Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

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Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Ciências ULisboa
Lema "O que hoje não sabemos, amanhã saberemos"

Garcia de Orta

Fundação 19 de abril de 1911; há 112 anos
Instituição mãe Universidade de Lisboa
Tipo de instituição Pública
Localização Lisboa, Portugal
Diretor(a) Luís Carriço
Campus Cidade Universitária
Página oficial ciencias.ulisboa.pt

A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Ciências ULisboa, FCUL) é uma instituição de ensino público universitário localizada no Campo Grande, Lisboa, dedicada ao ensino e investigação nas áreas das ciências naturais e exactas.

Foi criada a 19 de Abril de 1911,[1] mas as suas origens remontam à criação da Academia Real de Marinha em 1779 e à sua sucessora, a Escola Politécnica de Lisboa em 1837. Desde 1911 até 1985 (quando foi realojada nas instalações actuais na Cidade Universitária, em Lisboa) esteve instalada no antigo edifício da Escola Politécnica, cujas instalações são agora usadas como museu.

A 10 de fevereiro de 2022, a Polícia Judiciária, após aviso do FBI, desmontou uma tentativa de ataque terrorista planeada por um estudante do curso de Engenharia Informática da instituição, às instalações e alunos da FCUL, visando assassinar o maior número possível de alunos, à semelhança dos massacres em instituições de ensino dos Estados Unidos.[2]

Instalações e Centros Científicos[editar | editar código-fonte]

As instalações actuais compreendem uma área construída de 75.662 metros quadrados, correspondendo a oito edifícios (marcados de C1 a C8, onde o C denomina Ciências) que albergam salas de aulas, gabinetes, cafetarias, bibliotecas, uma livraria e áreas de lazer.

A faculdade alberga também diversos Institutos e Centros de Estudos:

  • CIUHCT - Centro Interuniversitário de História da Ciência e Tecnologia
  • CFTC - Centro de Física Teórica e Computacional
  • LIP - Laboratório de Instrumentação e Partículas
  • CENTRA - Centro de Astrofísica e Gravitação
  • IBEB - Instituto de Biofísica e Engenharia Biomédica
  • MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente
  • CE3C - Centro para a Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais
  • CQB - Centro de Química e Bioquímica (extinto em 2019)
  • BioISI - Biosystems and Integrative Sciences Institute
  • Tec Labs - Centro de Inovação
  • IDL - Instituto D. Luiz (Laboratório Associado da FCT)
  • IA - Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço

Outras Instalações fora do Campus são ainda:

  • Laboratório Marítimo da Guia (Cascais)
  • Estação de Campo do CE3C (Grândola).

Universo FCUL[editar | editar código-fonte]

A população da Faculdade, durante o ano lectivo de 2016 - 2017 contou com um total de 5183 alunos, consistindo em:

Ciências conta ainda com um elevado contingente de recursos humanos (651):

  • 434 docentes (maioritariamente doutorados).
  • 62 investigadores.
  • 155 membros de pessoal não-docente

Departamentos[editar | editar código-fonte]

A Faculdade tem os seguintes Departamentos:

  • Departamento de Biologia Animal (DBA).
  • Departamento de Biologia Vegetal (DBV).
  • Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia (DEGGE).
  • Departamento de Estatística e Investigação Operacional (DEIO).
  • Departamento de Física (DF).
  • Departamento de Geologia (GeoFCUL).
  • Departamento de Informática (DI).
  • Departamento de Matemática (DM).
  • Departamento de Química e Bioquímica (DQB).
  • Departamento de História e Filosofia das Ciências (DHFC)

Licenciaturas (1.º Ciclo de Bolonha)[editar | editar código-fonte]

Esta Faculdade disponibiliza 17 cursos de licenciatura.

Em 2017, a licenciatura em Química da Faculdade de Ciências foi uma das dezasseis em Portugal com taxa de desemprego de 0%.[3] No mesmo ano, a especialidade de Biologia Marinha contribuiu para a classificação da Universidade de Lisboa como a 18ª melhor do mundo na disciplina de recursos hidrográficos, de acordo com o ranking de Xangai.[4]

Acessos[editar | editar código-fonte]

O acesso à faculdade é livre ao público em geral com excepção de aulas em decurso. Pode até utilizar-se o estacionamento próprio da faculdade nalguns eventos abertos ao público em geral.

Em termos de transportes públicos existe o serviço de autocarros da Carris e da estação de Metro do Campo Grande; é também possível caminhar desde a estação de comboios de Entrecampos.

A Faculdade encontra-se muito próxima do Jardim do Campo Grande, onde se situa o Caleidoscópio - um espaço de estudo aberto a todos os estudantes no coração do jardim.

Parcerias[editar | editar código-fonte]

A Faculdade de Ciências promove a mobilidade académica dos estudantes através de estágios e períodos de estudo noutras Universidades, assim como dentro da própria Universidade.

Dentro da universidade, podem ser tirados Minors e Ciências participa no curso de Estudos Gerais.

Já fora de portas, podem ser realizados estágios e períodos de estudo, com destaque para o ERASMUS+.

O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, da Faculdade de Ciências, integra o consórcio europeu responsável pelo desenvolvimento e construção do Espresso, o maior telescópio construído até à data, concebido para procurar planetas parecidos com a Terra capazes de suportar vida.[5]

Alumni[editar | editar código-fonte]

Ver também a categoria: Alumni da FCUL

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Faculdade de Ciências de Lisboa 1937, p. 383.
  2. Silva, Ana Henriques, Mariana Oliveira, Samuel (10 de fevereiro de 2022). «Estudante planearia há meses "acção terrorista" contra colegas da Universidade de Lisboa». PÚBLICO. Consultado em 10 de fevereiro de 2022 
  3. Carriço, Marlene. «Cursos de Medicina não são os únicos com 0% de desemprego. Conheça os 16 cursos que garantem pleno emprego». Observador. Consultado em 23 de Fevereiro de 2018 
  4. Silva, Samuel. «Universidades. Três instituições de ensino portuguesas entre as 50 melhores do mundo nas suas áreas científicas». PÚBLICO. Consultado em 23 de Fevereiro de 2018 
  5. Lusa, Agência. «Consórcio europeu cria o "maior telescópio ótico" da atualidade». Observador. Consultado em 23 de Fevereiro de 2018 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]