
Público: 3 500
Árbitro: SuéciaSWE Ivan Eklind

Grupo 2

Time Pts J V E D GF GS SG
Espanha 6 3 3 0 0 6 1 5
Inglaterra Inglaterra 2 3 1 0 2 2 2 0
Chile Chile 2 3 1 0 2 5 6 -1
Estados Unidos Estados Unidos 2 3 1 0 2 4 8 -4
25 de junho Inglaterra Inglaterra 2 – 0 Chile Chile Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro
15:00
Mortensen Gol marcado aos 27 minutos de jogo 27'
Mannion Gol marcado aos 51 minutos de jogo 51'
relatório Público: 30 000
Árbitro: Países BaixosNED Karel van der Meer

25 de junho Espanha 3 – 1 Estados Unidos Estados Unidos Estádio Durival Britto, Curitiba
15:00
Basora Gol marcado aos 75 minutos de jogo 75', Gol marcado aos 78 minutos de jogo 78'
Zarra Gol marcado aos 85 minutos de jogo 85'
relatório J. Souza Gol marcado aos 17 minutos de jogo 17' Público: 9 000
Árbitro: BrasilBRA Mário Vianna

29 de junho Espanha 2 – 0 Chile Chile Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro
15:00
Basora Gol marcado aos 17 minutos de jogo 17'
Zarra Gol marcado aos 30 minutos de jogo 30'
relatório Público: ~20 000
Árbitro: BrasilBRA Alberto da Gama Malcher

29 de junho Estados Unidos Estados Unidos 1 – 0 Inglaterra Inglaterra Estádio Independência, Belo Horizonte
18:00
Gaetjens Gol marcado aos 38 minutos de jogo 38' relatório Público: 10 000
Árbitro: ItáliaITA Generoso Dattillo

2 de julho Espanha 1 – 0 Inglaterra Inglaterra Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro
15:00
Zarra Gol marcado aos 48 minutos de jogo 48' relatório Público: 74 000
Árbitro: ItáliaITA Giovanni Galeati

2 de julho Chile Chile 5 – 2 Estados Unidos Estados Unidos Estádio Ilha do Retiro, Recife
18:00
Robledo Gol marcado aos 16 minutos de jogo 16'
Riera Gol marcado aos 32 minutos de jogo 32'
Cremaschi Gol marcado aos 54 minutos de jogo 54', Gol marcado aos 82 minutos de jogo 82'
Prieto Gol marcado aos 60 minutos de jogo 60'
relatório Wallace Gol marcado aos 47 minutos de jogo 47'
J. Souza Gol marcado aos 48 minutos de jogo 48' (pen)
Público: ~8 000
Árbitro: BrasilBRA Mario Gardelli

Grupo 3

Time Pts J V E D GF GS SG
Suécia Suécia 3 2 1 1 0 5 4 1
Itália Itália 2 2 1 0 1 4 3 1
Paraguai Paraguai 1 2 0 1 1 2 4 -2
25 de junho Suécia Suécia 3 – 2 Itália Itália Estádio do Pacaembu, São Paulo
15:00
Jeppsson Gol marcado aos 25 minutos de jogo 25', Gol marcado aos 68 minutos de jogo 68'
Andersson Gol marcado aos 33 minutos de jogo 33'
relatório Carapellese Gol marcado aos 7 minutos de jogo 7'
Muccinelli Gol marcado aos 75 minutos de jogo 75'
Público: 50 000
Árbitro: SuíçaSUI Jean Lutz

28 de junho Suécia Suécia 2 – 2 Paraguai Paraguai Estádio Durival Britto, Curitiba
15:30
Sundqvist Gol marcado aos 24 minutos de jogo 24'
Palmer Gol marcado aos 26 minutos de jogo 26'
relatório A. López Gol marcado aos 32 minutos de jogo 32'
C. López Gol marcado aos 89 minutos de jogo 89'
Público: 7 903
Árbitro: EscóciaSCO George Mitchell

2 de julho Itália Itália 2 – 0 Paraguai Paraguai Estádio do Pacaembu, São Paulo
15:00
Carapellese Gol marcado aos 12 minutos de jogo 12'
Egisto Pandolfini Gol marcado aos 62 minutos de jogo 62'
relatório Público: ~26 000
Árbitro: InglaterraENG Arthur Edward Ellis

Grupo 4

Time Pts J V E D GF GS SG
Uruguai Uruguai 2 1 1 0 0 8 0 8
Bolívia Bolívia 0 1 0 0 1 0 8 -8
2 de julho Uruguai Uruguai 8 – 0 Bolívia Bolívia Estádio Independência, Belo Horizonte
18:00
Míguez Gol marcado aos 14 minutos de jogo 14', Gol marcado aos 45 minutos de jogo 45', Gol marcado aos 56 minutos de jogo 56'
Vidal Gol marcado aos 18 minutos de jogo 18'
Schiaffino Gol marcado aos 23 minutos de jogo 23', Gol marcado aos 59 minutos de jogo 59'
Pérez Gol marcado aos 73 minutos de jogo 73'
Ghiggia Gol marcado aos 83 minutos de jogo 83'
relatório Público: ~5 000
Árbitro: InglaterraENG George Reader

Quadrangular final

Time Pts J V E D GF GS SG
Uruguai Uruguai 5 3 2 1 0 7 5 2
Brasil 4 3 2 0 1 14 4 10
Suécia Suécia 2 3 1 0 2 6 11 -5
Espanha 1 3 0 1 2 4 11 -7
9 de julho Brasil 7 – 1 Suécia Suécia Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro
15:00
Ademir Gol marcado aos 17 minutos de jogo 17', Gol marcado aos 36 minutos de jogo 36', Gol marcado aos 52 minutos de jogo 52', Gol marcado aos 58 minutos de jogo 58'
Chico Gol marcado aos 39 minutos de jogo 39', Gol marcado aos 88 minutos de jogo 88'
Maneca Gol marcado aos 85 minutos de jogo 85'
relatório Andersson Gol marcado aos 67 minutos de jogo 67' (pen) Público: 138 000
Árbitro: InglaterraENG Arthur Edward Ellis

9 de julho Espanha 2 – 2 Uruguai Uruguai Estádio do Pacaembu, São Paulo
15:00
Basora Gol marcado aos 32 minutos de jogo 32', Gol marcado aos 39 minutos de jogo 39' relatório Ghiggia Gol marcado aos 29 minutos de jogo 29'
Obdulio Varela Gol marcado aos 73 minutos de jogo 73'
Público: 44 000
Árbitro: País de GalesWAL Benjamin Griffiths

13 de julho Brasil 6 – 1 Espanha Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro
15:00
Ademir Gol marcado aos 15 minutos de jogo 15', Gol marcado aos 57 minutos de jogo 57'
Jair Gol marcado aos 21 minutos de jogo 21'
Chico Gol marcado aos 31 minutos de jogo 31', Gol marcado aos 55 minutos de jogo 55'
Zizinho Gol marcado aos 67 minutos de jogo 67'
relatório Silvestre Gol marcado aos 71 minutos de jogo 71' Público: 152 000
Árbitro: InglaterraENG Reginald Leafe

13 de julho Uruguai Uruguai 3 – 2 Suécia Suécia Estádio do Pacaembu, São Paulo
15:00
Ghiggia Gol marcado aos 39 minutos de jogo 39'
Míguez Gol marcado aos 77 minutos de jogo 77', Gol marcado aos 85 minutos de jogo 85'
relatório Palmer Gol marcado aos 5 minutos de jogo 5'
Sundqvist Gol marcado aos 40 minutos de jogo 40'
Público: 8 000
Árbitro: ItáliaITA Giovanni Galeati

16 de julho Suécia Suécia 3 – 1 Espanha Estádio do Pacaembu, São Paulo
15:00
Sundqvist Gol marcado aos 15 minutos de jogo 15'
Mellberg Gol marcado aos 33 minutos de jogo 33'
Palmer Gol marcado aos 80 minutos de jogo 80'
relatório Zarra Gol marcado aos 82 minutos de jogo 82' Público: ~18 000
Árbitro: Países BaixosNED Karel van der Meer

16 de julho de 1950 Uruguai Uruguai 2 – 1 Brasil Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro
15:00
Schiaffino Gol marcado aos 66 minutos de jogo 66'
Ghiggia Gol marcado aos 79 minutos de jogo 79'
relatório Friaça Gol marcado aos 47 minutos de jogo 47' Público: 199 854
Árbitro: InglaterraENG George Reader
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uruguai
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Brasil
A Seleção Uruguaia posando antes da partida decisiva contra o Brasil em 1950. Em pé, da esquerda para a direita, estão Varela, o técnico López, Tejera, dois membros da delegação, Gambetta, Matías González, Máspoli, Rodríguez Andrade e outro membro da delegação; agachados, entre outros dois delegados, estão Ghiggia, Julio Pérez, Míguez, Schiaffino e Morán.

Vencedor

Campeão da Copa do Mundo FIFA de 1950

Uruguai
Segundo Título

Artilheiros

Particularidades

  • Alcides Ghiggia, o "carrasco" da seleção brasileira de 1950, morreu aos 88 anos no dia 16 de julho de 2015, exatamente 65 anos após a partida que sagrou a seleção uruguaia campeã daquela edição, sendo ele o último jogador que ainda estava vivo daquela partida.

Brasil 7 a 1 Suécia e Brasil 6 a 1 Espanha foram as duas maiores goleadas da seleção em Copas.

  • Foi a primeira copa a ter números nas camisas.
  • O iugoslavo Rajko Mitić bateu a cabeça em uma viga do vestiário minutos antes do jogo contra o Brasil. O atacante foi obrigado a entrar em campo com atraso. Azar da Iugoslávia. Enquanto Mitić ainda estava no vestiário para receber seu curativo, o Brasil fez 1 a 0.
  • Durante a Segunda Guerra Mundial, Jules Rimet transferiu a sede da Fifa de Paris para Zurique como forma de evitar a influência nazista. Falava-se que havia um plano de Hitler para levar a entidade a Berlim.
  • Várias seleções desistiram de participar da Copa, como França, Turquia, Portugal, Escócia e até Índia e Birmânia. Em geral, os países se sentiram desencorajados pelo custo da viagem até o Brasil. Mas o caso da Escócia foi raro. Superados pelos ingleses nas Eliminatórias, os escoceses achavam que não havia motivos para disputar um torneio no qual participaria a Inglaterra.
  • O goleiro chileno Sergio Livingstone se tornou o primeiro goleiro na história das Copas do Mundo a atuar com camisas de mangas curtas. Isto ocorreu nas partidas em que o Chile enfrentou a Espanha no Maracanã, no Rio de Janeiro e quando enfrentou os Estados Unidos no Recife, na Ilha do Retiro.
  • Com a não-participação da França, Bélgica e Romênia, que haviam participado de todas as Copas anteriores, o Brasil se tornou o único país do mundo a enviar sua seleção a todas as edições do Mundial, marca que dura até os dias atuais.
  • A vitória da seleção amadora dos Estados Unidos sobre a Inglaterra é considerada a maior zebra da história das Copas, e talvez do futebol mundial. Os ingleses participavam pela primeira vez de um Mundial e chegaram ao Brasil como um dos times favoritos ao título. Enquanto isso, os norte-americanos tinham uma equipe amadora, formada basicamente por carteiros, lavadores de prato e imigrantes. O autor do gol foi Gaetjens, nascido no Haiti. Em 2005, foi lançado um filme sobre a partida, Duelo de Campeões.
  • Enquanto o Brasil goleava a Espanha, o público cantava a marchinha "Touradas de Madri", composta por João de Barro, o Braguinha, em 1938.
  • Curiosamente, o gol que Ghiggia marcou contra a Suécia foi originada de uma jogada na direita, onde ele ganhou na corrida do lateral-esquerdo sueco, chutando na saída do goleiro. De um jeito semelhante, ele fez o gol do título na final contra o Brasil no Maracanã, quatro dias depois.
  • Cerca de 200 mil pessoas (cerca de 10% da população carioca na época) foram ao Maracanã para ver a decisão contra o Uruguai. Seria o maior público da história do futebol se não houvesse "apenas" 173.850 pagantes. Com isso, Brasil versus Paraguai das Eliminatórias para a Copa de 1970, com 183.341, é o maior público oficial do futebol.
  • Jornais da época dizem que a torcida, após a virada uruguaia, continuou incentivando a seleção brasileira, o que vai contra a lenda de que o Maracanã se silenciou nos minutos finais.
  • A Itália tentou defender seu título com uma equipe fraca devido à Tragédia de Superga, acidente aéreo que matou todo o time do Torino (base da Azzurra) em 1949.
  • Existe uma lenda no Maracanã que, devido a quantidade de pessoas na final (200.000 presentes), as pessoas tinham que ficar em pé e de lado para que coubesse todos no estádio.
  • O Cruzeiro de Porto Alegre foi o segundo clube do mundo a ter sua camiseta usada em uma Copa do Mundo de Futebol. Isto ocorreu na partida entre México e Suíça, disputada no Estádio dos Eucaliptos em Porto Alegre. Ambas seleções tinham fardamentos vermelhos e era preciso distingui-los. Os mexicanos jogaram listrados de azul e branco e a Suíça venceu.

Grupo 1

Grupo 2

Grupo 3

Grupo 4

Classificação final

Uruguai Uruguai (Campeão)
Brasil Brasil (Vice-Campeão)
Suécia Suécia
Espanha Espanha
 Iugoslávia
Suíça Suíça
Itália Itália
Inglaterra Inglaterra
Chile Chile
10º Estados Unidos Estados Unidos
11º Paraguai Paraguai
12º México México
13º Bolívia Bolívia

Ver também

Referências

Ligações externas