Enzo Cucchi

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Enzo Cucchi
Enzo Cucchi
Nascimento 14 de novembro de 1949 (74 anos)
Morro d'Alba
Cidadania Itália
Ocupação pintor, escultor, gravurista, artista de instalações, desenhista, artista visual
Prêmios
  • Comandante da Ordem do Mérito da República Italiana

Enzo Cucchi (Morro d'Alba, província de Ancona, 14 de novembro de 1949 —) é um pintor, escultor e desenhista italiano. Tem sido um membro chave do movimento italiano de transvanguarda, com os seus paisanos Francesco Clemente, Mimmo Paladino, Nicola De Maria, Horacio de Sosa Cordero e Sandro Chia. O movimento alcançou o seu ponto álgido durante os anos oitenta e é considerada uma tendência dentro do neoexpressionismo mundial.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Formou-se como aprendiz de restaurador. Depois trabalhou como topógrafo (19661968). A sua primeira exposição data de 1977 e celebrou-se em Milão. Em 1979 criou o grupo de transvanguarda italiana com Chia, Clemente ou Paladino. Formaram o grupo "Arte cifra", tendência artística que se formou a partir de 1977 na Itália como uma reação fortemente individualista à arte conceitual e a arte povera; entre os membros da arte cifra estão Chia, Clemente, Cucchi, de Maria e Paladino.[1] Participou em documenta 7 (1982) e 8 (1987) de Kassel. Em 1986 celebrou-se uma retrospetiva no Centro Pompidou de Paris e uma exposição individual no Museu Guggenheim Nova York.

Cucchi vive e trabalha em Ancona e Roma.

Obra[editar | editar código-fonte]

Cada dia explora um quadro sobre a Terra e na margem um sentimento sobe e baixa com o movimento das ondas e quebra sobre a areia.
Enzo Cucchi[2]

Após uns começos conceituais, dedicou-se à figuração, sendo um dos principais expoentes da transvanguarda. Nas obras sobre tela, acompanhadas por numerosos desenhos e com frequência apresentadas com textos poéticos escritos pelo mesmo artista, apropria-se com olhada visionária do mito, da história da arte e da literatura (cani con língua a spasso, 1980 e Eroe senza testa (Heroi sem cabeça), 1981; sia per mare che per terra, 1980), dando vida a composições de grande intensidade simbólica, nas quais com frequência o mundo é representado como um campo de batalha entre dois princípios opostos. Tanto nos seus quadros quanto nas suas esculturas, assume elementos tradicionais.

Além das grandes composições com uso de carvão e da colagem, experimentou o uso de materiais diversos como a terra, a madeira queimada, os tubos de néon e o ferro (série "Vitebsk-Harar", dedicada a A. Rimbaud e K.S. Malevich) abraçando ao mesmo tempo um uso quase caravagista da luz, que da efeitos de profundeza espacial.

Tem realizado também algumas esculturas para espaços públicos. Assim, em 1984 fez uma escultura para o Brulinger-Park de Basileia. Decorou a capela de monte Tamaro perto de Lugano (1992-94, arch. M. Botta). Tem trabalhado como desenhista de vestuário e decorados para obras de teatro (dramas de Heinrich von Kleist), incluídas óperas (de Gioacchino Rossini)

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Diane WALDMAN (1986). Enzo Cucchi. Nova York: Solomon R. Guggenheim Museum and Rizzoli 
  • WALTER, Ingo F. (editor), Arte del siglo XX, Taschen. ISBN 3-8228-6805-I
  • WALTER, Ingo F. (editor), Los maestros de la pintura occidental, Taschen, 2005, ISBN 3-8228-4744-5

Referências

  1. Arte cifra (em alemão)
  2. Arte do século XX, vol. 1, pág. 377
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em castelhano cujo título é «Enzo Cucchi».

Ligações externas[editar | editar código-fonte]