Eleição presidencial no Brasil em 1985
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Agosto de 2013) |
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15 de janeiro de 1985 Eleição Indireta (Colégio Eleitoral) | ||||
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Candidato | Tancredo Neves | Paulo Maluf | ||
Partido | PMDB | PDS | ||
Natural de | Minas Gerais | São Paulo | ||
Companheiro de chapa | José Sarney | Flávio Marcílio | ||
Votos | 480 | 180 | ||
Porcentagem | 72,40% | 27,3% | ||
Titular Eleito |
A Eleição Presidencial brasileira de 1985 foi a última ocorrida de forma indireta, através de um Colégio Eleitoral, sob a égide da Constituição de 1967.
Disputavam a sucessão do Presidente Figueiredo, as seguintes chapas:
Antes das eleições houve as diretas já que queriam eleições diretas em 1985. Havia três pré-candidatos: Paulo Maluf, que seria o candidato do PDS, Ulysses Guimarães, que seria o candidato do PMDB, e Tancredo Neves, que seria o candidato do PP. As eleições nunca aconteceram, Maluf foi mantido candidato pelo PDS, mas o Partido Popular ( PP ) se incorporou ao PMDB e Tancredo foi escolhido candidato.
Durante o ano de 1984, o Partido Democrático Social (PDS), sucessor da antiga ARENA e partido de apoio ao Regime Militar, celebrou uma espécie de eleição primária para escolher seu candidato à Presidência da República nas eleições de 1985. Duas pré-candidaturas então surgiram: a do ex-governador de São Paulo e então deputado federal Paulo Maluf (com o deputado federal cearense Flávio Marcílio para Vice-Presidente) e a do ex-Ministro dos Transportes do Governo Médici, o coronel gaúcho Mário Andreazza (com o ex-governador de Alagoas Divaldo Suruagy para Vice-Presidente). Maluf derrotou Andreazza nas primárias do PDS, contando com o apoio do ideólogo do Regime Militar, o general Golbery do Couto e Silva, mas encontrou forte oposição de caciques nordestinos, notadamente Antônio Carlos Magalhães, Hugo Napoleão, Roberto Magalhães, entre outros. Estes descontentes, após a vitória de Maluf na eleição primária do PDS, saíram do partido e formaram a chamada Frente Liberal. A Aliança Democrática foi uma coligação entre o PMDB, o principal partido de oposição ao Regime Militar e os dissidentes do PDS que formavam a Frente Liberal. Esta dissidência acabaria por formar o PFL (atualmente o Democratas).
No dia 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral reuniu-se e Tancredo Neves foi eleito presidente para um mandato de 6 anos com 480 votos (72,4%) contra 180 dados a Maluf (27,3%). Houve 26 abstenções, principalmente de parlamentares do PT, que foram orientados a votar nulo pelo diretório nacional partido. Os deputados Bete Mendes, Airton Soares e José Eudes, votaram na chapa da Aliança Democrática e acabaram sendo expulsos do PT.