Els àngels no saben vetllar els morts

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Els àngels no saben vetllar els morts (em português, Os anjos não sabem velar os mortos[1]) é um livro de poesia publicado pelo poeta e político catalão Joan Reventós i Carner, em 1996, sob o pseudônimo de Pere Oliva. Contém 40 poemas, um prólogo e um epílogo do autor. Está dividido em oito partes.

Os poemas são escritos em versos livres, muito raramente com rimas. O tema absoluto de todos os poemas é a morte, em suas várias facetas: a morte do eu, a morte dos outros, a morte dos entes queridos, a morte heroica, o medo da morte, a conformação, etc. Em seu prólogo, o autor afirma que a ideia do tema surgiu numa conversa entre amigos[2]. Mas no epílogo ele esclare que também lhe foi sugerido devido à aproximação de sua velhice e a crescente consciência da finitude do tempo para o indivíduo[3]

Alfredo Bosi, em sua introdução para a edição bilingue brasileira, diz:

Quando Leopold Rodés, o tradutor fiel dos poemas de Joan Reventós, me deu a conhecer Els àngels no saben vetllar els morts, percebi de chofre que estava diante de um dos maiores poetas da morte do século que há pouco findou[4].

Lista de poemas[editar | editar código-fonte]

1. De onde venho? Para onde vou?:

  • A inútil procura;
  • Uma origem concreta;
  • Uma grande incerteza;
  • Será que pode?.

2. Medo de morrer:

  • É bom discursar sobre a morte?;
  • A morte alheia difere do meu morrer;
  • Como se morrer não existisse;
  • Acato, porém com protesto;
  • Quisera superar o medo;
  • O medo que não tenho;
  • Piedade;
  • Vitória da morte?.

3. Como se fossem cantos:

  • Testemunhas;
  • Mistério do outro lado;
  • Para lá da morte e do morrrer;
  • Todos somos iguais.

4. A morte concreta:

  • Mortes variadas;
  • Onde estão os mortos que me apressam?;
  • Os vivos precisam dos mortos;
  • Ao modo dos provérbios;
  • Nostalgias;
  • Viver é dizer adeus;
  • A morte desejada.

5. Silêncio e solidão:

  • Silêncio da mãe;
  • Choro uma outra solidão;
  • Não percebes como foge irreparável?;
  • A espera.

6. O lugar dos mortos:

  • Sepultado à Vidrà;
  • Nostalgia perante às tumbas;
  • Dá na mesma;
  • Todos os mortos;
  • Baixos relevos funerários;
  • A mensagem de Agrigent;
  • Skrogskrematorie.

7. Melodias da morte:

  • A morte heroica;
  • A ode de Píndaro;
  • Súplica do agnóstico;
  • O templo de Afaia como Túmulo.

8. Evocações vitais:

  • Dedicado aos filhos;
  • Será quando minha morte chegar.

Referências

  1. Joan Reventós i Carner. Os anjos não sabem velar os mortos. Trad. de Leopold Rodés i Garriga. São Paulo, Paralaxe, 2008.
  2. Op. cit., pg. 25.
  3. Op. cit., pg. 149.
  4. Op. cit., pg. 19.