Fenitoína

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Fenitoína
Alerta sobre risco à saúde
Nome IUPAC 5,5-diphenylimidazolidine-2,4-dione
Identificadores
Número CAS 57-41-0
PubChem 1775
DrugBank APRD00241
ChemSpider 1710
Código ATC N03AB02
Propriedades
Fórmula química C15H12N2O2
Massa molar 252.26 g mol-1
Farmacologia
Biodisponibilidade 70-100% oral, 24.4% for rectal and intravenous administration
Via(s) de administração Oral, parenteral
Metabolismo hepatic
Meia-vida biológica 6-24 hours
Ligação plasmática 90%
Excreção Primarily through the bile, urinary
Classificação legal



Prescription only

Riscos na gravidez
e lactação
D
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

A Fenitoína é um fármaco do grupo dos antiepilépticos, que é usado no tratamento e prevenção de convulsões, como na epilepsia ou após neurocirurgia.[1]

Indicações

Para prevenir convulsões tônico-clônicas (gran mal), em caso de epilepsia generalizadas e parciais ou antes de cirurgia no sistema nervoso central ou prevenir migrânea. [1] NAO serve para tratar crise de ausências (petit mal).

Mecanismo de ação

Tem diversos efeitos. Inibe os canais de sódio, potássio e cálcio, existentes na membrana dos neurónios, imediatamente antes. Altera concentrações locais de neurotransmissores como GABA, noradrenalina e acetilcolina.

Diminui a excitação neuronal em geral.

Administração

Oral como comprimido mastigável, de liberação prolongada ou suspensão (líquido). Tomado de uma a quatro vezes por dia. A dose prescrita deve ser ajustada a cada semana até reduzir os casos de convulsões a zero, de modo a evitar efeitos secundários. Pode ser apresentada como ácido ou sal sódico. O efeito máximo demora de 1,5 a 6h.[2]

Não deve ser administrado intramuscular, por absorção errática aumenta os efeitos colaterais e diminui a eficácia terapêutica.

Por via intravenosa a dose inicial é de 15 a 20mg/Kg (metade em maiores de 1 e menores de 12 anos), com dose máximo de 30mg/Kg. A dose de manutenção é de 4 a 10mg/kg, aplicada 12h depois da inicial. Outros medicamentos devem ter preferência.[1]

Pode ser usado em grávidas, pois as convulsões são piores para a mãe e o bebe do que os efeitos adversos.

Efeitos clinicamente úteis

Diminui, em muitos casos a zero, número de episódios epiléticos.

Efeitos adversos

Os mais comuns são[3]:

  • Insônia: Dificuldade para dormir ou permanecer dormido
  • Pensamento e fala lentos ou confusos
  • Náusea, vômito ou constipação
  • Inchaço na face e lábios
  • Dor de cabeça
  • Nistagmo: movimentos erráticos dos músculos do olho
  • Hirsutismo: aumento na quantidade de pelos
  • Ataxia: descoordenação de movimentos
  • Anemia
  • Dor no pênis
  • Interfere na via de produção da 25-Hidroxivitamina D (Vitamina D) pelo fígado.[4]

Reacções alérgicas são raras. Também pode causar, raramente, amolecimento dos ossos, problemas linfáticos e cardiovasculares. Esses problemas são mais comuns em pacientes idosos e debilitados.[1]

Sobredose

Em excesso (doses superiores a 30mg/kg causa tremores, delírios, náusea, vômitos, fala lenta, ataxia e pode induzir coma.[1]

Interacções com outros fármacos

Tem interação com Decadron (Dexametasona), o álcool reduz os efeitos da fenitoína, os outros anticonvulsivantes podem aumentar ou diminuir os seus níveis, aumenta por vezes absorção ou metabolismo dos anticoagulantes e o metabolismo dos corticosteroides, contraceptivos orais e da nisoldipina. A amiodorona, o cloranfenicol, o omeprazol e a ticlopidina aumentam os seus níveis e os tuberculostáticos reduzem o seu nível plasmático.

Referências