Declaração de independência de Azauade

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Declaração de independência de Azauade
Declaração de independência de Azauade
Bandeira adotada pelo MNLA para o Estado Independente de Azauade
Propósito Independência do Azauade de Mali
Local de assinatura Gao
Autoria Movimento de Libertação Nacional de Azauade
Signatário(a)(s) Secretário-Geral
Bilal Ag Acherif
Criado 6 de abril de 2012

A declaração de independência de Azauade ou Azawad foi a declaração de independência feita pelo Movimento de Libertação Nacional de Azauade da República do Mali, para a criação do Estado Independente de Azauade em 6 de abril de 2012, na sequência de uma rebelião que foi precedida por uma série de outras rebeliões tuaregues.

História[editar | editar código-fonte]

Após o regresso de centenas de soldados após a Guerra Civil Líbia em 2011 e a formação do Movimento Nacional para a Libertação de Azauade,[1] uma revolta é iniciada em 17 de janeiro de 2012, com um ataque na região de Quidal, perto da fronteira com Argélia. Após o golpe de Estado de março​​, os rebeldes fizeram outras incursões para capturar as três maiores cidades de Quidal, Gao e Tombuctu, em três dias, respectivamente. Neste ponto, as outras facções se juntaram à luta, incluindo as islâmicas, Ansar Dine e o Movimento para a Unidade e Jihad na África Ocidental. Apesar dos relatos que a Ansar Dine ter assumido o controle de grande parte do que foi inicialmente capturado por ou com o auxílio do MNLA, o grupo estabeleceu o seu mandado sobre grande parte do território.[2] Os povos tuaregues também reclamam há por muito tempo da marginalização dentro do Mali.[3]

Declaração de independência[editar | editar código-fonte]

O Secretário-Geral do MNLA, Bilal Ag Acherif, assinou a declaração em Gao, o local do maior posto militar no norte do Mali, em 6 de abril de 2012.[4] Foi anunciada por Moussa ag Attaher na France 24.[2]

A declaração foi publicada em francês, em nome da "voz do Movimento Nacional para a Libertação de Azauade" e em consulta com o Comitê Executivo, o Conselho Revolucionário, o Conselho Consultivo, o Estado-Maior do Exército de Libertação e dos gabinetes regionais.[5] Também cita como fundamentação um anexo unilateral da França na região de Mali, apesar de um apelo ao presidente francês Charles de Gaulle.[6]

O documento concluiu acrescentando que o novo Estado declarado pelo MNLA iria reconhecer as fronteiras internacionais,[2] apesar de terem dividido o tradicional Azawagh ao longo dos anos entre vários Estados atuais; em absoluta conformidade com a Carta das Nações Unidas,[5] e um compromisso pelo MNLA para estabelecer as "condições para uma paz duradoura" e criar as instituições do Estado, de acordo com uma Constituição democrática. Depois de "irrevogável" aclamação do Estado Independente de Azauade, o documento pede ao Comitê Executivo, que irá dirigir o país no período de transição, para convidar a comunidade internacional a reconhecer imediatamente o novo Estado, no interesse da "justiça e paz".[4]

Referências

  1. Vogl, Martin (31 de Janeiro de 2012). «Tuareg rebels attack 6th town in Mali». Yahoo News. Associated Press. Consultado em 17 de outubro de 2012. Cópia arquivada em 17 de outubro de 2012 
  2. a b c «Tuaregs claim 'independence' from Mali». Al Jazeera English. 6 de Abril de 2012. Consultado em 17 de outubro de 2012. Cópia arquivada em 17 de outubro de 2012 
  3. «Mali's Tuareg rebels declare independence». The Guardian. Associated Press. 6 de Abril de 2012. Consultado em 6 de Abril de 2012. Cópia arquivada em 17 de outubro de 2012 
  4. a b «Déclaration D'Indépendance De L'Azawad» (em francês). Mouvement National de libération de l'Azawad. 6 de Abril de 2012. Consultado em 6 de Abril de 2012. Cópia arquivada em 17 de outubro de 2012 
  5. a b «Tuareg rebels declare the independence of Azawad, north of Mali». Alarabiya.net. 6 de Abril de 2012. Consultado em 11 de Abril de 2012. Cópia arquivada em 17 de outubro de 2012 
  6. «Mali rebels declare independence - africa - world». Stuff.co.nz. 6 de Abril de 2012. Consultado em 11 de Abril de 2012. Cópia arquivada em 17 de outubro de 2012 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]