Deriva mecânica

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Deriva mecânica é o desvio gradual de um conjunto de ajustes de uma máquina, dispositivo ou equipamento ou de seus componentes mecânicos, tal como suas dimensões, como seu comprimento e espessura, sua direção em relação à posição original, ou sua curvatura. Ainda devem se considerar as deformações locais, mas que causam mudanças das dimensões em relação ao projeto e ajustes, prejudicando a precisão das operações realizadas e a produção de erros, prejudicando a qualidade ou a execução de determinadas tarefas.

A deriva mecânica não é apenas um conceito de medidas e posições fixas no espaço, mas também relaciona-se aos movimentos dos componetes, como translações e rotações, sob determinadas velocidades lineares e angulares. Pela inércia, um componente, quando submetido a determinadas acelerações, pode apresentar flexão ou torções, que representa também deformação, ainda que por tempos limitados.

A deriva mecânica é uma variável importante a ser controlada nos equipamentos de alta precisão, como instrumentos laboratoriais de grande amplicação e que lidam com objetos e processos em escala de mícrons ou nanômetros como scanners indutivos, onde causam o desvio da posição estacionária do feixe de varredura.[1]

Em microscópios eletrônico de transmissão, onde a requisição de deriva mecânica pode ser tão baixa quanto pouca quanto uma velocidade de nm/minuto seus dispositivos são capazes de movimentações de vários μm/minuto, com exatidão do reposicionamento da ordem de nanômetros.[2]

Em microscopia de fundo escuro, como em aplicações de estudo de atividade enzimática, é um fenômeno que causa flutuações diminuindo a precisão das medições, que implicam escala de medidas de 10 nm.[3]

Referências

  1. Luiz Claudio Marangoni de Oliveira; Contribuições para Melhoria do Desempenho e Viabilidade de Fabricação de Scanners Indutivos[ligação inativa]; Tese de doutorado apresentada à comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Engenharia Mecânica; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS; Campinas, 2006, S.P. - Brasil - www.fem.unicamp.br
  2. Pulokas, J; Green, C; Kisseberth, N; Potter, CS; Carragher, B (dezembro de 1999). «Improving the Positional Accuracy of the Goniometer on the Philips CM Series TEM». Journal of Structural Biology. 128 (3): 250–256. ISSN 1047-8477. PMID 10633064. doi:10.1006/jsbi.1999.4181 
  3. Sangjin Kim, Paul C Blainey, Charles M Schroeder & X Sunney Xie; Multiplexed singlemolecule assay for enzymatic activity on flow-stretched DNA; NATURE METHODS, VOL.4 NO.5, MAY 2007, 397 - bernstein.harvard.edu