Ezequiel Nasser

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Ezequiel Nasser
Nascimento 1949 (75 anos)
São Paulo
Cidadania Brasil
Ocupação banqueiro

Ezequiel Edmond Nasser é um banqueiro brasileiro de ascendência judia sìria,[1] filho de Rahmo Nasser e de Evelyne Safra. Já foi dono do Banco Excel-Econômico.[2] Iniciou sua carreira como funcionário do Banco Safra, onde chegou a ser diretor.[3] É sobrinho do também banqueiro Joseph Safra.[4] É casado com Joelle Maslaton Nasser e tem três filhos Raymond, Daniel e Scarlet.[5]

Em 1994, Ezequiel foi alvo do segundo sequestro mais longo ocorrido em São Paulo na época. Foi sequestrado no dia 28 de abril, quando voltava para casa, no Morumbi. Foi libertado após passar 75 dias em poder dos sequestradores.[6]

Como banqueiro, Ezequiel Nasser, foi considerado um dos mais agressivos de sua época, vivia entre São Paulo e Nova York, onde dizia administrar dinheiro pessoal e o de clientes. Sua família é tradicionalmente de banqueiros, os Safra. Nas décadas de 70 e 80, Ezequiel Nasser trabalhou para os tios Edmond Safra, nos Estados Unidos, e Joseph Safra, no Brasil. Em 1990, abriu o próprio banco, o Excel, que durante anos esteve entre os três mais rentáveis do país, também adquirindo o banco Econômico, de Ângelo Calmon de Sá, em 1996, que sofreu liquidação do Banco Central. Também, passou a patrocinar clubes de futebol populares, como o Corinthians, o Vitória e o América.[7]

Em 1997, o anúncio de um prejuízo de R$ 44 milhões gerou desconfiança no mercado de que o Excel enfrentava problemas financeiros para absorver o Econômico. Sendo confirmado que o Excel teria que fazer um aumento de capital, pois R$ 69 milhões do patrimônio líquido haviam pulverizado. Mesmo assim não conseguiu resgatar a imagem do banco que, mergulhado em dificuldades financeiras, acabou sendo vendido pelo valor simbólico de R$ 1 aos espanhóis do Bilbao Vizcaya que já saíram do País.[8]

Sumido desde o fim do Econômico, o ex-banqueiro Nasser reapareceu na disputa com o banco norte-americano Merrill Lynch.[9]

Três anos após a venda, Nasser pediu a anulação da venda de seu ex-banco e uma reparação por danos morais em valor não determinado. Ele argumentava que vendeu o banco por R$ 1 quando, na verdade, deveria ter recebido R$ 459,6 milhões, em valores atualizados. A ação foi distribuída para a 2ª Vara Cível da Justiça Federal, em São Paulo. Ficou dois anos com a instituição financeira e alegou que o Banco Central o coagiu a vender o Excel Econômico por R$ 1. O BBVA argumentou que não havia o que ser devolvido.[10]

Referências

  1. Page 28 https://www.jsafrasarasin.com/internet/com/de/jssh_annual_report_2020.pdf
  2. «#MERCADO FINANCEIRO#Irmãos Nasser pagarão multa milionária | Radar». VEJA.com 
  3. Pereira, Thulio Cícero Guimarães (2006). «Bancos e banqueiros, sociedade e política: o Bamerindus e José Eduardo de Andrade Vieira». bdtd.ibict.br. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  4. de 2019, Da redação | em 28 de outubro. «Alberto Safra deixa banco da família, em mais uma disputa entre herdeiros». Money Report. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  5. «Folha de S.Paulo - Mônica Bergamo - 21/12/2003». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  6. «Folha de S.Paulo - Banqueiro é solto após 75 dias de sequestro - 12/7/1994». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 16 de janeiro de 2018 
  7. «A lista do HSBC continua rendendo». ISTOÉ DINHEIRO. 13 de março de 2015. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  8. «Folha de S.Paulo - Bilbao assume o Excel por R$ 500 mi (com foto) - 30/04/98». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  9. «Ezequiel Nasser e Merrill Lynch duelam na Justiça de Nova York - Economia». Estadão. Consultado em 11 de setembro de 2020 
  10. «EZEQUIEL NASSER CONTRA-ATACA». ISTOÉ DINHEIRO. 18 de maio de 2001. Consultado em 11 de setembro de 2020 

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