Forte de Nossa Senhora da Conceição da Lagoa

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Forte de Nossa Senhora da Conceição da Lagoa
Construção José I de Portugal (c. 1775)
Estilo Abaluartado
Conservação Desaparecido
Aberto ao público Não

O Forte de Nossa Senhora da Conceição da Lagoa localizou-se na margem Leste da lagoa da Conceição, na antiga Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Lagoa, em Florianópolis, no litoral do estado de Santa Catarina, no Brasil.

História[editar | editar código-fonte]

Acredita-se que tenha sido erguido por volta de 1775, por determinação do governador militar da ilha de Santa Catarina, Marechal Antônio Carlos Furtado de Mendonça (1775-1777) (GARRIDO, 1940:142), no contexto da iminência de uma invasão espanhola, concretizada em 1777.

A estrutura integra o levantamento feito pelo Ajudante de Infantaria com exercício de Engenheiro, José Correia Rangel para a Coroa portuguesa (Plano para servir de demonstração dos lugares fortificados da Ilha de Santa Catarina, 1786. in: Defesa da Ilha de Santa Catarina e do Rio Grande de São Pedro. Ministério da Guerra, Lisboa). Segundo o seu relatório, o comando do forte era então ocupado pelo Capitão Manuel Gonçalo Leite de Barros, estando artilhado com quatro peças de ferro montadas em carretas, sendo três de calibre 12 libras e uma de 8 lb, servidas por 581 balas, 3 arrobas de pólvora, além de conservar em depósito mais quatro peças avariadas, 37 granadas e outros apetrechos bélicos.

Historiográficamente, discute-se a sua exata localização:

  • conforme a tradição oral, na barra do sangradouro da lagoa da Conceição, de frente para o Oceano Atlântico (CABRAL, 1972:14)
  • conforme o plano de Correia Rangel, que o assinala fronteiro à Freguesia, às margens da lagoa. CABRAL (1972) registra, em apoio a esta hipótese, a existência de um ponto nessa situação, à época (1972) conhecido como "fortaleza" (op. cit., p. 14). SOUZA (1981) aponta o local chamado "fortaleza" no início do sangradouro da Lagoa.
  • sobre a praia da Lagoa, perto da ponta da Galheta, abaixo da ilha das Aranhas, com a finalidade de guardar o ancoradouro da Lagoa, dando-o, à época (1885), como desmantelado ou desaparecido (SOUZA, 1885:126). Este mesmo autor, a propósito do Forte do Ribeirão, refere que as posições dele e do Forte da Lagoa, se acham indicadas em Carta, levantada em 1842, por José Joaquim Machado de Oliveira (op. cit., p. 126).

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • BARRETO, Aníbal (Cel.). Fortificações no Brasil (Resumo Histórico). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1958. 368 p.
  • GARRIDO, Carlos Miguez. Fortificações do Brasil. Separata do Vol. III dos Subsídios para a História Marítima do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Naval, 1940.
  • LAYTANO, Dante de. Corografia de Santa Catarina. RIHGB. Rio de Janeiro: 245, out-dez/1959.
  • SOUSA, Augusto Fausto de. Fortificações no Brazil. RIHGB. Rio de Janeiro: Tomo XLVIII, Parte II, 1885. p. 5-140.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]