François Louis Bourdon

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François Louis Bourdon
François Louis Bourdon
Nascimento 11 de janeiro de 1758
Rouy-le-Petit
Morte 22 de junho de 1798 (40 anos)
Caiena
Cidadania França
Ocupação político, advogado

François Louis Bourdon, dito Bourdon de l’Oise do nome de seu departamento (Rouy-le-Petit, 11 de janeiro de 1758 - Sinnamary, 22 de junho de 1798), foi um político francês do período da Revolução.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de um agricultor dos arredores de Compiègne, Bourdon conseguiu eleger-se para o parlamento, em Paris. O começo da Revolução exaltou-lhe a imaginação, e seguiu os acontecimentos com ardor.[1]

Em 10 de agosto de 1792 foi ele um dos líderes da insurgência nas Tulherias. Membro da Convenção, defende as opiniões mais violentas, desafiando seus pares para duelos e sempre na vanguarda daqueles que propunham as medidas mais radicais.[1]

Foi um dos que votaram pela morte do rei, e contribuiu diretamente para os acontecimentos entre os dias 31 de maio de 1793 e 27 de julho de 1794.

Responsável pela supervisão das tropas do exército ocidental, destituiu o general Jean Antoine Rossignol, o que levou-o a ter controvérsias sobre isto com Robespierre, que o perseguiu com ardor a partir de então.

Em 8 de Termidor (26 de julho de 1794), dia da queda de Robespierre, foi o primeiro que se lhe opôs, sem sucesso no início, à sua pretensão de imprimir o discurso que então proferira na Convenção. No dia 9, Paul Barras, nomeado pela mesma para conter a revolta da Comuna, o colocou junto a Féraud, Fréron, Rovère, Delmas, Bollet e Léonard Bourdon e os enviou para as seções burguesas do Oeste e do centro, para reunir as tropas.[1]

Desde aqueles momentos Bourdon demonstrou que era um revolucionário reacionário ardente e furioso, sempre guiado pelas paixões, uma conduta que o colocava como incerto e sempre em permanente conflito com os demais. Após os acontecimentos de 1795, ajudou a condenar vários deputados que foram seus companheiros na Montanha, até que por sua vez foi ele mesmo acusado e condenado, sendo enviado para Caiena, onde morreu poucos dias depois da sua chegada.[1]

Referências

  1. a b c d François-Xavier de Feller. Dictionnaire historique, t. 2. [S.l.]: Leroux, Jouby et Cie, Paris. p. 169