Dente-de-leão

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Descrição[editar | editar código-fonte]

Dente-de-leão é o nome comum dado a diversas espécies vegetais:

Essa espécie é encontrada em todo o hemisfério norte, bem como na Ásia, sendo tolerante a vários tipos de solo. É uma rica fonte de compostos fenólicos, flavonóides e terpenos. Também é rico em diversas vitaminas (A, C, E, K e B) e minerais. Além de suas propriedades medicinais, o dente-de-leão é utilizado ao redor do mundo na indústria alimentícia como planta comestível e atóxica. [1]

Propriedades[editar | editar código-fonte]

Estudos in vivo mostraram que os órgãos da planta, sobretudo folhas e raízes, podem desempenhar um papel importante na profilaxia de doenças cardiovasculares. Esta mesma propriedade foi avaliada, também com estudo in vivo, sob o potencial do extrato em tintura desta PANC. A avaliação dos níveis séricos de marcadores oxidativos e inflamatórios tiveram um resultado positivo após a intervenção. Isto foi atribuído a diversos componentes químicos presentes no dente-de-leão: polifenóis, ácido chicórico e outros ácidos fenólicos e flavonóides [2].

Estudos sobre o efeito do tratamento com dente-de-leão em enzimas antioxidantes e perfis lipídicos de coelhos consumindo uma dieta rica em colesterol mostraram que o tratamento com dente-de-leão (250 g/dia) parecia ter propriedades antioxidantes e resultou em melhorias na espessura da aorta.[3] Em outro caso, desenvolveram um estudo controlado randomizado com ratos para avaliar a atividade da infusão de dente-de-leão sobre o funcionamento cardíaco e o estado oxidativo dos animais. Concluiu-se com este experimento que a raiz dessa planta não apresenta impactos negativos nos aspectos cardíacos isolados dos ratos. Em contraposição ao que outros estudos haviam mostrado, os autores inferiram que não houve resultados promissores quanto a manutenção do balanço redox sistêmico. [4]

Uma comparação feita entre a composição nutricional do dente-de-leão com a do alface e espinafre, mostrou que o dente-de-leão tem uma maior variedade de aminoácidos assim como maior teor de fibras alimentares. Por ser uma fonte rica de fitocompostos, o dente-de-leão traz efeitos benéficos para a saúde, sendo um potente anti-inflamatório e antioxidante. Foi observado que o tratamento de camundongos com uma mistura de ervas contendo dente-de-leão causa uma diminuição na peroxidação lipídica no soro e nos tecidos e aumenta a atividade de enzimas antioxidantes. Também foi observado, in vitro e in vivo, que o dente-de-leão pode suprimir a produção do fator de necrose tumoral. [1]

Outros usos[editar | editar código-fonte]

Historicamente, a primeira aparição do dente de leão como uso terapêutico foi com os médicos árabes no século X para tratar problemas hepáticos. Desde o século 16, a Alemanha tem se utilizado bastante da Taraxacum, o médico e botânico alemão Leonhard Fuchs (1543) descreveu seu uso para medicar gota, diarreia, bolhas, baço e queixas hepáticas. Além de ser usado como um produto farmacêutico, o dente-de-leão também pode ser usado em diferentes produtos alimentícios, como na salada, ou, no caso das raízes que são torradas, utilizado como substituto do café. Além disso, os extratos são usados como componentes de sabor em bebidas alcoólicas e refrigerantes, sobremesas lácteas congeladas, doces, produtos de panificação, gelatinas, pudins e queijos. [5]

Referências

  1. a b GONZÁLES-CASTEJÓN, M. et al. Diverse biological activities of dandelion, Nutrition Reviews, Oxônia, v. 70, n. 9, p. 534–547, 2012. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22946853/. Acesso em: 7 jun. 2023.
  2. EPURE, A. New approaches on the anti-inflammatory and cardioprotective properties of Taraxacum officinale tincture. Pharmaceuticals, Basel, v. 16, n. 3, p. 358, 2023. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36986458/. Acesso em: 7 jun. 2023.
  3. CHOI, U.K. et al. Efeitos hipolipemiantes e antioxidantes da raiz e folha de dente- de-leão (Taraxacum officinale) em coelhos alimentados com colesterol. Int J Mol Sci, Basel, v. 11, p. 67-78, 2010. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20162002/. Acesso em: 7 jun. 2023.
  4. RADOMAN K. et al. Effects of dandelion root on rat heart function and oxidative status. Med Ther, San Francisco. v. 23, n. 1, p. 78, 2023. Disponível em: https://bmccomplementmedtherapies.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12906-02 3-03900-5. Acesso em: 7 jun. 2023.
  5. SCHUTZ, K.; CARLE, R.; SCHIEBER, A. Taraxacum: a review on its phytochemical and pharmacological profile. J Ethnopharmacol, Pretoria, v. 107, n. 3, p. 313-323, 2006. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16950583/. Acesso em: 7 Jun. 2023.

Ver também[editar | editar código-fonte]