Ébalo da Aquitânia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Ebalus, Duque da Aquitânia)
Ébalo Manzer
conde de Poitiers, duque da Aquitânia e conde da Auvérnia-
Ébalo da Aquitânia
Escudo do Brasão de armas do Ducado da Aquitânia
Nascimento 870
Morte 935
Pai Ranulfo II de Poitiers
Mãe mãe desconhecida.

Ébalo da Aquitânia, chamado também Ébalo, o Piedoso ou Ébalo, o Bastardo (em latim: Ebalus; em francês: Ebles; 870935) foi conde de Poitiers (902-935), duque da Aquitânia (antes de 890-893 e também em 927-932) e conde da Auvérnia (927-932).

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho ilegítimo[1] do rei da Aquitânia Ranulfo II de Poitiers e de mãe desconhecida..

Em 890, após a morte do seu pai, sucedeu-lhe no título de duque da Aquitânia, enquanto o seu irmão Ranulfo III de Poitiers herdou o condado de Poitiers. No ano seguinte casou-se com Aremburga.

Em 892 Aymar de Poitiers, com o apoio do rei da França Odão I, conquistou Poitiers e foi confirmado com o título pelo rei Odão. Ébalo refugiou-se na Auvérnia junto ao conde Guilherme da Aquitânia "o Piedoso" que aproveitou a ocasião para ficar, em 893, com a Aquitânia, exceto do condado de Poitiers.

Após a morte do meio-irmão, Ranulfo III, aproveitando a ausência de Aymar, em 902, conquistou Poitiers e depois derrotou Aymar em combate. O novo rei da França, Carlos III de França "o Simples" concedeu-lhe o título de conde de Poitiers, e pela sua vez, Ébalo distribuiu os viscondados aos seus fiéis.

Em 904 conquistou o condado de Limoges.

Em 910 Ébalo fez parte da armada que participou dos combates contra os viquingues, comandados por Rollo. A guerra entre os Francos e os viquingues prosseguiu também no ano seguinte e, em finais de 911, cada exército reconheceu a força do outro[2] e estipularam o tratado de Saint-Clair-Sur-Epte, no qual foi acordado que os viquingues se afastariam da bacia do Sena, entre Ruão, Lisieux e Évreux e renderia homenagem ao rei dos francos, Carlos, receberiam o batismo e se empenhariam em defender o reino dos francos ocidentais ou da França.

Esse mesmo ano (911), Ébalo casou-se, em segundas núpcias, com Emiliana. De ela teve um filho, Ébalo, que foi abade Saint-Martin e de Maiscent, e depois bispo de Limoges.

Após a morte de Guilherme o Piedoso, Ébalo apoiou os sucessores Guilherme o Jovem e Alfredo, que o nomeou herdeiro.

Em 927, à morte de Alfredo, sucedeu-lhe nos títulos de duque da Aquitânia, conde de Auvérnia e conde de Berry. Em 929, o rei da França, Raul I, querendo reduzir a potência de Ébalo, primeiro tomou-lhe o condado de Berry e depois, em 932 transferiu os títulos de duque da Aquitânia e conde de Auvérnia ao conde de Tolosa Ramão Ponce.

Ébalo casou-se depois com Adele de Wessex, filha do rei da Inglaterra Eduardo o Velho.

Morreu em 935 deixando o título de conde de Poitiers ao seu filho Guilherme III da Aquitânia[3].

Relações familiares[editar | editar código-fonte]

Filho ilegítimo do rei da Aquitânia Ranulfo II de Poitiers e de mãe desconhecida.. Casou por 3 vezes, uma em 911 com Emiliana, que faleceu em 915. O 2.º casamento ocorreu em 10 de outubro de 892 com Aremburga da Aquitânia, filha de Acfredo I de Carcassone (c. 820 - 906) e de Adelinda da Aquitânia. o 3.º casamento foi com Adele de Wessex, filha do rei de Inglaterra, Eduardo de Wessex "o Velho" (c. 874 - 15 de julho de 924) e de Elfleda.

Foi do casamento com Emiliana que nasceu:

  1. Guilherme III da Aquitânia [3] "o Cabeça de Estopa" (915 - 3 de abril de 963) que foi duque da Aquitânia de 959 até 962 a sua morte, conde de Poitiers (como Guilherme I) a partir de 935 e Conde de Auvergne, a partir de 950.

Referências

  1. Joseph Hurst Lupton, St. John of Damascus (London: Society for Promoting Christian Knowledge, 1882), 61; Edward C. Hegeler, The Monist, Volume XX (Chicago: The Open Court Publishing Company, 1910), 15.
  2. O rei dos Francos, Carlos o Simples, reconheceu que era incapaz de expulsar os viquingues do vale do Sena, enquanto Rollo reconheceu que não tinha a força necessária para estender os seus domínios.
  3. a b Sa généalogie sur le site Medieval Lands

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • RENÉ POUPARDIN, “I regni carolingi (840-918)”, em Storia del mondo medievale, vol. II, 1999, pp. 583–635.
  • ALLEN MAYER, “I vichinghi”, em Storia del mondo medievale, vol. II, 1999, pp. 734–769
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em castelhano cujo título é «Ebles Manzer».