Bateria da Praia dos Anjos

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Bateria da Praia dos Anjos
Construção (1841 (?))
Conservação desaparecida em data ignorada
Aberto ao público Não

A Bateria da Praia dos Anjos localizava-se num promontório rochoso (o morro da Fortaleza) entre a praia do Forno e a praia dos Anjos, na atual cidade de Arraial do Cabo, no litoral norte do estado brasileiro do Rio de Janeiro.

História[editar | editar código-fonte]

SOUZA (1885), a propósito do Forte de São Mateus do Cabo Frio cuja defesa complementava, cita o Relatório do General Antônio Eliziário (Tenente-general graduado Antônio Elzeário de Miranda e Brito) de 1841, que relaciona esta bateria, artilhada com quatro peças. Também conhecida como Luneta do Sururu (op. cit., p. 112) ou Fortaleza do Marisco, tratava-se de um pequeno posto de vigia em posição dominante da enseada dos Anjos e do ancoradouro na praia do Forno, constituido por parapeitos de alvenaria de pedra e cal em forma de "V", com uma pequena Casa da Pólvora protegida por uma parede dupla. A sua defesa era complementada por outro posto de vigia que lhe era oposto, no topo do morro da Atalaia, batendo o Oceano Atlântico.

Em conjunto, essas estruturas tinham a função de observação dos navios em trânsito naquele litoral de, e para, o porto do Rio de Janeiro, dando aviso da passagem dos mesmos.

BERANGER (1993) localiza esta estrutura no morro da Fortaleza, informando que na década de 1960 encontrava-se nos alicerces, subsistindo três das suas peças de artilharia. A quarta peça ornamentava uma residência particular na praia do Anjo (op. cit., p. 64).

Encontra-se relacionada como "Sururu" entre as defesas do setor Norte ("Fortificações de Cabo Frio") no "Mapa das Fortificações e Fortins do Município Neutro e Província do Rio de Janeiro" de 1863, no Arquivo Nacional (CASADEI, 1994/1995:70-71).

Desaparecida em data ignorada (os seus vestígios não se encontram assinalados ou protegidos no morro da Fortaleza), em 2005 desenvolviam-se estudos para a sua prospecção arqueológica, visando o seu aproveitamento turístico por parte da Prefeitura Municipal de Arraial do Cabo. Uma antiga peça de artilharia, proveniente de um navio afundado na região, pode ser observada à entrada do Centro Cultural Manoel Camargo, no centro de Arraial do Cabo.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • BARRETO, Aníbal (Cel.). Fortificações no Brasil (Resumo Histórico). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1958. 368 p.
  • BERANGER, Abel Ferreira. Dados históricos de Cabo Frio (2ª ed.). Cabo Frio: PROCAF, 1993. 108 p. il.
  • CASADEI, Thalita de Oliveira. Paraty e a Questão Christie - 1863. RIHGRJ. Rio de Janeiro: 1994/1995. p. 68-71.
  • GARRIDO, Carlos Miguez. Fortificações do Brasil. Separata do Vol. III dos Subsídios para a História Marítima do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Naval, 1940.
  • SOUSA, Augusto Fausto de. Fortificações no Brazil. RIHGB. Rio de Janeiro: Tomo XLVIII, Parte II, 1885. p. 5-140.

Ver também[editar | editar código-fonte]