Covilhã

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Covilhã
Brasão de Covilhã Bandeira de Covilhã

Localização de Covilhã
Mapa
Mapa de Covilhã
Gentílico Covilhanense
Área 555,60 km²
População 46 457 hab. (2021 [1])
Densidade populacional 83,6  hab./km²
N.º de freguesias 21
Presidente da
câmara municipal
Vítor Manuel Pinheiro Pereira (PS, 2021-2025)
Fundação do município
(ou foral)
Foral outorgado por D. Sancho I em 1186
Região (NUTS II) Centro
Sub-região (NUTS III) Beiras e Serra da Estrela
Distrito Castelo Branco
Província Beira Baixa
Orago S. Tiago
Feriado municipal 20 de Outubro
Código postal 6200
Sítio oficial www.cm-covilha.pt
Município de Portugal

A Covilhã DmCGCMAI é uma cidade portuguesa pertencente ao distrito de Castelo Branco, na província da Beira Baixa, região estatística do Centro e sub-região das Beiras e Serra da Estrela. É a porta sul da Serra da Estrela e tem 33 691 habitantes (2021)[2] no seu perímetro urbano formado por cinco freguesias: Covilhã e Canhoso, Teixoso e Sarzedo, Cantar-Galo e Vila do Carvalho, Boidobra e Tortosendo.

É sede do município da Covilhã com 555,60 km2 de área[3] e 46 455 habitantes (2021),[4] subdividido em 21 freguesias.[5] O município é limitado a norte pelos municípios de Seia e Manteigas, a nordeste pela Guarda, a leste por Belmonte, a sul pelo Fundão e a oeste por Pampilhosa da Serra e Arganil.

É a terra da indústria da lã, de cariz operário, berço de descobridores de quinhentos, hoje uma cidade com Universidade pública.

A cidade da Covilhã está situada na vertente sudeste da Serra da Estrela e é um dos centros urbanos de maior relevo da região juntamente com Coimbra, Aveiro, Viseu, Figueira da Foz, Guarda, Castelo Branco, etc. O seu núcleo urbano estende-se entre os 450 e os 800 m de altitude.

O ponto mais alto de Portugal Continental, a Torre (1 993 m), pertence às freguesias de Unhais da Serra (Covilhã), São Pedro (Manteigas), Loriga (Seia) e Alvoco da Serra (Seia), estando incluída em três municípios: Covilhã, Manteigas e Seia,[6] mas dista cerca de 20 km do núcleo urbano da Covilhã, sendo a Covilhã, por isso, a cidade portuguesa mais próxima do ponto mais alto de Portugal Continental.

É uma cidade de características próprias desde há séculos, conjugando em simultâneo factos interessantes da realidade portuguesa.

Num estudo elaborado em 2007 pelo jornal Expresso, sobre a qualidade de vida nas cidades portuguesas, a Covilhã ocupa a 14ª posição, situando-se à frente das restantes cidades do interior do país.[7]

História[editar | editar código-fonte]

Claustro do Convento de S. António.
Capela Românica de S. Martinho.

O passado da Covilhã remonta aos tempos da romanização da Península Ibérica, quando foi castro proto-histórico, abrigo de pastores lusitanos e fortaleza romana conhecida por Cava Juliana ou Silia Hermínia. Quem mandou erguer as muralhas do seu primitivo castelo foi D. Sancho I que em 1186 concedeu foral de vila à Covilhã. E, mais tarde, foi D. Dinis que mandou construir as muralhas do admirável bairro medieval das Portas do Sol.

Era já na Idade Média uma das principais "vilas do reino", situação em seguida confirmada pelo facto de grandes figuras naturais da cidade ou dos arredores se terem tornado determinantes em todos os grandes Descobrimentos dos séculos XV e XVI: o avanço no Oceano Atlântico, o caminho marítimo para a Índia, as descobertas da América e do Brasil, a primeira viagem de circum-navegação da Terra. Em plena expansão populacional quando surge o Renascimento, sector económico tinha particular relevo na agricultura, pastorícia, fruticultura e floresta. O comércio e a indústria estavam em franco progresso. Gil Vicente cita "os muitos panos finos". O Infante D. Henrique, conhecendo bem esta realidade, passou a ser "senhor" da Covilhã. A gesta dos Descobrimentos exigia verbas avultadas. As gentes da vila e seu concelho colaboraram não apenas através dos impostos, mas também com o potencial humano.

A expansão para além-mar iniciou-se com a conquista de Ceuta em 1415. Personalidades da Covilhã como Frei Diogo Alves da Cunha, que se encontra sepultado na Igreja da Conceição, participaram no acontecimento. A presença de covilhanenses em todo o processo prolonga-se com Pêro da Covilhã (primeiro português a pisar terras de Moçambique e que enviou notícias a D. João II sobre o modo de atingir os locais onde se produziam as especiarias, preparando o Caminho Marítimo para a Índia) João Ramalho, Fernão Penteado e outros.

Entre os missionários encontramos o Beato Francisco Álvares, morto a caminho do Brasil; frei Pedro da Covilhã, capelão na expedição de Vasco da Gama para a Índia, o primeiro mártir da Índia; o padre Francisco Cabral missionário no Japão; padre Gaspar Pais que de Goa partiu para a Abissínia; e muitos outros que levaram, juntamente com a fé, o nome da Covilhã e do Fundão para todas as partes do mundo. Os irmãos Rui e Francisco Faleiro, cosmógrafos, tornaram-se notáveis pelo conhecimento da ciência náutica. Renascentista é Frei Heitor Pinto, um dos primeiros portugueses a defender, publicamente, a identidade portuguesa. A sua obra literária está expressa na obra "Imagem da Vida Cristã". Um verdadeiro clássico.

A importância da Covilhã, neste período, explica-se não apenas pelo título "notável" que lhe concedeu o rei D. Sebastião [8] como também pelas obras aqui realizadas e na região pelos reis castelhanos. A Praça do Município foi até há poucos anos, de estilo filipino. Nas ruas circundantes encontram-se vários vestígios desse estilo. No concelho também. Exemplos de estilo manuelino também se encontram na cidade. É o caso de uma janela manuelina da judiaria da Rua das Flores. É o momento de citar o arquitecto Mateus Fernandes, covilhanense, autor do projecto da porta de entrada para as Capelas imperfeitas, no mosteiro da Batalha.

As duas ribeiras que descem da Serra da Estrela, Carpinteira e Degoldra, atravessam o núcleo urbano e estiveram na génese do desenvolvimento industrial. Forneciam a energia hidráulica que permitiam o laborar das fábricas. Junto a essas duas ribeiras deve hoje ser visto um interessante núcleo de arqueologia industrial, composto por dezenas de edifícios em ruínas. Nos dois locais são visíveis dezenas de antigas unidades, de entre as quais se referem a fábrica-escola fundada pelo Conde da Ericeira em 1681 junto à Carpinteira e a Real Fábrica dos Panos criada pelo Marquês de Pombal em 1763 junto à ribeira da Degoldra. Esta é agora a sede da Universidade da Beira Interior na qual se deve visitar o Museu de Lanifícios, já considerado o melhor núcleo museológico desta indústria na Europa.[9] A Covilhã foi, finalmente, elevada à condição de cidade a 20 de Outubro de 1870 pelo Rei D. Luís I, por ser "uma das villas mais importantes do reino pela sua população e riqueza".[10]

Freguesias[editar | editar código-fonte]

Freguesias do município da Covilhã.

O município da Covilhã está dividido em 21 freguesias:

Condecorações[editar | editar código-fonte]

Personalidades ilustres[editar | editar código-fonte]

Ver também a categoria: Naturais da Covilhã
Torre de S. Tiago
  • D. Raimundo Pais de Riba de Vizela — nascido em 1130, foi um Rico-homem do Reino de Portugal que exerceu o cargo de Governador da Covilhã entre 1196 a 1199.
  • Mem Soares de Melo — um nobre do Reino de Portugal e o 1.º Senhor de Melo. Exerceu o cargo de alferes-mor do rei D. Afonso III de Portugal tendo participado com este rei na Tomada de Faro ocorrida em 1249.
  • Estevão Anes, Cavaleiro medieval e Alcaide-mor da Covilhã.
  • Beato Francisco Álvares — beato da Igreja Católica, nasceu na Covilhã em 1539. Irmão da Companhia de Jesus, faz parte do grupo conhecido como os "Santos Mártires do Brasil". Foi beatificado pelo Papa Pio IX em 1854.
  • Pêro da Covilhã — Preparador da chegada de Vasco da Gama à Índia — A necessidade de atingir a Índia por mar, levou D. João II a conceber uma política de avanços sucessivos no mar. Bartolomeu Dias que viria a dobrar o Cabo da Boa Esperança. No Índico, na costa oriental de África e na parte ocidental indiana, foi Pêro da Covilhã o explorador. A ele se devem as informações que permitiram a consequente certeira viagem de Vasco da Gama e a descoberta do caminho marítimo que transformou a história.
  • Mateus Fernandes — um dos arquitectos do Mosteiro da Batalha, autor das Capelas Imperfeitas.
  • Mestre José Vizinho — A latitude nos mares — O famoso Mestre José referido por Cristóvão Colombo que muito aprendeu dos seus conhecimentos astrológicos, era cosmógrafo e médico de D. João II. A grande invenção do século XV foi a descoberta da navegação astronómica com a consequente introdução de escalas de latitudes nas cartas de marear. A sistematização do método revelou como artífice do processo este grande judeu covilhanense. Estes estudos passaram a significar a liderança da técnica portuguesa do mar.
  • Rui Faleiro — A longitude nos mares — Cosmógrafo covilhanense, nascido em finais do século XV, foi o principal organizador científico da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães em Sevilha. O conhecimento da longitude no mar era fundamental pois completava os métodos já conhecidos para determinar a latitude e permitir a localização das naus na superfície dos mares. Rui Faleiro foi o grande artífice da avaliação da longitude a partir do lugar de observador.
  • Francisco Faleiro — A declinação magnética — Irmão de Rui, cosmógrafo, foi o autor da primeira exposição que inferia a declinação magnética do ângulo de duas sombras lançadas em vertical sobre o plano de horizonte, quando o sol atingisse alturas iguais antes e depois do meio-dia. Elaborou em Sevilha, 1535, o Tratado del Mundo y del Arte del Marear, cronologicamente a segunda obra do século XVI que desenvolve o estudo dos fenómenos do magnetismo terrestre.
  • Frei Heitor Pinto — frade jerónimo, foi um escritor do século XVI. Foi exilado em Toledo por tomar o partido de D. António, Prior do Crato, aquando na crise dinástica portuguesa de 1580. Terá proferido as seguintes palavras: "Pode El-Rei Filipe meter-me em Castela, mas Castela em mim é impossível".
  • Manuel Damasceno da Costa foi o 33.º bispo de Angra
  • António Alçada Baptista — Foi um advogado e romancista português. Licenciado em Direito, pela Faculdade de Direito de Lisboa, António Alçada Baptista dedicou-se mais à escrita do que à advocacia. Entre 1957 e 1972 foi director da Moraes Editora, e um dos fundadores da revista O Tempo e o Modo. Após o 25 de Abril, dirigiu o jornal O Dia (1975) e foi presidente do Instituto Português do Livro (1979–1985).
  • Ernesto Manuel Geraldes de Melo e Castro — Ernesto Manuel de Melo e Castro é um poeta, crítico, ensaísta e professor na Universidade de São Paulo, Brasil.
  • Paulo Matos — Ator e Encenador.

Economia[editar | editar código-fonte]

Vista da Covilhã, Biblioteca Central da Universidade da Beira Interior

Há 800 anos aqui existe o trabalho da que hoje se reflecte em modernas unidades industriais, sendo a Covilhã um dos principais centros de lanifícios da Europa e é por esse motivo uma localidade com forte cultura operária. Poucos centros urbanos podem assumir uma actividade económica regular ao longo de oito séculos, mas é esse o caso da Covilhã e do trabalho dos lanifícios. Como manufactura primeiro, como indústria depois, o certo é que ainda hoje a cidade é um dos principais centros europeus de produção de lanifícios. Actualmente, esta indústria produz por ano cerca de 40 000 km de tecido,e através de várias empresas têxteis com destaques para a Paulo de Oliveira,[12] a Penteadora,[13] a Tessimax[14], A. Saraiva e a filial portuguesa da Haco Etiquetas, as quais são fornecedoras de grandes marcas têxteis mundiais como a Hugo Boss, Armani, Zegna, Marks & Spencer, Yves St. Laurent, Calvin Klein e Christian Dior. É a cidade mais próxima da estância de inverno onde se localizam as únicas pistas de esqui portuguesas e às quais se acede percorrendo espantosas paisagens de montanha. A Covilhã é, nos dias de hoje, uma cidade que para além das tradicionais "ubelhas" (pronúncia serrana para Ovelhas), tem também uma miríade de actividades económicas marcadas pelo capitalismo moderno. Ainda assim, mantém viva uma tradição serrana bem manifestada pela produção e venda de produtos lácteos e de genérica proveniência ovina.

A cidade da Covilhã conta ainda com um shopping de grande dimensão, o Serra Shopping do grupo Sonae, inaugurado em 2005, que resultou da ampliação da galeria Modelo. O Serra Shopping conta com cerca de 75 lojas.

Geografia[editar | editar código-fonte]

Relevo[editar | editar código-fonte]

A Torre vista das Penhas da Saúde, na Covilhã
Nevão nas Penhas da Saúde, em Janeiro de 2007.

Situada na parte sudeste da Serra da Estrela, a área urbana da Covilhã possui altitudes que variam de 450 a 800 m. É também a cidade portuguesa mais proxíma do ponto mais alto de Portugal Continental, a Torre (1 993 m), distando cerca de 20 km do cume da Serra da Estrela. A Torre pertence aos municípios de Covilhã, Manteigas e Seia. A Torre também dá o nome à localidade onde está situada, a parte mais elevada da serra.[6]

Vegetação[editar | editar código-fonte]

Há o predomínio de bosques, com árvores como o carvalho e a azinheira, entre outras. Entre a vegetação arbustiva, a carqueja é bastante encontrada. A vegetação torna-se escassa em direcção à Torre.

Clima[editar | editar código-fonte]

O clima do município é mediterrânico (Csa, segundo a classificação climática de Köppen-Geiger), sendo que as precipitações são mais escassas no verão. Os Verões apresentam temperaturas altas, enquanto os Invernos têm temperaturas amenas durante o dia e mais baixas à noite.

O frio aumenta conforme a altitude, variando de temperaturas mais altas nas partes mais baixas a temperaturas negativas e ocorrências de neve, por vezes abundantes, nas áreas mais elevadas, como a localidade de Penhas da Saúde, acima de 1 500 m de altitude, a apenas 9 km da Torre. Na área urbana da Covilhã, a neve raramente aparece e geralmente não acumula sobre o solo.

O mês mais quente é Agosto, com temperatura média de 22,2 °C, enquanto o mês mais frio é Janeiro, com média de 6,2 °C. A temperatura média anual da Covilhã é de 13,6 °C e a precipitação média anual é de 1 082 mm.

Dados climatológicos para Covilhã (altitude - 614m)
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima média (°C) 9,4 11,2 13,5 16,4 19,2 24,7 28,1 28,4 24,4 18,9 13,1 9,8 18,1
Temperatura média (°C) 6,2 7,4 9,5 11,8 14,3 19,1 21,9 22,2 19,1 14,7 9,7 6,7 13,6
Temperatura mínima média (°C) 3,1 3,6 5,6 7,2 9,5 13,5 15,7 16,0 13,9 10,5 6,3 3,6 9,0
Precipitação (mm) 162 150 109 90 76 49 10 10 47 105 146 128 1 082
Fonte: Climate Data[15] 02 de Setembro de 2013
Dados climatológicos para Penhas da Saúde (altitude - 1 606m)
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima média (°C) 4,4 5,0 6,4 8,8 11,5 17,2 20,8 21,1 17,3 12,1 7,1 4,8 11,4
Temperatura média (°C) 1,6 2,0 3,2 5,2 7,8 12,9 16,1 16,5 13,3 8,9 4,3 2,1 7,8
Temperatura mínima média (°C) −1,1 −1,0 0,1 1,7 4,1 8,7 11,4 11,9 9,4 5,8 1,5 −0,6 4,4
Precipitação (mm) 261 237 182 131 116 83 22 18 67 161 234 198 1 710
Fonte: Climate Data[16] 03 de Setembro de 2013

Evolução da População do Município[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes * [17]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 2021
29 368 33 998 47 968 44 427 48 400 45 583 49 934 60 608 68 522 72 957 62 014 60 945 53 999 54 505 51 797 46 455
Número de habitantes por Grupo Etário ** [18] [19]
1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 2021
0-14 Anos 15 639 17 318 14 795 16 668 19 160 20 905 21 848 16 425 14 332 10 054 7 540 6 369 4 826
15-24 Anos 8 483 9 153 8 363 9 874 11 788 12 777 12 743 11 135 10 131 8 258 7 432 5 013 4 402
25-64 Anos 18 401 19 648 19 797 21 143 25 978 29 947 33 322 28 625 28 743 27 207 28 967 28 166 23 387
= ou > 65 Anos 1 824 2 112 1 997 2 629 3 319 4 310 5 044 6 380 7 739 8 480 10 566 12 249 13 840
  • Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.
  • De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente

De acordo com os dados provisórios avançados pelo INE o distrito de Castelo Branco registou em 2021 um decréscimo populacional na ordem dos 9,3% relativamente aos resultados do censo de 2011. No concelho da Covilhã esse decréscimo rondou os 10,3%.

Política[editar | editar código-fonte]

Presidentes eleitos[editar | editar código-fonte]

  • 2021–2025: Vítor Manuel Pinheiro Pereira (PS)[20]
  • 2017–2021: Vítor Manuel Pinheiro Pereira (PS)[21]
  • 2013–2017: Vítor Manuel Pinheiro Pereira (PS)[22]
  • 2009–2013: Carlos Alberto Pinto (PPD/PSD)[23]
  • 2005–2009: Carlos Alberto Pinto (PPD/PSD)[24]
  • 2001–2005: Carlos Alberto Pinto (PPD/PSD)[25]
  • 1997–2001: Carlos Alberto Pinto (PPD/PSD)[26]
  • 1993–1997: Jorge Manuel Lopes da Cruz Pombo (PS)[27]
  • 1989–1993: Carlos Alberto Pinto (PSD)[28]
  • 1985–1989: Álvaro Lambelho Ramos (PSD)[29]
  • 1982–1985: Augusto Lopes Teixeira (PS)[30]
  • 1979–1982: Augusto Lopes Teixeira (PS)[31]
  • 1976–1979: Augusto Lopes Teixeira (PS)[32]

Eleições autárquicas [33][editar | editar código-fonte]

Data % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V Participação
PS CDS-PP FEPU/APU/CDU PPD/PSD GDUP PCTP/MRPP LCI AD PPM UDP/BE PRD IND CDS/PSD MPT CH IL A
1976 39,01 4 18,30 1 15,55 1 11,88 1 5,10 - 1,84 - 1,26 -
63,82 / 100,00
1979 40,20 3 AD 19,28 1 AD 1,38 - 34,59 3 AD 1,34 -
70,81 / 100,00
1982 43,86 4 19,10 1 1,83 - 29,97 2
70,80 / 100,00
1985 21,29 2 27,14 2 31,44 2 1,20 - 14,65 1
62,97 / 100,00
1989 30,85 2 29,27 2 34,54 3 CDU
62,40 / 100,00
1993 42,66 4 4,48 - 11,26 1 37,25 4
66,75 / 100,00
1997 33,06 3 4,25 - 11,78 1 48,29 5
64,81 / 100,00
2001 18,66 1 2,60 - 8,57 - 65,97 6 BE
65,73 / 100,00
2005 24,66 2 1,62 - 7,89 - 58,94 5 0,27 - 2,01 -
64,98 / 100,00
2009 26,83 3 2,78 - 7,47 - 56,69 6 2,53 -
61,68 / 100,00
2013 37,51 3 (a)[34] 11,01 1 15,01 1 1,75 - 28,32[35] 2
57,79 / 100,00
2017 46,41 5 15,10 1 6,21 7,37 - PSD 2,18 - 18,16[36] 1
61,86 / 100,00
2021 46,24 4 CDS/PSD 9,74 - CDS/PSD MPT 30,39 3 6,38 - 1,73 - CDS/PSD MPT
58,56 / 100,00

(a) O CDS-PP apoiou a lista independente de Pedro Farromba em 2013.

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Data %
PS CDS PSD PCP UDP AD APU/

CDU

FRS PRD PSN BE PAN PSD
CDS
L CH IL
1976 43,44 14,71 14,64 13,01 1,58
1979 27,79 AD AD APU 2,75 37,39 24,42
1980 FRS 1,20 37,85 20,69 33,07
1983 39,92 13,50 17,02 0,94 21,76
1985 19,76 10,73 18,59 1,49 17,88 25,58
1987 27,00 4,57 36,62 CDU 0,92 16,08 8,03
1991 37,69 3,95 40,54 10,31 0,96 1,94
1995 58,86 6,96 22,73 0,61 7,51
1999 57,31 6,09 21,52 10,24 1,32
2002 55,27 6,56 26,49 6,41 1,68
2005 64,77 3,63 17,37 6,59 4,05
2009 48,15 6,42 20,88 8,44 10,10
2011 44,32 7,84 26,79 8,40 4,80 0,70
2015 43,67 PSD CDS 10,24 12,14 0,75 25,20 0,62
2019 44,91 3,82 17,87 7,65 13,92 2,43 0,81 0,82 0,57
2022[37] 54,79 1,42 20,92 4,73 5,07 1,08 0,89 5,28 2,67

Ensino[editar | editar código-fonte]

2º e 3ª Ciclos[editar | editar código-fonte]

Secundário[editar | editar código-fonte]

A nível do ensino secundário a cidade da Covilhã conta com três escolas, Escola Secundária Campos Melo (antiga escola industrial), Escola Secundária Frei Heitor Pinto (antigo liceu) e Escola Secundária Quinta das Palmeiras (antiga escola preparatória).

  • Escola Secundária com 3º ciclo do ensino básico de Campos Melo
  • Escola Secundária com 3º ciclo do ensino básico de Frei Heitor Pinto
  • Escola Secundária com 3º ciclo do ensino básico Quinta das Palmeiras

Profissional e Artístico[editar | editar código-fonte]

  • AFTEBI — Associação para a Formação Tecnológica e Profissional da Beira Interior
  • EPABI — Escola Profissional de Artes da Covilhã
  • Escola Profissional Agrícola Quinta da Lageosa (Aldeia do Souto)
  • Centro de Formação Empresarial da Cova da Beira (Tortosendo)
  • Conservatório Regional de Música da Covilhã

Universidade da Beira Interior[editar | editar código-fonte]

Vista do pólo I da Universidade da Beira Interior

O ensino superior está presente na cidade da Covilhã desde a fundação do Instituto Politécnico, em 1973. Este acontecimento surgiu a partir das actividades do grupo de trabalho para o Planeamento Regional da Cova da Beira, tendo a instituição começado a receber os primeiros alunos dos cursos de Engenharia Têxtil e Administração e Contabilidade. No ano de 1979, o então Instituto Politécnico, converteu-se em Instituto Universitário da Beira Interior e, em 1986, o Instituto Universitário passa a Universidade da Beira Interior. O seu primeiro Reitor foi o Prof. Doutor Cândido Manuel Passos Morgado, seguindo-se o Prof. Doutor Manuel José dos Santos Silva, o Prof. Doutor João António de Sampaio Rodrigues Queiroz, atual diretor geral do ensino superior e, presentemente, o Prof. Doutor António Fidalgo.[38] A UBI é frequentada por cerca de 8000 alunos repartidos pelas trinta e duas licenciaturas do primeiro ciclo de Bolonha, quarenta e seis mestrados do segundo ciclo de Bolonha e vinte e nove áreas de doutoramento.[39]

Desporto[editar | editar código-fonte]

Futebol[editar | editar código-fonte]

Ao nível do futebol a cidade conta com o Sporting da Covilhã, o clube mais bem sucedido no distrito, tendo ao todo 15 presenças na Primeira Liga e sido uma vez finalista da Taça de Portugal. A sua equipa principal disputa atualmente a Segunda Liga tendo também outras equipas nas camadas jovens, ainda nesta modalidade existe a Associação Desportiva da Estação, que compete no Campeonato Distrital de Castelo Branco, onde já conquistou alguns títulos, destacando-se também nas camadas jovens.

Atletismo[editar | editar código-fonte]

A nível de atletismo existem três clubes na Covilhã:

  • Estrela Campo da Aviação FC
  • Penta Clube da Covilhã
  • CCD Leões da Floresta

Comunicação social[editar | editar código-fonte]

Desde Outubro de 2006 que a Covilhã tem um jornal de distribuição gratuita da Beira Interior: o Já Agora[40] tem uma tiragem de 14 000 exemplares por edição e é distribuído nas caixas de correio da zona urbana da cidade, quinzenalmente, às quartas-feiras. Existem dois jornais locais semanários, o Fórum Covilhã e o Notícias da Covilhã, sendo este o semanário mais antigo do distrito. A rádio local é a Rádio Covilhã (95.6 97.0 MHz). Há ainda a Tribuna Desportiva, um suplemento semanal sobre o desporto de todo o distrito e região.

Espaços públicos e património[editar | editar código-fonte]

Jardim do Lago
Igreja da Misericórdia
Capela do Calvário

A Praça do Município (ou do Pelourinho) é a principal praça e a mais central da Covilhã. Situa-se em pleno centro histórico. Há muitos anos, nela se podia admirar um pelourinho do século XVI que foi destruído, juntamente com o edifício filipino da câmara, aquando da reformulação deste espaço.[41]

A Covilhã possui ainda grandes jardins e parques, como o Jardim Público, Jardim do Lago, Parque Alexandre Aibéo, Jardim de N. Sra. da Conceição e o Parque da Goldra.

Como monumentos classificados mais significativos, a cidade tem, entre outros, os seguintes imóveis:

  • Igreja de Santa Maria Maior — igreja barroca que tem a particularidade de ter a fachada coberta por azulejos;
  • Igreja de São Francisco — igreja gótica, pertenceu ao antigo Convento de S. Francisco;
  • Igreja da Misericórdia da Covilhã — igreja maneirista, situada no coração da cidade;
  • Capela de São João de Malta — pequena capela que, em tempos, pertenceu à Ordem de Malta;
  • Capela Românica de S. Martinho — capela românica. Trata-se da mais antiga edificação na cidade. Consta-se que aqui casou Pêro da Covilhã em 1478;
  • Capela do Calvário — capela gótica cujo interior foi coberto por talha dourada e pinturas alusivas à vida de Jesus Cristo.
  • Torre de São Tiago — edificada no século XIX, é um dos ex-libris da Covilhã por se avistar praticamente de qualquer ponto da cidade;
  • Real Fábrica de Panos — manufactura real, fundada pelo Marquês de Pombal em 1764. Actualmente reconvertida em Museu dos Lanifícios;
  • Muralhas da Covilhã — edificadas por ordem de D. Sancho I, mais tarde alargadas por D. Dinis. Ficaram muito danificadas pelo terramoto de 1755. Actualmente restam apenas alguns troços desta edificação.
  • Monumento a Nossa Senhora da Boa Estrela — Monumento esculpido na rocha em homenagem à padroeira dos pastores. Fica situado junto à Torre, ponto mais alto de Portugal Continental.

Museus[editar | editar código-fonte]

Bandas filarmónicas do município da Covilhã[editar | editar código-fonte]

Existem ao todo oito bandas filarmónicas em atividade espalhadas por algumas freguesias do município, são elas:[42]

  • Associação Filarmónica Sanjorgense — São Jorge da Beira
  • Banda Filarmónica Caseguense — Casegas
  • Filarmónica Recreativa Eradense — Erada
  • Banda Filarmónica do Paul — Paul
  • Sociedade Filarmónica Recreativa Estrela de Unhais da Serra — Unhais da Serra
  • Filarmónica Recreativa Cortense — Cortes do Meio
  • Associação Recreativa e Musical Covilhanense (Banda da Covilhã)
  • Filarmónica Recreativa Carvalhense — Vila do Carvalho

Geminações[editar | editar código-fonte]

A cidade da Covilhã é geminada com as seguintes cidades:[43]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «População residente, segundo a dimensão dos lugares, população isolada, embarcada, corpo diplomático e sexo, por idade (ano a ano)». Informação no separador "Q601_Centro". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 1 de Março de 2014. Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2013 
  2. «INE Census 2021: Centro / Beiras e Serra da Estrela / Covilhã / 5 freguesias urbanas; última atualização: novembro 23, 2022». Consultado em 29 de dezembro de 2022 
  3. Instituto Geográfico Português (2013). «Áreas das freguesias, municípios e distritos/ilhas da CAOP 2013». Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013. Direção-Geral do Território. Consultado em 28 de novembro de 2013. Arquivado do original (XLS-ZIP) em 9 de dezembro de 2013 
  4. «INE Census 2021: Centro / Beiras e Serra da Estrela / Covilhã / 21 freguesias; última atualização: novembro 23, 2022». Consultado em 29 de dezembro de 2022 
  5. Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro: Reorganização administrativa do território das freguesias. Anexo I. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Suplemento, de 28/01/2013.
  6. a b Carta Administrativa Oficial de Portugal
  7. Classificação do semanário Expresso
  8. «Cópia arquivada». Consultado em 20 de agosto de 2008. Arquivado do original em 17 de maio de 2008 
  9. [1]
  10. [2]
  11. a b «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Cidade da Covilhã". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 22 de outubro de 2014 
  12. Paulo de Oliveira, S.A.
  13. A Penteadora, S.A.
  14. Tessimax - Lanifício, S.A.
  15. «Climate data: Covilhã». Climate-data. Consultado em 2 de setembro de 2013 
  16. «Climate data: Penhas da Saúde». Climate-data. Consultado em 3 de setembro de 2013 
  17. «Recenseamentos Gerais da População». Instituto Nacional de Estatística 
  18. INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros
  19. INE - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0011166&contexto=bd&selTab=tab2
  20. «Eleições Autárquicas de 2021» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. Consultado em 15 de janeiro de 2022 
  21. «Eleições Autárquicas de 2017» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. Consultado em 15 de janeiro de 2022 
  22. «Eleições Autárquicas de 2013» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. Consultado em 15 de janeiro de 2022 
  23. «PRESIDENTES DE CÂMARA 1976 - 2017» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. Consultado em 15 de janeiro de 2022 
  24. «Eleições Autárquicas de 2005» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. Consultado em 15 de janeiro de 2022 
  25. «Eleições Autárquicas de 2001» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. Consultado em 15 de janeiro de 2022 
  26. «Eleições Autárquicas de 1997» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. Consultado em 15 de janeiro de 2022 
  27. «Eleições Autárquicas de 1993» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. Consultado em 15 de janeiro de 2022 
  28. «Eleições Autárquicas de 1989» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. Consultado em 15 de janeiro de 2022 
  29. «Eleições Autárquicas de 1985» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. Consultado em 15 de janeiro de 2022 
  30. «Eleições Autárquicas de 1982» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. Consultado em 15 de janeiro de 2022 
  31. «Eleições Autárquicas de 1979» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. Consultado em 15 de janeiro de 2022 
  32. «Eleições Autárquicas de 1976» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. Consultado em 15 de janeiro de 2022 
  33. «Concelho de Covilhã : Autárquicas Resultados 2021 : Dossier : Grupo Marktest - Grupo Marktest - Estudos de Mercado, Audiências, Marketing Research, Media». www.marktest.com. Consultado em 16 de dezembro de 2021 
  34. Clique, Diário Digital Castelo Branco-Notícias num. «Covilhã : CDS-PP apoia Pedro Farromba à Câmara». diariodigitalcastelobranco.pt (em inglês). Consultado em 19 de outubro de 2021 
  35. ADSI (14 de janeiro de 2013). «Pedro Farromba avança como independente à presidência da Câmara da Covilhã». beira.pt. Consultado em 19 de outubro de 2021 
  36. Lusa. «Covilhã: antigo presidente da câmara do PSD candidata-se como independente». PÚBLICO. Consultado em 19 de outubro de 2021 
  37. «Eleições Legislativas 2022 - Covilhã». legislativas2022.mai.gov.pt. Consultado em 1 de dezembro de 2023 
  38. «História da UBI». Consultado em 21 de agosto de 2008. Arquivado do original em 22 de maio de 2009 
  39. Página da UBI
  40. «jaagora.surprisebox.pt». Consultado em 7 de abril de 2019. Arquivado do original em 4 de fevereiro de 2016 
  41. O Pelourinho da Covilhã: Silo-Auto versus Praça Urbana
  42. Lista de bandas filarmónica no Distrito de Castelo Branco
  43. http://www.anmp.pt/anmp/pro/mun1/gem101l0.php?cod_ent=M6200

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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