Estado do Grão-Pará e Maranhão
Foi proposta a fusão deste artigo ou se(c)ção com Estado do Maranhão e Grão-Pará (pode-se discutir o procedimento aqui). (desde outubro de 2015) |
Estado do Grão-Pará e Maranhão | |||||
Estado Colonial Português | |||||
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Continente | América do Sul | ||||
Região | Brasil | ||||
País | Reino de Portugal | ||||
Capital | Belém | ||||
Língua oficial | Português | ||||
Outros idiomas | Dialetos Indígenas, Dialetos Africanos | ||||
Religião | Católico | ||||
Governo | Monarquia | ||||
Rei | |||||
• 1750 - 1772 | José I de Portugal | ||||
Governador e Capitão-General | |||||
• 1751 - 1759 | Francisco Xavier de Mendonça Furtado | ||||
• 1759 - 1763 | Manuel Bernardo de Melo e Castro | ||||
• 1763 - 1772 | Fernando da Costa de Ataíde Teive | ||||
• 1772 - 1780 | João Pereira Caldas | ||||
História | |||||
• 13 de Junho de 1621 | Criação do Estado do Maranhão | ||||
• 24 de Setembro de 1751 de 1751 | Posse de Francisco Furtado | ||||
• 20 de agosto de 1772 de 1751 | Criação do Estado do Maranhão e Piauí e Estado do Grão-Pará e Rio Negro |
O Estado do Grão-Pará e Maranhão foi um dos estados coloniais portugueses na América do Sul. Foi criado durante o governo monarca José I de Portugal, criado no período pombalino oriundo da capitania hereditária do Maranhão, quando sua capital foi transferida de São Luís para Belém.
No seu período áureo, sua extensão territorial abrangia o território dos atuais estados do Maranhão, Piauí, Pará, Amazonas, Amapá e Roraima.
Entre 1772 e 1774, com a dissolução do Estado, suas capitanias ficaram subordinadas à Portugal diretamente.[1]
Parte da historiografia sustenta que as duas unidades resultantes do desmembramento do Estado do Grão-Pará e Maranhão, em 1772/1774 (Estado do Grão-Pará e Rio Negro e Estado do Maranhão e Piauí) permaneceram subordinadas a Lisboa. Outros estudos afirmam que a separação do Pará e do Maranhão, caracterizados como "pseudo-estados", levou à sua reintegração à antiga repartição do Estado do Brasil.[2]
História
- 1534 - D. João III (Coroa Portuguesa) divide o Brasil em 14 capitanias hereditárias, comandados 12 capitães donatários, entre elas a do Maranhão que incluía o território do atual Estado do Pará, com capital em São Luís;[3] Criação do Governo Geral, para superar as dificuldades das capitanias e centralizar política e administrativamente a colônia. Administrava de acordo instruções vindas de Portugal.[4]
- 1572 - D. Sebastião divide a administração da colônia em dois governos gerais: o Governo do Norte, com sede em Salvador, responsável pelos territórios da capitania da Baía de Todos os Santos à capitania do Maranhão e o Governo do Sul, com sede no Rio de Janeiro, que administra os territórios da capitania de Ilhéus para Sul;[4]
- 1616 - fundado o Forte do Presépio na então chamada Santa Maria de Belém do Grão-Pará (atual capital do Estado do Pará, Belém) na capitania do Grão-Pará, a primeira construção deste modelo e mais significativa no território amazônico;[5]
- 1621 - no contexto da Dinastia Filipina o território da América Portuguesa foi dividido em duas unidades administrativas autônomas: o Estado do Maranhão ao norte, com capital em São Luís, a fim de assegurar a posse do território e promover o desenvolvimento abrangeu a capitania do Grão-Pará, a capitania do Maranhão e a capitania do Ceará, sob ordens de Filipe III de Espanha (durante a união ibérica); e o Estado do Brasil ao sul, cuja capital era Salvador, abrangendo as demais capitanias;[6][7]
- 1654 - o Estado do Maranhão passa a ser designado Estado do Maranhão e Grão-Pará.[8][9]
- 1737 - a capital do Estado do Maranhão e Grão-Pará é transferida de São Luís para Santa Maria de Belém do Grão-Pará.
- 1751 - o Estado do Maranhão e Grão-Pará passou a se chamar Estado do Grão-Pará e Maranhão, com capital transferida para Belém, compreendia os atuais Estados do Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Maranhão e Piauí;[10][7]
- 1755 - criação da Capitania de São José do Rio Negro (atual Amazonas), desmembrada da capitania do Grão-Pará mas permanece integrada ao Estado do Grão-Pará e Maranhão, que passou a compreender quatro capitanias: a de São José do Rio Negro, a do Grão-Pará, a do Maranhão e a do Piauí;
- 1772 - o Estado do Grão-Pará e Maranhão é dividido em duas unidades administrativas: o Estado do Grão-Pará e Rio Negro, com sede em Belém, e o Estado do Maranhão e Piauí, com sede em São Luís;[6]
- 1774 - a fim de centralizar e aumentar o controle colonial, os Estados do Grão-Pará e Rio Negro e do Maranhão e Piauí, passam à condição de Capitania que foram unificados ao Estado do Brasil, sendo subordinados ao vice-rei do Brasil, com sede no Rio de Janeiro;[11][7]
Ver também
Ligações externas
- O governo das conquistas do norte: trajetórias administrativas no Estado do Grão-Pará e Maranhão (1751-1780)
- Os governadores do Estado do Grão-Pará e Maranhão: perfis sociais e trajetórias administrativas (1751-1780)
- Palácio e residência dos governadores da capitania do Grão-Pará e Maranhão. O projecto de Landi
Referências
- ↑ Schwarcz, L. M. (2015). Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, "Estado+do+Grão-Pará+e+Rio+Negro"+independencia&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjo8oOYuMrKAhUCiZAKHbWJDfIQ6AEINTAF#v=onepage&q=%22Estado%20do%20Gr%C3%A3o-Par%C3%A1%20e%20Rio%20Negro%22%20independencia&f=false.
- ↑ dos Santos, Fabiano Vilaça. «O governo das conquistas do norte: trajetórias administrativas no Estado do Grão-Pará e Maranhão (1751-1780)». Catálogo USP
- ↑ «Administração no Brasil Colonial». Conhecimentos Gerais. Consultado em 20 de outubro de 2015
- ↑ a b «Administração no Brasil Colonial». Super Zap. Consultado em 20 de outubro de 2015
- ↑ «História do Pará». Info Escola. Consultado em 11 de agosto de 2013
- ↑ a b «No tempo das fábricas». Arquivo Nacional. Consultado em 19 de outubro de 2015
- ↑ a b c «A formação territorial do espaço paraense: dos fortes à criação de municípios»
- ↑ A escrita jesuítica da história das missões no Estado do Maranhão e Grão-Pará (século XVII), p. 4.
- ↑ O modelo pombalino de colonização da amazónia, p. 5.
- ↑ «Pará também nasceu de uma divisão». Diário do Pará. Consultado em 19 de outubro de 2015
- ↑ «A Administração Pombalina». Multirio. Consultado em 19 de outubro de 2015
- !Artigos a sofrerem fusão desde outubro de 2015
- Estados extintos da América do Sul
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