Filipe Alberto Patroni

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Filipe Patroni
Nome completo Filipe Alberto Patroni Martins Maciel Parente
Nascimento 1798
Acará, Grão-Pará
Morte 15 de julho de 1866 (68 anos)
Lisboa, Portugal
Ocupação advogado, jornalista e político
Principais trabalhos editor do jornal político O Paraense

Filipe Alberto Patroni Martins Maciel Parente (Acará, 1798Lisboa, 15 de julho de 1866) foi um advogado, jornalista e político brasileiro.

História[editar | editar código-fonte]

Era filho do alferes Manuel Joaquim da Silva Martins e afilhado do capitão-de-fragata Filipe Alberto Patroni, de quem herdou o nome. Formou em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.[1] Ao retornar para Belém do Pará, trouxe uma tipografia e com esta, fundou, em abril de 1822, O Paraense primeiro jornal publicado no então Estado do Grão-Pará e Rio Negro (atual Pará), com sede na cidade de Belém do Pará.[2]

Participou de forma ativa do movimento constitucional no Brasil, sendo a província do Pará a primeira a aderir à Revolução Constitucionalista do Porto.[3] Foi o primeiro brasileiro a falar nas sessões da Assembleia Constituinte, em 5 de abril de 1821.[4]

Foi delegado da Junta Provisória do Governo do Pará e deputado provincial pelo Pará na legislatura de 1842 a 1845.

Publicações[editar | editar código-fonte]

[1]

  • Dissertação sobre o direito de caçoar que compete aos veteranos das academias. Lisboa, 1818, 78 págs.
  • Carta que de Lisboa escreveu a Salvador Rodrigues do Couto, natural da mesma cidade e nela presbítero secular, etc. Saiu no "Jornal de Coimbra" n.° 60, parte 2.a, págs. 269 a 291.
  • Roteiro da viagem da cidade do Pará até às últimas colônias dos domínios portugueses em os Rios Amazonas e Negro; ilustrado com algumas notícias que podem interessar a curiosidade dos navegantes, etc. — No mesmo jornal, n.° 87, parte l.a, págs. 87 a 146.
  • Fala do deputado do governo do Pará, feita a el-rei na audiência de 22 de novembro. Lisboa, Nova Impr. da Viúva Neves e filhos, 1821, 4 págs. (n.° 6.721 do Cat. da Exp.).
  • Discurso pronunciado na sala das cortes, na sessão de 5 de abril, etc. — Lisboa, 1821, 8 págs. Foi publicado no mesmo ano no Rio de Janeiro, na Régia Of. Tip., 4 págs. in foi. n.° 6.722 do Cat. da Exp.).
  • O Paraense, jornal político — Pará, 1822.
  • Arte Social ou "Sistema de direito público universal", Lisboa, 1823.
  • Panegírico dedicado a D. João VI, etc. a 13-5-1823. Lisboa, 1823, 29 págs.
  • Correio do Imperador ou o Direito de propriedade. Rio de Janeiro, 1827–1838. Publicação periódica.
  • O pesadelo, poema herói-cômico, etc. Rio de Janeiro e Pará, 1838
  • Obras diversas de F. A. P. M. P. — Niterói e Rio de Janeiro, 1840-1841, 2 vols.
  • A Bíblia do justo-meio da política moderada ou Prolegómenos do Direito constitucional da natureza, explicados pelas leis físicas do mundo. Rio de Janeiro, 1835, 149 págs. A 2.a edição é de Lisboa, 1851, 131 págs. com um mapa.
  • Álgebra política. Análise das integrais e das diferenciais das equações das moralidades, no quadro genealógico da organização social, por sistema conforme à Bíblia do justo-meio. Pará, 1840. A 2.a edição é de Lisboa, 1851, 182 págs.
  • Cartilha imperial para uso do Sr. D. Pedro II, nas suas lições de literatura e ciências positivas. Pará, 1840. A 2.a edição é de Lisboa, 1851, 75 págs.[5]
  • A viagem de Patroni pelas províncias brasileiras do Ceará, Rio de S. Francisco, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro, nos anos de 1829-1830, dividida em quatro partes. Lisboa, 1851, 2 vols. de 134 págs. cada um.
  • Prólogo galeato da festa de N. S. de Nazaré, no dia de seu círio, em 9-10-1850, na cidade de Belém, capital do Grão-Pará. Lisboa, 1851, 83 págs. com um mapa. Saiu antes, em 1850, no jornal "Voz Paraense".
  • Torre de menagem. A união patriótica dos três partidos portugueses: legitimista, carlista e setembrista, êm honra do crucificado Jesus Cristo, o Homem–Deus, pela ciência exata do governo com o Evangelho da Álgebra e Bíblia de ambos os testamentos na heróica, grande e divina revolução (Ximenes, S. Miguel, Tomás Saldanha), feita na cidade do Porto, reino de Portugal, no dia 24-4-1851. Lisboa, 1851, 323 págs. Neste livro se acham seis suplementos de outras obras de Patroni, publicadas no Brasil.
  • A profecia do novo mundo: primeira coleção dos fragmentos, artigos, ou extratos das obras do Dr. Patroni publicadas no Brasil, e agora com a chegada do autor a Lisboa, a 20-3-1851, reimpressas e publicadas, etc. Lisboa, 1851, 92 págs.
  • Anúncio da próxima edição do capítulo do Gólgota: circular dirigida aos homens esclarecidos de todas as nações e muito principalmente aos naturais e habitantes da Rússia, da Inglaterra e de Portugal, cujos governos formam a trindade celeste do anjo arquiteto do Apocalipse. Lisboa, 1851, 49 págs.
  • Projeto de código remuneratório do reino de Portugal, composto e dedicado a D. Maria II e aos senhores representantes da nação portuguesa. 2.* edição, Lisboa, 1851, 89 págs.
  • Exposição das obras do Dr. Patroni, para servir de segunda premissa ao grande raciocínio celeste da sociedade universal (eclésia católica em grego e latim) na exposição física de Londres, cuja conseqüência e último termo do mesmo raciocínio é sem réplica a constituição formal do Congresso da paz em Lisboa. Precisamente pelas regras científicas das três seções cónicas da Bíblia, toda inteira, reduzida a uma só curva, parábola do pastoradouro, que estabelece a unidade do gênero humano, constituindo o reino de Deus, no capítulo XXI e úJtimo do Evangelho de S. João. Lisboa, 1851, in foi. Começou esta publicação em folhetos semanais, mas ficou no 4.° número.
  • Espécime dos estudos bíblicos do reino santificado, puro na fé com as promessas de Cristo no campo de Ourique, em princípio comum da matéria e forma dos livros que devem preceder a publicação da obra intitulada "Antilóquio do catolicismo" e unidade social de todas as nações da terra, para servir de preliminar científico à revelação dos profundos segredos da natureza e mistérios utílissimos, celestes e terrestres, da política e da religião na carta conscitucional de D. Afonso Henriques em Coimbra, Lisboa, 1865, 32 págs.

Referências

  1. a b «Felipe Alberto Patroni Martins Maciel Parente». Consciência.org - Filosofia e Ciências Humanas. Consultado em 22 de setembro de 2013 
  2. Jornal do Pará - Literatura Brasileira - 4° CELLI Arquivado em 27 de setembro de 2013, no Wayback Machine. Universidade Estadual de Maringá – UEM - acessado em 29 de janeiro de 2012
  3. «Pequena História das constituintes brasileiras». Banco de dados Folha. 12 de maio de 1946. Consultado em 22 de setembro de 2013 
  4. Gomes de Carvalho, Manuel Emílio: Os Deputados Brasileiros nas Cortes de Lisboa. Brasília : Senado federal, 1979. Página 14.
  5. «Cartilha Imperial para uso do Sr. D.Pedro II nas suas primeiras lições de lieratura e ciências positiva». Projeto Memória de Leitura, Unicamp. 1840. Consultado em 22 de setembro de 2013 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]