Fortificações de Santo André da Borda do Campo de Piratininga

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Fortificações de Santo André da Borda do Campo de Piratininga
Construção D. João III
Conservação Desaparecido
Aberto ao público Não

As fortificações de Santo André da Borda do Campo de Piratininga localizavam-se na borda do planalto de Piratininga, no atual estado brasileiro de São Paulo.

História[editar | editar código-fonte]

As vilas de São Vicente e de Piratininga foram fundadas por Martim Afonso de Sousa no início de 1532, no contexto da sua expedição (1530-32), marco do início da colonização portuguesa na costa do Brasil. Porém, ao contrário da fundação de São Vicente (22 de janeiro), não existem informações sobre as providências tomadas para a primitiva defesa da vila de Piratininga.

Em 1553, quando o governador-geral Tomé de Sousa (1549-1553) visitou a capitania de São Vicente, em Piratininga elevou à categoria de vila a povoação de Santo André da Borda do Campo:

"Ordenei outra vila no começo do campo desta vila de São Vicente de moradores que estavam espalhados por ele, e os fiz cercar e ajuntar, para se poderem aproveitar todas as povoações deste campo, e se chama a vila de Santo André, porque aonde a situei estava uma ermida deste apóstolo, e fiz capitão dela a João Ramalho, natural do termo de Coimbra, que Martim Afonso [de Sousa] já achou nesta terra quando cá veio [em 1532]. Tem tantos filhos, netos e bisnetos e descendentes dele que não o ouso dizer a Vossa Alteza. Não tem cãs [cabelos brancos] na cabeça nem no rosto e anda nove léguas a pé antes de jantar." (carta de Tomé de Sousa ao rei de Portugal, datada da Bahia, a 1 de junho de 1553. in: TAPAJÓS, Vicente. História Administrativa do Brasil (vol. II). apud: CASTRO, s.d.:63)

Alguns autores entendem que as obras de defesa em Santo André se constituíssem em trincheiras e quatro baluartes. A carta-relatório de Tomé de Sousa, entretanto, se refere apenas genéricamente ao que ordenou para a defesa:

"Todas as vilas e povoações de engenhos [de cana-de-açúcar] desta costa fiz cercar de taipa com seus baluartes e as que estavam arredadas do mar fiz chegar ao mar e lhes dei toda a artilharia que me pareceu necessária, a qual está entregue aos vossos almoxarifes porque os capitães não querem ter senão o que são obrigados a ter, nem têm fazendas por onde os obrigue a isso (...)." (op. cit., p. 62)

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • BARRETO, Aníbal (Cel.). Fortificações no Brasil (Resumo Histórico). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1958. 368 p.
  • GARRIDO, Carlos Miguez. Fortificações do Brasil. Separata do Vol. III dos Subsídios para a História Marítima do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Naval, 1940.
  • SOUSA, Augusto Fausto de. Fortificações no Brasil. RIHGB. Rio de Janeiro: Tomo XLVIII, Parte II, 1885. p. 5-140.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]