Frank Geyer

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Frank Geyer
Frank Geyer
Nome completo Frank P. Geyer
Nascimento 28 de julho de 1853
Filadélfia, Pensilvânia
Morte 4 de outubro de 1918 (65 anos)
Filadélfia, Pensilvânia
Nacionalidade Estadunidense
Ocupação Detetive

Frank Geyer (28 de julho de 1853 – 4 de outubro de 1918) foi um detetive estadunidense da Filadélfia, Pensilvânia mais conhecido por capturar H. H. Holmes, um dos primeiros assassinos em série identificados e executados nos Estados Unidos. Geyer era membro da famosa agência de detetives Pinkerton e investigou os crimes de Holmes. Ele publicou a história em seu livro O Caso Holmes-Pitezel: a história do maior crime do século e da busca pelas crianças Pitezel.[1]

No livro best-seller de 2003 O Diabo na Cidade Branca Frank Geyer é descrito como um "homem grande com um rosto agradável e sincero". [2] Sua esposa e filha foram mortas em um incêndio pouco tempo antes que ele começasse a investigar o caso de Holmes. [3]

Filho de Reuben K. Geyer e Camilla Buck, Frank Geyer morreu aos 65 anos de idade devido a complicações decorrentes de doença do coração e centenas de policiais e detetives compareceram ao seu funeral .[4]

O Caso Holmes-Pitezel[editar | editar código-fonte]

Os crimes de H. H. Holmes começaram em Chicago em 1893, quando ele abriu um hotel chamado The World’s Fair Hotel para a Feira Mundial de Chicago. O prédio, construído por Holmes, mais tarde viria a ser conhecido como o “Castelo do Assassinato” por causa da estrutura desenhada por ele para os dois andares superiores, usada para torturar e matar muitas de suas vítimas. Em um artigo de 1937 o jornal Chicago Tribune descreveu o local: "Havia salas que não tinham portas. Havia portas que não davam em lugar algum. A misteriosa mansão era um reflexo da própria mente distorcida de seu idealizador. Naquele lugar ocorreram atos obscuros e misteriosos" [5][6]

O “Castelo do Assassinato” de H. H. Holmes

Agentes da agência Pinkerton prenderam Holmes pela primeira vez em 1894, em Boston, por fraudes cometidas por ele na Filadélfia. Frank Geyer foi encarregado de investigar o caso e as pistas o levaram ao Meio-Oeste americano e a Toronto, no Canadá, onde ele encontrou os restos mortais de duas das crianças Pitezel. [7] Eram as duas filhas de Benjamin Pitezel, sócio de Holmes em suas atividades criminosas, que ele havia assassinado a fim de fraudar seu seguro de vida. Pitezel, no entanto, estava envolvido apenas em fraude e não tinha conhecimento dos assassinatos.

A investigação inicial estava centrada nas acusações de fraude, mas logo ficou evidente que Holmes havia assassinado Pitezel. Em junho de 1895 Frank Geyer deixou a Filadélfia para refazer os passos de Holmes. Suas descobertas em Toronto levaram a novas investigações no imóvel de Holmes em Chicago, o que selou seu destino. Geyer utilizou informações das cartas dos filhos de Pitezel que nunca foram enviadas e, por uma razão desconhecida, foram guardadas por Holmes. Frank Geyer continuou a sua investigação e encontrou os restos queimados de Howard Pitezel, o terceiro filho, em uma casa que Holmes havia alugado em Irvington, Indianápolis. [8]

Holmes foi considerado culpado de quatro acusações de assassinato em primeiro grau e seis acusações de tentativa de assassinato e executado em maio de 1896 aos 34 anos. O número total de vítimas é estimado em cerca de 200. [9]

Naquele mesmo ano, Frank Geyer publicou o livro que detalha o caso. Ele descreveu a história como "uma dos mais maravilhosas [sic] dos tempos modernos". [3]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. ISBN B000RB43NM
  2. Erik Larson (2003). The Devil in the White City: Murder, Magic, and Madness at the Fair That Changed America. [S.l.]: Crown. ISBN 978-0-609-60844-9 
  3. a b Katherine Ramsland. «H. H. Holmes: Master of Illusion» (em inglês). Crime Library - Criminal Minds & Methods. Consultado em 24 de novembro de 2014. Arquivado do original em 29 de novembro de 2014 
  4. «Franklin P "Frank" Geyer» (em inglês). Find a Grave. Consultado em 24 de novembro de 2014 
  5. Benzkofer, Stephan (24 de outubro de 2014). «Chicago's first serial killer». The Chicago Tribune (em inglês) 
  6. «O primeiro serial killer de Chicago». Consultado em 12 de dezembro de 2014 
  7. David Wencer. «Historicist: H.H. Holmes in Toronto» (em inglês). Torontoist. Consultado em 24 de novembro de 2014 
  8. Darcia Helle. «The Monstrous H.H. Holmes and His Murder Castle Inc.» (em inglês). All Things Crime Blog. Consultado em 24 de novembro de 2014. Arquivado do original em 3 de dezembro de 2014 
  9. John Barlow Martin. «The Master of Murder Castle: A Classic of Chicago Crime» (em inglês). Harper's Weekly. Consultado em 24 de novembro de 2014