Revolução digital

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Revolução digital
Revolução digital
Imagem de um folheto anunciando o computador pessoal American 286-A em 1986.
Localização Mundo todo
Resultado Uso generalizado de porta lógica, transistores, chips de circuito integrado (IC) e suas tecnologias derivadas, incluindo computadores, microprocessadores digitais, telefones celulares e a Internet.

A Revolução Digital, também conhecida como a Terceira Revolução Industrial, refere-se aos processos associados à passagem da evolução tecnológica industrial iniciada entre o começo dos anos 1950 e o final dos anos 1970, com o desenvolvimento da eletrônica digital, expansão do uso de computadores digitais, além dos sistemas de automação industrial.[1] Implicitamente, o termo também se refere às mudanças radicais trazidas pela tecnologia digital aplicada aos sistemas de manufatura, a partir da segunda metade do século XX.[2][3]

No centro dessa revolução está a produção em massa e o uso concentrado dos circuitos lógicos digitais e tecnologias derivadas, incluindo o computador e também a automação industrial, que integra os sistemas eletrônicos e mecânicos para aumentar a produtividade industrial. Tais inovações tecnológicas transformaram as técnicas tradicionais de produção e de negócios.[4]

Claude Shannon, um matemático da Bell Labs, é tido como o responsável pela criação das bases da teoria da digitalização, em seu artigo pioneiro em 1948 "A Mathematical Theory of Communication". A revolução digital converteu toda a tecnologia que era analógica para formato digital. Consequentemente, passou a ser possível fazer muitas cópias idênticas ao que fosse original.[5]

No final da década de 1960, surgiu a ARPANET, criada pela agência norte americana ARPA, com o intuito de interligar dados a outros computadores da época, interligando bases militares e universidades que faziam pesquisa para o governo. Mas a Internet conhecida nos dias de hoje, só teve início no começo de 1990, através do World Wide Web (Rede de Alcance Mundial) - as iniciais WWW que digitamos para acessar os sites - criado pela Organização Europeia para a Investigação Nuclear (CERN). Antigamente, era apenas de uso exclusivo da indústria bélica, utilizada nas buscas de tecnologia de espionagem.[6] A partir daí o que era de acesso somente de quem tivesse profundo entendimento de computadores, passou a ser alcançado por outras pessoas que não tinham tanto conhecimento. Assim, a Internet que antes era associada a fanáticos por computadores e pesquisadores, ficou popularizada entre diversos tipos de pessoas, fazendo parte dos lares e sendo utilizada por toda a família.[7]

Atualmente[editar | editar código-fonte]

A Internet, que antes era mais restrita aos norte-americanos, explodiu em outros países, penetrando na sociedade, da mesma forma que a energia elétrica no passado. Através do computador, foi possível um novo aumento no uso da escrita, que estava apagada com o avanço das mídias audiovisuais, principalmente a televisão.

Essa popularização deu início a revolução digital, que modificou completamente, a sociedade. O número de pessoas que navegam na Internet cresce a cada dia que passa. Um novo mundo cheio de vantagens e facilidades foi descoberto. Informação, interatividade, relações pessoais, negociações, notícias, compras e outras necessidades do dia-a-dia ganharam um grande espaço na web. O mundo está diminuindo e não há distância geográfica que a Internet não possa proporcionar uma aproximação das pessoas que dela utilizam para manter contatos entre si.

A globalização da Internet é muito maior do que a que veio com as grandes navegações, que ampliaram o mercado. O trabalho feito nos parâmetros da revolução industrial tornou-se muito menos eficaz do que o mercado que a Internet propõe nos dias de hoje. O comércio online explodiu, trazendo uma nova forma de negociação entre os consumidores e as empresas, sem a necessidade de um vendedor para intermediar a compra. Também na medicina, na educação, nas artes e na indústria, a internet associada à eletrônica digital, proporcionou um grande salto na automatização de processos, o que provocou um aumento na eficiência de vários setores.[8]

Inclusão e exclusão digital[editar | editar código-fonte]

No Brasil, quem utiliza essa tecnologia da informação pode ser chamado de incluído digitalmente. A inclusão digital ainda é um problema no país. Em 2009, existe uma facilidade maior para a compra de computadores. Desde novembro de 2005, o governo federal pôs em prática um projeto de financiamento de computadores, que tem como objetivo, incluir o máximo de pessoas na sociedade digital. Mesmo com esta melhoria, o Brasil ainda é um país de muita miséria. Logo, ainda é um país de muitos excluídos digitalmente, já que exclusão digital e pobreza estão relacionadas mundialmente.[carece de fontes?]

Com migração das atividades econômicas, governamentais e culturais para a rede, a exclusão digital passa a impedir a redução da exclusão social. Logo, o excluído que estará fora da rede, ficará de fora, também, dos principais fluxos de informação. Além disso, essa nova tecnologia tende a ampliar o distanciamento entre o rico e o pobre.[carece de fontes?]

Outro ponto importante é o mercado de trabalho, que está cada vez mais exigente. Um quesito básico que um funcionário precisa ter para ser contratado em uma empresa é o conhecimento sobre a rede de computadores, já que a Internet é um item necessário em um ambiente de trabalho empresarial. Logo, a exclusão digital e o desemprego possuem uma forte ligação. Para o desenvolvimento de um país, é bastante importante o investimento em incluir quem está de fora desse novo mundo.[carece de fontes?]

Mas a exclusão digital não está ligada somente a quem não tem acesso à rede de computadores. Mesmo que usufrui desta tecnologia, não têm o mínimo de conhecimento sobre ela. A maioria dos usuários não sabe dos riscos que pode correr ao criarem uma conta de e-mail. Um exemplo de risco é a falta de privacidade. Uma empresa pode possuir total acesso aos e-mails do usuário quando e como quiser. Pensadores que vão mais afundo na questão da exclusão digital, acreditam que, quem não está informado o suficiente das vantagens e desvantagens que a rede pode oferecer, conhecendo superficialmente o serviço que está utilizando, pode ser considerado um excluído da sociedade digital.[carece de fontes?]

Uma nova descoberta[editar | editar código-fonte]

Anos 50 – Percy Spencer acidentalmente descobre como cozinhar com microondas, involuntariamente inventando o forno de microondas

1969 – Os astronautas caminham na lua

1973 – Martin Cooper desenvolve o primeiro celular portátil (celular)

1976 – Steve Wozniak e Steve Jobs lançam o Apple I: um dos primeiros computadores domésticos pessoais do mundo

1981 – Atingida pelo sucesso da Apple, a IBM lança seu próprio computador pessoal acessível (PC)

1997 – As empresas de eletrônicos concordam em tornar o Wi-Fi um padrão mundial para a Internet sem fio

Tecnologias que foram feitas para aproximar as pessoas apresentam um resultado contrário na maioria das vezes. Fora que as gerações que se acostumaram a mandar cartas e utilizava outros meios de comunicação, quando se deparam com um computador, não sabem como reagir, e acabam que sendo excluídas digitalmente. A exclusão digital, não se dá a o simples fato das pessoas não apresentarem condições financeiras para adquirir certo equipamento, mas pode ser entendida também, pelo fato de que algumas pessoas não conseguem se adaptar aos novos meios tecnológicos. Por outro lado as tecnologias já fazem parte do nosso dia-a-dia de uma forma impressionante. Quase todo mundo tem ou pelo menos sabe sobre o Facebook, Twitter, Instagram, dentre outras redes que já se tornaram comuns na vida pelo menos dos jovens.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. E. Schoenherr, Steven (5 de maio de 2004). «The Digital Revolution». Cópia arquivada em 7 de outubro de 2008 
  2. «Information Age» 
  3. RIFKIN, J. A Terceira Revolução Industrial. 1ª edição. Editora M. Books, 2021.
  4. Bojanova, Irena (2014). «The Digital Revolution: What's on the Horizon?». IT Professional. 16 (1): 8–12 
  5. Shannon; Warren, Claude E; Weaver (1963). The mathematical theory of communication. [S.l.]: University of Illinois Press. 144 páginas 
  6. RIFKIN, J. O Sonho Europeu. São Paulo: M.Books, 2005.
  7. RIFKIN, Jeremy. A Terceira Revolução Industrial. São Paulo: M.Books, 2000.
  8. CASTELLS, M. A Sociedade em Rede - 24ª edição. Editora Paz & Terra, 2013.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]