Descolonização francesa da África

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Períodos da independência dos países africanos

A seguir à Segunda Guerra Mundial a França, que já se encontrava a braços com insurreição na Argélia e na Indochina e depois de já ter perdido Marrocos e a Tunísia, em 1956, como resultado de movimentos independentistas aos quais foi obrigada a ceder, tentou em Setembro de 1958, através de um referendo uma manobra de dar uma “autonomia” às suas colónias, que continuariam a fazer parte da “Comunidade Francesa”. Com excepção da Guiné, que votou pela independência imediata, a Côte d'Ivoire, o Níger, o Alto Volta e o Daomé decidiram formar a “União Sahel-Benin” e, mais tarde, o “Conselho do Entendimento”, enquanto o Senegal se unia ao “Sudão Francês” para formar a “Federação do Mali”. Estas uniões não duraram muito tempo e a França, em 1960, reconheceu a independência da maioria das sua colónias africanas.

A Argélia, no entanto, só se tornou independente depois de 8 anos duma guerra que causou milhares de mortos, não só na própria colónia, como também na França, após o que o governo francês, dirigido pelo general Charles de Gaulle, decidiu entrar em conversações com o principal movimento independentista (a Front de Libération Nationale ou FLN) e conceder-lhe a independência.

Djibouti foi uma das colónias francesas que decidiu, em 1958, manter-se na “Comunidade Francesa” mas, devido a problemas de governação, a população local começou a manifestar-se a favor da independência. Depois de um novo referendo, em 1977, o Djibouti tornou-se finalmente um país independente. Nas Comores, a história foi semelhante, mas com uma declaração unilateral de independência, em 1975, que foi reconhecida no mesmo ano, mas que não abrangeu a ilha Mayotte, onde a população votou por manter-se como um território francês. A ilha da Reunião é igualmente um departamento francês, governando, para além da ilha principal, várias outras ilhas que são reclamadas por Madagáscar e Maurícia.

Foram os seguintes os actuais países africanos que se tornaram independentes de França no século XX (data da independência):

Entretanto, vários territórios africanos continuam sob administração francesa, depois de vários referendos: