Efluente líquido industrial

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Efluente líquido industrial é o despejo líquido proveniente de um estabelecimento industrial, compreendendo emanações de processo industrial, águas de refrigeração poluídas, águas pluviais poluídas e esgoto sanitário.[1][2]

As características (tanto físicas, quanto químicas ou biológicas) de efluente industrial variam de acordo com o tipo de indústria, com a matéria-prima utilizada, com a reutilização de água etc. O efluente líquido pode ser solúvel ou conter sólidos em suspensão. Tais sólidos podem ou não ter coloração, podem ser orgânicos ou inorgânicos, e ter temperatura baixa ou elevada. As formas mais comuns para caracterizar a massa líquida são as determinações físicas (temperatura, cor, turbidez, presença ou ausência de sólidos, etc.), as químicas (pH, alcalinidade, teor de matéria orgânica, etc.) e as biológicas (presença de bactérias, protozoários, vírus, etc).[1]


Condições, parâmetros, padrões e diretrizes para gestão do lançamento de efluentes em corpos de água receptores no Brasil.


O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) no Brasil através de resoluções e normas legislativas, ou mais especificamente no caso a RESOLUÇÃO N° 430, DE 13 DE MAIO DE 2011 dispõe sobre condições, parâmetros, padrões e diretrizes para gestão do lançamento de efluentes em corpos de água receptores.

Nesta mesma resolução encontra-se na Seção II as diretrizes para Condições e Padrões de lançamento de efluentes com todas as informações necessárias para tal.

Segue uma parte exemplo da constituição da informação da Seção II abaixo:

Art. 16. Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados diretamente no corpo receptor desde que obedeçam as condições e padrões previstos neste artigo, resguardadas outras exigências cabíveis:

I - condições de lançamento de efluentes:

a) pH entre 5 a 9;

b) temperatura: inferior a 40°C, sendo que a variação de temperatura do corpo receptor não deverá exceder a 3°C no limite da zona de mistura;

c) materiais sedimentáveis: até 1 mL/L em teste de 1 hora em cone Inmhoff. Para o lançamento em lagos e lagoas, cuja velocidade de circulação seja praticamente nula, os materiais sedimentáveis deverão estar virtualmente ausentes;

d) regime de lançamento com vazão máxima de até 1,5 vez a vazão média do período de atividade diária do agente poluidor, exceto nos casos permitidos pela autoridade competente;

e) óleos e graxas: 1. óleos minerais: até 20 mg/L; 2. óleos vegetais e gorduras animais: até 50 mg/L;

f) ausência de materiais flutuantes; e

g) Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO 5 dias a 20°C): remoção mínima de 60% de DBO sendo que este limite só poderá ser reduzido no caso de existência de estudo de autodepuração do corpo hídrico que comprove atendimento às metas do enquadramento do corpo receptor;


Referências

  1. a b «Efluentes industriais». Centro de Informação Metal Mecânica. Consultado em 3 de Janeiro de 2010 
  2. «Norma Técnica ABNT 9800:1987». ABNT Catalogo. Consultado em 3 de Janeiro de 2010 

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