Estação Ferroviária de Miranda

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Estação Ferroviária de Miranda
Uso atual Transporte ferroviário
Administração ALL
Informações históricas
Inauguração 1912
Fechamento 1996
Localização
Localização Miranda Mato Grosso do Sul
 Nota: Para outras interfaces ferroviárias com nomes semelhantes ou relacionados, veja Estação Ferroviária de Miranda do Corvo, Estação Ferroviária de Mato Miranda ou Estação Ferroviária de Duas Igrejas - Miranda.

A Estação Ferroviária de Miranda, em Miranda, Mato Grosso do Sul, Brasil, foi uma construção destinada a embarque e desembarque de passageiros de trem e, secundariamente, ao carregamento e descarregamento de carga transportada. Usualmente consistia em um edifício para passageiros (e possivelmente para cargas também), além de outras instalações associadas ao funcionamento da ferrovia.

História[editar | editar código-fonte]

A estação de Miranda foi inaugurado em 31 de dezembro de 1912. Dois anos depois, quando houve a junção de dois trechos, de Água Clara e Pedro Celestino, a estação já funcionava no trecho isolado e acabou sendo reinaugurada. Faz parte da linha E. F. Itapura-Corumbá, que foi aberta também a partir de 1912. Apesar disso, por dificuldades técnicas e financeiras, havia cerca de 200 km de trilhos para serem finalizados (trechos Jupiá-Água Clara e Pedro Celestino-Porto Esperança), fato que ocorreu apenas em outubro de 1914. Em 1917 a ferrovia é fundida no trecho da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (NOB), que fazia o trecho paulista Bauru-Itapura.

Somente em 1952 a cidade de Corumbá seria alcançada pelos trilhos. A partir de 1975 foi incorporada em uma divisão da RFFSA sendo finalmente privatizada a partir de 1992 e entregue em concessão para a Novoeste em 1996. A possível reativação do Trem do Pantanal (entre Campo Grande e Corumbá) em 2005 pelo governo de MS e da Brasil Ferrovias fez com que o Jornal O Estado de S. Paulo publicasse uma reportagem na edição de 10 de outubro de 2004 sobre o futuro retorno do trem. Nele fala sobre a situação da estação na atualidade:

Outras estações ferroviárias do município[editar | editar código-fonte]

Agachi[editar | editar código-fonte]

A estação de Agachi foi inaugurado em 1 de novembro de 1929 e como muitas das estações do trecho entre Campo Grande e Porto Esperança, por muito tempo a estação não dispôs de água potável, obrigando a NOB a deslocar semanalmente uma composição de vagões pipa para abastecimento.

Atualmente a estação possui cercamento e, segundo fonte de populares, foi vendido para particulares desconhecidos.

Duque Estrada[editar | editar código-fonte]

A estação de Duque Estrada foi inaugurado em 1 de janeiro de 1938. Em 2010 tinha função de moradia.

Salobra[editar | editar código-fonte]

A estação de Salobra foi inaugurado em 31 de dezembro de 1912 mas sem o "R" (Saloba). Uma curiosidade é que a revista Brazil Ferrocarril (principal revista sobre ferrovias da mesma época) em 1914 sugeriu modificar o nome dessa estação (assim como outras até Porto Esperança) para Bittencourt (referência importante quando a ferrovia foi construída). Como muitas das estações do trecho entre Campo Grande e Porto Esperança, por muito tempo a estação não dispôs de água potável, obrigando a NOB a deslocar semanalmente uma composição de vagões pipa para abastecimento. A possível reativação do Trem do Pantanal (entre Campo Grande e Corumbá) em 2005 pelo governo de MS e da Brasil Ferrovias fez com que o Jornal O Estado de S. Paulo publicasse uma reportagem em 2004 sobre o futuro retorno do trem. Ali fala sobre a situação atual da estação de Salobra:

Coronel Juvêncio[editar | editar código-fonte]

A estação de Coronel Juvêncio foi inaugurado em 1 de junho de 1935. A estação já existia como posto telegráfico com nome de Posto do km 1154. Como muitas das estações do trecho entre Campo Grande e Porto Esperança, por muito tempo a estação não dispôs de água potável, obrigando a NOB a deslocar semanalmente uma composição de vagões pipa para abastecimento. Em 1998 estava sem uso definido e aspecto de abandono.

Guaicurus[editar | editar código-fonte]

A estação de Guaicirus foi inaugurado em 31 de dezembro de 1912. Uma curiosidade é que a revista Brazil Ferrocarril (principal revista sobre ferrovias da mesma época) em 1914 sugeriu modificar o nome dessa estação (assim como outras até Porto Esperança) para Assis (referência importante quando a ferrovia foi construída). Como muitas das estações do trecho entre Campo Grande e Porto Esperança, por muito tempo a estação não dispôs de água potável, obrigando a NOB a deslocar semanalmente uma composição de vagões pipa para abastecimento. Em 2004 estava servindo de moradia para os indios Kadiweus.

Porto Carreiro[editar | editar código-fonte]

A estação de Porto Carreiro foi inaugurado em 30 de outubro de 1929, seis dias depois da Grande Depressão de Nova Iorque. Como muitas das estações do trecho entre Campo Grande e Porto Esperança, por muito tempo a estação não dispôs de água potável, obrigando a NOB a deslocar semanalmente uma composição de vagões pipa para abastecimento.

Bodoquena[editar | editar código-fonte]

A estação de Bodoquena foi inaugurado em 31 de dezembro de 1912. Uma curiosidade é que a revista Brazil Ferrocarril (principal revista sobre ferrovias da mesma época) em 1914 sugeriu modificar o nome dessa estação (assim como outras até Porto Esperança) para Monlevade (referência importante quando a ferrovia foi construída). Apesar do nome ser Bodoquena, a estação não se localiza atualmente neste município e sim em Miranda.

Fontes[editar | editar código-fonte]

  • Nos Trilhos da Noroeste, 2004
  • Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960
  • IBGE, 1959
  • Relatório da excursão científica realizada na zona da E. F. Noroeste do Brasil em julho de 1939
  • S. Cardoso Ayala e F. Simon: Álbum Gráfico do Estado de Matto Grosso, 1914
  • O Estado de S. Paulo, 2004
  • E. F. Noroeste do Brasil: relatórios anuais
  • O Estado de S. Paulo, 1998
  • Brazil Ferrocarril, 1914

Ligações externas[editar | editar código-fonte]