E.ON

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E.ON
E.ON
Razão social E.ON SE
Empresa de capital aberto
Cotação FWBEONA, OTCQXEONGY
Atividade Energia
Gênero Sociedade europeia
Fundação 2000 (24 anos)
Sede Essen, Região de Düsseldorf, Renânia do Norte-Vestfália, Alemanha
Área(s) servida(s) Europa
Estados Unidos
Pessoas-chave Johannes Teyssen (CEO e presidente do conselho executivo)
Werner Wenning (Presidente do conselho de supervisão)
Empregados 56,490 (fim de 2015)
Produtos Distribuição de gás natural
Geração e distribuição de energia elétrica
Subsidiárias E.ON Ruhrgas
E.ON UK
E.ON Sverige
Lucro Baixa −€6.377 bilhão (2015)
Faturamento Aumento€116.56 bilhão (2015)
Antecessora(s) VEBA
VIAG
PreussenElektra
E.ON AG
Website oficial www.eon.com

E.ON SE é uma empresa alemã, sediada em Essen, que atua na distribuição de gás natural e na geração e distribuição de energia elétrica.

Caso Endesa[editar | editar código-fonte]

Em 2006, a E.On fez uma oferta não-solicitada de compra da Endesa. O governo espanhol tentou bloquear a compra por meio de restrições impostas pela Comissão Nacional de Energia (CNE) daquele país. Em 29 de novembro de 2006 a Comissão Europeia julgou ilegais todas as restrições impostas pela CNE à E.ON.[1]

Afinal, a iniciativa da E.On foi atravessada por uma candidatura conjunta da italiana Enel e da empresa espanhola Acciona. A E.ON, no entanto, adquiriu cerca de 10 bilhões em ativos que a Enel ampliada foi obrigada a alienar, conforme as regras da Comissão Europeia sobre concorrência.[2] [3]

Críticas[editar | editar código-fonte]

A E.On tem enfrentado duras críticas, em razão dos seus planos de construir uma nova usina termoelétrica movida a carvão, em Kingsnorth, perto de Ashford (Kent), na Inglaterra, para substituir as atuais instalações. Seria a primeira usina a carvão construída no Reino Unido nos últimos 30 anos. As críticas se devem à grande quantidade de emissões associadas à queima de carvão, com efeitos sobre a atmosfera e o aquecimento global. Kingsnorth 2 seria "a mais suja usina de energia elétrica da Grã-Bretanha em 30 anos."[4][5] A construção da usina tem sido criticada por várias organizações ambientalistas, incluindo:

O climatólogo e chefe do Instituto Goddard para Estudos Espaciais da NASA, James Hansen, condenou a construção de novas usinas movidas a carvão e declarou: "Diante das ameaças, [ de mudança climática] é uma insanidade propor novas usinas de geração de energia baseadas na queima do carvão, que é o mais sujo e o mais poluente de todos os combustíveis fósseis. Precisamos suspender a construção de usinas baseadas na queima de carvão e desativar gradativamente, nas próximas duas décadas, aquelas já existentes."[14] Ele entretanto admite que o carvão poderia ser uma fonte de energia a longo prazo, se o dióxido de carbono fosse capturado e armazenado abaixo da superfície. [15] Já o Greenpeace é cético quanto à viabilidade comercial da tecnologia de captura e sequestro geológico do carbono (CCS, do inglês Carbon Capture and Storage).[16]

Segundo um relatório publicado pela Carbon Market Data, em 2008,[17] a E.ON foi o segundo maior emissor de CO2 da Europa, com aproximadamente 108 milhões de toneladas de CO2 emitidas.

Maré negra na Sardenha[editar | editar código-fonte]

Central termelétrica de Fiume Santo, propriedade da E.ON na Sardenha

Um recente escândalo envolvendo a E.On refere-se ao desastre da maré negra[18] ocorrido na costa norte da Sardenha, Itália.

O acidente ocorreu em 11 de janeiro de 2011, quando cerca de 45.000 litros de óleo combustível acabaram no mar, durante operações de descarregamento de óleo destinado a alimentar a central termoelétrica de Fiume Santo, em Porto Torres, província de Sassari, no Golfo de Asinara,[19] devastando áreas pesqueiras e ecossistemas costeiros. A central termoelétrica é de propriedade de E.ON.[20][21]

Referências

  1. Mergers: Commission decides that Spanish measures in proposed E.ON/Endesa takeover violate EC law. 20 de dezembro de 2006.
  2. E.ON drops out of Endesa fight
  3. Power games: The final shape of the European energy market is emerging: an oligopoly. The Economist, 26 de fevereiro de 2009.
  4. No new coal
  5. Protesters leave coal cargo ship BBC, 22 de junho de 2009. Relato da abordagem, por militantes do Greenpeace, de um navio cargueiro que levava carvão para a usina de Kingsnorth].
  6. «Take action of Kingsnorth». Christian Aid. 6 de fevereiro de 2008. Arquivado do original em 10 de maio de 2008 
  7. Campaign victory: E.ON delays Kingsnorth
  8. «The new coal rush». Greenpeace. 30 de abril de 2007. Arquivado do original em 12 de dezembro de 2010 
  9. «Dear Secretary of State». 1 de abril de 2008. Consultado em 7 de abril de 2009 [ligação inativa] 
  10. «That's what you call action». RSPB. 14 de março de 2008. Arquivado do original em 21 de novembro de 2008 
  11. «Government must stop new Kingsnorth coal- fired power plant». World Development Movement. 3 de janeiro de 2008. Arquivado do original em 21 de março de 2008 
  12. «Kingsnorth power station decision bodes badly for climate». WWF. 3 de janeiro de 2008. Arquivado do original em 13 de maio de 2008 
  13. «Rainbow Warrior». CPRE Kent. 27 de outubro de 2008. Arquivado do original em 16 de dezembro de 2008 
  14. Leake, Jonathan (10 de fevereiro de 2008). «Climate scientist they could not silence». London: The Times Online. Consultado em 4 de março de 2008 
  15. Hansen, Jim (12 de março de 2007). «Special interests are the one big obstacle». London: The Times Online 
  16. «Won't Kingsnorth use carbon capture and storage technology?». Greenpeace. 18 de fevereiro de 2008. Arquivado do original em 16 de dezembro de 2010 
  17. EU ETS Company Rankings
  18. Marea nera, l'oleodotto è sotto sequestro, indagato un dipendente E.On. La nuova Sardegna, 29 de janeiro de 2011.
  19. Il disastro: La rabbia di Porto Torres tra le ferite della marea nera, por Cristina Nadotti. La Repubblica, 18 de janeiro de 2011.
  20. Platamona, la marea nera avvelena diciotto chilometri di costa Fotos da área.
  21. Marea nera, il catrame è arrivato anche a Stintino. Fotos da área.
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