Estação Ferroviária de Pataias

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Pataias
Estação Ferroviária de Pataias
a estação de Pataias, em 2009
Identificação: 63354 PAT (Pataias)[1]
Denominação: Estação de Pataias
Administração: Infraestruturas de Portugal (até 2020: centro;[2] após 2020: sul)[3]
Classificação: E (estação)[1]
Tipologia: D [2]
Linha(s): Linha do Oeste (PK 139,356)
Altitude: 80 m (a.n.m)
Coordenadas: 39°39′19.84″N × 8°59′5.95″W

(=+39.65551;−8.98499)

Mapa

(mais mapas: 39° 39′ 19,84″ N, 8° 59′ 05,95″ O; IGeoE)
Município: border link=Alcobaça (Portugal)Alcobaça
Serviços: R
Equipamentos: Sala de espera Lavabos Acesso para pessoas de mobilidade reduzida
Inauguração: 5 de abril de 1933 (há 91 anos)
Website:
Edifício da estação de Pataias, em 2018.

A Estação Ferroviária de Pataias é uma gare da Linha do Oeste, que serve a vila de Pataias, no Concelho de Alcobaça, em Portugal.

Automotora da Série 0450 na Estação de Pataias, em 2009.

Descrição[editar | editar código-fonte]

Localização e acessos[editar | editar código-fonte]

Esta interface tem acesso pela Rua da Estação, na localidade de Pataias-Gare.[4] O edifício de passageiros situa-se do lado poente da via (lado esquerdo do sentido ascendente, a Figueira da Foz).[5][6]

Caracterização física[editar | editar código-fonte]

Em dados oficiais de Janeiro de 2011, contava com três vias de circulação, tendo as primeiras duas vias 502 m de comprimento, e a terceira 416 m; as plataformas tinham 220 e 210 m de extensão, e apresentavam 40 e 45 cm de altura.[7] Nesta estação insere-se na rede ferroviária o ramal particular Pataias-Secil.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Linha do Oeste § História

Abertura ao serviço[editar | editar código-fonte]

Pataias situa-se entre as estações de Torres Vedras e Leiria, tendo este troço sido aberto à exploração pública em 1 de Agosto de 1887, pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses.[8] No entanto, não fazia parte do troço original, uma vez que só entrou ao serviço em 5 de Abril de 1933, com a categoria de apeadeiro.[9] A cerimónia de inauguração incluiu o lançamento de foguetes e um copo de água, e teve a presença de vários membros da Comissão Administrativa de Alcobaça, o inspector geral do Distrito, o segundo comandante da polícia, e dois inspectores da 3.ª Zona da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[9] Em 1939, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses fez obras de reparação no caminho de acesso ao cais de mercadorias de Pataias.[10]

Décadas de 1950 e 1960[editar | editar código-fonte]

Enquadamento do edifício da Estação de Pataias, em 2018.

Um despacho de 31 de Maio de 1951, publicado no Diário do Governo n.º 127, Série III, de 5 de Junho, emitido pelo Ministério das Comunicações, aprovou um projecto apresentado pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses para alterar o serviço que era prestado pela gare de Pataias, ainda com a categoria de apeadeiro.[11]

Em 1955, era uma das gares em território nacional que tinha o maior movimento de mercadorias.[12] Em 7 de Fevereiro de 1956, o Ministério das Comunicações aprovou um projecto para a ampliação do apeadeiro de Pataias, então situado ao km 149,370, incluindo a expropriação de seis parcelas de terreno entre os kms 138,974.50 e 139,429.50, como tinha sido indicado pela planta parcelar de 22 de Junho de 1950.[13]

Em 1961, o apeadeiro de Pataias era servido por comboios de passageiros e mercadorias da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, em combinação com a Sociedade Estoril.[14] O movimento de mercadorias era muito reduzido.[15] Nesse ano, as mercadorias expedidas, em vagão completo em regime de Pequena Velocidade, eram cimento e cal hidráulica, lenha e motano, madeiras de eucalipto ou de pinho aplainadas ou serradas, e cal comum, enquanto que, em 1958, enviou principalmente hortaliças e legumes verdes, em regime de Grande Velocidade.[15] Nesse ano, foi, junto com o Apeadeiro de Cela, a interface com o menor volume de passageiros na Região Oeste.[16]

Em 1985 este interface tinha já categoria de estação,[5] atribuída entretanto.[quando?]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
  2. a b Diretório da Rede 2021. IP: 2019.12.09
  3. Diretório da Rede 2025. I.P.: 2023.11.29
  4. «Pataias - Linha do Oeste». Infraestruturas de Portugal. Consultado em 29 de Agosto de 2016 
  5. a b (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
  6. Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1988), C.P.: Direcção de Transportes: Serviço de Regulamentação e Segurança, 1988
  7. «Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque». Directório da Rede 2012. Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. p. 71-85 
  8. TORRES, Carlos Manitto (16 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1682). p. 61-64. Consultado em 8 de Junho de 2014 
  9. a b «Linhas Portuguesas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 46 (1090). 16 de Maio de 1933. p. 315. Consultado em 29 de Agosto de 2016 
  10. «O que se fez em Caminhos de Ferro em 1938-39» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 52 (1266). 16 de Setembro de 1940. p. 638-639. Consultado em 4 de Fevereiro de 2018 
  11. PORTUGAL. Despacho de 31 de Maio de 1951. Ministério das Comunicações: Direcção-Geral de Caminhos de Ferro: Repartição de Exploração e Estatística, Lisboa. Publicado no Diário do Governo n.º 127, III Série, de 5 de Junho de 1951.
  12. VALENTE, Rogério (1 de Outubro de 1955). «Os ramais particulares da rede ferroviária portuguesa» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 68 (1627). p. 341-344. Consultado em 4 de Fevereiro de 2018 
  13. PORTUGAL. Diploma de 7 de Fevereiro de 1956. Ministério das Comunicações: Direcção-Geral de Caminhos de Ferro: Direcção dos Serviços de Exploração e Material, Lisboa. Publicado no Diário do Governo n.º 40, II Série, de 16 de Fevereiro de 1956.
  14. SILVA et al, 1961:189
  15. a b SILVA et al, 1961:205-206
  16. SILVA et al, 1961:202

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • SILVA, Carlos; ALARCÃO, Alberto; CARDOSO, António (1961). A Região a Oeste da Serra dos Candeeiros: Estudo económico-agrícola dos concelhos de Alcobaça, Nazaré, Caldas da Rainha, Óbidos e Peniche. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. 767 páginas 
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Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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