Francisco de Melo Palheta

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Francisco de Melo Palheta
Nascimento 1670
Belém
Morte 1750
Cidadania Brasil

Francisco de Melo Palheta (Belém do Pará, 1670 — cerca de 1750)[1] foi um militar luso-brasileiro (sargento-mor) e responsável pela introdução do cultivo do café no Brasil e em Portugal.[2]

O café foi primeiro introduzido na América do Sul através do Suriname. De lá, passou para a Guiana Francesa, por iniciativa do governador de Caiena, que conseguiu, de um francês chamado Morgues, um punhado de sementes, tendo-as semeado no pomar de sua residência.

No século XVIII, o café, devido às suas qualidades estimulantes, era um produto consumido de forma sôfrega na Europa e nos Estados Unidos. Os países que possuíam as mudas de cafeeiro (os Países Baixos, a França e as suas colônias) guardavam-nas a sete chaves: elas eram preciosíssimas, pois o café era um produto muito valorizado no mercado internacional.

As Missões de Palheta[editar | editar código-fonte]

Em 11 de novembro de 1722, partiu de Belém do Pará, comandando uma expedição que subiu o curso do Rio Madeira, que prosseguiu subindo o curso do Rio Mamoré até atingir a aldeia de Santa Cruz de Cajajuvas, sede de uma missão jesuítica no Vice-Reino do Peru.[3] [4]

Portugal ainda não possuía mudas de café quando, em 1727, por determinação do governador e capitão-general do estado do Maranhão, João da Maia da Gama, o sargento-mor Francisco de Melo Palheta dirigiu-se para a Guiana Francesa com a missão de restabelecer a fronteira fixada pelo Tratado de Utrecht de 1713, ou seja, no rio Oiapoque que estaria sendo violada pelos franceses.[1]

Com uma missão secundário "especial", de adquirir mudas e sementes de café para implantar o seu cultivo no Brasil, devido possuir grande valor comercial.[1] Tendo êxito, tornou-se o introdutor do cultivo de café no Brasil, cultura esta que se tornaria a principal do país no século seguinte.[5]

Homenagem[editar | editar código-fonte]

Documentário biográfico "Sementes de Ouro Negro – a história de Francisco de Melo Palheta", produzido pelo cineasta português José Borges em parceria com o jornalista brasileiro Nélio Palheta, que em 54 minutos de duração retrata cenas da cafeteria portuguesa Colombo do Porto e da cidade do Rio de Janeiro.[2] Documentário este financiado pela rede de televisão portuguesa RTP, com apoio da prefeitura do município paraense de Vigia de Nazaré.[2]

Referências

  1. a b c Impacto, Antonio Sergio Souza, Agência; Cafeicultura, Revista. «Brasileiro Francisco de Melo Palheta nasceu em 1670 na cidade de Belém». Revista Cafeicultura. Consultado em 14 de maio de 2021 
  2. a b c Histórias, Mitos e Lendas do café-Barista Alquimia disse (9 de abril de 2012). «Sementes de Ouro Negro – a história de Francisco de Melo Palheta». Mexido de Ideias. Consultado em 14 de maio de 2021 
  3. Francisco de Melo Palheta, acesso em 10 de fevereiro de 2017.
  4. VIAGEM DE DESCOBRIMENTO AO RIO MADEIRA E SUAS VERTENTES POR FRANCISCO DE MELO PALHETA, acesso em 10 de fevereiro de 2017.
  5. «Francisco de Melo Palheta». Algosobre.com.br 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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