Estação Ferroviária de Tunes

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Tunes
Estação Ferroviária de Tunes
placa da estação de Tunes, em 2015
Identificação: 78006 TUN (Tunes)[1]
Denominação: Estação de Concentração de Tunes
Administração: Infraestruturas de Portugal (sul)[2]
Classificação: EC (estação de concentração)[1]
Tipologia: C [2]
Linha(s):
Altitude: 65 m (a.n.m)
Coordenadas: 37°9′53.91″N × 8°15′23.07″W

(=+37.16498;−8.25641)

Mapa

(mais mapas: 37° 09′ 53,91″ N, 8° 15′ 23,07″ O; IGeoE)
Município: border link=Silves (Portugal)Silves
Serviços:
Estação anterior Comboios de Portugal Comboios de Portugal Estação seguinte
Albufeira
Faro
  AP   Pinhal Novo
P-Campanhã
  IC   Messines
Lis-Oriente
P-Campanhã
Albufeira
Faro
  R   Algoz
Lagos

Conexões:
Ligação a autocarros
Ligação a autocarros
17
Serviço de táxis
Serviço de táxis
SLV
Equipamentos: Bilheteiras e/ou máquinas de venda de bilhetes Lavabos Bar ou cafetaria Lavabos adaptados Telefones públicos Elevadores Acesso para pessoas de mobilidade reduzida Sala de espera
Endereço: Largo 1.º de Dezembro, s/n
PT-8365-235 Tunes SLV
Website:
 Nota: Este artigo é sobre a estação ferroviária em Portugal. Para transportes ferroviários na cidade homónima na Tunísia, veja Tunes § Transporte público.

A Estação Ferroviária de Tunes é uma interface da Linha do Algarve, que funciona como ponto de entroncamento com a Linha do Sul, e serve a localidade de Tunes, no distrito de Faro, em Portugal.

Aspeto da estação de Tunes em 2017, vendo-se a antena de comunicação rádio-comboio, e as plataformas com o respetivo equipamento.

Descrição[editar | editar código-fonte]

Edifício da estação, em 2009.

Localização e acessos[editar | editar código-fonte]

Esta interface situa-se junto ao Largo 1.º de Dezembro, na localidade de Tunes,[3] na freguesia de Algoz e Tunes. O edifício de passageiros situa-se do lado sudoeste da via (lado direito do sentido descendente, para V.R.S.A.).[4][5]

Heráldica[editar | editar código-fonte]

No brasão da Junta de Freguesia de Tunes, extinta em 2013, esta estação estava simbolizada por uma locomotiva[6] a vapor.[7]

Infraestrutura[editar | editar código-fonte]

Vista geral da estação, em 2017

Esta interface apresenta cinco vias de circulação (numeradas consecutivamente de I a V) com extensões variando entre 185 e 398 m, quatro delas acessíveis por plataformas (todas exceto a IV), uma (da via V) com apenas 80 m de comprimento e 65 cm de altura e as restantes três com 300 m de comprimento e 90 cm de altura; existem ainda três via secundárias (VI a VIII) com comprimentos entre 70 e 220 m; não estão eletrificadas as vias V e VII, e apenas o estão parcialmente as restantes vias secundárias.[2]

A informação aos passageiros, em 2005, era feita na própria estação,[8] mas em 2007 já era realizada a partir de Faro.[9]

Nesta estação a Linha do Sul entronca na Linha do Algarve no lado esquerdo do seu enfiamento descendente, bifurcando-se a via para noroeste e possibilitando percusos diretos Faro-Funcheira e Faro-Lagos, enquanto que o percurso Lagos-Funcheira tem de infletir aqui. Fruto desse entroncamento, esta estação é um ponto de câmbio nas características da via férrea e do seu uso:

Tunes enquanto limiar de tipologia ferroviária:[2]
característica Sul Algarve desc. Algarve asc.
eletrificação Funcheira 25 kV ~ 50 Hz Faro 25 kV ~ 50 Hz Lagos
comunicações Funcheira rádio V.R.S.A. GSM-R Lagos GSM-R
compr. máx. Ermidas-Sado 490 m Faro 395 m Lagos
contorno Funcheira PT b+ (CPb+) Faro PT b+ (CPb+) Lagos PT b (CPb)
carga máx. Funcheira D4 Tavira D4 Lagos B2

Em Tunes a quilometragem da Linha do Algarve atinge o seu mínimo: PK 301+889 (valor contado com o zero no Barreiro, no seguimento da quilometragem da Linha do Sul), tendo ambos os seus segmentos quilometragem crescente a partir deste valor, tanto para nascente (início do segmento 452, com término após V.R.S.A., ao PK 396+468), como para poente (início do segmento 451, com término em Lagos, ao PK 347+210) — esta situação invulgar é fruto das mudanças de designação e consistório das linhas do Sul e do Algarve ao longo das suas histórias (q.v.).[1]

Comboio regional (série 0450, a diesel) em Tunes, em 2017.

Situa-se junto a esta estação a substação de tração de Tunes,[9][10] de serviço simples e contratada à I.P., que assegura aqui a eletrificação de partes das linhas do Linha do Sul e do Linha do Algarve, entre a zona neutra de São Marcos da Serra e o término do troço eletrificado, em Faro.[2]


Serviços[editar | editar código-fonte]

Em dados de 2023, esta interface é servida por comboios de passageiros da C.P. de tipo regional tipicamente com nove circulações diárias em cada sentido entre Lagos e Faro,[11] de tipo intercidades com três circulações diárias em cada sentido entre Lisboa - Santa Apolónia e Faro, e de tipo Alfa Pendular com duas circulações diárias em cada sentido entre Porto-Campanhã e Faro.[12][13]

História[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: História da Linha do Algarve

Planeamento, construção e inauguração[editar | editar código-fonte]

Desde 1858 que se discutiu como continuar o Caminho de Ferro do Sul, que na altura terminava em Beja, até Faro;[14] no entanto, só em 21 de Abril de 1864 é que foi assinado um contrato entre o governo e a Companhia dos Caminhos de Ferro de Sul e Sueste, a contratar a construção da ligação ferroviária entre Beja e o Algarve.[15] Em 25 de Janeiro de 1866, uma carta de lei estabeleceu que a linha deveria estar concluída até 1 de Janeiro de 1869, e terminar em Faro.[16] O governo abriu concurso para a construção deste caminho de ferro a 26 de Janeiro de 1876.[17]

Antiga torre de água da estação de Tunes, em 2015.

Nos finais de 1876, a via entre Faro e São Bartolomeu de Messines encontrava-se totalmente assente.[18] A 1 de Julho de 1889, foi aberto à exploração o troço entre Faro e Amoreiras.[19][20]

Ligação a Algoz[editar | editar código-fonte]

Em 10 de Agosto de 1897, foi apresentado um projecto de lei para a construção de vários caminhos de ferro, incluindo um de Tunes a Portimão e Lagos.[21] Em 11 de Novembro do mesmo ano, o Conselho Superior de Obras Públicas e Minas aprovou o projecto para o troço até Portimão.[22]

Nos princípios de 1899, foi realizado um inquérito administrativo, para a apreciação do público sobre os projectos ferroviários dos Planos das Redes Complementares ao Norte do Mondego e Sul do Tejo; entre os projectos, estava o ramal de Tunes a Lagos, que já se encontrava em construção.[23] A primeira secção deste ramal, até Algoz, entrou ao serviço em 10 de Outubro desse ano.[24][25] O comboio inaugural, constituído pela locomotiva n.º 14, um furgão e carruagens de passageiros, saiu de Tunes às 5 horas e 15 minutos da manhã, e chegou a Algoz cerca de um quarto de hora depois.[26]

Originalmente, não existia a concordância entre o Ramal de Lagos e a Linha do Sul, pelo que os comboios com destino ou origem no sentido de Lisboa tinham de fazer inversão de marcha na estação.[26] Esta foi mais tarde construída,[quando?][27] para obviar a esta limitação — o seu desmantelamento na década de 1990[quando?][4][5] e alienação do terreno por onde passava voltaria a impossiblitar circulações diretas entre Lagos e a Linha do Sul).[10]

Comboio de passageiros na estação de Tunes, em 1999.

Século XX[editar | editar código-fonte]

Em Setembro de 1926, o Ministério do Comércio publicou uma portaria, ordenando a compra de um terreno anexo à estação, de forma a construir casas para os funcionários da Companhia dos Caminhos de Ferro de Sul e Sueste.[28] Em Dezembro do mesmo ano, o governo autorizou a Companhia a adquirir outro terreno, para expandir a estação e construir habitações para o pessoal.[29] Em 11 de Maio de 1927, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses passou a explorar as redes do Sul e Sueste e Minho e Douro, que até então faziam parte dos Caminhos de Ferro do Estado.[30] Em 1929, Brito Camacho fez uma viagem de comboio entre Tunes e Portimão.[31]

A estação de Tunes foi ligada à rede rodoviária nacional na primeira metade da década de 1930.[32] Em finais de 1933, a Comissão Administrativa do Fundo Especial de Caminhos de Ferro aprovou a instalação de um reservatório de 100 m³ em Tunes.[33]

Um diploma publicado no Diário do Governo n.º 106, II Série, de 8 de Maio de 1940, aprovou o projecto para a ampliação e deslocação do cais do carvão na estação de Tunes[34] Em 1 de Novembro de 1954, a Companhia iniciou os serviços de automotoras entre Lagos e Vila Real de Santo António, sendo inicialmente feitas oito circulações diárias, incluindo uma em cada sentido entre Lagos e Tunes.[35]

Em 4 de Junho de 1969, o Conselho de Administração da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses aprovou a criação de comboios especiais, no regime de excursão, para tentar combater a concorrência do transporte rodoviário.[36]

Em 1990, foi realizado o concurso para o projecto SISSUL - Sistemas integrados de sinalização do Sul, que previa a modernização dos sistemas de sinalização nas estações e plena via nos troços do chamado Itinerário do Carvão, de Ermidas-Sado até à Central do Pego; em 1996, previa-se que este sistema seria prolongado até Faro, incluindo Tunes.[37]

Vista da estação em 2017, sobre a área que anteriomente consistia o âmago do triângulo ferroviário de Tunes.

Século XXI[editar | editar código-fonte]

Em 2003, a Rede Ferroviária Nacional inaugurou a Estação de Concentração de Sinalização de Tunes.[38]

Entre os dias 27 e 30 de Maio de 2006, a Junta de Freguesia de Tunes acolheu uma exposição sobre os caminhos de ferro, tendo estado exposta uma maqueta da estação de Tunes, na época entre os anos 60 e 70.[39]

Em Maio de 2009, um jovem de 26 anos foi detido pela Guarda Nacional Republicana nesta estação, devido à posse de heroína e cocaína.[40]

Em 2005, esta interface tinha a classificação C da Rede Ferroviária Nacional[8] (classificação que manteria em 2011).[1] Nesse ano, mantendo a configuração das décadas anteriores,[27] contava com cinco vias de circulação e encontrava-se habilitada para a realização de manobras de material circulante.[8] Em 2007, as extensões das vias, eram, correspondentemente, de 242, 272, 375, 393 e 180 m, tendo as quatro plataformas 306, 300, 300 e 90 m de comprimento.[9] Em 2011, as linhas já tinham sido alteradas, passando a apresentar 278, 292, 369, 401 e 181 m de comprimento; as plataformas tinham 300 a 90 metros de extensão, e 65 a 30 cm de altura[41] — valores mais tarde[quando?] ampliados para os atuais.[2]

Alfa Pendular em Tunes, em 2007.

Em 2022, previa-se para 2024 conclusão da eletrificação total da Linha do Algarve,[2] projeto anunciado ainda na década anterior.[10]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
  2. a b c d e f Diretório da Rede 2024. I.P.: 2022.12.09
  3. «Tunes - Linha do Algarve». Infraestruturas de Portugal. Consultado em 19 de Outubro de 2015 
  4. a b (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
  5. a b Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1988), C.P.: Direcção de Transportes: Serviço de Regulamentação e Segurança, 1988
  6. «Heráldica». Junta de Freguesia de Tunes. Consultado em 22 de Março de 2010. Cópia arquivada em 28 de setembro de 2013 
  7. “Communes in Silves municipality” § Tunes Flags of the World website
  8. a b c «Directório da Rede Ferroviária Portuguesa 2005». Rede Ferroviária Nacional - REFER, E.P. 13 de Outubro de 2004. p. 67, 83 
  9. a b c «Directório da Rede 2007 1.ª Adenda». Rede Ferroviária Nacional - REFER, E.P. 26 de Junho de 2007. p. 61, 75, 90 
  10. a b c (anón.): “Comboio Correio : Investimentos de Norte a Sul” Trainspotter 78 (2017.02): p.6-7
  11. Horário dos Comboios : Vila Real de S. António ⇄ Lagos («horário em vigor desde 2022.12.11»). Esta informação refere-se aos dias úteis.
  12. Horário Comboios AP e IC Porto/Lisboa ⇄ Faro / Lagos / V. R. S.to António («horário em vigor desde 2022.12.11»).
  13. Horário Comboios AP e IC Lisboa ⇄ Braga - Viana do Castelo - Valença - Porto / Faro («horário em vigor desde 2022.12.11»).
  14. SANTOS, 1995:120-121
  15. MARTINS et al, 2006:243
  16. SANTOS, 1995:125
  17. MARTINS et al, 2006:247
  18. SANTOS, 1995:132
  19. «Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e a sua extensão» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 69 (1652). 16 de Outubro de 1956. p. 528-530. Consultado em 12 de Novembro de 2014 
  20. SANTOS, 1997:181
  21. «Há Quarenta Anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 50 (1204). 16 de Fevereiro de 1938. p. 86-100. Consultado em 12 de Novembro de 2014 
  22. «Há Quarenta Anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 49 (1198). 16 de Novembro de 1937. p. 541-542. Consultado em 12 de Novembro de 2014 
  23. «Há 50 anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 61 (1466). 16 de Janeiro de 1949. p. 112. Consultado em 12 de Novembro de 2014 
  24. REIS et al, 2006:12
  25. TORRES, Carlos Manitto (1 de Fevereiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1683). p. 75-78. Consultado em 12 de Novembro de 2014 
  26. a b «Há Quarenta Anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 51 (1238). 16 de Julho de 1939. p. 339. Consultado em 12 de Novembro de 2014 
  27. a b Sinalização da Estação e da concordância de Tunes”, 1981 («Diagrama do Anexo n.º 129 à I.T. n.º 30»)
  28. «Linhas Portuguesas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 39 (930). 16 de Setembro de 1926. p. 287. Consultado em 7 de Fevereiro de 2012 
  29. «Linhas Portuguesas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 39 (936). 16 de Dezembro de 1926. p. 363. Consultado em 2 de Agosto de 2012 
  30. REIS et al, 2006:63
  31. MENDES, 2010:69
  32. «Publicações recebidas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 49 (1177). 1 de Janeiro de 1937. p. 21. Consultado em 12 de Novembro de 2014 
  33. «Direcção Geral de Caminhos de Ferro» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 47 (1105). 1 de Janeiro de 1934. p. 29. Consultado em 1 de Maio de 2012 
  34. «Parte Oficial» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 52 (1260). 16 de Junho de 1940. p. 403-406. Consultado em 12 de Novembro de 2014 
  35. «Linhas Portuguesas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 67 (1606). 16 de Novembro de 1954. p. 334. Consultado em 6 de Fevereiro de 2016 
  36. MARTINS et al, 1996:272
  37. MARTINS, 1996:158-167
  38. «Relatório e Contas 2003». Rede Ferroviária Nacional - REFER, E.P. 2004. p. 19 
  39. «Exposição "um olhar sobre os caminhos de ferro"». Junta de Freguesia de Tunes. 27 de Maio de 2006. Consultado em 22 de Março de 2010 [ligação inativa] 
  40. «Jovem detido com 2520 doses de heroína e cocaína». Sol. 27 de Maio de 2009. Consultado em 22 de Março de 2010 [ligação inativa] 
  41. «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2012. Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. p. 71-85 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel; et al. (1996). O Caminho de Ferro Revisitado. O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas 
  • MENDES, António Rosa (2010). Faro. Roteiros Republicanos. Col: Roteiros Republicanos. Matosinhos: Quidnovi, Edição e Conteúdos, S. A. e Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República. 95 páginas. ISBN 978-989-554-726-5 
  • OLIVEIRA, Ataíde (1987) [1905]. Monografia do Algoz. Faro: Algarve em Foco Editora. 258 páginas 
  • REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X 
  • SANTOS, Luís Filipe Rosa (1995). Os Acessos a Faro e aos Concelhos Limítrofes na Segunda Metade do Séc. XIX. Faro: Câmara Municipal de Faro. 213 páginas 
  • SANTOS, Luís Filipe Rosa (1997). Faro: um Olhar sobre o Passado Recente. (Segunda Metade do Século XIX). Faro: Câmara Municipal. 201 páginas 
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Ligações externas[editar | editar código-fonte]