EasyJet Airlines

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easyJet
EasyJet Airlines
IATA U2
ICAO EZY (voos operados por Easyjet UK)

EJU (voos operados por Easyjet Europe) EZS (voos operados por Easyjet Switzerland)

Indicativo de chamada EASY
Fundada em 1995
Principais centros
de operações
  • Amsterdam
  • Barcelona
  • Belfast
  • Berlim-Schönefeld
  • Berlim-Tegel (3º Maior Base)
  • Bordeaux
  • Bristol
  • Edimburgo
  • Faro
  • Genebra
  • Glasgow
  • Lisboa
  • Liverpool
  • Londres-Gatwick (1º Maior Base)
  • Londres-Luton (sede)
  • Londres-Southend
  • Londres-Stansted
  • Lyon
  • Manchester
  • Malaga
  • Milão-Malpensa
  • Nantes
  • Nápoles
  • Newcastle
  • Nice
  • Palma de Maiorca
  • Paris-Charles de Gaulle
  • Paris-Orly
  • Porto
  • Toulouse
  • Veneza-Marco Polo
Frota 557
Destinos 137
Sede Luton, Reino Unido
Pessoas importantes Stelios Haji-Ioannou (Fundador), Carolyn McCall (CEO), Cor Vrieswijk (COO), Jeff Carr (CFO)
Sítio oficial www.easyjet.com

A easyJet, nome oficial EasyJet Airline Company Limited, é uma companhia aérea de baixo custo (low cost) britânica com sede em Luton, no Reino Unido. A empresa-mãe, a EasyJet plc, está cotada na Bolsa de Londres (LSE: EZJ) e no índice FTSE 100. É a companhia aérea líder na Europa, e atualmente voa para mais de 137 destinos em 34 países, tendo mais de 300 aviões.

Também é uma das companhias aéreas que registou maior crescimento em termos de expansão de frota e destinos na Europa nos anos 2000. A low cost britânica foi a primeira companhia estrangeira a efetuar voos domésticos de baixo custo em Portugal, em Junho de 2007, quando deu início à rota Porto – Genebra e em outubro do mesmo ano Porto – Basileia-Mulhouse-Freiburg. É ainda a segunda companhia, em número de voos e passageiros, no aeroporto da Portela em Lisboa onde abriu a sua 20ª base europeia. Em Março de 2015 abriu "focous city" no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto.

História[editar | editar código-fonte]

EasyJet Europe Airbus A320

A companhia aérea foi estabelecida em 1995, ano em que também iniciou as suas operações. Foi criada pelo magnata cipriota baseado no Reino Unido, Stelios Haji-Ioannou (conhecido como Stelios). Juntamente com a EBA- Eurobelgian Airlines (actual Virgin Express / Brussels Airlines) e a Ryanair, foi uma das pioneiras na introdução do conceito low cost na Europa. Começou a voar com dois aviões Boeing 737-200 a partir da sua primeira e principal base, o aeroporto de Londres Luton, para Glasgow e Edimburgo.

Boeing 737-700 da Easyjet

O modelo low cost da empresa era baseado na companhia norte-americana Southwest Airlines, a companhia aérea mundialmente mais conhecida como a primeira das low cost. Ao longo da década de 1990, a empresa teve um crescimento moderado mas estável, estabeleceu mais rotas a partir da base de Luton e abriu novas rotas para cidades no continente europeu. Em 1998 adquiriu a TEA Switzerland e criou em regime de "franchising" a Easyjet Switzerland, com voos de baixo custo a partir de Genebra e EuroAirport Basel-Mulhouse-Freiburg, situado na França.

Airbus A319 Easyjet UK

Nesta época a Ryanair ainda não era a sua principal rival e havia acordos de entendimento, de não competirem nas mesmas rotas. Tudo isto mudou, quando a maior companhia aérea britânica, a British Airways, criou a Go Fly, uma low cost que voava a partir do aeroporto de Londres Stansted (na altura, a base principal da Ryanair) para destinos populares na Europa. Houve grande oposição por parte da Easyjet, que lançou campanhas de boicote à Go Fly. Estas campanhas resultaram na compra da Go Fly pela Easyjet em 2002. Foi também o ano em que a empresa decidiu expandir agressivamente e abrir novas bases com novos destinos em toda a Europa, nomeadamente na Alemanha. A frota também foi radicalmente expandida, principalmente quando a companhia fez uma mega-encomenda de mais de 200 aviões Airbus A319.

Actualmente, a empresa tem 26 bases em aeroportos por toda a Europa e tem como principal concorrente a companhia low cost Ryanair. Ambas já competem em alguns destinos e temporariamente lançam campanhas de publicidade comparativa para cativar passageiros, o que gerou bastante polémica e queixas em tribunais europeus.[carece de fontes?] Uma das campanhas mais polêmicas foi feita pela Ryanair em 2004, quando anunciou que por cada milhão de libras de prejuízos da Easyjet, a Ryanair oferecia um milhão de bilhetes aéreos gratuitos (o passageiro apenas paga as taxas de aeroportos e o bilhete tem o custo simbólico de um cêntimo de Euro, Dólar ou Libra).[carece de fontes?] No entanto, em comparação com a Ryanair, a Easyjet voa para aeroportos principais das cidades enquanto que a Ryanair opta pelos aeroportos secundários. Também com uma estratégia de baixo preço, a Easyjet procura distanciar-se da Ryanair através de um serviço com percepção de valor superior face à Ryanair, tentando abranger ainda o segmento de viagens de negócios, oferecendo um serviço mais alargado. A Easyjet desfruta também um maior nível de satisfação na Europa por parte dos passageiros, em comparação com a Ryanair, nomeadamente no que diz respeito ao atendimento do cliente, compensação aos passageiros em casos de cancelamentos de voos e preços justos por serviços justos.

Uma das campanhas mais recentes de competição entre as duas companhias na Península Ibérica foi a criação de uma base de operações em simultáneo no aeroporto de Madrid Barajas em finais de 2006.[carece de fontes?]

Em Outubro de 2007, a Easyjet anunciou a compra da companhia aérea GB Airways Ltd., juntando à Easyjet a sua frota de Airbus A320 e A321, e à sua vasta rede de destinos. Deste modo, a Easyjet opera actualmente com 520 aeronaves.

No dia 18 de Outubro de 2010, a Easyjet anunciou oficialmente a criação da sua 20ª base (hub) no aeroporto de Lisboa, em uma cerimónia na qual foi apresentado o primeiro avião da empresa que irá efectuar operações a partir deste aeroporto. A nova base iniciou a sua operação a partir do Inverno 2011/2012, inicialmente com dois aviões a efectuarem voos a partir de Lisboa, com a abertura de 10 novos destinos, e criando 2000 novos postos de trabalho directos e indirectos, por meio de um investimento de cerca de 300.000.000 Euros. A empresa começou a efetuar todas as suas operações de partida de voo a partir do Terminal 2 do aeroporto de Lisboa. Desta forma, reforçou a sua posição como segunda principal companhia aérea no aeroporto de Lisboa.[carece de fontes?]

A 26 de Março de 2015, a Easyjet, a maior rede europeia de transportes aéreos, e a única companhia aérea privada a operar nos cinco principais aeroportos em Portugal, inaugurou o seu "focous city" no Aeroporto Francisco Sá Carneiro. A abertura deste "focous city", a segunda da Easyjet em Portugal (depois de Faro), deu origem a 80 novos postos de trabalho diretos e à duplicação do número de rotas operadas a partir deste aeroporto.

Destinos[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Destinos da easyJet

Presença em Portugal[editar | editar código-fonte]

Portugal representa aproximadamente 37% do tráfego da EasyJet (ano fiscal de 2019).[1]

A Easyjet serve a partir dos três principais aeroportos de Portugal continental (Faro, Lisboa e Porto) e a partir do aeroporto da Madeira (Funchal) várias cidades europeias com voos diários e semanais.

A EasyJet transportou 28.3 milhões de passageiros nas rotas portuguesas em 2018, com todos os aeroportos para onde opera em Portugal a cresceram e de onde sobressai Lisboa com a maior subida principalmente nos voos que partem de Lisboa com destino a Geneva, Londres-Luton, Londres-Gatwick, Madeira e Madrid.[1]

Frota[editar | editar código-fonte]

Airbus A319 da EasyJet Switzerland

Em Fevereiro de 2020 a frota da Easyjet é composta pelos seguintes tipos de aeronaves:[2]

Frota da EasyJet
Avião Em serviço Encomendas Passageiros
Airbus A319-100 289 156 A easyJet é o maior operador do Airbus A319 em todo o mundo.[3] 7 operados pela Easyjet Switzerland

45 operados pela Easyjet Europe

37 operados pela Easyjet UK

Airbus A320-200 208 180 (Easyjet Switzerland) 23 operados Easyjet Switzerland

82 operados pela Easyjet Europe

82 operados pela Easyjet UK

186
Airbus A320neo 48 77 186 Entregas de junho de 2017 a 2022.

3 operados pela Easyjet Europe

22 operados pela Easyjet UK

Airbus A321neo 12 23 235 Entregas de junho de 2017 a 2024..[4] 1 operado pela Easyjet Europe

5 operados pela Easyjet UK

Airbus A321neoXLR --- 20 (TBA) 220 Planeado para serem usados em voos transatlânticos (Europa-Estados Unidos da América\Caraíbas) (para ser anunciado, está em negociação)
Total 557 100

Crítica[editar | editar código-fonte]

A EasyJet fez campanha para substituir o Air Passenger Duty (APD) no Reino Unido por um novo imposto que variará consoante a distância percorrida e o tipo de aeronave.[5][6][7]

A EasyJet foi criticada na Alemanha por não cumprir a legislação da União Europeia relativa à indemnização (e assistência aos passageiros) em caso de recusa de embarque, atraso ou cancelamento (Regulamento 261/2004). Se os voos forem cancelados, os passageiros devem ser reembolsados no prazo de uma semana. O passageiro tem direito a uma indemnização até 600 euros.[8][9] Em 2006, a companhia aérea nem sempre reembolsou os bilhetes atempadamente. Os passageiros tiveram por vezes de esperar mais tempo para serem reembolsados das suas despesas.[10][11]

Em julho de 2008, a Advertising Standards Authority (ASA) do Reino Unido criticou a campanha de imprensa da companhia aérea devido a uma alegação ambiental enganosa de que os seus aviões emitem menos 22% de emissões do que as companhias aéreas rivais.[12][13] Os números utilizados não se baseavam nas emissões produzidas pelos aviões da EasyJet ou pelas emissões produzidas pela companhia aérea no seu conjunto, como estava implícito no anúncio, e a ASA afirmou que a companhia aérea tinha violado as regras da publicidade. A decisão judicial que se seguiu repreendeu a companhia aérea em abril de 2007, depois de ter comentado que os seus aviões poluíam o ar 30% menos por passageiro do que alguns dos seus rivais.

Em julho de 2011, uma companhia aérea tentou recusar o transporte de um rapaz com distrofia muscular porque ele tinha uma cadeira de rodas eléctrica.[14][15]

Referências

  1. a b Portugal representa quase 8% do tráfego da Easyjet, 01.06.2018
  2. Fleetlist Easyjet, ch-aviation.com, recuperado em 18 de abril 2015
  3. Airbus Orders and Deliveries (XLS), accessed via «Orders & deliveries». Airbus. Airbus SAS. 30 de novembro de 2017. Consultado em 17 de dezembro de 2017  The figures include aircraft delivered to sister airlines EasyJet Europe and EasyJet Switzerland.
  4. «easyJet to introduce larger Airbus A321neo aircraft». easyjet.com. Consultado em 16 de maio de 2017 
  5. «Sustainable flights, easyJet and Airbus work on zero-emission aircraft». www.smartgreenpost.com. Consultado em 11 de fevereiro de 2024 
  6. «EasyJet backs green air taxes». www.theguardian.com. Consultado em 11 de fevereiro de 2024 
  7. «Air tax will reduce UK passenger numbers and increase C02 emissions, claims EasyJet». www.dailymail.co.uk. Consultado em 11 de fevereiro de 2024 
  8. «Document 32004R0261». eur-lex.europa.eu. Consultado em 11 de fevereiro de 2024 
  9. «Indemnização e Reembolso por Voos Atrasados ou Cancelados da easyJet». airadvisor.com. Consultado em 11 de fevereiro de 2024 
  10. «EasyJet to offset carbon emissions from all its flights». www.theguardian.com. Consultado em 11 de fevereiro de 2024 
  11. «Sustainability». www.easyjet.com. Consultado em 11 de fevereiro de 2024 
  12. «EasyJet starts UK newspaper campaign to press for a fairer and greener air tax to replace APD». www.airportwatch.org.uk. Consultado em 11 de fevereiro de 2024 
  13. «ASA upholds complaints about misleading easyJet sales ads». www.marketingweek.com. Consultado em 11 de fevereiro de 2024 
  14. «Are you receiving us, easyJet?». www.theguardian.com. Consultado em 11 de fevereiro de 2024 
  15. «Disabled boy barred from easyJet flight because his wheelchair was too heavy». www.dailymail.co.uk. Consultado em 11 de fevereiro de 2024 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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