Criptoanálise de mangueira de borracha

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Na criptografia, criptoanálise de mangueira de borracha é a extorsão de segredos criptográficos de uma pessoa, por coação ou tortura,[1][2] em contraste com o ataque de criptoanálise matemática ou técnica. O eufemismo toma como exemplo fictício o ato de golpear alguém com uma mangueira de borracha até que o indivíduo coopere.

Prática[editar | editar código-fonte]

Como reportado pela Anistia Internacional e as Nações Unidas, muitos países usam rotineiramente formas de tortura pessoal.[3][4][5][6] Portanto, é lógico supor que pelo menos alguns desses países usem algum tipo de criptoanálise de mangueira de borracha. Na prática, a coerção psicológica pode ser tão eficaz quanto a tortura física. Métodos não-violentos, mas muito intimidantes, incluem táticas como a ameaça de duras penalidades legais.

Incentivo[editar | editar código-fonte]

O incentivo para cooperar pode ser qualquer tipo de acordo com o procurador, como uma tentativa de eliminar ou reduzir as acusações criminais contra um suspeito, em troca de plena cooperação com os investigadores. Outras técnicas também eficazes podem ser ameaças dirigidas a parentes próximos da pessoa que está inquirida, a fim que esta coopere.[7]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Turkish police may have beaten encryption key out of TJ Maxx suspect». Cnet. Consultado em 23 de julho de 2022 [ligação inativa] 
  2. «Rubber-Hose Cryptanalysis - Schneier on Security». www.schneier.com. Consultado em 23 de julho de 2022 
  3. Pincock, Stephen (1 de novembro de 2003), «Exposing the horror of torture», The Lancet, 362 (9394): 1462–1463, doi:10.1016/S0140-6736(03)14730-7, consultado em 29 de agosto de 2009 
  4. Organização das Nações Unidas News Service, ed. (27 de outubro de 2004), Many countries still appear willing to use torture, warns UN human rights official, consultado em 28 de agosto de 2009 
  5. Modvig, J. (18 de novembro de 2000), «Torture and trauma in post-conflict East Timor», The Lancet, 356 (9243), doi:10.1016/S0140-6736(00)03218-9, consultado em 29 de agosto de 2009 
  6. Iacopino, Vincent (30 de novembro de 1996), «Turkish physicians coerced to conceal systematic torture», The Lancet, 348 (9040), doi:10.1016/S0140-6736(05)65892-8, consultado em 29 de agosto de 2009 
  7. Hoffman, Russell D. (2 de fevereiro de 1996), «Interview with author of PGP (Pretty Good Privacy)», High Tech Today, consultado em 29 de agosto de 2009