Discussão:Osella Corse

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História Osella: VDA:http://victor2k.blogspot.com/2006/03/osella-minardi-dos-anos-80.html


O surgimento da Osella[editar código-fonte]

Sua história começa ainda na Década de 1960, através de Vincenzo Osella, que no seu início corria com carros da Abarth, em campeonatos italianos de turismo e subida de montanha. Quando a FIAT comrprou a Abarth, Enzo assumiu então a direção esportiva do time e fundou seu time na pequena cidade italiana de Volpiano. Foram várias vitórias, principalmente com Arturo Merzario ao volante. Em 1974, ele se encheu dos carros-esporte e se mandou para os monopostos.

Fórmula 2[editar código-fonte]

Sua estréia foi na Fórmula 2 em 1974, com o FA2 de motor BWM e dirigido por Giorgio Francia. Nos anos seguintes, Osella fez carros de F2, Fórmula 3 e esporte, sempre com resultados bons e ruins. O time foi vice do Mundial de Marcas em 1978 com Francia, Lella Lombardi e Pal Joey, enquanto que em 1979, um novo FA2 conseguiu vitórias com Eddie Cheever na F2.

Estréia na Fórmula 1[editar código-fonte]

Não demoraria muito para que Enzo quisesse chegar a categoria máxima do automobilismo. Em 1980, a Osella Squadra Corse debutaria no Mundial de F1 com um FA1 desenhado por Giorgio Stirano, patrocinado pela Denim, com motor Ford Cosworth DFV e dirigido pelo norte-americano Eddie Cheever. A estréia foi no GP da Argentina, onde Cheever não entraria no grid de largada. A primeira largada de um Osella foi no GP da África do Sul, o terceiro da temporada. Mas Cheever sofreria um acidente e abandonaria o GP. A Osella só terminaria um GP: o GP da Itália, onde Cheever terminaria em décimo-segundo, já usando um novo carro, o FA1B, desenhado por Giorgio Valentini.

Desempenho em 1981 e a chegada de Jarier[editar código-fonte]

A temporada de 1981 prometia ser melhor, mantendo o patrocínio da Denim, e tendo como pilotos o italiano Beppe Gabbiani e o argentino Miguel Ángel Guerra. O ano foi demasiadamente instável para a Osella: Gabbiani e Guerra oscilavam entre não-qualificações e abandonos (Gabbiani não terminaria nenhuma corrida do ano). Guerra foi embora depois do GP de San Marino e foi substituído por Piercarlo Ghinzani, que logo na estréia terminou o GP da Bélgica em décimo-terceiro, mas não iria para o grid em Monaco e foi substituido por Giorgio Francia (que não se qualificou para o grid do GP da Espanha), e mais tarde pelo veterano francês Jean-Pierre Jarier. Ele, inclusive, conseguiu os dois melhores resultados da equipe naquela temporada (dois oitavos lugares, na Inglaterra e na Alemanha). Mesmo com a estréia do FA1C (com patrocínios da Saima e da Pioneer), projetado por Valentini, no GP da Itália, os pontos teimavam em não chegar para a esquadra de Enzo. Mas Jarier ficaria para 1982, e teria o jovem italiano Riccardo Paletti como parceiro.

Sensação de melhora e a morte precoce de Paletti[editar código-fonte]

O FA1C foi mantido para o começo da temporada, e as coisas pareciam ser melhores para a Osella. Jarier chegou em quarto lugar no GP de San Marino e levou os primeiros 3 pontos para o time (o GP foi boicotado pela maioria das equipes devido a rivalidade FISA X FOCA). Jarier se clasificaria com certa frequência, mas Paletti só largaria em 2 GPS: em Detroit e no Canadá. Aliás, a corrida do Canadá foi de triste memória: Paletti sofreria um acidente após se chocar com a Ferrari de Didier Pironi na largada. Infelizmente, ele morreria, com apenas 23 anos. Em sinal de luto, a Osella só manteve o carro de Jarier, mas a rotina de quebras continuaria (após o acidente, a Osella só terminaria 1 GP: o GP da Holanda, com o décimo-quarto lugar de Jarier). No Grande Prêmio da Alemanha, o FA1D estrearia, com patrocínio da Kelemata e projeto de Tony Southgate (ex-Shadow Racing Cars e Arrows).

Situação para 1983[editar código-fonte]

O FA1D seria o carro do começo da temporada 1983, e a Osella voltaria a ter 2 pilotos: Piercarlo Ghinzani e Corrado Fabi (irmão de Teodorico Fabi). A Kelemata continuaria a patrocinar e o carro agora teria os motores da Alfa Romeo, a partir do GP de San Marino (primeiramente, apenas para o carro de Ghinzani. Só a partir do GP da Inglaterra, os dois carros teriam o Alfa). Também em Ímola, estrearia o FA1E (criação de Southgate). A temporada seria de esquecer, apenas a destacar o décimo lugar de Fabi no GP austríaco, porque nos outros, foi só decepção.

1984 - 1985: a sina continuaria?[editar código-fonte]

A Temporada de Fórmula 1 de 1984 chegou e o FA1F (agora turbo) já seria lançado no GP do Brasil, apenas pilotado por Ghinzani, e mais tarde tendo o austríaco Jo Gartner como companheiro. Apenas quatro pontos foram somados: um quinto lugar de Ghinzani em Dallas e um outro quinto lugar, conquistado por Gartner na Itália. No fim, foi um ano melhor que os outros, com vários términos de corrida, porém com mais pontos.

O FA1F ainda correria as 3 primeiras corridas de 1985, quando apareceu o FA1G, que praticamente era o mesmo carro. Mas a falta de resultados e os freqüentes abandonos foram o suficiente para que Ghinzani fosse substituído pelo holandês Huub Rothengatter (que veio com muito dinheiro para reforçar o caixa do time). Infelizmente, nem ele conseguiu botar o carro nos eixos, e tudo permaneceu o mesmo.

1986: quatro pilotos e mais palhaçadas na pista[editar código-fonte]

Em 1986, o FA1F reapareceria junto com o FA1G nas corridas com a dupla formada por Ghinzani e o alemão Christian Danner (mais pela falta de dinheiro do que uma forma de ter melhor resultado), que foi substituído no Grande Prêmio de Detroit pelo canadense Allen Berg (com dinheiro e patrocínio da Landis & Gyr), e até um FA1H apareceria pilotado por Ghinzani na Inglaterra, mas o melhor que a Osella pode oferecer foi o décimo-primeiro lugar do italiano no GP da Áustria, usando o FA1G. Berg seria substiuído pelo jovem Alex Caffi, apenas no GP da Itália, mas mesmo assim não melhorou muito.

1987: a "longa noite" da Osella se inicia[editar código-fonte]

Passemos para 1987, e a Osella lançava o FA1I, ainda com motores da Alfa (que já haviam provado não ser competitivos o bastante). Dois italianos (Alex Caffi e Gabriele Tarquini) e um suíço (Franco Forini) se revezaram pela temporada inteira tentando fazer o carro dar certo. Apenas uma vez, o carro viu bandeira quadriculada, com o décimo-segundo lugar de Caffi em San Marino. No resto foi só não qualificação e abandono.

1988: a "longa noite" segue[editar código-fonte]

Indo para 1988, a Alfa resolve desistir de vez da equipe, mas sem parar de fornecer os motores, que foram rebatizados simplesmente como Osella. Viria o FA1L, e o azul característico do time virou preto. Nada que fosse assim tão importante para bons resultados, mas Nicola Larini agüentou a barra, apesar da equipe ter terminado apenas 3 corridas, destaque para o nono lugar em Monte Carlo. No final do ano, Enzo mandou a Alfa ir embora e trouxe os Ford Cosworth de volta, ainda com o dinheiro e apoio da Fondmetal (uma empresa fabricante de rodas para corridas), chefiada por Gabriele Rumi. Disso saiu o FA1M, predominantemente branco, mantendo Larini e trazendo Ghinzani de volta ao time. Não seria bastante dizer que o carro não era tão bom assim, apesar de Larini ter largado em décimo no Japão (e em décimo-primeiro na Austrália) e de ter sido o único a fazer o carro terminar uma corrida (décimo-segundo lugar em Ímola). Enquanto isso, Ghinzani, agora um veterano, teria muitas dificuldades com o carro nas pré-qualificação. Enfim, 1989 não seria o ano da Osella.

1990: a "longa noite" continua, e a Osella é vendida[editar código-fonte]

1990 é o capítulo final da aventura da Osella na F-1. Rumi aumentaria suas cotas no time e a equipe é renomeada Fondmetal-Osella. Surge o FA1ME, para ser pilotado pelo francês Olivier Grouillard. O derradeiro ano do time seria um pouco melhor, com a equipe se qualificando com frequência e terminando corridas. O melhor desempenho do time foram dois décimos-terceiros lugares, no Canadá e na Austrália. No fim do ano, Enzo Osella vende sua parte para Rumi e sai da F-1. Finalmente, em 1991 Rumi (falecido em 2001) muda o nome da equipe apenas para Fondmetal.

Paradeiro do pessoal da Osella[editar código-fonte]

  • Eddie Cheever - O norte-americano passou um bom tempo na F1, sendo um razoável piloto da Tyrrell Racing, Ligier, Renault, Alfa Romeo e Arrows. Depois voltaria aos EUA para correr, vencer as 500 Milhas de Indianápolis em 1998 e virar dono de time da Indy Racing League.
  • Miguel Ángel Guerra - Sem informações do seu paradeiro.
  • Beppe Gabbiani - Voltou a F-2 e fez ótimas temporadas. Depois passaria a ser um eventual corredor de turismo e carros-esporte.
  • Piercarlo Ghinzani - Entre suas passagens pela Osella, correria com a Ligier, a Toleman e a Zakspeed, sem sucesso. De vez em quando, corre na Itália.
  • Giorgio Francia - Ele correu em carros de turismo até o fim dos anos 90, com relativo sucesso.
  • Jean-Pierre Jarier - Ex-piloto de Shadow, Lotus e Tyrrell, o veterano Jarier fez uma temporada terrível pela Ligier em 1983, e depois abandonou a F1. Escapou de um acidente de helicóptero e correu em eventos de turismo francês e da Porsche.
  • Riccardo Paletti - ele faleceu no GP do Canadá de 1982, após um choque com a Ferrari de Didier Pironi.
  • Corrado Fabi - Campeão europeu da F2 em 1982, Corrado disputou algumas corridas com a Brabham em 1984, depois foi para os EUA junto com o irmão Teo, e depois abandonando o esporte pra cuidar dos negócios de família.
  • Jo Gartner - Teve uma boa carreira nos carros-esporte, vencendo as 12H de Sebring de 1986, em companhia de Bob Akin e Hans-Joachim Stuck. Ele morreria num grave acidente nas 24 Horas de Le Mans daquele ano, com um Porsche.
  • Huub Rothengatter - Dirigiu sem sucesso pela Zakspeed em 1985. Depois reapareceria na F1, como empresário de Jos Verstappen.
  • Christian Danner - Correu por Zakspeed, Arrows e Rial Racing, obtendo por esta equipe um quarto lugar no GP dos EUA em 1989. Depois da F-1, Danner correu no Japão, nos EUA, na DTM e hoje é comentarista de TV.
  • Allen Berg - Apesar de ser canadense, fez fama no México, correndo na Fórmula 3 de lá. Hoje é dono de equipe em categorias menores do automobilismo norte-americano.
  • Alex Caffi - Correria pela Dallara e pela Footwork Arrows, foi enganado pela Andrea Moda Formula e depois desapareceu.
  • Gabriele Tarquini - Correu pela Coloni, A.G.S. e Fondmetal, e ainda fez uma participação com uma Tyrrell em 1995. Depois foi fazer sua fama nos campeonatos de turismo mundo afora.
  • Franco Forini - Correu na F-3 Alemã e na F-3 Italiana, também participou de corridas de Rali e Kart, e hoje é dono de postos de gasolina na Suíça.
  • Nicola Larini - Já tinha experiência na Coloni, e então correu pela Ligier, Lambo-Modena, foi piloto de testes da Ferrari (correu duas corridas por ela) e correu pela Sauber em 1997. Virou um ótimo piloto de turismo na Itália.
  • Olivier Grouillard - Passou por Ligier, Fondmetal e Tyrrell. Se mudou para os EUA, fracassou e foi para os carros-esporte, sem muito sucesso.
  • Enzo Osella - Reconstruiu a equipe nos carros-esporte, com sucesso, ganhando campeonatos de subida de montanha e de turismo.