Festa do Divino Espírito Santo de Mogi das Cruzes

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[1] Festa do Divino Espírito Santo de Mogi das Cruzes é uma das mais antigas e bonita manifestações populares de religiosidade católica na Região do alto Tietê , com conteúdo folclórico local, de culto ao Divino Espírito Santo.

Origem e História da festa do Divino Espírito Santo[editar | editar código-fonte]

[2]A festa do Divino Espírito Santo tem origem na antiguidade, também chamada de Ceifas, das Semanas, Do da Lei, e outros nomes. A festa do Divino faz parte também do calendário judaico, e é celebrada sete semanas depois da páscoa, era celebrada desde o século XIV, na igreja católica como festividade religiosa em Portugal. Devido a colonização Portuguesa a festa do Divino foi introduzida no Brasil provavelmente desde o século XVII, sempre foi uma festa de caráter popular.

A cidade de Mogi das Cruzes[editar | editar código-fonte]

[3]Mogi das Cruzes é uma cidade da região metropolitana do Estado de São Paulo, possui grande imigração de japoneses. Foi na década de 20 que a primeira família japonesa chegou em Mogi das Cruzes, Segundo o historiador Glauco Ricciele[4]. Alguns outros japoneses chegaram depois e muitos vieram principalmente de províncias localizadas no norte do Japão. O município possui 721 quilômetros quadrados (km²) de extensão territorial. A [5](população de Mogi das Cruzes, segundo a última atualização do IBGE, em julho de 2014), é de 419.839 habitantes.

A festa do Divino Espírito Santo em Mogi das Cruzes[editar | editar código-fonte]

[6]Em Mogi a festa existe desde o final do século XVII, é uma das mais antigas do Brasil e o maior evento folclórico e religioso do Alto Tietê. Existe um documento descoberto pelo historiador Jurandyr Ferraz de Campos que comprova que a devoção no Divino Espírito Santo tem mais de 400 anos em Mogi das Cruzes.

Preparativos[editar | editar código-fonte]

[7]Um ano antes são escolhidos, novos festeiros, ou seja, pessoas de destaque, dispostas, e que participam ativamente dos rituais durante a festa, os quais, também anteriormente, organizaram e realizaram eventos como chás e bingos, mensalmente, arrecadando fundos, ou seja, gerenciando tudo, e fazendo a divulgação do evento da festa do ano seguinte. Existe um casal de fiéis festeiros, indicados por pessoas que já participaram de outras festas, e que passarão pelo “filtro” do bispo diocesano.

Abertura[editar | editar código-fonte]

[8]A festa tem 11 dias e tem início, em uma quinta-feira e acaba em um domingo, o “Domingo de Pentecostes”.

Alvoradas e passeatas[editar | editar código-fonte]

[9]As alvoradas  são caminhadas que se iniciam  no primeiro sábado de festas e duram até o último dia da festa no “Domingo de pentecostes”, às 5 da manhã com ponto de partida , o “Império” altar  que significa o altar do Divino  montado na Praça da Catedral, e cada dia são realizados um trajeto diferente pelo centro de Mogi das Cruzes, a caminhada é aberta pelos “lanterneiros” que são devotos com lanternas relembrando e mantendo a tradição de quando não tinha energia elétrica na cidade, alguns devotos também carregam lanternas para pagar promessas, a folia do divino que são grupo de 4 homens instrumentistas e cantores  que cantam também participa da alvorada. As passeatas são caminhadas que saem da Catedral e vão visitar as casas de devotos muitas vezes casas de idosos e pessoas doentes, na frente vão festeiros e ex- festeiros e os devotos com suas bandeiras, a folia do divino também acompanha as passeatas.

Quermesse[editar | editar código-fonte]

[10] [11] Durante todas a noites da festa funciona a quermesse no bairro Mogilar, no Centro de Integração Profissional (CIP), onde há venda de comidas e bebidas típicas da festa e da cidade de Mogi das Cruzes, e diariamente tem apresentações de grupos folclóricos e grupos musicais, na quermesse é que se arrecada dinheiro para custear a festa. Semanalmente a quermesse inicia-se às 18:30 h e aos sábados e domingos às 14:00 h.

Entrada dos Palmitos[editar | editar código-fonte]

[12] [8] [13] A entrada dos Palmitos é o ponto de maior destaque e um dos momentos mais significativos da Festa do Divino Espírito Santo de Mogi das Cruzes. Representa a chegada dos colonos para a festa de Pentecostes e lembra a chegada dos devotos da população rural à cidade para participar da procissão agradecendo a fartura da boa colheita. Essa parte da festa possui grande conteúdo folclórico, e só possui em Mogi das Cruzes, possui carros de boi que eram um meio de transporte antigamente. Anualmente a “Entrada dos Palmitos” ocorre na manhã de sábado, véspera de Pentecostes, penúltimo dia da festa, sendo acompanhada por milhares de pessoas, nas calçadas, de onde apreciam o cortejo formado: pelos festeiros, capitães de mastro, devotos, grupos folclóricos (congada, marujada, moçambique), grupos de alunos, bandas de música, carros de boi enfeitados com flores, fitas e produtos agrícolas, charretes, carroças e cavalheiros. Uma peculiaridade: desde o início as ruas eram enfeitadas com folhas de palmito, entretanto por uma questão ecológica, em 1985, foi proibido o corte do palmito, para não extinguirem as palmeiras nativas da mata atlântica, pois a extração do palmito implica na morte da palmeira, uma vez que seu meristema apical é eliminado, atualmente são utilizadas apenas as folhas da palmeira Juçara na marcação do trajeto, e mudas da árvore são carregadas por um dos carros de boi. A concentração da “Entrada dos Palmitos” ocorre em frente da capela Santa Cruz, de onde seguem em procissão, pelas ruas centrais da cidade e no final todos seguem para o local onde acontece a quermesse para o tradicional “Afogadão”, que é considerado um alimento sagrado por muitos fiéis que aguardam muito tempo na fila, acreditando no poder de cura após consumirem o alimento.

Culinária[editar | editar código-fonte]

[14] A festa possui sua própria culinária tradicional, o Afogado bem tradicional é servido depois da entrada dos palmitos, servido gratuitamente para os devotos, é um ensopado à base de carne e batata, tortinho é um bolinho caipira em formato de meia lua, o churrasco dos sete dons é um churrasco é que são usadas sete iguarias para o tempero , rosa-sol é uma bebida típica feita de cachaça, vinho quente bebida à base de vinho tinto seco ou doce feita basicamente com maçãs picadas, também comidas típicas orientais como yakissoba já são tradição devido a grande imigração japonesa na cidade de Mogi das Cruzes.

Procissão[editar | editar código-fonte]

[15]No último dia da festa, ocorre a procissão em louvor ao Espírito Santo, que parte da Catedral Santana, com a participação de milhares de devotos percorrem as principais ruas da cidade. Na procissão participam o grupo folclórico de Congada, Moçambique e Marujada; que é um grupo que apresenta danças de cantigas religiosas. os personagens das rezadeiras que são pessoas que fazem peregrinação nas casas dos devotos para fazer uma reza, o personagem do Imperador é uma tradição da festa vinda de Portugal que representa a coroação do Imperador do Divino Espírito Santo, festeiros, Capitães-do-Mastro que tem a função de guardar e preparar um mastro que é um costume para o capitão recepcionar os presentes com chá, bolos, e biscoitos, é para se erguer na matriz na véspera de Pentecoste, símbolos como as bandeiras que possuem cor vermelha e desenha de pomba branca no centro ou com o desenho do Divino pousado em um globo, possui altares na cor do Dom que presenta a passagem da procissão, e para-se a procissão para uma menina soltar a pombinha que representa aquele símbolo, em cada parada tem uma alocução sobre o significado .na procissão possui um tapete ornamental, onde passa a procissão nas ruas e que cobre as ruas Dr. Paulo Frontin e Dr. Deodato Wertheimer que é feito por alunos das escolas da região, e também o Andor do Divino.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. [1]. Chaves. Robson. Revista Nures. Núcleo de Estudos Religião e Sociedade – Pontifícia Universidade Católica. ”Festa do Divino em Mogi das Cruzes”. 2010. Acessado: 21/09/2014
  2. [2]. Associação Pró-Festa do Divino Espírito Santo - Mogi das Cruzes - SP. Acessado: 21/09/2014
  3. [3]. de Mogi das Cruzes. Prefeitura. ”Localização”. Acessado: 21/09/2014
  4. «Confraria Mogyana». www.confrariamogiana.com.br. Consultado em 28 de julho de 2015 
  5. [4]. 2014 IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Acessado: 23/09/2014
  6. [5]. G1 Mogi das Cruzes e Suzano. Acessado: 21/09/2014
  7. [6]. Associação Pró-Festa do Divino Espírito Santo - Mogi das Cruzes - SP. Acessado: 21/092014
  8. a b [7]. Tv Diário - Afiliada Rede Globo. Acessado: 12/09/2014
  9. [8]. Associação Pró-Festa do Divino Espírito Santo - Mogi das Cruzes - SP. Acessado: 21/09/2014
  10. [9]. Associação Pró-Festa do Divino Espírito Santo - Mogi das Cruzes - SP. Acessado: 21/09/2014
  11. [10]. de Mogi das Cruzes. Prefeitura. Acessado: 21/09/2014
  12. [11]. Carpani. Jenifer. Pires. Douglas. Do G1 Mogi das Cruzes e Suzano. ”Entrada dos Palmitos reúne mais de 20 mil em Mogi das Cruzes”. 2014. Acessado: 21/09/2014
  13. [12]. Wikipédia - Palmito. Acessado: 12/09/2014
  14. [13]. Carpani. Jenifer. Do G1 Mogi das Cruzes e Suzano. ”Comidas típicas de Mogi das Cruzes mesclam variedade e tradição”. 2014. Acessado: 21/09/2014
  15. [14]. Associação Pró-Festa do Divino Espírito Santo - Mogi das Cruzes - SP. Acessado: 21/09/2014