Linha 18 do Metrô de São Paulo

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     Linha 18 do Metrô de São Paulo
Dados gerais
Tipo Corredor de Ônibus (BRT)
Sistema Metrô de São Paulo
Estado Cancelado
Local de operação Grande São Paulo, Brasil
Terminais Início: Tamanduateí
Fim: Estrada dos Alvarengas
Estações 19
Operação
Proprietário Governo do Estado de São Paulo
Operador Vem ABC
Sistema de condução CBTC
Armazém(ns) / pátios
  • Pátio Tamanduateí
  • Pátio Alvarengas
Dados técnicos
Comprimento da linha 15 km (9,3 mi)
Eletrificação 750 V DC terceiro trilho
Mapa

Tamanduateí
Pátio Tamanduateí
Vila Carioca
Goiás
Espaço Cerâmica
Estrada das Lágrimas
Praça Regina Matiello
Instituto Mauá
Afonsina
Fundação Santo André
Winston Churchill
Senador Vergueiro
Baeta Neves
Paço Municipal
Djalma Dutra
Praça Lauro Gomes
Ferrazópolis
Café Filho
Capitão Casa
Pátio Alvarengas
Estrada dos Alvarengas


Monotrilho de Las Vegas, similar ao planejado para a Linha 18.

A Linha 18–Bronze foi um projeto do Metrô de São Paulo, que possuiria, em sua primeira fase, aproximadamente 15 km de extensão e 13 estações e transportaria cerca de 314 mil passageiros por dia, ligando as estações Tamanduateí e Djalma Dutra, no centro de São Bernardo do Campo..[1]

Em 3 de julho de 2019 foi cancelada de forma controversa pelo governador João Dória (sendo a primeira vez que uma linha de metrô foi cancelada na história), que prometeu substituí-la por um corredor de ônibus com algumas características de BRT.[2]

História[editar | editar código-fonte]

Essa linha foi um projeto proposto por prefeitos das cidades do Grande ABC, visando a criação de uma ligação rápida entre a região e o município de São Paulo, através do Metrô de São Paulo. Esteve prevista a construção de uma linha que deveria partir da cidade de São Bernardo do Campo, passando no limite de Santo André e São Bernardo, até chegar ao limite de São Paulo (cidade) com São Caetano do Sul, terminando na Estação Tamanduateí, interligando-se com a Linha 2–Verde do Metrô e 10–Turquesa da CPTM.

O projeto seria realizado através de uma PPP (Parceria Público-Privada), contando com investimentos da ordem de R$ 3,5 bilhões, vindos das esferas estadual, federal e privada.[1]

O traçado proposto para esta linha se iniciaria na Avenida Brigadeiro Faria Lima, no cruzamento com a Avenida Francisco Prestes Maia. Seguiria até o Paço Municipal, na área central da cidade; e do Paço prosseguiria pela Avenida Aldino Pinotti, onde ficaria a Estação Baeta Neves. Continuaria o traçado margeando o Ribeirão dos Meninos, pelas avenidas Lauro Gomes e Guido Aliberti, nas divisas entre os municípios do ABC. Em São Caetano do Sul, encontraria a linha do trem, seguindo pela faixa de domínio da linha da CPTM até encontrar a Estação Tamanduateí.[3]

Esteve em estudo, também, uma extensão da linha, conectando a Estrada dos Alvarengas (no cruzamento com a Avenida Presidente João Café Filho) e a Estação Djalma Dutra, sendo esta a 2ª fase, atendendo a regiões mais distantes do centro de São Bernardo do Campo.

A linha contaria com a tecnologia monotrilho, escolhida por se adequar à demanda projetada e contar com um custo de implantação menor.

Cancelamento[editar | editar código-fonte]

Em 3 de julho de 2019, o governador de São Paulo, João Dória anunciou o cancelamento do projeto da Linha 18 - Bronze, sendo substituído por um projeto de corredor de ônibus similar a um BRT, sendo a primeira vez na história que uma linha de Metrô foi cancelada.[4][5]. Na época, o governador afirmou que estudos mais recentes mostravam uma queda drástica no número de passageiros e a maior ressalva seria o custo das desapropriações[6] Além de fazer afirmações questionáveis como dizer que o BRT é praticamente uma linha de trem: “estações” no lugar de paradas de ônibus, velocidade idêntica à do monotrilho e adoção de veículos elétricos.[2] O consórcio VemABC afirmou na época que já havia gastado 60 milhões de reais em preparativos, e a multa de rescisão do contrato é de 270 milhões.[4] A previsão de custo da linha de monotrilho era de cerca de R$ 6 bilhões, segundo o governo. Já o novo projeto de BRT deve custar R$ 680 milhões e ser entregue em até 18 meses, valores e prazos também questionados.[2][4]

Em 7 de julho de 2020, pouco mais de um ano após o cancelamento da linha, o Diário do Grande ABC noticiou que a empresa chinesa BYD, responsável pelo fornecimento dos monotrilhos da Linha 17 - Ouro (no lugar da Scomi) está interessada em resgatar o projeto.[7] A empresa apresentou um projeto que inclui assumir a concessionária VemABC que venceu a licitação do ramal. O diretor de negócios da BYD afirmou que a empresa "quer retomar o projeto do monotrilho" e aportaria recursos se necessário, inclusive pagar pelas desapropriações. A BYD também estaria interessada em utilizar o ramal como vitrine para o seu monotrilho, o SkyRail, lançado em 2016, mas ainda sem um sistema de grande porte em operação.[7][8][9] Em agosto, entretanto, com a prisão do secretário Alexandre Baldy, o governo paulista tornou pública a declaração de extinção do contrato, dando um fim definitivo à linha.[10]

Estações[editar | editar código-fonte]

Estação Integração Cidade
Tamanduateí Linha 2–Verde (Metrô) e Linha 10–Turquesa (CPTM) São Paulo
Vila Carioca São Paulo
Goiás São Caetano/São Paulo
Espaço Cerâmica São Caetano/São Paulo
Estrada das Lágrimas São Caetano do Sul/São Paulo
Praça Regina Matiello São Bernardo do Campo/São Caetano do Sul
Instituto Mauá São Bernardo do Campo/São Caetano do Sul
Afonsina Santo André/São Bernardo do Campo
Fundação Santo André Santo André/São Bernardo do Campo
Winston Churchill Santo André/São Bernardo do Campo
Senador Vergueiro Santo André/São Bernardo do Campo
Baeta Neves São Bernardo do Campo
Paço Municipal Terminal São Bernardo (EMTU) São Bernardo do Campo
Djalma Dutra São Bernardo do Campo
Praça Lauro Gomes São Bernardo do Campo
Ferrazópolis Terminal Ferrazópolis (EMTU) São Bernardo do Campo
Café Filho São Bernardo do Campo
Capitão Casa São Bernardo do Campo
Estrada dos Alvarengas São Bernardo do Campo


Datas importantes[editar | editar código-fonte]

  • 22 de agosto de 2014 - Assinatura do contrato com o consórcio ABC Integrado
  • 3 de julho de 2019 - Cancelamento do projeto

Galeria[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/07/1306606-monotrilho-de-sao-paulo-vai-abrir-so-em-2016-diz-alckmin.shtml
  2. a b c Ricardo Méier (3 de julho de 2019). «Governo do estado cancela Linha 18-Bronze de metrô». Metrô-CPTM. Consultado em 3 de julho de 2019 
  3. Secretaria dos Transportes Metropolitanos de São Paulo (setembro de 2010). «Corredor Urbanístico de Transporte – Metrô Leve Eixo de transporte público de média capacidade ABC/SP» (PDF). Consultado em 2 de julho de 2011  line feed character character in |título= at position 48 (ajuda)
  4. a b c «Governo de SP desiste de monotrilho e anuncia BRT para ligar ABC à Linha 2-Verde do Metrô». G1. Consultado em 8 de julho de 2020 
  5. «João Doria anuncia que linha 18-Bronze do ABC será BRT». Diário do Transporte. 3 de julho de 2019. Consultado em 8 de julho de 2020 
  6. «Doria desiste de monotrilho para o ABC, que agora terá sistema de ônibus rápido». Folha de S.Paulo. 3 de julho de 2019. Consultado em 8 de julho de 2020 
  7. a b «Chinesa BYD tenta resgatar Linha 18-Bronze do Metrô, afirma jornal». Metrô CPTM. 7 de julho de 2020. Consultado em 8 de julho de 2020 
  8. «Grupo chinês tem projeto para resgate de Metrô na Linha 18». Diário do Grande ABC. Consultado em 8 de julho de 2020 
  9. «Metrô licita projeto funcional da Linha 20». Diário do Grande ABC. Consultado em 20 de julho de 2020 
  10. «Governo Doria declara "extinto" contrato de PPP da Linha 18-Bronze». Metrô CPTM. 6 de agosto de 2020. Consultado em 6 de agosto de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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