Corrimento vaginal

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Corrimento vaginal
,
Especialidade urologia, ginecologia
Classificação e recursos externos
CID-11 2123556104
DiseasesDB 28137
MedlinePlus 003158
MeSH D019522
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 

Corrimento vaginal é uma mistura de líquido, células e bactérias que lubrifica e protege a vagina.[1] Esta mistura é produzida de forma contínua pelas células da vagina e do colo do útero, sendo expelida do corpo pela abertura vaginal. A composição, quantidade e características do corrimento varia entre as mulheres e entre os vários estádios do desenvolvimento sexual e reprodutivo.[2] O corrimento vaginal normal pode apresentar uma consistência de aquosa a viscosa, de cor transparente a branca.[1] O corrimento normal pode ocorrer em grande volume, mas geralmente não apresenta odor intenso nem está associado a dor ou prurido.[2]

Embora seja uma função normal do corpo, existem alterações no corrimento vaginal que podem ser um sinal de infeção ou de outros processos patológicos.[3][4] As características dos corrimentos vaginais anormais variam em função da causa subjacente. Entre as alterações mais comuns estão alterações na cor, odor intenso e presença de sintomas associados, como comichão, irritação, dor pélvica ou dor durante as relações sexuais.[5]

As infeções que podem causar alterações no corrimento vaginal incluem vulvovaginite por Candida, vaginose bacteriana, infeções sexualmente transmissíveis[6][7] como clamídia, gonorreia, tricomoníase, vírus do papiloma humano ou herpes genital, infeção do colo do útero, ou ainda a presença de um objeto na vagina, como um tampão esquecido, duches vaginais ou vários atos sexuais, como contacto oral-vaginal ou anal-vaginal.[8]

Referências

  1. a b Beckmann, R.B. (2014). Obstetrics and Gynecology 7th ed. Baltimore, MD: Lippincott Williams & Wilkins. 260 páginas. ISBN 9781451144314 
  2. a b Hacker, Neville F. (2016). Hacker & Moore's Essentials of Obstetrics and Gynecology 6th ed. Philadelphia, PA: Elsevier. 276 páginas. ISBN 9781455775583 
  3. Lentz, Gretchen M. (2012). Comprehensive Gynecology 6th ed. Philadelphia, PA: Elsevier. pp. 532–533. ISBN 9780323069861 
  4. LeBlond, Richard F. (2015). «Chapter 11». DeGowin's Diagnostic Examination 10th ed. [S.l.]: McGraw-Hill Education. ISBN 9780071814478 
  5. Wathne, Bjarne; Holst, Elisabeth; Hovelius, Birgitta; Mårdh, Per-Anders (1 de janeiro de 1994). «Vaginal discharge - comparison of clinical, laboratory and microbiological findings». Acta Obstetricia et Gynecologica Scandinavica. 73 (10): 802–808. ISSN 0001-6349. doi:10.3109/00016349409072509 
  6. Rice, Alexandra (2016). «Vaginal Discharge». Obstetrics, Gynaecology & Reproductive Medicine. 26 (11): 317–323 
  7. Glehn, Mateus de Paula von; Sidon, Linconl Uchôa; Machado, Eleuza Rodrigues (1 de janeiro de 2017). «Gynecological complaints and their associated factors among women in a family health-care clinic». Journal of Family Medicine and Primary Care (em inglês). 6 (1) 
  8. «Vaginal Problems». WebMD. Consultado em 16 de dezembro de 2017