Festival Folclórico de Parintins

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Festival Folclórico de Parintins
Festival Folclórico de Parintins
Período de atividade 1965–presente
Número de edições 56
Local(is) Centro Cultural de Parintins
Data(s) último fim de semana de junho
Gênero(s) boi-bumbá, folclore
Página oficial www.festivaldeparintins.com.br

O Festival Folclórico de Parintins é uma festa popular que acontece todos os anos no município brasileiro de Parintins, no interior do estado do Amazonas.[1] O festival é reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).[2][3]

As apresentações, que começam na última sexta-feira do mês de junho e vão até o domingo, simbolizam uma disputa a céu aberto entre duas agremiações folclóricas, a do Boi Garantido (vermelho) e a do Boi Caprichoso (azul), que acontece no Centro Cultural de Parintins – mais conhecido como Bumbódromo, tem capacidade para 35 mil espectadores.[4] O Festival Folclórico de Parintins é transmitido pela TV A Crítica, emissora independente pertencente à Rede Calderaro de Comunicação.[5][nota 1]

São milhares de turistas do Brasil e do mundo que acompanham as toadas dos bois Garantido e Caprichoso. Na época do festival, a população de Parintins, de 115 mil habitantes, chega a quase dobrar. Segundo a prefeitura do município, cerca de 80 mil turistas visitam a cidade durante o festival.[6] O Festival Folclórico foi responsável pela divulgação de algumas músicas que ficaram famosas, como os hits Ninguém Gosta Mais Desse Boi do Que Eu (1990), Tic, Tic Tac (1993), Vermelho (1996), Saga de Um Canoeiro (1994), Parintins Para o Mundo Ver (1997), Bicho-Homem (1998), Lamento da Raça (1996), Ritmo Quente (1997), Rostinho de Anjo (1999), entre outras.[7]

História[editar | editar código-fonte]

Primórdios[editar | editar código-fonte]

A história dos bois de Parintins remete ao início do século XX, ainda que estes na época fossem grupos muito menores e menos estruturados, além de não possuírem qualquer registro formal. Antes da existência do festival, os bois Garantido e Caprichoso já alimentavam certa rivalidade entre si. No entanto, já existiam outros bois, precedentes ou contemporâneos a esses dois, tais como Diamantino, Ramalhete, Fita Verde, Corre-Campo, Mina de Ouro, Galante e Campineiro.[8][9]

Oficialização do festival[editar | editar código-fonte]

Em 1965 aconteceu o primeiro Festival Folclórico de Parintins, criado por um grupo de amigos ligados à Juventude Alegre Católica (JAC), entre os quais Xisto Pereira, Jansen Rodrigues Godinho, Lucinor Barros e Raimundo Muniz, então presidente da entidade, além do padre Augusto, com o objetivo de arrecadar fundos para a construção da Catedral de Nossa Senhora do Carmo, padroeira de Parintins. No primeiro ano, vinte e duas quadrilhas se apresentaram, sem a presença dos bois Caprichoso e Garantido.[1]

Boi Garantido, o primeiro campeão do festival.

Em 1966 os bois-bumbá foram convidados a participar do festival, e pela primeira vez ambos participaram juntos do festival. Nessa época, o critério estabelecido para definir o campeão foi o boi mais aplaudido pelos presentes. A partir de então, houve o acirramento da rivalidade entre os bois Garantido e Caprichoso.[1]

No ano de 1975, a organização do Festival foi assumida pela Prefeitura de Parintins, mudando o local para o Centro Comunitário Esportivo.[10]

Boi Caprichoso, o boi negro de Parintins e atual Bicampeão do Festival.

Com o tempo, o festival ganhou relevância nacional, passando a ser objeto de atenção da mídia e considerado atração turística de Parintins. Após a transmissão em rede de televisão nacional, profissionais que trabalhavam na festa passaram a ser contratados a partir da década de 2000 para trabalhar nos carnavais de Manaus, Rio de Janeiro e São Paulo.[11]

Em 1982, o Caprichoso, em protesto por ter demorado a receber as verbas públicas (que o boi Garantido havia recebido da Prefeitura com bastante antecedência), decidiu não disputar o festival, alegando que a disputa seria injusta, dado o tempo restado para confecção de um boi que pudesse competir à altura. A prefeitura, para manter a disputa, convidou o boi Campineiro que, por não ter condições de disputa, recebeu o vice-campeonato simbólico naquele ano.[12] Assim, o Boi Garantido consagrou-se pentacampeão (1980, 1981, 1982, 1983 e 1984).

Desde 1994, além de instrumentos de percussão e violões, o teclado eletrônico foi incorporado aos grupos musicais fixos. Primeiro, no Boi-Bumbá Caprichoso, trazendo a modernidade em que o festival entrou, em sua 29ª edição. Sua consolidação ocorreu no ano seguinte, na 30ª edição, realizada em 1995, com a chegada do referido instrumento, no Boi-Bumbá Garantido.[13]

Até 2005, o evento era realizado sempre nos dias 28, 29 e 30 de junho. Uma lei municipal mudou a data para o último fim de semana de junho.

Em 2017, os julgadores do festival sugeriram que este fosse ampliado e outros bois-bumbá pudessem ser incluídos na competição, com a criação de uma liga dos bois-bumbá.[14]

Em 2020, pela primeira vez na história, o Governo do Estado do Amazonas adiou a realização do 55º Festival Folclórico de Parintins para junho de 2021, em função da Pandemia de COVID-19 no Brasil. A medida foi anunciada pelo governador Wilson Lima, em 11 de setembro de 2020, durante reunião com os poderes e representantes de classe.[15] Logo depois, em razão da Pandemia de Covid-19, é anunciado o cancelamento do 55º Festival Folclórico de Parintins, sendo substituído por uma live especial realizada no dia 26 de junho. O evento não contou com a presença de público, que puderam acompanhar pelas plataformas digitais ou na TV aberta, pela emissora oficial do festival.[16]

Em 2022 o festival volta a ser realizado pelos moldes tradicionais e com a presença de público após dois anos sem poder ser realizado por conta da Pandemia de COVID-19. A volta só foi possível por conta do avanço da campanha de vacinação contra a COVID-19 no Brasil, culminando também com a queda no número de casos e óbitos.[17]

Patrimônio Cultural do Brasil[editar | editar código-fonte]

Complexo Cultural do Boi-Bumbá do Médio Amazonas e Parintins

Categoria: Patrimônio Cultural do Brasil
Data de Registro: 8 de novembro de 2018 (5 anos)
Nº de Processo: 01450.006348/2009-11
Cidade: Parintins, Amazonas
Órgão: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)

Em 8 de novembro de 2018, o Complexo Cultural do Boi-Bumbá do Médio Amazonas e Parintins foi reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil na reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, que aconteceu em Belém do Pará.[2]

Concluímos finalmente que, acervos como o Complexo Cultural do Boi-Bumbá do Médio Amazonas e Parintins, por se constituírem em importante foco de resistência da cultura legitimamente nacional, não só tem relevância para o estado do Amazonas e para o país, mas se revestem de um valor universal como lição de liberdade e humanidade. E ratificando os demais pareceres constantes do processo, somos de parecer favorável à sua inscrição, no Livro de Registro das Celebrações, como Patrimônio Cultural do Brasil.[18]
 
Luiz Phelipe de Carvalho Castro Andrês, Conselheiro do Conselho Consultivo do IPHAN.

Os modos de brincar o Boi são diferentes dependendo da região do país. Em cada contexto há variações e denominações próprias, além de ocorrer em distintas épocas do ano. Seja qual for a vertente, o folguedo se estabeleceu de forma marcante na região amazônica e, a cada apresentação, faz o coração dos brincantes e de quem assiste pulsar mais forte. Nessa região, ele ocorre com mais frequência durante os festejos juninos dos santos católicos: Santo Antônio, São João e São Pedro.[2]

Transmissão[editar | editar código-fonte]

A primeira edição do Festival Folclórico a ser transmitido ao vivo foi em 1994, pela TV Amazonas, afiliada da Rede Globo. Este contrato vigorou até 1999.[19] No ano seguinte, a transmissão passou a TV A Crítica, então afiliada ao SBT. À época, foi firmado um contrato de três anos entre os bois e a emissora, por um valor de R$ 1,2 milhão. Em 2001, o vínculo foi estendido até 2007. Neste período a transmissão ocorria na íntegra para toda a região norte e com flashes ao vivo dentro da programação nacional do SBT.

Entre os anos de 2008 e 2012, a Rede Bandeirantes transmitiu para todo o Brasil os três dias do evento em alta definição dentro da sua grade nacional de programação. Porém a transmissão da emissora sempre foi alvo de muitas críticas, em virtude do excesso de intervalos comerciais, pouco conhecimento dos apresentadores com relação a dinâmica da festa, e principalmente a ausência de um maior destaque para as torcidas dos dois bois. Em 2008, em vídeo gravado durante a transmissão do Festival de Parintins, Patrícia Maldonado criticou o apresentador do festival, dizendo que "não é mais chato por falta de espaço", juntamente com José Luiz Datena. Os dois abusaram de ironia e linguagem explícita. Datena ainda fez um comentário xenófobo, ao dizer "Vamos fazer o movimento da 'parintinada'. Amazonas independente do Brasil em nível nacional". A Band e os apresentadores afirmaram, em nota, que as frases foram tiradas de contexto e que eram comentários em off, não interferindo na transmissão veiculada em rede nacional.[20] Patrícia, durante a transmissão, ainda afirmou que "as moças que encenavam as sinhazinhas do boi precisavam pintar os cabelos de louro, pois todos aqui são descendentes indígenas".[21]

Em 2012, o formato de transmissão foi modificado, para permitir que o programa Pânico na Band pudesse ser exibido na grade nacional da emissora. Com isso, o primeiro e o último dia de apresentações foram exibidos com atraso de 2 horas para todo o Brasil (com exceção da Região Norte). Para compensar, a Rede Bandeirantes fez a transmissão na íntegra e ao vivo pela Band Internacional para mais de 130 países do mundo e também pela internet pelo portal da emissora.

Em 2013, os dois bois assinaram um pré-contrato com a Rede Amazônica, onde estava prevista a divulgação do Festival Folclórico de Parintins pela Rede Globo e a transmissão pelo Amazon Sat. Por sua vez, apenas o Boi Garantido assinou um pré-contrato com a Rede Calderaro de Comunicação, através da TV A Crítica alguns dias depois, este por sua vez prevê a ampla divulgação do Festival na programação da Rede Record, Rede TV, Rádio Jovem Pan e outros veículos de mídia e a transmissão pela TV A Crítica para a toda a região norte em alta definição. No dia 7 de fevereiro, o Boi Caprichoso oficializou o contrato de transmissão com a Rede Amazônica por 5 anos, em consequência, seus produtos serão distribuídos nacionalmente pela Som Livre. Por sua vez, o Boi Garantido, decidiu romper as negociações com a mesma emissora de televisão. Em 15 de fevereiro de 2013, o Boi Garantido assinou contrato com a TV A Crítica, que transmitiu as apresentações oficiais do Garantido, bem como irá fazer a divulgação e produção do DVD e do CD e inserção de itens do Garantido na programação da Rede Record. Com isso em 2013, houve 2 emissoras transmitindo o mesmo festival: TV Amazonas transmitindo as apresentações do Caprichoso e TV A Crítica transmitindo as apresentações do Garantido.

Em 2014, o Festival de Parintins passou a ser transmitido integralmente pela TV A Crítica. De acordo com o presidente do bumbá Caprichoso, Joilto Azedo, o documento prevê a exibição do festival por quatro anos. Em comemoração, os bois Caprichoso e Garantido se apresentaram com os itens oficiais para o público do RCC Experience, no Tropical Hotel, onde ocorreu a assinatura do contrato com o boi Caprichoso.[22]

Em 2017, através de uma parceria com a TV A Crítica, a TV Cultura transmitiu o Festival para todo o país, fato que não ocorria desde 2015, já que a ultima transmissão em rede nacional aconteceu pela Record News no ano de 2014.[23] Devido ao sucesso da transmissão do ano anterior, em 2018, a TV Cultura volta a fechar uma nova parceria com a TV A Crítica, garantindo assim a cobertura do festival para todo o Brasil.[24] Em 2019, o festival passa a ser transmitido em quatro emissoras: TV A Crítica que renovou o contrato com os bois por mais um ano, TV Cultura do Amazonas, Inova TV e a TV Cultura de São Paulo que transmitiu pela terceira vez a festa para todo o país.[25] Mas, devido a mudança de horário do início do festival passando para as 20 horas (21 horas pelo Horário de Brasília) e pela transmissão do Festival de Inverno de Campos do Jordão e a programação nacional, a TV Cultura passou a transmitir a apresentação dos dois bois em formato de VT com uma hora e meia de atraso, começando na sexta feira ás 22:30, sábado ás 21:45 e domingo ás 22 horas, nesse caso no ultimo dia houve uma hora de atraso, frustrando os telespectadores de outras regiões do país, principalmente da Região Norte e do próprio Amazonas, que ao invés de acompanharem a festa na íntegra, passaram a assistir em imagens gravadas tendo até mesmo locução como se estivesse ao vivo.

Período Emissora Nota
1994–1999 TV Amazonas e TV Cultura do Amazonas (Hoje TV Encontro das Águas)
2000–2007 TV A Crítica
SBT Transmissão na íntegra apenas para a região Norte enquanto a emissora era afiliada ao canal amazonense, restante do Brasil seguiu com flashes ao vivo.
2008–2012 Rede Bandeirantes Transmissão para todo o Brasil e também pela Band Internacional para o mundo todo.
2013 TV A Crítica e Record News Apresentação do Boi Garantido.[26]
Amazon Sat e TV Tiradentes Apresentação do Boi Caprichoso.
2014 Record News Transmissão para todo o país com imagens ao vivo da TV A Crítica.
2014–presente TV A Crítica Apresentações dos dois bois. Em 2022 o festival passou a ser transmitido também para os estados do Acre, Rondônia, Pará, Tocantins, Mato Grosso, Pernambuco, Minas Gerais, Distrito Federal, São Paulo, Goiás e Bahia graças à expansão da TV A Crítica em boa parte do país.[27]
2017–2019 TV Cultura Transmissão para todo o país através de uma parceria com a TV A Crítica. Em 2019 devido a mudança de horário do começo da festa e por conta da cobertura do Festival de Campos do Jordão, a emissora passou a exibir a apresentação dos dois bois através de VT.
2019–presente Inova TV Transmissão com imagens da TV A Crítica, pois ambas pertencem à Rede Calderaro de Comunicação.
2022 Parintins Play Streaming criado pela TV A Crítica para transmissões em ângulos exclusivos, além de assentos virtuais para o público viver a experiência dentro do Bumbódromo.[27]

Componentes do festival[editar | editar código-fonte]

O festival possui um total de 21 quesitos (itens), sendo que a maioria não possui ordem predeterminada de apresentação. As exceções são os três primeiros (apresentador, levantador de toadas e marujada ou batucada), além do último (encenação).[1]

Os quesitos são: Apresentador; Levantador de Toadas; Batucada e Marujada; Ritual Indígena; Porta-Estandarte; Amo do Boi; Sinhazinha da Fazenda; Rainha do Folclore; Cunhã-Poranga; Boi Bumbá (evolução); Toada (letra e música); Pajé; Povos Indígenas; Tuxauas; Figura Típica Regional; Alegoria; Lenda Amazônica; Vaqueirada; Galera; Coreografia; e Organização do Conjunto Folclórico.[1]

Música[editar | editar código-fonte]

A música, que acompanha durante todo o tempo, é a toada,[1] acompanhada por um grupo de mais de 400 ritmistas.

Os dois bois dançam e cantam por um período de duas horas e meia, com ordem de entrada na arena definida em sorteio. As letras das canções resgatam o passado de mitos e lendas da floresta amazônica. Muitas das toadas incluem também sons da floresta e canto de pássaros.

Ritual[editar | editar código-fonte]

O ritual é o momento máximo da noite. Geralmente, acontece na parte final das apresentações e faz referências a mitos, lendas, tradições ou rituais tipicamente indígenas. E o Ritual geralmente trazem o Pajé tanto no Boi Caprichoso quanto no Boi Garantido e as vezes a Cunhã-Poranga.

Auto do boi[editar | editar código-fonte]

O auto do boi mostra o motivo pelo qual surgiu o Festival, com a história de Pai Francisco e Mãe Catirina. Catirina queria a língua do Boi, pois estava grávida. Pai Francisco foi atrás da língua do boi mais bonito da fazenda. Conseguiu e o matou. O Amo do Boi, dono da fazenda, quando soube ficou consternado e mandou trazer o "criminoso" para saber por qual motivo ele fizera tal ato. O Amo mandou ainda trazer médicos para tentar reviver o Boi, mas nada adiantou. Foi então que, com a ajuda dos índios, chegou ao Pajé, que fez reviver o boi do patrão.[1]

Apresentador[editar | editar código-fonte]

Marca o centro do espetáculo, conduzindo o tema com sua voz.[1] Precisa ter afinação, dicção, timbre e técnica de canto, No Garantido, atualmente o item é representado por Israel Paulain. Desde 2017, o apresentador do Caprichoso é Edmundo Oran.

Levantador de toadas[editar | editar código-fonte]

Após o apresentador, o elemento seguinte é o levantador de toadas, que precede à batucada.[1] Todas as músicas que fazem a trilha sonora das apresentações são interpretadas pelo levantador de toadas. Trata-se de uma figura importante, já que a técnica, a força e a beleza de sua interpretação não só valem pontos como ajudam a trazer à tona a emoção dos brincantes. David Assayag e o mais reconhecido levantador do festival, que iniciou sua carreira no lado azul, depois tornou-se levantador do vermelho e por fim, em 2010, retornou ao Caprichoso, aonde permaneceu até o ano de 2021. No Boi Garantido, desde a conturbada saída de David Assayag do cargo, o levantador de toadas é Sebastião Júnior. No Boi Caprichoso, a partir do ano de 2022, Patrick Araújo, jovem cantor e uma das maiores revelações recentes da música amazonense, defende o item, obtendo grande destaque desde a sua estréia.

Amo do boi[editar | editar código-fonte]

O Amo do Boi, com seu jeito caboclo, exalta a originalidade e a tradição do folclore, fazendo soar o berrante e tirando o verso em grande estilo. É a chamada do Boi, que vem para bailar. No Garantido, este item é representado por João Paulo Faria, sobrinho do inesquecível apresentador Paulinho Faria, de família tradicional na festança pelo lado vermelho. No Caprichoso, Prince do Boi é o responsável pela defesa do item.

Sinhazinha da fazenda[editar | editar código-fonte]

É a filha do dono da fazenda, representa a cultura europeia no boi. Precisa ter graça, desenvoltura, simplicidade, alegria, gingado,saudando o boi e o público. No Boi Caprichoso, o item é representado por Valentina Cid, filha de Karina Cid, a primeira Sinhazinha do Caprichoso e descendente de Roque Cid, criador do boi. Já no Boi Garantido, é representado por Valentina Coimbra.

Figuras típicas regionais e lendas amazônicas[editar | editar código-fonte]

Fazem aflorar os sentimentos de amor e paixão. Alegorias gigantes se movimentam. Coreografias e fantasias originais, com luz teatral e fogos, dão um brilho especial ao espetáculo. Ficção que retrata e ilustra a cultura e o folclore de um povo. Imaginação, envolvimento e encenação são importantes neste item.

Porta-estandarte[editar | editar código-fonte]

Representa o símbolo do Boi em movimento. Ela deverá ter garra, desenvoltura, elegância, alegria e sincronia de movimentos entre o bailado e o estandarte. Marcela Marialva representa o item no Caprichoso e Lívia Cristina pelo lado vermelho.

Cunhã-poranga[editar | editar código-fonte]

Apresentação do Boi Caprichoso.

Representa a moça bonita, uma sacerdotisa, guerreira e guardiã. Expressa a força através da beleza. Deve possuir desenvoltura e incorporar a personagem. No Caprichoso, o item é defendido por Marciele Albuquerque Munduruku, única nativa do festival. No Garantido, o item é defendido por Isabelle Nogueira.[1]

Rainha do folclore[editar | editar código-fonte]

Representa a expressão do poder, pela manifestação popular. Deve possuir graça, movimentos com desenvoltura, incorporação, indumentária. Atualmente no Caprichoso depois da saída de Brena Dianá, a atual Rainha do Folclore é Cleise Simas. No Garantido o item é representado por Edilene Tavares.

Boi-bumbá evolução[editar | editar código-fonte]

É o símbolo cultural da manifestação popular. É a chegada do Garantido e do Caprichoso, a estrela guardiã da floresta, e o coração da festa, É a evolução do negro da América e do boi do povão, a cênica que deve conter a impressão de um movimento de um, boi real, soltar 'fumaça' pelo nariz que na verdade é farinha de trigo e não é obrigatório, mas tem que levantar a galera.

Pajé[editar | editar código-fonte]

O Pajé é o senhor da cênica feitiçaria e representa a cultura indígena na área. No Boi Caprichoso atualmente o Pajé é o Eric Beltrão, e no Boi Garantido é o Adriano Paketa.

Povos indígenas[editar | editar código-fonte]

Apresentação de um agrupamento nativo da Amazônia. Considera-se: sincronia de movimentos, fidelidade às raízes, cores, expressões cênicas, formas de dançar e movimentos originais.[1]

Galera[editar | editar código-fonte]

Galera do Boi Garantido.

A galera dá um show à parte. Enquanto um Boi se apresenta, sua galera participa com todo entusiasmo. Seu desempenho também é julgado.

Galera do Boi Caprichoso.

Do outro lado, a galera do contrário (adversário) não se manifesta, ficando no mais absoluto silêncio. Um torcedor jamais fala o nome do outro Boi, e usa apenas a palavra "contrário" quando quer se referir ao opositor. São proibidas vaias, palmas, gritos ou qualquer outra demonstração de expressão quando o adversário se apresenta.

Jurados[editar | editar código-fonte]

Os jurados, em número de nove, são escolhidos nas semanas que precedem o Festival. Todos vêm de estados que façam parte de outras regiões do país, que não a Região Norte.[1] Requisitos estão dispostos em um edital lançado pela organização meses antes, onde pode-se destacar ser estudioso da arte, da cultura e do folclore brasileiro, com mínimo grau de formação de mestre.

Resultados e temas[editar | editar código-fonte]

Ano Campeão 2° lugar Ref
1966 Garantido Caprichoso
1967 Garantido Caprichoso
1968 Garantido Caprichoso
1969 Caprichoso Garantido
1970 Garantido Caprichoso
1971 Garantido Caprichoso
1972 Caprichoso Garantido
1973 Garantido Caprichoso
1974 Caprichoso Garantido
1975 Garantido Caprichoso
1976 Caprichoso Garantido
1977 Caprichoso Garantido
1978 Garantido Campineiro
1979 Caprichoso Garantido
1980 Garantido Caprichoso
1981 Garantido Caprichoso
1982 Garantido Campineiro [28]
1983 Garantido Caprichoso: O Indomável
1984 Garantido Caprichoso: O Infinito
1985 Caprichoso: Negrão Maravilha Garantido
1986 Garantido: Garantido e Você, uma Amizade que Ninguém Destrói Caprichoso: Arte, Amor e Paz
1987 Caprichoso: Revolução da Arte no Mundo Garantido
1988 Garantido: Brinquedo de São João Caprichoso: Rei Negro, Tributo a Liberdade
1989 Garantido: O Eterno Campeão Caprichoso: A Força da Natureza
1990 Caprichoso: Raízes de um Povo Garantido: Garantido, Amor, Magia da Ilha
1991 Garantido: Uma Origem Cabocla Caprichoso: Cultura Cabocla
1992 Caprichoso: A Arte de Folclorear Garantido: Folguedo de São João
1993 Garantido: Rio Amazonas, Esse Rio é Minha Vida Caprichoso: No Silêncio da Mata
1994 Caprichoso: Capricho dos Deuses Garantido: Templo das Eternas Lendas
1995 Caprichoso: Luz e Mistérios da Floresta Garantido: Uma Viagem à Amazônia
1996 Caprichoso: Criação Cabocla Garantido: Lendas, Rituais e Sonhos
1997 Garantido: Parintins Para o Mundo Ver Caprichoso: O Boi de Parintins
1998 Caprichoso: 85 Anos de Cultura Garantido: 500 Anos do Passado Para Construir o Futuro
1999 Garantido: Mito, Cultura e Arte Caprichoso: Faz da Arte Sua História
2000 Garantido: Meu Brinquedo de São João (empate) [29]
Caprichoso: A Terra é Azul
2001 Garantido: Amazônia Viva Caprichoso: Amor e Paixão
2002 Garantido: O Boi da Amazônia Caprichoso: Amazônia Cabocla de Alma Indígena
2003 Caprichoso: 90 Anos de Raízes e Tradições na Amazônia Garantido: Amazônia, Santuário Esmeralda
2004 Garantido: Amazônia, Coração Brasileiro Caprichoso: Amazonas: Terra do Folclore, Fonte de Vida
2005 Garantido: Festa da Natureza Caprichoso: A Estrela do Brasil
2006 Garantido: Terra, a Grande Maloca Caprichoso: Amazônia Solo Sagrado
2007 Caprichoso: O Eldorado é Aqui Garantido: Guardiões da Amazônia
2008 Caprichoso: O Futuro é Agora Garantido: O Boi da Preservação
2009 Garantido: Emoção Caprichoso: Amazonas, Onde o Verde Encontra o Azul
2010 Caprichoso: O Canto da Floresta Garantido: Paixão
2011 Garantido: Miscigenação Caprichoso: A Magia Que Encanta
2012 Caprichoso: Viva a Cultura Popular! Garantido: Tradição [30]
2013 Garantido: O Boi do Centenário Caprichoso: O Centenário de uma Paixão
2014 Garantido: Caprichoso: Amazônia Táwapayêra [31]
2015 Caprichoso: Amazônia Garantido: Vida [32]
2016 Garantido: Celebração Caprichoso: Viva Parintins! [33]
2017 Caprichoso: A Poética do Imaginário Caboclo Garantido: Magia e Fascínio no Coração da Amazônia [33]
2018 Caprichoso: Sabedoria Popular: Uma revolução ancestral Garantido: Auto da Resistência Cultural [34]
2019 Garantido: Nós, o Povo! Caprichoso: Um Canto de Esperança para Mátria Brasilis [35]
2020 NÃO HOUVE DISPUTA [15]
2021 [36]
2022 Caprichoso: Amazônia Nossa Luta em Poesia Garantido: Amazônia do Povo Vermelho [37]
2023 Caprichoso: O Brado do Povo Guerreiro Garantido: Garantido Por Toda Vida [38]

Total de Pontos[editar | editar código-fonte]

Boi-Bumbá Títulos Vitórias Vice Empate Participações
Boi Garantido 32 31 24 1 56
Boi Caprichoso 25 24 29 1 54
Boi Campineiro 0 0 2 0 2

Cronologia do Festival[editar | editar código-fonte]

  • 1965 - Primeiro festival, sem a disputa dos bois;
  • 1966 - Primeira disputa entre Caprichoso e Garantido. Garantido primeiro campeão;
  • 1969 - Primeiro título do Caprichoso;
  • 1984 - Garantido pentacampeão, a maior sequência de vitórias até hoje;
  • 1988 - Inauguração do bumbódromo - Garantido campeão;
  • 1990 - Primeira vitória do Caprichoso na nova arena de apresentação;
  • 1996 - Caprichoso tricampeão pela primeira e única vez;
  • 2000 - Primeiro e único empate da história do festival;
  • 2002 - Os dois bois defenderam temas parecidos sobre a Amazônica - Garantido Tetracampeão;
  • 2004 - Em apresentação apoteótica, Eric Scott, o homem voador da Nasa sobrevoou o Bumbódromo - Garantido Campeão;
  • 2013 - Centenário dos bois - Garantido campeão;
  • 2015 - 50 anos do festival - Caprichoso campeão;
  • 2018 - 30 anos da inauguração do bumbódromo - Caprichoso campeão;
  • 2020 - A 55° edição do Festival Folclórico de Parintins é adiada em função da pandemia de COVID-19 no Brasil;
  • 2021 - Realizada uma live em 26 de junho sem disputa entre as agremiações;
  • 2022 - O Festival volta a ser realizado nos moldes tradicionais. Caprichoso campeão;
  • 2023 - Na segunda edição pós-pandemia, o Caprichoso consagra-se bicampeão.

Na cultura popular[editar | editar código-fonte]

Representação em miniatura artesanal dos bois, Garantido e Caprichoso, duas agremiações que disputam o título do ano no Festival de Parintins.

Os bois de Parintins tem hoje reconhecimento mundial como uma das principais festas culturais brasileiras.[39] A festividade, que traz à arena simbolismos regionais que representam os povos indígenas e o homem ribeirinho nortista, se popularizou e tem atraído pessoas do mundo inteiro para a "Ilha Tupinambarana", nome pelo qual a cidade de Parintins ficou conhecida. De forma massificada, os bois são muito populares no Amazonas e no Pará (principalmente a Oeste). Nessas regiões, as agremiações folclóricas contam com grandes torcidas que criam seus consulados e formam grandes caravanas para o festival. Os bois também são responsáveis pelo maior evento festivo de Manaus, o Boi Manaus, onde milhares se reúnem no Sambódromo da cidade para se divertir ao ritmo regional. A rivalidade tem ares esportivos e se equiparada ao futebol, seria uma das maiores do país. Em Parintins, a cidade se divide ao meio pelos dois bois e essa rivalidade se alastra para outros municípios da região, incluindo Manaus.

As músicas dos bois são lançadas em CD e DVD, o que gera competição para saber qual dos bois vende mais. Em muitas campanhas políticas nas cidades da Região Norte, as músicas mais populares dos bumbás são convertidas em jingles que transformam as campanhas eleitorais em grandes festas nessas localidades.

Acontece em Manaus, os ensaios dos bois, chamado de Curral do Garantido e Bar do Boi Caprichoso, as datas são sempre determinadas pela presidência de ambos os bois, normalmente, inicia-se em meados de março e finaliza sempre em junho (em um sábado antes do Festival).

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas e referências

Notas

  1. Além do estado do Amazonas, a TV A Crítica transmite o festival para as cidades que possuem afiliadas e retransmissoras como Belém, Belo Horizonte, Cuiabá, Sinop, Rio Branco, Araguaína, Recife, Porto Velho, Parauapebas, Brasília, Salvador, São Paulo e Goiânia.[5]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l Maria Laura Viveiros de Castro Cavalcanti (agosto de 1999). «O Boi-Bumbá de Parintins, Amazonas: breve história e etnografia da festa». Consultado em 15 de junho de 2013 
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Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]