Factor de necrose tumoral
Factores de necrose tumoral (sigla em inglês: TNF) refere-se a um grupo de citocinas capaz de provocar a morte de células (apoptose) tumorais e que possuem uma vasta gama de ações pró-inflamatórias. O TNF alfa é secretado principalmente por macrófagos. Seu mal funcionamento pode causar inflamações dolorosas em doenças auto-imunes, choque séptico e permitir o aparecimento de tumores. [1]
Tipos
- Fator de necrose tumoral-alfa (TNFα): É produzido principalmente por macrófagos ativados, mas também pode ser produzido por Linfócito T CD4+, células NK, neutrófilos, eosinófilos, mastócitos, e neurônios. Além de inibir e matar células tumorais, também infectadas, também estimula a resposta de inflamação e outras citocinas que causam febre e combatem infecções. [2]
- Linfotoxina-alfa (LT-alfa) e a linfotoxina-beta (LT-beta): são citocinas produzidas por linfócitos T citotóxicos para romper células tumorais.
Atividade
Os TNF actuam possuem dois receptores (TNFRSF1A e TNFRSF1B) e são parte da via extrínseca para provocar apoptose de células tumorais. Os receptores TNF estão associados com a ativação do sistema complemento através de proteínas adaptadoras (FADD, TRADD...) que clivam outras pró-caspases inactivas e desencadeiam um efeito em cascata, irreversivelmente induzindo o rompimento de células defeituosas (apoptose).
TNF interage com receptores em células endoteliais induzindo ao aumento da permeabilidade vascular para permitir que os leucócitos acessem o local de infecção. Assim, está envolvida em inflamações sistêmicas e é uma das citocinas que causam a reação de fase aguda.
Descoberta
No fim do século XIX, William Coley, um cirurgião de Nova Iorque, descreveu remissão de tumores após infecção bacteriana. Em 1975 a proteína responsável por este processo foi identificada e chamada factor de necrose tumoral alfa[3].
Patologias
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O TNF alfa é o responsável pela Síndrome da Caquexia. Essa síndrome é caracterizada por consumo dos estoques de gordura corporal e perda progressiva do apetite (hiporexia). Essa síndrome, encontrada em pacientes terminais de câncer ou AIDS, é o resultado da exposição contínua e prolongada do corpo a altas doses de TNF alfa. Esse regime de produção e liberação de TNF alfa é característico de doenças malignas e infecções virais.
Inibir sua atuação tem efeito positivo em pessoas com doenças inflamatórias como artrite reumatoide e doença de Crohn. [4]