Erwin Gröger

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Erwin Gröger
Nascimento 9 de agosto de 1912
Viena
Morte 24 de outubro de 2008
Cidadania Brasil
Ocupação engenheiro, naturalista

Erwin Gröger (Viena, 9 de agosto de 1912Curitiba, 24 de outubro de 2008) foi um engenheiro, montanhista e orquidófilo austríaco radicado no Paraná.

Conhecido como "Professor" pelas inovações que contribuiu a escalada técnica, também foi pintor, poeta e músico, entre outras atividades.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Erwin Gröger nasceu em Viena, então capital do Império Austro-Húngaro. Era filho único de uma família altamente acadêmica e intelectual pela linhagem paterna, e de pequenos agricultores e humildes artesãos pela parte materna. Quando contava com dois anos de idade, estourou na Europa a I Grande Guerra Mundial, transformando a Áustria, até então império, em república. [1] Neste período cresceu se dedicando aos estudos elementares e ao violão clássico, que estudou por quatro anos.

Foi ainda em sua terra natal que ele aprendeu a escalar e a apreciar as montanhas. Durante muito tempo foi um apaixonado pelas Dolomitas, um grupo de montanhas nos Alpes orientais na divisa da Áustria com a Itália. Sua separação com as montanhas alpinas ocorreu em 1938, quando a Alemanha nazista anexou seu país e, então, o jovem Erwin, já com 26 anos, casado e pai de uma filha, veio ao Brasil.

Iniciou-se então um período longo e penoso para a família Gröger, que não sabia exatamente que destino tomar. O visto de permanência foi liberado com certa facilidade pois o governo brasileiro, na época, recebia bem imigrantes qualificados. Também dominava perfeitamente cinco idiomas, inclusive o português, falando fluentemente todos eles. Até fixar residência definitivamente em Curitiba, onde trabalhou por 15 anos como professor no Seminário Menor de Nova Orleans, percorreu muitos lugares pelo sudeste e sul do país, trabalhando como ajudante de caminhão, vendedor e representante

Em 1946, em um passeio a Igreja do Rocio, em Paranaguá, pela famosa estrada de ferro Curitiba – Paranaguá, conheceu pela primeira vez o Conjunto Marumbi. Algumas semanas depois voltava acompanhado de outro notório marumbinista da época, Orisel Currial, onde juntos, depois de algumas investidas, conquistaram a fenda principal, no Abrolhos.

Até a sua chegada em Curitiba, a escalada ainda era muito rudimentar no pais, não havia informações sobre técnicas, nós e equipamentos. Muitas ascensões realizadas antes dele eram feitas na raça e sem muito conhecimento. O apelido de Erwin advém exatamente por suas contribuições em ensinar as técnicas de escalada que ele havia aprendido na Europa, ajudando enormemente no desenvolvimento do montanhismo moderno no Paraná e no Brasil.[2]

Depois desta experiência, Erwin realizou inúmeras escaladas, muitas delas solitárias, no Anhangava, Pico Paraná e Marumbi. De suas excursões pela montanha surgiu a paixão pelas orquídeas. Esta sensibilidade levou-o fundar a Sociedade Paranaense de Orquidófilos.

Em 1964 começou a dedicar-se pintura, herança de família. Os temas das pinturas eram variados, com preferência para montanhas e orquídeas. Pode-se classificar suas pinturas como acadêmicas, com influência impressionista.

Quando aposentou-se pelo INPS como professor, fazia traduções para a revista Emanuel e também para o consulado da Áustria em Curitiba, onde era tradutor oficial. Foi casado com Franziska Gröger, a Fanny, com quem teve uma filha, e três netos.

Referências

  1. [1] - Erwin Gröger, O Professor. Acessado em 5 de Setembro de 2010.
  2. [2] Arquivado em 25 de outubro de 2011, no Wayback Machine. - Erwin Gröger, O Professor, falece aos 96 anos em Curitiba. Acessado em 5 de Setembro de 2010.

Referências bibliográficas[editar | editar código-fonte]

  • João Carlos de Lima e Walter Antônio Kapp (1984). 'Erwin Gröger, O Professor'. Curitiba: CPM – Boletim Informativo Bimestral nº 02 
  • Nelson Luiz Penteado Alves - farofa (2008). 'As Montanhas do Marumbi'. Curitiba: Edição do Autor. ISBN 978859079510-0 
  • Teresina Costa e Maria Helena Furlanetto (2008). 'A Vida de Erwin Gröger'. Curitiba: Editora Tibagi. ISBN 85-87549-05-7 
  • João Carlos de Lima e Walter Antônio Kapp (1984). 'CPM – Boletim Informativo Bimestral nº 02'. Curitiba: CPM 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]