Discussão:Monarquianismo

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Observatore, tenho algumas dúvidas com relação ao parágrafo que você incluiu. Segue ele:

Praxeas teria introduzido em Roma o monarquianismo, 
ensinando a existência de um só Monarca, e negando 
a plena divindade do Filho e do Espírito. Os monarquianos 
querendo preservar a doutrina da salvação, concluíram 
que o Pai, como Deidade, havia sido crucificado 
pelos pecados do mundo. Ficou conhecido como a heresia 
chamada patripassianismo e que muito foi combatido por
Tertuliano, que disse a respeito de Praxeas: “Ele tinha
expelido a profecia e introduzido a heresia, tinha exilado
o Paracleto e crucificado o Pai”.

Primeiro com relação à inclusão do parágrafo em si. De acordo com o restante do trecho, que eu traduzi da Wikipédia inglesa, o Monarquianismo não era propriamente uma doutrina, mas um gênero do qual decorreram o adocionismo e o sabelianismo. No caso, Praxeas seria um seguidor do sabelianismo. Se estou correto, não este trecho seria mais adequado no artigo "sabelianismo"?

Segundo, com relação ao mérito do trecho, outra questão que me bate é sobre Praxeas negar "a plena divindade do Filho e do Espírito". Na minha idéia, o Monarquianismo (Sabelianismo) via um Deus unipessoal, sendo o Filho e o Espírito, simples "modos" da divindade. Logo, não haveria uma negação da divindade do Filho e do Espírito, mas, pelo contrário, seriam eles "plenamente divinos", pois seriam o próprio Pai.

Espero resposta para um debate amigável. --DrLutz 04:23, 1 Outubro 2006 (UTC)


Caro DrLutz,

Informação semelhante já constava da página Santíssima Trindade, para ser mais específico, estava editado da seguinte forma: “Tertuliano menciona a trindade em seu livro escrito contra Praxeas que apoiava a teoria monarquiana”, por isso pensei não estar acrescentando informação nova senão já conhecida. Estava contido em 3 parágrafos que foram retirados da página Santíssima Trindade, com a vossa aquiescência, após consultar sobre Direito de Autor.

Não vi contradição no que editei, mas posso ter sido infeliz na junção das duas informações. Monarquianismo era apenas um ‘levante’ da cristandade contra a Trindade. O termo Trindade não estava escrito, mas o pensamento vigorava, analisando-se pelos escritos dos Patriarcas da Igreja cristã. O Monarquianismo defende a existência de um só Monarca (Deus) contra a divindade plena de Jesus (que não poderia ser o Rei - Monarca). A doutrina da salvação, unanimidade entre os cristãos era violada nesse pensamento. O patripassianismo, derivação do pensamento Monarquianista, para preservar a doutrina da salvação, concluiu que o Pai havia morrido na cruz.

O termo Monarquianismo foi inicialmente usado por Tertuliano quando os “defensores” de Deus (o Monarca) foram contra a unidade Trina (Pai, Filho e Espírito Santo). Dividia-se em monarquianismo dinâmico e o monarquianismo modalista. O dinâmico estava interessado em manter a unidade de Deus, e estava alinhado com o ebionismo. Para eles, Jesus teria sido tomado de maneira especial pelo Logos de Deus, passando a merecer honras divinas, mas sendo inferior a Deus. O modalista, também chamado de sabelianismo, concebia as três Pessoas da Trindade como os três modos pelos quais Deus se manifestava aos homens.

Outra derivação do monarquianismo dinâmico foi o adocionismo, onde Jesus teria sido adotado por Deus e com ele o Espírito de Deus foi unido quando desceu uma “pomba” do alto, no batismo de João. Nesse momento teria se transformado no Cristo e recebido ali o poder para seu ministério, mas não era ainda inteiramente Deus, que teria se tornado com a ressurreição. Adocionismo era uma tentativa de explicar as natureza divina e humana de Cristo e sua relação entre si.

Assim, no sentido mais amplo, o adocionismo, o patripassianismo e o sabelianismo, são Monarquianismo.

Espero ter respondido todos os questionamentos. Mas estou ao vosso dispôr para quaisquer interrogação que saiba responder. Já observei que, com vossa pessoa, o debate sempre se faz amigavelmente, e me será motivo de honra ser corrigido por vós, caso cometa algum equívoco.__Observatore 19:42, 2 Outubro 2006 (UTC)

A explicação era necessária, agora Resumindo
Primeira resposta: Os monarquianos modalistas mais modernos, evoluindo o pensamento para conservar a doutrina da salvação eram patripassianista. Assim o monarquianismo modalista no segundo século foi nominado patripassianismo. Praxeas fazia parte destes. Sabélio é do terceiro século, logo Praxeas é que deve ter influenciado Sabellius, e não o contrário.
Segunda resposta: De fato não há negação para divindade do Filho, mas há negação para divindade plena do Filho. Há uma resposta para cada linha monarquiana. Darei algumas: Se originalmente o Filho não era Deus, mas o Espírito apenas “incorporou” em Jesus, no sentido espírita, então ele não era divino plenamente. Se Jesus só se tornou celeste quando foi adotado, no batismo, ele não era divino plenamente. Se o Pai morreu no lugar de Jesus, então ele não era sequer divino.__Observatore 00:46, 3 Outubro 2006 (UTC)
Amigo Observatore,
Observatore, não tenho o que me opor quanto a manutenção do trecho que você incluiu, haja vista os fundamentos que você colocou. Acredito, ainda, que você poderia incluir todas estas informações, até mesmo a que colocou na minha caixa de discussões, no artigo, dada a riqueza de seu conteúdo. Forte abraço. --DrLutz 13:40, 5 Outubro 2006 (UTC)
Caro DrLutz
Segui vossa sugestão e adicionei as informações. Antes retirei a informação sobre Praxeas que havia adicionado para pôr no sub item História e Evolução que criei. Deixo a vosso cargo verificar se cometi algum equívoco. Um abraço. Observatore 18:51, 5 Outubro 2006 (UTC)
Amigo Observatore,
Você certamente entende da matéria mais do que eu, não tendo porque eu me opor. O conteúdo está muito bom, e muito superior às demais Wikipédias, que deverão utilizá-lo como fonte. Até mais. --DrLutz 20:32, 5 Outubro 2006 (UTC)