Fraturamento hidráulico

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Descrição do processo de fraturamento hidráulico e das atividades relacionadas.

Fraturamento hidráulico é um método que possibilita a extração de combustíveis líquidos e gasosos do subsolo. Também é denominado fratura hidráulica, estimulação hidráulica[1] ou pelo termo da língua inglesa "fracking".

O procedimento consiste na perfuração de um poço vertical no qual, uma vez alcançada a profundidade desejada, a broca é girada 90° em sentido horizontal e continua perfurando uma distância de 2000 a 3000 metros. A seguir uma mistura de água, substâncias penetrantes e químicas é injetada no terreno sob alta pressão. O objetivo é ampliar as fissuras existentes no substrato rochoso que encerra petróleo e gás natural, normalmente menores que 1mm, permitindo sua saída para a superfície. Em geral, o material injetado é água com areia a produtos químicos, que causa o fraturamento e a dissolução da rocha.

Estima-se que em 2010, esta técnica estava presente em 60% dos poços de extração em atividade.[2] Devido ao aumento no preço dos combustíveis fósseis, estes métodos se tornaram economicamente rentáveis e seu uso se ampliou nos últimos anos, em especial nos Estados Unidos.[3] [4] Ao longo de 2015, no entanto, houve uma expressiva queda no preço internacional do petróleo. Caso essa tendência de baixa se prolongue, a viabilidade do fraturamento hidráulico pode ser colocada em xeque.[5]

Os defensores do fraturamento hidráulico argumentam sobre os benefícios econômicos das vastas quantidades de hidrocarbonetos antes inacessíveis que esta técnica permite agora extrair.[6] [7] Seus opositores assinalam seu impacto ambiental, que inclui a contaminação de aquíferos, consumo de água elevado, poluição do ar, poluição sonora, migração dos gases e produtos químicos empregados para a superfície, contaminação na superfície devido a derramamentos, e os possíveis efeitos nocivos a saúde resultantes disto.[8] Ocorrem também, casos de aumento da atividade sísmica, em sua maioria associados a injeção profunda de fluidos relacionados ao fracking.[9]

Por estes motivos o fraturamento hidráulico tem recebido atenção internacional, sendo estimulada em alguns países,[10] enquanto outros impõem moratórias a seu uso ou o tem proibido.[11] [12] Países, como o Reino Unido, recentemente suspenderam sua proibição, optando pela regulamentação em vez da proibição total. A União Europeia iniciou a regulamentação do fraturamento hidráulico.[13]

História

Injeções no subsolo para facilitar a extração de petróleo remontam 1860, na Costa Leste dos Estados Unidos, utilizando nitroglicerina. Em 1930, ácidos passaram a ser usados no lugar dos explosivos, e em 1947, estudou-se pela primeira vez, a possibilidade de usar água. Este método foi aplicado em escala industrial em 1949 pela empresa Stanolind Oil.[2]

Nos EUA, estima-se que o uso generalizado deste método ampliou as reservas de gás em 47% em quatro anos e em 11% a estimativa de existência de petróleo.[14] Além disso, no país foram criados, graças aos óleos não convencionais extraídos através do fraturamento hidráulico, 2,1 milhões de empregos, injetando 283 bilhões de dólares em sua economia. Também, segundo informes,[15] criaram-se 3,3 milhões de novos empregos e somará 468 bilhões de dólares ao crescimento dos EUA até o fim da década.

Estes informes e projeções otimistas contrastam com as críticas de curto e médio prazo dos grupos ambientalistas que alegam ser irreversível o impacto ambiental na contaminação de aquíferos e outros parâmetros ambientais trarão um custo muito superior.[16]

Até 2010, calcula-se que foram realizados 2,5 milhões de fraturamento hidráulico em todo o mundo.[2]

Principais reservas de gás natural nos Estados Unidos.

Substâncias usadas no processo

Caminhões e equipamentos necessários para o fraturamento hidráulico próximos a um poço nos EUA.
Tanques de água preparados para o processo.
Tanques de armazenamento próximos a um poço de fraturamento hidráulico.

Com a água adiciona-se uma certa quantidade de areia para evitar que as fraturas se fechem com a interrupção do bombeamento, e também adiciona-se em torno de 0,5% a 2% de aditivos, compostos de entre 3 a 12 substâncias químicas segundo algumas fontes relacionadas com a indústria do fraturamento hidráulico.[17] Outras fontes afirmam que centenas de compostos químicos são usados, alguns muito tóxicos e cancerígenos [18] cuja função é evitar a contaminação do gás e do petróleo e a corrosão, entre outras funções. Entretanto não foi até 2002, quando combinou-se o uso de água tratada com aditivos químicos que reduzem a fricção coma a perfuração horizontal e a fratura em várias etapas.[19]

Segundo a indústria do fracking, os componentes injetados ("são compostos de 99,51% de água e 0,49% de aditivos")[20] e segundo seus críticos ("os compostos equivalem a 2% do volume destes fluidos").[21] São estes aditivos que causam mais polêmica, pois seus críticos afirmam que incluem substâncias tóxicas, alergênicas e cancerígenas, tornando o subsolo irrecuperável. Os defensores do método, não negam a existência de toxicidade destes compostos mas asseguram que estes elementos podem ser encontrados também em produtos de uso doméstico como: produtos de limpeza, medicamentos, removedores de maquiagem e plásticos. Sua finalidade é abrir vias para a extração do gás de xisto, manter espaço aberto e preservar o óleo evitando sua degradação durante o processo. Parece haver consenso que entre 15% a 80% do material injetado é recuperado.

A composição do material injetado varia de acordo com o tipo de fraturamento desejado, das condições específicas do poço e das características da água. Tipicamente o fraturamento emprega entre 3 e 12 substâncias químicas diferentes.[22] Embora exista grande diversidade de compostos pouco convencionais, entre as sustâncias mais usadas encontram-se:

  • Poliacrilamida e outros compostos redutores de fricção: reduzem a turbulência no fluxo do fluido, atenuando a fricção no duto, permitindo que as bombas injetem fluido a uma maior velocidade sem pressão exagerada na superfície.[23]
  • Sais de boro: utilizados para manter a viscosidade do fluido a altas temperaturas.[23]
  • Guar e outros agentes solúveis em água: incrementa a viscosidade do fluido de fraturamento permitindo a distribuição mais eficaz dos aditivos pela formação rochosa.[24] [23]

A substância mais usada na instalações de fracking dos Estados Unidos entre 2005 e 2009 foi o metanol, outros produtos amplamente usados foram álcool isopropílico, 2-butoxietanol e etilenoglicol.[25]

Nos EUA, em torno de 750 compostos químicos são usados como aditivos no fracking, segundo um informe do Congresso dos Estados Unidos publicado em 2011, que foi mantido em segredo por "razões comerciais." [26] [25] Alguns dos componentes dos aditivos, como listado pelo departamento de conservação ambiental de Nova York, são cancerígenos.[27]

Impactos ambientais

Cabeça de um poço de fracking por onde os fluidos são injetados no subsolo.
Poço de fracking da empresa Halliburton na reserva de gás natural conhecida como formação Bakken (Dakota do Norte, EUA).
Poço de fraturamento hidráulico em funcionamento.
Cabeça de um poço após a retirada dos equipamentos hidráulicos.

Existe uma grande preocupação ambiental acerca das técnicas de fraturamento hidráulico, devido ao risco de contaminação de aquíferos, emissão de poluentes que afetem a qualidade do ar, a possibilidade de migração para a superfície de gases e substâncias empregadas no processo, risco de derramamento resultante da má gestão de resíduos, e os efeitos nas áreas do entorno na saúde humana, dentre os quais o câncer.[25] [8] Já existem evidências de contaminação ambiental causada pelo uso desta técnica,[28] [29] [30] [31] e estima-se que a exposição aos componentes químicos do fracking aumentará, a curto prazo, como resultado da disseminação dos poços que empregam esta tecnologia.[8] As empresas de extração resistem em revelar quais substâncias são utilizadas,[32] e existe o temor da sonegação de informações sobre os impactos negativos do método por parte de governos e corporações.[33] Dentre os aditivos usados encontram-se, em certos casos, querosene, benzeno, tolueno, xileno e outros formaldeídos.[34]

Os opositores deste método argumentam sobre a existência de riscos tais como: emissão de contaminantes na atmosfera, contaminação de águas subterrâneas causada pela fuga dos fluidos de fraturamento e pelo derramamento descontrolado de águas residuais para o exterior. As empresas favoráveis ao fraturamento respondem que tudo isto pode ser controlado por meio de procedimentos de segurança como o uso de selantes adequados e cimento para isolar os aquíferos e tratamento da água para seu reuso pelos poços de extração. Os fluidos de fraturamento contém elementos perigosos e seu refluxo, pode conter metais pesados e materiais radioativos provenientes do subsolo.[35] Por outro lado, próximo aos poços de gás tem-se registrado contaminação de águas subterrâneas com metano,[36] [37] assim como por cloreto de potássio, causa de salinização da água potável.[35] O conjunto de empresas que trabalham na indústria de fracking afirma que, desde que tomadas as devidas precauções, não existem provas de riscos reais.[38] Grupos ambientalistas baseiam-se em dados disponíveis desde que estas empresas começaram a trabalhar com este sistema.[39]

Contaminação da água, ar e solo

A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) elaborou um relatório que associa o fraturamento hidráulico com a contaminação de águas no estado de Wyoming. Cabe destacar que nesta região, a formação de hidrocarbonetos encontra-se a 372 m de profundidade, enquanto que os aquíferos estão a 244 m.

Um relatório emitido em Junho de 2011 pela comissão de meio ambiente, saúde pública e segurança alimentar do Parlamento Europeu, conclui que com o fraturamento hidráulico é produzida uma "emissão de poluentes para a atmosfera, contaminação das águas subterrâneas provocada pelo fluxo de fluidos e gases, fugas de líquidos de fraturamento e derrames de águas residuais, assim como o uso de mais de 600 produtos químicos para liberar o gás natural."[40]

Sobre isto, em 2009, a associação norte-americana de fornecedores de gás natural (NGSA) afirmou que não existia confirmação de nenhum caso de contaminação de aquíferos.[41] Um estudo do Instituto de Energia da Universidade do Texas em Austin do Dr. Charles Groat, da Universidade do Texas, defende a tese da NGSA,[42] [43] [44] entretanto no fim de 2012 foi questionado por conflito de interesses ao revelar-se que o professor trabalhava para uma empresa de perfuração durante a elaboração e publicação do estudo. Após, o professor demitiu-se da universidade.[45] [46] [47]

Ocupação de terras

Outra repercussão da extração de gás de xisto é um alto índice de ocupação de terras devido a plataformas de perfuração, áreas de estacionamento e manobra de caminhões, equipes, instalações de processamento e transporte de gás, assim como as estradas de acesso. Contudo esta situação, segundo empresas e pessoas favoráveis ao fraturamento hidráulico, não é causa de grandes inconvenientes, já que a maior parte das extrações são realizadas em áreas pouco habitadas e que, quando os poços entram em operação, resta na superfície uma reduzida quantidade de tubulação.

Metano

Um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, de 2011, encontrou evidências da migração de gás metano para aquíferos em algumas áreas, certamente por culpa de procedimentos incorretos, como má selagem dos dutos ou uso de cimento de baixa qualidade.[48] Estudos também de 2011, do Departamento de Saúde Pública da Universidade do Colorado e a Universidade Duke também apontam a contaminação por metano proveniente dos processos de fracking.[49] [50] A contaminação de aquíferos por metano tem efeitos adversos sobre a qualidade da água, e em casos extremos pode causar explosões.[49] [51]

Outra das acusações, baseada num relatório da Universidade Cornell, a qual assegura que este método aumenta a concentração de gases do efeito estufa, incluindo aumento de carbono.[52]

Indução de atividade sísmica

Habitualmente o fracking provoca micro sismos demasiado suaves para ser detectados, exceto por aparelhagem de precisão, mas às vezes desencadeia tremores maiores que podem ser sentidos pelas populações locais. Por vezes, estes eventos são aproveitados para obter um registro vertical e horizontal da extensão da fratura.[53] Até fins de 2012, foram provocados 4 ocorrências de atividade sísmica induzida por fraturamento hidráulico, desencadeando tremores capazes de serem sentidos pela população: um nos EUA, um no Canadá e dois no Reino Unido.[9] [54] [55] A injeção de água de reuso proveniente das operações de fracking em poços de água salgada pode causar tremores maiores, tendo-se registrado magnitudes de 3,3 (Mw).[56]

Vários terremotos em 2011 em Youngstown (Ohio) (incluindo um de magnitude 4,0) estiveram provavelmente relacionados com a injeção de águas residuais do processo de fracking,[9] de acordo com sismólogos da Universidade Columbia.[57] Embora as magnitudes destes tremores tenham sido, em geral pequenas, o Serviço Geológico dos Estados Unidos informou que não existem garantias que tremores maiores possam ocorrer.[58] Um relatório do Reino Unido concluiu que o fraturamento hidráulico era, muito provavelmente, causador de pequenos tremores (de 2,3 a 1,4 na escala Richter) ocorridos durante práticas de fracking em Abril e Maio de 2011.[59] [60] [61] Estes tremores foram sentidos pela população local. Devido a estes eventos, o aumento da atividade sísmica encontra-se entre os efeitos mais associados ao fraturamento hidráulico pela opinião pública no Reino Unido.[62]

Ademais os sismos tem se tornado mais frequentes. Em 2009, ocorreram 50 terremotos com magnitude superior a 3,0 nas áreas dos estados do Alabama e montana, enquanto que em 2010 ocorreram 87. Em 2011 ocorreram 134 tremores na mesma área, um aumento de 6 vezes em comparação aos níveis do século XX.[63]

Radioatividade

Em alguns casos, o fraturamento pode arrastar átomos de urânio, rádio, rádon e tório das formações rochosas.[64] Como resultado, existe preocupação acerca dos níveis de radioatividade nas águas residuais usadas no fraturamento e seu potencial impacto na saúde pública. Foi proposta a reciclagem destas águas como solução parcial, mas esta abordagem apresenta limitações.[65]

Efeitos na saúde

Existe preocupação sobre os possíveis efeitos de curto e longo prazo na saúde devida a contaminação do ar e da água, assim como pela exposição a radioatividade de alguns elementos gerados durante a extração de gás mediante o fracking.[64] [66] [67] As consequências para a saúde podem incluir esterilidade, malformação congênita e câncer, entre outros efeitos.[68] [69] [70]

Um estudo publicado em 2012, concluiu que os esforços na prevenção de riscos deveria concentrar-se na redução da exposição das pessoas que vivem ou trabalham nas proximidades dos poços de perfuração as emissões contaminantes.[71]

Um estudo em Condado de Garfield (EUA), publicado na revista Endocrinology sugere que as operações de perfuração de gás natural empregam substâncias que podem resultar numa elevada atividade de disruptores endócrinos (alteradores do equilíbrio hormonal relacionados com infertilidade e câncer) na água superficial dos aquíferos afetados.[69]

Controvérsia sobre possíveis efeitos

Cartaz de protesto contra o fraturamento hidráulico em Hoyos del Tozo (Burgos, Castilla y León, Espanha) diante da possibilidade da prática na região.
Cartaz contra o fracking (Vitoria-Gasteiz, Espanha, Outubro de 2012.)
Cartaz contra o fraturamento hidráulico Alemanha. O movimento anti-fracking teve sua origem nos Estados Unidos, mas rapidamente espalhou-se pelo mundo, e em países onde existem planos para explorar depósitos de gás em curto e médio prazo.

Diante da preocupação expressa por ONGAs, como Ecologistas en acción, Friends of the Earth e Greenpeace,[72] quanto aos possíveis riscos ambientais resultantes desta técnica, além do aumento nos tremores de terra,[73] os compostos químicos poderiam contaminar tanto o solo quanto os aquíferos,[72] a Royal Society afrimou, em 2012, que os riscos eram aceitáveis "sempre e quando são adotados os melhores procedimentos operacionais."[74]

A isto somaram-se três trabalhos científicos publicados em 2013 (dois deles pelo órgão oficial da associação nacional de aquíferos dos EUA, a revista Groundwater) [75] que coincidiram em afirmar que a contaminação de águas subterrâneas devida ao fracking não é "fisicamente possível".[76] [77] Um deles afirma que: "os resultados de um novo estudo da revista Groundwater sugerem que as concentrações de metano encontradas em poços do Condado de Susquehanna na Pensilvânia são explicados não pela migração de gases da formação de gás de xisto Marcellus devido ao fracking, mas sim por fatores hidrogeológicos e topográficos".[78]

Os Estados Unidos foi o primeiro país a utilizar o fraturamento hidráulico para a extração de gás e petróleo e, portanto, é tido como referência para a análise de aspectos ambientais. Alguns dos estudos mais relevantes realizados até o momento são:

Jackson County (Virgínia Ocidental, 1987)

Em 1987, a EPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos) divulgou informações que evidenciavam a migração dos fluidos usados no fracking num poço da Virgínia Ocidental. Descobriu-se que o poço, explorado pela Kaiser Exploration and Mining Company, tinha fissuras induzidas que possibilitaram a contaminação dos aquíferos próximos. O Instituto Americano do Petróleo aceitou que o fraturamento hidráulico havia causado a contaminação subterrânea, e a EPA considerou este caso como um exemplo dos riscos causados por esta técnica.[79] [80]

Estudo da EPA em 2004

Um estudo posterior da EPA, realizado em 2004, em reservas de metano contidas em camadas de carvão mineral concluiu que o método era seguro nestes casos, e suspendeu as investigações alegando que "não havia evidências inequívocas " de riscos de contaminação, e que os fluidos aditivos não eram necessariamente perigosos nem eram capazes de migrar de camadas mais profundas.[81] O estudo da EPA descobriu certas dúvidas no processo pelo qual os fluidos de injeção usados no fracking migram através das rochas, e recomendou especificamente não utilizar diesel como aditivo dos fluidos em poços de gás metano em camadas de carvão, por seu potencial como fonte de contaminação por benzeno; em resposta a este requerimento, as companhias de gás concordaram em suspender o uso de diesel nestes tipos de poços.[82] Um dos autores do estudo de 2004 da EPA enfatizou que este referia-se unicamente a poços de gás metano em camadas de carvão mineral.[81]

Dimock (Pensilvânia, 2009)

Após uma explosão nesta localidade da Pensilvânia em 1 de Janeiro de 2009, foi iniciada uma investigação governamental. Esta revelou que a companhia Cabot Oil & Gas "havia permitido que o gás migrasse para as reservas de água da cidade".[83] [84] Foram detectados níveis inaceitáveis de arsênico, bário, ftalatos, etilenoglicol, manganês, metano e sódio.[85] Em Abril de 2010, a Pensilvânia proibiu a Cabot Oil & Gas de prosseguir com as atividades de extração em todo o estado até que ela se encarregasse da contaminação na água potável de 14 localidades de Dimock, resultante da atividade de seus poços.[86] Compensações financeiras para os residentes afetados foram solicitadas para a empresa e, que esta proporcionasse um fornecimento alternativo de água potável até que sistemas de mitigação da contaminação fossem instalados.[85]

Pavillion (Wyoming, 2012)

As reclamações sobre a qualidade da água feitas pelos residentes das proximidades de um campo de poços na localidade de Pavillion (Wyoming) resultaram numa investigação da EPA, que relatou a detecção de metano e outra substâncias químicas usadas em fracking, alguns com níveis perigosos.[87] Um rascunho do estudo afirmava que o impacto nas águas locais poderiam ser explicadas pelo fracking.[88] [89] O estudo indicava que a contaminação encontrada nos aquíferos de Pavillion é "tipicamente impossível ou muito custosa para mitigar ou corrigir." [88]

Regulamentação

EUA

Nos EUA, o fracking goza atualmente de amplas isenções ambientais: a indústria de petróleo e gás, que utilizam o método, está isenta de cumprir as principais leis ambientais federais desde a aprovação do "Energy Policy Act of 2005" assinado pelo presidente George W. Bush. Estas leis federais abrangem importantes regulamentações como a defesa do direito ao ar e água limpas, a prevenção de substâncias tóxicas e a emissão de substâncias químicas no meio ambiente: entre as leis que o fraturamento hidráulico está desobrigado de cumprir encontram-se o "Clean Air Act" ("lei do ar limpo"), "Safe Drinking Water Act" (direito a água potável), "National Environmental Policy Act" (lei de política ambiental nacional) e o "Resource Conservation and Recovery Act" (lei da recuperação e conservação de recursos), entre outras.

Adicionalmente, o segredo comercial das empresas e outras isenções permitem às companhias de gás a não divulgar a "fórmula" exata dos fluidos de injeção usados.[90] Vários estados, dentre os quais, Colorado [91] e Texas tem legislado a favor que a informação sobra a composição exata dos fluidos torne-se de domínio público.[92]

Outros países

Poço da ExxonMobil, instalado na Alemanha, que faz uso do fraturamento hidráulico.

Uma declaração do Parlamento Europeu recomenda sua regulamentação e que os componentes empregados nos poços de perfuração sejam revelados ao público. O Parlamento proibiu seu uso em 2012. Na Espanha, Embora a autônoma Cantábria tenha aprovado a lei que regula a proibição do fracking, o senado nacional aprovou uma lei de fornecimento elétrico, na qual se incluem os processos de fraturamento hidráulico como opção para fornecer energia para Canárias, Baleares, Ceuta e Melilha. A esta iniciativa, somou-se a alteração da "Ley de Conservación de la Naturaleza del País Vasco", que permite a exploração e exportação de hidrocarbonetos não convencionais.[93]

Em Dezembro de 2012, o Reino Unido revogou a moratória de 18 meses que fora imposta a este método de extração e, começou a incentivar seu uso anunciando grandes isenções fiscais para estimular o fraturamento hidráulico.[94]

A Índia também aprovou a exportação de gás de xisto, após dois anos de estudos para sua política energética e a Turquia começou a preparar-se para a exploração de combustíveis fósseis não convencionais.[95]

Na América Latina, o país que iniciou seu desenvolvimento foi a Argentina, na formação Vaca Muerta, situada na província de Neuquén. O país possui a segunda maior reserva de gás de xisto e a quarta maior de petróleo.[96]

Até 2013, o fraturamento hidráulico continuava proibido na França, assim como em alguns locais dos EUA, como Buffalo (estado de Nova Iorque) e Pittsburgh (Pensilvânia). Existem ainda, moratórias no Canadá e África do Sul.[97]

Mídia

O documentário Gasland (Reino Unido, 2010), de Josh Fox,[98] Foi um dos primeiros a opôr-se frontalmente ao fracking, e em resumir as principais críticas contra este método de extração. Esta produção expôs os problemas de contaminação de aquíferos nas proximidades dos poços de extração em locais como Pensilvânia, Wyoming e Colorado.[99] Energy in Depth, um lobby da indústria de petróleo e gás, questionou os fatos apresentados pelo filme.[100] Em resposta, na página web de Gasland foi publicada uma refutação das afirmações feitas pelo grupo de lobby.[101]

Exxon Mobil, Chevron Corporation e ConocoPhillips veicularam anúncios, entre 2011 e 2012, que descreviam os benefícios econômicos e ambientais do gás natural, argumentando que o fracking é uma técnica segura.[102]

O filme Promised Land, apresentado por Matt Damon, trata do tema.[103]

O episódio Fracked da 11ª temporada da série de televisão CSI: Crime Scene Investigation (2011) aborda o tema, demonstrando danos ao meio ambiente e a saúde humana causados pela tecnologia do fracking.[104]

Em 21 de Abril de 2013, Josh Fox lançou Gasland 2, a continuação de seu documentário, onde afirma que o retrato feito pela indústria do gás natural, tratando de apresentar-se como uma alternativa limpa e segura ao petróleo é um mito: os poços de fracking acabam apresentando vazamentos a longo prazo, contaminando água e ar, prejudicando comunidades próximas e pondo em risco o clima devido às emissões de metano, importante gás de efeito estufa.

O episódio Opposites A-Frack da 26ª temporada do desenho animado Os Simpsons, originalmente exibido nos EUA em 2 de novembro de 2014 pela FOX, mostra os possíveis efeitos negativos do fracking.

O "re-fracking"

O fraturamento hidráulico é um método de extração de combustíveis fósseis cercado por uma enorme celeuma, por apresentar grandes ganhos econômicos sempre acompanhados de temores de impactos ambientais negativos, com potenciais danos para saúde humana. Um aperfeiçoamento do método, o denominado "re-fracking", surge como uma alternativa para a exploração de combustíveis fósseis não convencionais que promete ser segura e limpa.[105]

O re-fracking não utiliza injeções de substâncias químicas no subsolo. Os fluidos são substituídos por micro-esferas de material plástico, injetadas sob pressão, impermeabilizando as fissuras do subsolo, elevando a pressão interna, permitindo que os hidrocarbonetos voltem a fluir. Desta forma, poços antes tidos como esgotados (agora denominados poços "vintage"),[106] podem ser "reativados" voltando a produzir petróleo e gás.[105] O re-fracking vem apresentando vantagens econômicas e ambientais, sendo considerado seguro para as reservas de águas subterrâneas.[105]

Ver também

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Bibliografia

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Referências

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Ligações externas

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  • RTVE.es - Fracking. La fiebre del gas. (em castelhano) Acessado em 12/11/2014.
  • Shale Gas España - Informação da indústria de gás de xisto espanhola sobre o gás de xisto. (em castelhano) Acessado em 12/11/2014.
  • Shale en Agentina - Site da indústria de hidrocarbonetos da Argentina com informações para compreender o fraturamento hidráulico. (em castelhano) Acessado em 12/11/2014.
  • Fractura Hidraulica NO - Movimento anti-fracking (em castelhano) Acessado em 12/11/2014.
  • Greenpeace - Fraturamento hidráulico para extrair gás natural. (em castelhano) Acessado em 12/11/2014.
  • Tiempo Argentino - EL "FRACKING", YPF Y VACA MUERTA. Fractura hidráulica y medioambiente al debate. (em castelhano) Acessado em 12/11/2014.
  • Fracking No - Blog contra o fracking. (em castelhano) Acessado em 12/11/2014.
  • Fracfocus - Localização dos poços de gás de xisto nos Estados Unidos. (em inglês) Acessado em 12/11/2014.
  • Geological Society of America - GSA Critical Issue: Hydraulic Fracturing. (em inglês) Acessado em /11/2014.
  • Breitbart - NEW PHENOMENON, "REFRACKING", SWEEPING GAS AND OIL INDUSTRY. (informações sobre o re-fracking). (em inglês) Acessado em 12/11/2014.