Embraer EMB-200

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EMB-200 Ipanema
Avião
Embraer EMB-200
Descrição
Tipo / Missão Aeronave agrícola, com motor a pistão, monoplano monomotor
País de origem  Brasil
Fabricante Embraer
Período de produção 1973-atualmente
Quantidade produzida Até 2024, 1600 unidades
Custo unitário US$ 247,000 (modelo a etanol)
US$ 233,000
Primeiro voo em 1970 (54 anos)
Introduzido em 1973
Variantes Ver texto
Tripulação 1
Especificações (Modelo: EMB-202A)
Dimensões
Comprimento 7,43 m (24,4 ft)
Envergadura 11,07 m (36,3 ft)
Altura 2,22 m (7,28 ft)
Peso(s)
Peso máx. de decolagem 1 800 kg (3 970 lb)
Propulsão
Motor(es) 1x Lycoming O-540
Potência (por motor) 320 hp (239 kW)
Performance
Velocidade de cruzeiro 222 km/h (120 kn)
Alcance (MTOW) 938 km (583 mi)
Notas
Capacidade de químicos: 950 l (251 US-gal)
Dados de: Embraer[1][2]

O Embraer EMB-200 "Ipanema" é um avião agrícola monomotor de asa baixa desenvolvido e fabricado no Brasil pela Embraer.

História[editar | editar código-fonte]

No final dos anos 1960, o Ministério da Agricultura brasileiro firmou contrato com a Embraer a fim de produzir no país uma aeronave agrícola, com o objetivo de modernizar o setor ao disponibilizar novas técnicas de produção, além de gerar recursos para recém-criada fabricante, na época uma estatal.

O Ipanema foi projetado por engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica e testado na Fazenda Ipanema, no município de Sorocaba. A aeronave realizou seu primeiro voo em 1970 e a produção teve início em 1972. O modelo EMB 202-A do Ipanema, certificado em 2004, é a primeira aeronave produzida em série do mundo a operar com etanol.[3] O número de unidades produzidas já superou a marca das mil e duzentas, das quais aproximadamente 30% utilizam o biocombustível.[4]

Características[editar | editar código-fonte]

Idealizado para pulverizar plantações com fertilizantes e pesticidas, também pode ser utilizado para espalhar sementes, combater incêndios e criar chuva artificial.[5] Para proteger o piloto do contato com os produtos químicos, a cabine do Ipanema conta com um sistema de vedação e a dispersão dos defensivos químicos ocorre na parte posterior das asas. Por voar em baixas altitudes, conta com um equipamento corta-fios. Ao longo dos anos diversas variantes do Ipanema foram certificadas e postas à disposição:

  • EMB 200 - Certificado em 1971. Primeira versão de produção com motor Lycoming de 260 HP. A capacidade do reservatório era de 550 kg.
  • EMB 200A - Certificado em 1973. Similar a anterior com alguns aperfeiçoamentos.
  • EMB 201 - Certificado em 1974. Motor Lycoming de 300 HP, alterações aerodinâmicas. A capacidade do reservatório era de 750 kg.
  • EMB 201A - Certificado em 1977. Similar a anterior com novo painel, controles e asas.
  • EMB 202 - Certificado em 1991. Possui alterações aerodinâmicas importantes como winglets, além de equipamento de pulverização eletrostática opcional. Capacidade do reservatório foi ampliada para 950 L. Conhecido como "Ipanemão".
  • EMB 202A - Certificado em 2004. Primeira aeronave de série no mundo a voar com motor etanol, um Lycoming de 320 HP. O álcool possibilita um melhor desempenho, além de custos mais baixos de manutenção e operação. O "Ipanemão" álcool.
  • EMB 203 - Possui envergadura de 13,3 m, possibilitando uma maior faixa de deposição de defensivos, reservatório de 1175 L e cabine mais anatômica.


Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Ficha técnica», Ipanema, Embraer agrícola .
  2. «Desempenho», Ipanema, Embraer agrícola, consultado em 21 de julho de 2015 .
  3. «Aeronave Ipanema». Aeroneiva. Consultado em 8 de março de 2012 
  4. «Ipanema 1.200 a etanol impulsiona sustentabilidade do agronegócio». Aeroneiva. 31 de janeiro de 2012. Consultado em 8 de março de 2012 
  5. «O agricultor aéreo da Embraer - Airway». airway.com.br. Consultado em 6 de agosto de 2017 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • DRUMOND, Cosme Degenar. Asas do Brasil: Uma história que voa pelo mundo. São Paulo: Editora de Cultura, 2004. ISBN 85-293-0069-6.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]