Discussão:António Rodrigo Pinto da Silva

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Afazeres:

  • Preparar versão em inglês da página.
  • Preparar versão em castelhano.
  • Pedir autorização à Flora Ibérica para colocar no Commons a fotografia que está na página deles.
  • Idem para o Geneall.
  • Procurar A. Fernandes e de M. T. de Almeida, "Aperçu sur la vie et l'œuvre de l'Ing. Agron. António Rodrigo Pinto da Silva", Flora Mediterranea, 1994. Pode ter informação interessante para complementar o artigo.
  • Procurar notícia da morte em Portugaliae Acta Biolgica Ser. B, 16(1-4): after index page I (1992 p. 1993).

Questões a esclarecer:

  • Quem escreveu o curriculum vitae abaixo? Não é certo que tenha sido o próprio A. R. Pinto da Silva. Pode ter sido o genro, Eugénio Sequeira.
  • Colocar fotografias de plantas com o seu nome e de plantas por ele identificadas. Pedidas ao neto Miguel Menezes de Sequeira.
  • Casou em 1936?
  • Qual a data da fotografia no LibraryThing e no Wiki Commons?
  • Vale a pena referir o Pierre Dansereau?
  • Talvez seja de seguir uma divisão da biografia semelhante à que se encontra em en:Johan de Witt. Ou seja, sob "Biografia" colocar:
    • Primeiros anos
    • Vida privada
    • Carreira profissional

Notas para a edição da página:

Curriculum Vitae (transcrição)[editar código-fonte]

António Rodrigo Pinto da Silva (A. R. Pinto da Silva)

Nasceu em 13 de Março de 1912 em Cedofeita (Porto). (N.T. Faleceu a 8 de Setembro de 1992) Engenheiro Agrónomo (Instituto Superior de Agronomia, Lisboa, 1937). Sucessivamente estagiário de 3.º classe (1937), de 2.ª classe, de l.ª classe e investigador coordenador por mérito relativo, em concurso de provas públicas (1968), da Estação Agronómica Nacional, onde sempre exerceu a sua actividade, desde 1937 a 1982, ano em que foi aposentado por limite de idade. Foi, desde a sua fundação (1939), chefe do Departamento de Fitossistemática e Geobotânica, onde se dedicou a estudos da flora e da vegetação de Portugal continental e, ainda que em menor grau, também dos Açores. Dos seus estudos no âmbito da taxonomia e da florística resultou número apreciável de novos taxa {merecem especial destaque Silene Rothmaleri Pinto da Silva, Convolvulus Fernandesii Pinto da Silva & Teles e Digitalis Heywoodii (Pinto da Silva & M. da Silva), de novos taxa para a flora de Portugal e dos Açores e um melhor conhecimento da área de inúmeras plantas e da sua nomenclatura. Desde o seu início, foi assessor da Flora Ibérica. Foi colaborador, na revisão de áreas de distribuição da monumental obra de Meusel & collab. (1965, 1978) a Vergleichende Chorologie der Zentraleuropäischen Flora. Como "Regional Adviser" e também como colaborador da Flora Europaea, que se publicou de 1964 até 1980, realizou também estudos no âmbito da flora europeia, tendo publicado nessa obra, além dos textos relativos aos géneros Iberis (colab.), Lupinus (colab.) e Armeria, diversas notas e comentários taxonómicos e nomenclaturais. Desde 1958, não obstante a escassez de colaboradores, reuniu com eles elementos para um Atlas Fitocorológico de Portugal, cuja cobertura, entretanto atingiu um pouco mais do que metade da área do país. Além dos resultados da sua própria actividade, sempre procurou estimular os seus colaboradores nestes e noutros campos de investigação e os resultados obtidos são de considerável importância. Editou e colaborou nos 22 fascículos dos seus De Flora Lusitana Commentarii ad Normam Herbarii Stationis Agronomicae Nationalis (1946-1980). Editou também, tendo reorganizado e revisto o texto, actualizando a nomenclatura, o Catálogo das Plantas Vasculares dos Açores , da autoria do Prof. Doutor Ruy Telles Palhinha (1966). Organizou o herbário da Estação Agronómica Nacional, que passou de pouco mais de 3000 a perto de 100 000 exemplares, e bem assim colecções complementares (diásporos da flora portuguesa, de paleoetnobotânica, etc.) e ficheiros e arquivos diversos. Editou o Index Seminum e organizou o serviço de permuta e registo de "sementes" da citada Estação, desde 1939 a 1982. Primeiro com a colaboração do investigador coordenador eng. A. N. Telles, depois como membro do Conselho Técnico da Liga para a Protecção da Natureza (da qual foi um dos fundadores) e mais tarde em parecer que esta entidade apresentou à Electricidade de Portugal e que ficou inédito, estabeleceu as primeiras listas de áreas e localidades botânicas a proteger.

No tocante à vegetação, deu início, duma forma sistemática, com o concurso do Doutor Josias Braun-Blanquet e de colaboradores dedicados, a estudos fitossociológicos do manto vegetal de Portugal, tendo estudado diversas comunidades e associações vegetais como carvalhais, florestas ribeirinhas, matos, carrascais, dunas, salgados, vegetação de solos calcários e de rochas ultramáficas, vinhedos, prados, pastagens, etc. Além da investigação taxonómica e florística e da fitossiologia, dedicou-se à nomenclatura das plantas cultivadas e à nomenclatura botânica, tendo apresentado numerosas propostas para alterações ao Código Internacional da Nomenclatura Botânica e intervindo na discussão e votação durante as Sessões de Nomenclatura dos Congressos Internacionais de Botânica de Estocolmo (onde representou a Estação Agronómica Nacional e os Institutos Botânicos de Coimbra e do Porto) e de Paris (em representação da Estação Agronómica Nacional). Naquele congresso foi nomeado membro do Committee for Spermatophyta do qual fez parte de 1950 a 1969 e a que também presidiu até que pediu escusa. Durante meio século deu apoio a arqueólogos portugueses e estrangeiros na identificação de macro-restos vegetais, coprólitos e impressões em cerâmica, de origem pré e proto-histórica, tendo publicado (e estando alguns em publicação) mais de quarenta comunicações, relatórios e nótulas de paleoetnobotânica, sobretudo de paleoagrobotânica, em diversas revistas nacionais e estrangeiras.

Foi pioneiro nos estudos de etnobotânica entre nós, tendo publicado contribuições sobre nomenclatura vernácula da nossa flora e de plantas cultivadas, e também sobre a utilização popular de plantas espontâneas na alimentação. Estudou as nossas plantas sinantrópicas e os diásporos como impurezas dos cereais. Ainda que esporadicamente, também se tem ocupado da história da botânica em Portugal.

Foi orientador de vários Relatórios Finais do Instituto Superior de Agronomia que obtiveram altas classificações e que mereceram publicação. Está a orientar uma tese de doutoramento.

Publicou, até 1992, mais de 300 artigos, comunicações e notas em numerosas publicações nacionais e estrangeiras.

Fez parte da Comissão Editorial da revista internacional Vegetatio e actualmente e desde o seu início é membro da Comissão Editorial dos Excerpta Botânica série B. Fez parte da Comissão de Redacção e Administração da Agronomia Lusitana, desde 1962 até que foi aposentado. Fez parte do Grupo do Agar-agar, tendo colaborado na instalação duma fábrica, para exploração da que foi a primeira patente requerida a favor do Estado. É sócio da Botanical Society of British Isles, da International Association for Plant Taxonomy, da Organization for the Phytotaxonomic Investigation of the Mediterranean Area, do Hunt Institute for Botanical Documentation, da Sociedade Broteriana, da Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais, da Liga para a Protecção da Natureza e da Quercus.

É Sócio Correspondente da Academia das Ciências de Lisboa desde 27 de Janeiro de 1983, onde participou nos Colóquios da "História e Desenvolvimento da Ciência em Portugal" (1985), da "Problemática da Droga em Portugal (1986) e da "Problemática do Tabagismo em Portugal" (1987) (V. Publicações do II Centenário da Academia das Ciências de Lisboa.)

Participou em diversos Congressos, Colóquios, Simpósios, Reuniões e Excursões Internacionais (algumas das quais organizou), quer no país, quer no estrangeiro.

Foi-lhe dedicada a nomenclatura de alguns taxa: Statice x Pinto-Silvae Rothm. (1940), Anabaena Pintoi G. Guerrero (1951), Taraxacum Pinto-Silvae van Soest (1956), Coniothyrium Pinto-Silvae Sousa Dias & Silva Teixeira (1958), Hieracium Pintodasilvae De Retz (1974) e Alyssum Pintodasilvae Dudley (1986).

Recebeu vários louvores de serviço.

Para mais completos dados curriculares ver: "Departamento de Fitossistemática e Geobotânica" in "Estação Agronómica Nacional. 50 anos de actividade". Oeiras, 1986.

Principal bibliografia

  • Elementos para o estudo da determinação de origem dos trigos pelas sementes estranhas. Rev. Agron. 25:165-224.
  • Algumas considerações sobre as plantas vasculares subespontâneas em Portugal. Agron. Lusit. 4:213-221. Cf. Bois. siera 19:297-303.
  • Os carvalhais da Serra do Gerês: esboço fitossociológico. Agron. Lusit. 12:433-448. (Colab.)
  • Flora vascular da Serra do Gerês. Ibid. 12:233-380. (Coord e colab.)
  • Résultats de 2 (et 3) excursions géobotaniques à travers le Portugal septentrional et moyen. I(ibid. 14:313-323). II(ibid. 18:165-235). III(ibid.23:229-313), IV(ibid.33:217-234). (Colab.)
  • A flora e a vegetação das áreas ultrabásicas do Nordeste Transmontano. Ibid. 30:175-361.
  • Aspectos da alimentação de origem vegetal na pré e na proto-história. A flora agrícola de Portugal nos tempos primitivos. Col. Natura, n. sér. 1:33-43.
  • A vegetação dos vinhedos portugueses. 0 Brassicetum Barrelieri. Agron. Lusit. 32:229-250.
  • Description sommaire des aires visitées. Assoc. Intern. Phytosoc., Excursion au Portugal: 6-75. (colab.)
  • 0 género Armeria Willd. em Portugal. Anu. Soc. Brot. 38:159-180. Droseraceae. ibid. 38:147-151. (colab.) Nyricaceae. ibid. 38:101-108.
  • Ferns and flowering plants of the Azores. Agron. Lusit. 36:5-94. (colab.)
  • Acerca da flora e da vegetação da Serra da Estrela. Col. Parques Naturais, 7. (colab.). (2 edições: a 3.ª ed. em inglês em preparação.).
  • Plantas em perigo. (8 artigos no Bol. Comissão do Ambiente).
  • Comvolvulus Fernandesii Pinto da Silva & Teles. Bol. Soc. Brot. 2. sér. 54:233-237. (colab.). Cf. ibid.-53:515-518.).
  • Sobre a sistemática dos pinheiros-bravos portugueses. Brotéria, sér. Ci. Nat. 16:61-76.
  • First account of the limestone flora and vegetation of N.W. Portugal and their climatic and ecological significance. Bol. Soc. Brot. 32, 2.ª sér.: 287-296. (colab.)
  • Uma subespécie serpentinícola da Arenaria tetracuetra L. Collect. Bot. 7:945-946.
  • Qu'est ce que l'Armeria neglecta Girard? Bol. Soc. Port. Ci. Nat., 2.ª sér. 12:231-236. (colab.).
  • A flora da Serra de Sintra. Port. Acta Biol. sér. B, 15:5-258.
  • A paleoetnobotânica na arqueologia portuguesa desde 1931 a 1987. Actas do Encontro "Paleoecologia e Arqueologia": 5-36. I-XIII Estampas.
  • Ecology of serpentinized areas of north-east Portugal. (Colab.). In: The ecology of areas with serpentinized rocks. A world view. Edit. B. A. Roberts & J. Proctor, ???ordrecht, 1992.
  • Algumas características da flora portuguesa. Revista da Liga para a Protecção da Natureza. 1. No prelo.
  • Ornithopus sativus Brotero (Leguminosae). Proposta de novo neotipo. Taxon 38:293-295.
  • Novidades da flora sintrana. Bol. Soc. Brot. sér. 2, 60:147-162. (Colab.).
  • Daphne Laureola L., uma planta esquecida. Rev. Biol. Univ. Aveiro, 1:19-22. (Colab.).
  • Carlina vulgaris L. em Portugal. Rev. Biol. Univ. Aveiro, 1:23-24. (Colab.).
  • A vegetação da Serra de Sintra. Primeiras impressões. Fac. Ci. Lisboa. (colab.)
  • Acerca do (não) ensino da Taxonomia vegetal. Anu. Soc. Brot. 54:19-21.
  • 0 género Ehrharta na Europa. A propósito da ocorrência da E. calycina Sm. em Portugal e na Espanha. II Reunión del Grupo Botanico Gallego: 95-98. (Colab.)
  • Brotero na sua terra natal. Memórias suas no concelho de Loures. Anu. Soc. Brot. (No prelo)
  • Impressões de vegetais em cerâmica do Castro de Zambujal (Torres Vedras, Estremadura, Portugal). (Em public.)
  • A mais preciosa jóia da flora de Portugal. (Em public).
  • A flora económica de Lisboa seiscentista no Viridarium Lusitanum. (inédito).