Dióxido de manganês

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Dióxido de manganês(IV)
Alerta sobre risco à saúde
Nome IUPAC dióxido de manganês
óxido de manganês(IV)
Outros nomes pirolusita
Identificadores
Número CAS 1313-13-9
Número EINECS 215-202-6
Propriedades
Fórmula molecular MnO2
Massa molar 86.9368 g/mol (varia)
Aparência sólido preto
Densidade 5.026 g/cm3, sólido
Ponto de fusão

535 °C decomp.

Solubilidade em água Insolúvel
Termoquímica
Entalpia padrão
de formação
ΔfHo298
−520.9 kJ/mol
Entropia molar
padrão
So298
53.1 J.K−1.mol−1
Riscos associados
Classificação UE Nocivo (Xn)
NFPA 704
0
0
2
OX
Frases R R20/22
Frases S S2, S25
Compostos relacionados
Outros aniões/ânions Dissulfito de manganês(IV)
Outros catiões/cátions Dióxido de tecnécio
Dióxido de rênio
Compostos relacionados Óxido de manganês(II)
Hausmannite
Óxido de manganês(III)
Trióxido de manganês
Heptóxido de manganês
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

O dióxido de manganês ou óxido de manganês(IV) é um composto químico (fórmula química MnO2), conhecido e disponível na natureza como o mineral pirolusita, é o óxido mais importante do manganês, mas não o mais estável. Seu peso molecular é de 86,938 g/mol.

Usos[editar | editar código-fonte]

Utiliza-se em pinturas e vernizes para pintar cristais e cerâmica, na obtenção laboratorial de cloro, iodo, oxigênio e como despolarizador em pilhas secas.

É utilizado na produção de permanganatos (MnO4) especialmente o permanganato de potássio (KMnO4).

Em síntese orgânica[editar | editar código-fonte]

É usado extensivamente como um agende oxidante em síntese orgânica. A efetividade do reagente depende do método de preparação, um problema que é típico para outros reagentes heterogêneos onde a área da superfície de contato, entre outras variáveis, é um fator significativo.[1] A pirolusita mineral comporta-se como um reagente pouco ativo. Usualmente, entretanto, o reagente é gerado por tratamento de uma solução aquosa de KMnO4 com um sal de Mn (II), tipicamente o sulfato a vários pH's.

Como exemplo predominantemente do uso como oxidante, temos a oxidação de álcoois alifáticos aos correspondentes aldeídos:

cis-RCH=CHCH2OH + MnO2 → cis-RCH=CHCHO + "MnO" + H2O

A configuração da ligação dupla é conservada na reação. Os correspondentes álcoois acetilênicos são também substratos apropriados, embora os aldeídos propargílicos resultantes podem ser completamente reativos. Álcool benzílico e mesmo álcoois não ativados são também bons substratos. 1,2-Dióis são modificados por MnO2 a dialdeídos ou dicetonas. Assim, as aplicações de MnO2 em síntese são numerosas, sendo aplicáveis a muitos tipos de reações incluindo oxidação de aminas, aromatização, acoplamento oxidativo, e oxidação de tióis.

Usos diversos[editar | editar código-fonte]

Alguns exemplos de uso do MnO2 são:

  • MnO2 é usado como um catalisador na preparação laboratorial clássica de oxigênio do clorato de potássio. Uma mistura de clorato de potássio e dióxido de manganês é aquecido em um frasco de vidro resistente e o oxigênio é coletado sob água.
  • MnO2 é usado em combinação com antracita, areia, e cascalho em plantas de tratamento de água industrial.
  • Dióxido de manganês também catalisa a decomposição de peróxido de hidrogênio a oxigênio e água:
2 H2O2(aq) → O2(g) + 2 H2O(l)
  • Químicos britânicos do século XVIII referiam-se a MnO2 simplesmente como manganês. Manganês elementar era conhecido como um regulus de manganês.
  • Antigos pintores em cavernas usaram MnO2 como um pigmento preto ou marrom.
  • MnO2 foi usado para a produção de cloro no século XVIII, antes de ser disponível pelos métodos eletrolíticos. O dióxido de manganês foi redescoberto subsequentemente pelo processo Weldon.
  • Os fabricantes primordiais de vidro usaram MnO2 para remover o tom azul-esverdeado do vidro, ou para adicionar uma coloração rósea ou purpúrea.

Referências

  1. Attenburrow, J.; Cameron, A. F. B.; Chapman, J. H.; Evans, R. M.; Hems, B. A.; Jansen, A. B. A.; Walker, T. J. Chem. Soc. 1952, 1094.
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