Fahd da Arábia Saudita

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Fahd da Arábia Saudita
Malik da Arábia Saudita
Guardião das Duas Mesquitas Sagradas
Primeiro-ministro da Arábia Saudita
Fahd da Arábia Saudita
Fahd bin Abdul Aziz
Reinado 13 de junho de 19821 de agosto de 2005
Consorte AL Anood Bint Abdulaziz Bin Mousad AL Saud
AL Joharah Bint Ibrahem AL Ibrahem
Antecessor(a) Khalid
Sucessor(a) Abdallah
Nascimento 1921
  Riade
Morte 1 de agosto de 2005 (84 anos)
  Riade
Sepultado em Al-Oud
Nome completo Fahad bin Abdul Aziz Al Saud
Dinastia Casa de Saud
Pai Ibn Saud
Filho(s) Faisal bin Fahad, sultan bin Fahad
Muhammad bin Fahd, Saud bin Fahad
khaled bin Fahad, Abdul-Aziz bin Fahad

Fahd bin Abdul Aziz Al-Saud (Riade, 1921 – Riade, 1 de agosto de 2005) foi Rei da Arábia Saudita entre 1982 e 2005, sendo o quinto rei da família Al Saud.[1]

Fahd, cujo nome significa "leopardo" em árabe, governou a Arábia Saudita durante mais de duas décadas, passando por duas guerras do Golfo, uma queda espectacular dos preços do petróleo e o aparecimento da Al-Qaeda no reino. O rei Fahd defendeu várias propostas para encontrar uma solução para o conflito entre árabes e israelitas e era um dos homens mais ricos do mundo.[carece de fontes?]

Como "Rei da Arábia Saudita", era o guardião dos lugares santos do Islão de Meca e Medina. Devido a doença, desde 1995 que o soberano de facto era o seu irmão e sucessor Abdala bin Abdelaziz. Nesse ano sofreu uma embolia cerebral, e esteve confinado a uma cadeira de rodas, com graves problemas de memória.[2] A sua saúde, já débil, era afectada por um transplante de rim devido a um cancro, por uma extracção da vesícula,[desambiguação necessária] pela diabetes e artrose.

Sexto filho dos mais de 40 que teve o rei Ibn Saud, fundador da moderna Arábia Saudita em 1932. Os seus antecessores, além de seu pai, foram o tio Saud e irmãos Faisal e Khalid.

Em 1945 o príncipe Fahd fez a sua primeira visita oficial no estrangeiro para assistir à inauguração das Nações Unidas, cerimónia que decorreu em Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Foi Faisal quem se encarregou de apresentá-lo na cena política em 1952, depois de realizar estudos islâmicos e de cultura ocidental. O seu primeiro cargo foi o de ministro da educação em 1953 e nesse cargo permitiu pela primeira vez o acesso das mulheres à escola pública e introduziu o ensino da ciência). Dez anos mais tarde quando foi nomeado ministro do interior.[carece de fontes?]

Em 1964, após a destituição do rei Saud e subida ao trono do seu irmão Faisal, foi designado segundo na hierarquia do governo. Também dirigiu os conselhos superiores de petróleo, a universidade, e as segurança nacional e a segurança da Peregrinação a Meca.

Tornou-se herdeiro em 1975, depois do assassinato do seu irmão Faisal e ascensão ao trono de Khalid.

Reinado[editar | editar código-fonte]

Quando subiu ao trono em 1982, Fahd foi confrontado com a queda em vinte por cento dos preços de petróleo e realizou importantes reformas económicas, nomeadamente cortes maciços nas subvenções públicas. Reformou também as forças armadas do reino, gastando, entre 1985 e 1991, quase 50 mil milhões de dólares para fazer face às ameaças iraquianas, segundo a revista especializada Jane´s Intelligence Weekly.

Em 1982, Fahd viu seu plano de paz para o Oriente Médio, uma iniciativa que oferecia a paz a Israel em troca da devolução dos territórios palestinos, ser adotado pela Liga Árabe[3] – e depois ser retomada quase nos mesmos moldes como a Iniciativa de Paz Árabe.[4]

Após a invasão do Kuwait pelo Iraque de Saddam Hussein, em agosto de 1990, Fahd tomou a histórica decisão de autorizar a presença das forças norte-americanas na Arábia Saudita, berço do Islão e onde estão as mesquitas santas das cidades de Meca e Medina.

A guerra do Golfo, em 1991, e a chegada das tropas da coligação ao território saudita começaram a quebrar os tabus de uma sociedade fundada sobre o wahabismo, uma das interpretações mais rígidas do Islão.[carece de fontes?]

Em 1992, Fahd decide lançar as primeiras reformas políticas da história do reino, criando em 1993 um Conselho Consultivo e promulga a Lei Fundamental inspirada na lei islâmica.

A aliança militar com Washington começa, entretanto, a provocar a cólera dos fundamentalistas, nomeadamente de jovens sauditas como Osama bin Laden, que regressam triunfantes do Afeganistão após terem combatido o Exército Vermelho (da União Soviética) ao lado dos mujahidins.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Morre aos 82 anos o rei Fahd, da Arábia Saudita; petróleo sobe - Notícias - Internacional». Internacional 
  2. «Folha de S.Paulo - Oriente Médio: Rei saudita Fahd morre; Abdullah assume - 02/08/2005». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 16 de novembro de 2018 
  3. «Eight Point Peace Plan by Crown Prince Fahd ibn Abd al-Aziz of Saudi Arabia» (em inglês). The United Nations. 7 de agosto de 1981. Consultado em 13 de setembro de 2023 
  4. Paul Wood (1 de agosto de 2005). «Rei saudita: De playboy a diplomata» (em inglês). BBC. Consultado em 13 de setembro de 2023 

Precedido por
Khalid
Rei da Arábia Saudita
19822005
Sucedido por
Abdallah
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