Fungi

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Fungos)
Como ler uma infocaixa de taxonomiaFungi
Ocorrência: Início do Devónico – Recente (ver texto)
No sentido horário, desde em cima à esquerda: Amanita muscaria, um basidiomicete; Sarcoscypha coccinea, um ascomicete; pão coberto de mofo; um quitrídio; um conidióforo de Aspergillus.
No sentido horário, desde em cima à esquerda: Amanita muscaria, um basidiomicete; Sarcoscypha coccinea, um ascomicete; pão coberto de mofo; um quitrídio; um conidióforo de Aspergillus.
Classificação científica
Domínio: Eukaryota
(sem classif.) Opisthokonta
Reino: Fungi
(L., 1753) R.T. Moore, 1980[1]
Subreinos/Filos/Subfilos[7]
Estruturação filogenética dos Fungi.

O reino Fungi é um grupo de organismos eucariotas (ou eucariontes), que inclui micro-organismos tais como as leveduras, os bolores, bem como os mais familiares cogumelos.

Os fungos são classificados num reino separado das plantas, animais e bactérias. Uma grande diferença é o fato de as células dos fungos terem paredes celulares que contêm quitina e glucanos, ao contrário das células vegetais, que contêm celulose. Estas e outras diferenças mostram que os fungos formam um só grupo de organismos relacionados entre si, denominado Eumycota (fungos verdadeiros ou Eumycetes), e que partilham um ancestral comum (um grupo monofilético). Este grupo de fungos é distinto dos estruturalmente similares Myxomycetes (agora classificados em Myxogastria) e Oomycetes. A disciplina da biologia dedicada ao estudo dos fungos é a micologia, muitas vezes vista como um ramo da botânica, mesmo apesar de os estudos genéticos terem mostrado que os fungos estão mais próximos dos animais do que das plantas.

Abundantes em todo mundo, a maioria dos fungos é inconspícua devido ao pequeno tamanho das sua estruturas, e pelos seus modos de vida crípticos no solo, na matéria morta, e como simbiontes ou parasitas de plantas, animais, e outros fungos. Podem tornar-se notados quando frutificam, seja como cogumelos ou como bolores. Os fungos desempenham um papel essencial na decomposição da matéria orgânica e têm papéis fundamentais nas trocas e ciclos de nutrientes. São desde há muito tempo utilizados como uma fonte direta de alimentação, como no caso dos cogumelos e trufas, como agentes levedantes no pão, e na fermentação de vários produtos alimentares, como o vinho, a cerveja, e o molho de soja. Desde a década de 1940, os fungos são usados na produção de antibióticos, e, mais recentemente, várias enzimas produzidas por fungos são usadas industrialmente e em detergentes. São também usados como agentes biológicos no controlo de ervas daninhas e pragas agrícolas. Muitas espécies produzem compostos bioativos chamados micotoxinas, como alcaloides e policetídeos, que são tóxicos para animais e humanos. As estruturas frutíferas de algumas espécies contêm compostos psicotrópicos, que são consumidos recreativamente ou em cerimónias espirituais tradicionais. Os fungos podem decompor materiais artificiais e construções, e tornar-se patogénicos para animais e humanos. As perdas nas colheitas devidas a doenças causadas por fungos ou à deterioração de alimentos podem ter um impacto significativo no fornecimento de alimentos e nas economias locais.

O reino dos fungos abrange uma enorme diversidade e táxons, com ecologias, estratégias de ciclos de vida e morfologias variadas, que vão desde os quitrídios aquáticos unicelulares aos grandes cogumelos. Contudo, pouco se sabe da verdadeira biodiversidade do reino Fungi, que se estima incluir 1,5 milhões de espécies, com apenas cerca de 5% destas formalmente classificadas. Desde os trabalhos taxonómicos pioneiros dos séculos XVII e XVIII efetuados por Lineu, Christiaan Hendrik Persoon, e Elias Magnus Fries, os fungos são classificados segundo a sua morfologia (i.e. caraterísticas como a cor do esporo ou caraterísticas microscópicas) ou segundo a sua fisiologia. Os avanços na genética molecular abriram o caminho à inclusão da análise de ADN na taxonomia, o que desafiou por vezes os antigos agrupamentos baseados na morfologia e outros traços. Estudos filogenéticos publicados no último decénio têm ajudado a modificar a classificação do reino Fungi, o qual está dividido em um sub-reino, sete filos e dez subfilos.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

Wikcionário
Wikcionário
O Wikcionário tem o verbete fungi.

A palavra portuguesa fungo deriva do termo latino fungus (cogumelo), usado nos escritos de Horácio e Plínio, o Velho.[8] Por seu lado, fungus é derivado do grego sphongos/σφογγος ("esponja"), que se refere às estruturas e morfologia macroscópicas dos cogumelos e bolores. O termo micologia, derivado do grego mykes/μύκης (cogumelo) e logos/λόγος (discurso),[9] para denotar o estudo científico dos fungos, terá sido usado pela primeira vez em 1836, pelo naturalista inglês Miles Joseph Berkeley na obra The English Flora of Sir James Edward Smith, Vol. 5.[10]

Características[editar | editar código-fonte]

Antes da introdução dos métodos moleculares de análise filogenética, os taxonomistas consideravam que os fungos eram membros do reino Plantae devido a semelhanças nos seus modos de vida: tanto os fungos como as plantas são na sua maioria imóveis, e apresentam semelhanças na morfologia geral e no habitat em que se desenvolvem. Tal como as plantas, muitas vezes os fungos crescem no solo, e no caso dos cogumelos formam corpos frutíferos conspícuos, que por vezes se assemelham a plantas como os musgos. Os fungos são agora considerados um reino separado, distintos das plantas e animais, dos quais parecem ter divergido há cerca de 1 bilhão de anos.[11][12] Algumas caraterísticas morfológicas, bioquímicas, e genéticas são partilhadas com outros organismos, enquanto outras são exclusivas dos fungos, separando-os claramente dos outros reinos:

Caraterísticas partilhadas:

Caraterísticas únicas:

  • Algumas espécies crescem como leveduras unicelulares que se reproduzem por gemulação ou por fissão binária. Os fungos dimórficos podem alternar entre uma fase de levedura e uma fase com hifas, em função das condições ambientais.[24]
  • A parede celular dos fungos é composta por glicanos e quitina; enquanto os primeiros são também encontrados em plantas e a última no exosqueleto dos artrópodes,[25][26] os fungos são os únicos organismos que combinam estas duas moléculas estruturais na sua parede celular. Ao contrário das plantas e dos Oomycetes, as paredes celulares dos fungos não contêm celulose.[27]
Um cogumelo com forma de funil crescendo na base de uma árvore.
Omphalotus nidiformis, um cogumelo bioluminescente.

A maioria dos fungos carece de um sistema eficiente para o transporte de água e nutrientes a longa distância, como o xilema e o floema de muitas plantas. Para ultrapassar estas limitações, alguns fungos, como os do género Armillaria, formam rizomorfos[28] que são morfológica e funcionalmente semelhantes às raízes das plantas. Outra característica partilhada com as plantas consiste numa via bioquímica para a produção de terpenos que usa ácido mevalónico e pirofosfato como precursores.[29] Porém, as plantas têm uma via bioquímica para a produção de terpenos nos seus cloroplastos, uma estrutura que os fungos não possuem.[30] Os fungos produzem vários metabolitos secundários que são estruturalmente semelhantes ou idênticos aos produzidos pelas plantas.[29] Muitas das enzimas de plantas e fungos que produzem estes compostos diferem entre si na sequência de aminoácidos e outras características, o que indica origens e evolução separadas destas enzimas nos fungos e plantas.[29][31]

Diversidade[editar | editar código-fonte]

Orelha-de-pau (Polyporus sanguineus).

Os fungos têm uma distribuição mundial, e desenvolvem-se numa grande variedade de habitats, incluindo ambientes extremos como desertos, áreas com elevadas concentrações de sais[32] ou radiações ionizantes,[33] bem como em sedimentos de mar profundo.[34] Alguns podem sobreviver às intensas radiações ultravioleta e cósmica encontradas durante as viagens espaciais.[35]

A maioria desenvolve-se em ambientes terrestres, embora várias espécies vivam parcial ou totalmente em ambientes aquáticos, como o fungo quitrídio Batrachochytrium dendrobatidis, um parasita responsável pelo declínio global das populações de anfíbios. Este organismo passa parte do seu ciclo de vida na forma de um zoósporo móvel, o que lhe permite propulsar-se através da água e entrar no seu hóspede anfíbio.[36] Outros exemplos de fungos aquáticos incluem aqueles que vivem em zonas hidrotermais dos oceanos.[37]

Estão descritas formalmente pelos taxonomistas cerca de 100 000 espécies de fungos,[38] mas a biodiversidade global do reino dos fungos não é totalmente compreendida.[39] Com base em observações do quociente entre o número de espécies de fungos e o número de espécies de plantas em ambientes selecionados, estima-se que o reino dos fungos contenha cerca de 1,5 milhões de espécies.[40] Em termos históricos, em micologia, as espécies têm sido distinguidas por vários métodos e conceitos. A classificação baseada nas caraterísticas morfológicas, como o tamanho e forma dos esporos ou das estruturas frutíferas, tem dominado tradicionalmente a taxonomia dos fungos.[41] As espécies podem também ser distinguidas pelas suas caraterísticas bioquímicas e fisiológicas, tais como a sua capacidade para metabolizar certos compostos bioquímicos, ou a sua reação a testes químicos. O conceito biológico de espécie discrimina as espécies com base na sua capacidade de acasalamento. A aplicação de ferramentas moleculares, como a sequenciação de ADN e a análise filogenética, no estudo da diversidade melhorou significativamente a resolução e aumentou a robustez das estimativas da diversidade genética nos vários grupos taxonómicos.[42]

Morfologia[editar | editar código-fonte]

Estruturas microscópicas[editar | editar código-fonte]

Micrografia de Penicillium spp. (1-hifa, 2-conidióforo, 3-fiálide, 4-conídios, 5-septos)

A maioria dos fungos desenvolve-se como hifas, que são estruturas filamentosas, cilíndricas, com dois a 10 µm de diâmetro e até vários centímetros de comprimento.

As hifas crescem nas suas extremidades (ápices); novas hifas formam-se tipicamente por meio da emergência de novas extremidades ao longo da hifa existente num processo designado “ramificação”, ou ocasionalmente por bifurcação de extremidades de uma hifa em crescimento, dando origem a duas hifas com crescimento paralelo.[43] A combinação do crescimento apical com a ramificação/bifurcação conduz ao desenvolvimento de um micélio, uma rede interconectada de hifas.[24] As hifas podem ser septadas ou cenocíticas: as hifas septadas são divididas em compartimentos separados por paredes transversais (paredes celulares internas, chamadas septos, que se formam perpendicularmente à parede celular, dando à hifa a sua forma) e são uninucleares, ou seja, cada compartimento possui um único núcleo; as hifas cenocíticas não são compartimentadas.[44] Os septos têm poros que permitem a passagem de citoplasma, organelos, e por vezes núcleos; um exemplo é o septo doliporo dos fungos do filo Basidiomycota.[45] As hifas cenocíticas são essencialmente supercélulas multinucleadas.[46]

Muitas espécies desenvolveram estruturas hifais especializadas na absorção de nutrientes dos hospedeiros vivos; dois exemplos são os haustórios nas espécies parasitas de plantas da maioria dos filos de fungos, e os arbúsculos de vários fungos micorrízicos, que penetram nas células do hospedeiro para consumir nutrientes.[47]

Embora os fungos sejam opistocontes – um agrupamento de organismos evolutivamente aparentados, caraterizados em termos gerais por possuírem um único flagelo posterior – todos os filos, exceto o dos quitrídios, perderam os seus flagelos posteriores.[48] Os fungos são incomuns entre os eucariotas por terem uma parede celular que, além dos glicanos (p.e. β-1,3-glicano) e outros componentes típicos, contém também o biopolímero quitina.[49]

Estruturas macroscópicas[editar | editar código-fonte]

Um aglomerado de grandes cogumelos de caules grossos, crescendo na base de uma árvore
Armillaria ostoyae.

Os micélios dos fungos podem tornar-se visíveis a olho nu em várias superfícies e substratos, tais como paredes úmidas e comida deteriorada, sendo vulgarmente chamados bolores ou mofos. Os micélios desenvolvidos em meio de ágar sólido em placas de Petri de laboratório são usualmente designados colónias. Estas colónias podem apresentar formas e cores de crescimento (devido aos esporos ou a pigmentação) que podem ser usadas como caraterísticas de diagnóstico na identificação de espécies ou grupos.[50] Algumas colónias individuais de fungos podem atingir dimensões e idades extraordinárias, como é o caso de uma colónia clonal de Armillaria ostoyae, que se estende por mais de 900 ha, com uma idade estimada em cerca de 9 000 anos.[51]

O apotécio – uma estrutura especializada importante na reprodução sexuada de Ascomycetes – é um corpo frutífero em forma de taça que contém o himénio, uma camada de tecido contendo as células portadoras de esporos.[52] Os corpos frutíferos dos basidiomicetes e de alguns ascomicetes podem, por vezes, atingir grandes dimensões, e muitos são bem conhecidos como cogumelos.

Crescimento e fisiologia[editar | editar código-fonte]

O crescimento dos fungos como hifas em substratos sólidos ou como células singulares em ambientes aquáticos, está adaptado para a extração eficiente de nutrientes, pois estas formas de crescimento têm uma razão entre a área superficial e o volume bastante alta.[53] As hifas estão especificamente adaptadas ao crescimento sobre superfícies sólidas e à invasão de substratos e tecidos.[54] Podem exercer grandes forças mecânicas penetrativas; por exemplo, o patógeno vegetal Magnaporthe grisea forma uma estrutura chamada apressório que evoluiu de forma a perfurar tecidos vegetais.[55] A pressão gerada pelo apressório, dirigida contra a epiderme da planta, pode exceder os 8 MPa (80 bar).[55] O fungo filamentoso Paecilomyces lilacinus, usa uma estrutura semelhante para penetrar os ovos de nemátodos.[56]

Time-lapse photography sequence of a peach becoming progressively discolored and disfigured
Bolor cobrindo um pêssego em decomposição. As imagens foram obtidas a intervalos de aproximadamente 12 horas ao longo de seis dias.

A pressão mecânica exercida pelo apressório é gerada a partir de processos fisiológicos que aumentam o turgor intracelular ao produzirem osmólitos como o glicerol.[57] Adaptações morfológicas como estas são complementadas por enzimas hidrolíticas segregadas para o ambiente para a digestão de grandes moléculas orgânicas – como polissacarídeos, proteínas, lípidos, e outros substratos orgânicos – em moléculas menores que podem então ser absorvidas como nutrientes.[58][59][60] A vasta maioria dos fungos filamentosos cresce de um modo polar – i.e., por extensão numa direção – por alongamento no ápice da hifa.[61] Formas alternativas de crescimento dos fungos incluem a extensão intercalar (i.e. por expansão longitudinal de compartimentos hifais que estão abaixo do ápice), como é o caso em alguns fungos endófitos,[62] ou o crescimento por expansão do volume durante o desenvolvimento dos estipes dos cogumelos e doutros grandes órgãos.[63] O crescimento dos fungos como estruturas multicelulares consistindo de células somáticas e reprodutoras – uma característica que evoluiu de modo independente nos animais e plantas[64] - tem várias funções, incluindo o desenvolvimento de corpos frutíferos para a disseminação dos esporos sexuais (ver acima) e de biofilmes para a colonização de substratos e comunicação intercelular.[65]

Tradicionalmente, os fungos são considerados heterotróficos, organismos que dependem exclusivamente do carbono fixado por outros organismos para o seu metabolismo. Os fungos desenvolveram um grau elevado de versatilidade metabólica, o que lhes permite utilizar uma variedade de substratos orgânicos para o seu crescimento, incluindo compostos simples como nitrato, amónia, acetato, ou etanol.[66][67] Demonstrou-se para algumas espécies que o pigmento melanina pode ter um papel na extração de energia da radiação ionizante, como a radiação gama; porém, esta forma de crescimento radiotrófico foi descrita apenas em algumas poucas espécies, os efeitos nas velocidades de crescimento são pequenos, e os processos biofísicos e bioquímicos subjacentes são desconhecidos.[33] Os autores especulam que este processo pode ter semelhança com a fixação do dióxido de carbono via luz visível, mas utilizando radiação ionizante como a fonte de energia.[68]

Reprodução[editar | editar código-fonte]

Polyporus squamosus.

A reprodução dos fungos é complexa, refletindo as diferenças de modos de vida e da constituição genética existentes neste reino.[69] Estima-se que um terço de todos os fungos pode reproduzir-se usando mais do que um modo de propagação; por exemplo, a reprodução pode ocorrer em dois estágios bem diferenciados no ciclo de vida de uma espécie, o teleomorfo e o anamorfo.[70] As condições ambientais desencadeiam estados de desenvolvimento geneticamente determinados que conduzem à criação de estruturas especializadas para a reprodução sexuada ou assexuada. Estas estruturas auxiliam a reprodução ao dispersarem eficientemente esporos ou propágulos contendo esporos.

Reprodução assexuada[editar | editar código-fonte]

A reprodução assexuada por meio de esporos vegetativos (conídios) ou através da fragmentação do micélio é comum; ela mantém populações clonais adaptadas a um nicho ecológico específico e permite uma dispersão mais rápida do que a reprodução sexuada.[71] Os fungi imperfecti ou Deuteromycota (fungos que não apresentam estágio sexuado) incluem todas as espécies que não possuem um ciclo sexual observável.[72]

Reprodução sexuada[editar | editar código-fonte]

A reprodução sexuada com meiose existe em todos os filos de fungos, exceto Glomeromycota.[73] Difere da reprodução sexuada de animais e plantas. Existem também diferenças entre grupos de fungos, as quais podem ser usadas para discriminar espécies em função de diferenças morfológicas nas estruturas sexuais e das estratégias de reprodução.[74][75] Experiências de acasalamento entre isolados de fungos podem identificar espécies com base no conceito biológico de espécie.[75] Os principais agrupamentos de fungos foram inicialmente delineados com base na morfologia das suas estruturas sexuais e esporos; por exemplo, as estruturas portadoras de esporos, ascos e basídios, podem ser usadas na identificação de ascomicetes e basidiomicetes, respetivamente. Algumas espécies permitem o acasalamento apenas entre indivíduos de tipo reprodutor oposto, enquanto noutras podem acasalar e reproduzir-se sexuadamente com qualquer outro indivíduo ou com eles mesmos. As primeiras dizem-se heterotálicas e as segundas homotálicas.[76]

A maioria dos fungos tem um estágio haploide e um estágio diploide nos seus ciclos de vida. Nos fungos de reprodução sexuada, os indivíduos compatíveis podem combinar-se fundindo as suas hifas numa rede interconetada; este processo, anastomose, é requerido para o início do ciclo sexual. Os ascomicetes e os basidiomicetes passam por um estágio dicariótico, no qual os núcleos herdados dos dois pais não se combinam imediatamente após a fusão celular, antes permanecendo separados nas células hifais (ver heterocariose).[77]

Ascos de Morchella elata com oito esporos, vistos com microscópio de contraste de fase.

Nos ascomicetes, as hifas dicarióticas do himénio (a camada de tecido portador de esporos) formam um gancho caraterístico no septo hifal. Durante a divisão celular, a formação do gancho assegura a correta distribuição dos núcleos recém-divididos nos compartimentos hifais apical e basal. Forma-se então um asco, no qual ocorre cariogamia (fusão dos núcleos). Os ascos estão contidos num ascocarpo, ou corpo frutífero. A cariogamia nos ascos é imediatamente seguida de meiose e pela produção de ascósporos. Após a dispersão, os ascósporos podem germinar e formar um novo micélio haploide.[78]

A reprodução sexuada dos basidiomicetes é semelhante à dos ascomicetes. Hifas haploides compatíveis fundem-se para dar origem a um micélio dicariótico. Porém, a fase dicariótica é mais extensa nos basidiomicetes, estando muitas vezes presente também no micélio em crescimento vegetativo. Uma estrutura anatómica especializada, chamada fíbula, forma-se em cada septo hifal. Tal como com o gancho estruturalmente similar dos ascomicetes, a fíbula dos basidiomicetes é requerida para a transferência controlada de núcleos durante a divisão celular, para manter um estágio dicariótico com dois núcleos geneticamente diferentes em cada compartimento hifal.[79] Forma-se um basidiocarpo, no qual estruturas em forma de bastão chamadas basídios geram basidiósporos haploides após cariogamia e meiose.[80] Os basidiocarpos mais vulgarmente conhecidos são os cogumelos, mas também podem assumir outras formas (ver secção Morfologia).

Nos Glomeromycetes (antes Zygomycetes), as hifas haploides de dois indivíduos fundem-se, formando um gametângio, uma estrutura celular especializada que se torna uma célula produtora de gâmetas férteis. O gametângio evolui para um zigósporo, um esporo com parede espessa formado pela união de gâmetas. Quando o zigósporo germina, sofre meiose, gerando novas hifas haploides, as quais podem então formar esporangiósporos assexuados. Estes esporangiósporos permitem ao fungo dispersar-se rapidamente e germinar como micélios haploides geneticamente idênticos.[81]

Dispersão de esporos[editar | editar código-fonte]

O fungo ninho-de-pássaro Cyathus stercoreus.

Tanto os esporos assexuados como os sexuados (esporangiósporos) são frequentemente dispersos por ejeção forçada desde as suas estruturas reprodutoras. Esta ejeção garante a saída dos esporos das estruturas reprodutoras bem como a deslocação através do ar por grandes distâncias.

Mecanismos fisiológicos e mecânicos especializados, bem como as estruturas superficiais dos esporos (como as hidrofobinas), permitem a ejeção eficiente do esporo.[82] Por exemplo, a estrutura das células portadoras de esporos de algumas espécies de ascomicetes é tal, que a acumulação de substâncias que afetam o volume celular e o equilíbrio de fluidos, permite a descarga explosiva dos esporos no ar.[83] A descarga forçada de esporos individuais, designados «balistósporos», envolve a formação de uma pequena gota de água (gota de Buller), que por contacto com o esporo leva à sua libertação com uma aceleração inicial superior a 10 000g;[84] o resultado é o esporo ser ejetado a 0,01 – 0,02 cm, distância suficiente para que caia através das lamelas, ou poros, para o ar abaixo.[85] Outros fungos, como os do género Lycoperdon, dependem de mecanismos alternativos para a libertação dos esporos, como forças mecânicas exteriores. O fungo ninho-de-pássaro usa a força das gotas de água em queda para libertar os esporos dos corpos frutíferos em forma de taça.[86] Outra estratégia é observada em Phallaceae, um grupo de fungos com cores vivas e odor pútrido, que atraem insetos para dispersarem os seus esporos.[87]

Outros processos sexuados[editar | editar código-fonte]

Amanita muscaria.

Além da reprodução sexuada normal com meiose, certos fungos, como os dos géneros Penicillium e Aspergillus, podem trocar material genético por processos parassexuais, iniciados pela anastomose entre as hifas e plasmogamia das células dos fungos.[88] A frequência e importância relativa dos eventos parassexuais não são claras, e podem ser menores que as dos outros processos sexuados. Sabe-se que tem um papel na hibridização intra-específica.[89] e é provavelmente requerida para a hibridização entre espécies, a qual foi associada com os principais eventos na evolução dos fungos.[90]

Evolução[editar | editar código-fonte]

Em contraste com os dados conhecidos sobre a história evolutiva das plantas e animais, o registo fóssil antigo dos fungos é muito escasso. Entre os fatores que provavelmente contribuem para a sub-representação das espécies de fungos no registo fóssil incluem-se a natureza dos esporocarpos, que são tecidos moles, carnosos, e facilmente degradáveis, bem como as dimensões microscópicas da maioria das estruturas fúngicas, as quais não são, portanto, muito evidentes. Os fósseis de fungos são difíceis de distinguir daqueles de outros micróbios, e são mais facilmente identificáveis quando se assemelham a fungos atualmente existentes.[91] Muitas vezes recuperadas de um hospedeiro vegetal ou animal permineralizado, estas amostras são tipicamente estudadas usando preparações em lâmina delgada que podem ser examinadas com o microscópio ótico ou por microscópio eletrónico de transmissão.[92] Os fósseis de compressão são estudados por dissolução da matriz circundante com ácido e usando os meios de microscopia já indicados para examinar os detalhes da sua superfície.[93]

Os mais antigos fósseis que apresentam caraterísticas típicas dos fungos datam do éon Proterozoico, há cerca de 1 430 milhões de anos; estes organismos bênticos multicelulares possuíam estruturas filamentosas com septos, e eram capazes de anastomose.[94] Estudos mais recentes (2009), estimam o aparecimento de organismos fúngicos há aproximadamente 760 – 1060 milhões de anos com base em comparações das taxa de evolução em grupos aparentados.[95] Durante grande parte da era paleozoica (há 542 – 251 milhões de anos), os fungos parecem ter sido aquáticos e consistiriam de organismos semelhantes aos atuais quitrídios, com esporos flagelados. [96] A adaptação evolutiva a um modo de vida terrestre necessitou uma diversificação das estratégias ecológicas para a obtenção de nutrientes, incluindo o parasitismo, o saprobismo, e o desenvolvimento de relações mutualistas como as micorrizas e a liquenização.[97] Estudos recentes (2009) sugerem que o estado ecológico ancestral dos Ascomycota era o saprobismo e que eventos independentes de liquenização ocorreram múltiplas vezes.[98]

Os fungos colonizaram a terra provavelmente durante o Câmbrico (há 542 – 488 milhões de anos), muito antes das plantas terrestres.[99] Hifas fossilizadas e esporos recuperados do Ordovícico de Wisconsin (460 milhões de anos) assemelham-se a Glomerales atuais, e existiram numa altura em que a flora terrestre provavelmente consistia apenas de plantas avasculares semelhantes às briófitas.[100] Prototaxites, que era provavelmente um fungo ou um líquen, terá sido o organismo mais alto do final do Silúrico. Os fósseis de fungos apenas se tornam comuns e incontroversos no início do Devónico (há 416 – 359 milhões de anos), sendo abundantes no cherte de Rhynie, sobretudo Zygomycota e Chytridiomycota.[99][101][102] Por esta mesma altura, há cerca de 400 milhões de anos, os Ascomycota e os Basidiomycota divergiram,[103] e todas as classes de fungos modernos estavam presentes no final do Carbónico (Pennsylvaniano, há 318 – 299 milhões de anos).[104] A evidência mais antiga de fungo terrestre pode ser um pequeno microfóssil com 635 milhões de anos, encontrado em uma caverna no sul da China.[105]

Fósseis semelhantes a líquenes foram encontrados na formação Doushantuo no sul da China, datados de há 635 a 551 milhões de anos.[106] Os líquenes eram um componente dos primeiros ecossistemas terrestres, e a idade estimada do mais antigo fóssil de líquen terrestre é 400 milhões de anos;[107] esta data corresponde à idade do mais antigo esporocarpo fóssil conhecido, uma espécie de Paleopyrenomycites encontrada no cherte de Rhynie.[108] O mais antigo fóssil com caraterísticas microscópicas semelhantes aos atuais basidiomicetes é Palaeoancistrus, encontrado permineralizado com um feto do Pennsylvaniano.[109] Raros no registo fóssil são os Homobasidiomycetes (um táxon aproximadamente equivalente às espécies produtoras de cogumelos de Agaricomycetes). Dois espécimes preservados em âmbar constituem evidência de que os mais antigos fungos produtores de cogumelos que se conhecem (a espécie extinta Archaeomarasmius legletti) surgiram durante o Cretáceo Médio, há 90 milhões de anos.[110][111]

Algum tempo após a extinção permo-triássica (há 251 milhões de anos), ocorreu um pico de abundância de fungos (originalmente entendido como uma abundância extraordinária de esporos de fungos nos sedimentos), sugerindo que os fungos eram a forma de vida dominante deste período, representando quase 100% do registo fóssil disponível para o mesmo.[112] Contudo, a proporção relativa de esporos fúngicos relativamente aos esporos formados por espécies de algas, é difícil de avaliar,[113] o pico não apareceu em todo o mundo,[114][115] e em muitos locais não diminuiu no limite permo-triássico.[116]

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

Embora tradicionalmente incluídos em muitos programas e manuais de botânica, pensa-se agora que os fungos estão mais próximos dos animais do que das plantas e são colocados juntamente com os animais no grupo monofilético dos opistocontes.[117] Análises feitas usando a filogenética molecular suportam a origem monofilética dos fungos.[42] A taxonomia dos fungos encontra-se num estado de fluxo constante, especialmente devido a pesquisas recentes baseadas em comparações de ADN (ácido desoxirribonucleico). Estas análises filogenéticas atuais revogam frequentemente classificações baseadas em métodos mais antigos e menos discriminatórios, baseados em traços morfológicos e conceitos biológicos de espécie, obtidos de acasalamentos experimentais.[118]

Não existe um sistema único de aceitação geral para os níveis taxonómicos mais elevados e ocorrem frequentes mudanças de nomes em todos os patamares acima de espécie. Existem actualmente esforços entre os investigadores para estabelecer e encorajar o uso de uma nomenclatura unificada e mais consistente.[42][119] As espécies de fungos podem também ter múltiplos nomes científicos dependendo do seu ciclo de vida e modo de reprodução (sexuada ou assexuada). Os sítios da internet como Index Fungorum e ITIS listam nomes atuais das espécies de fungos (com referências cruzadas para os sinónimos mais antigos).

A classificação do reino Fungi de 2007 é o resultado de um trabalho de investigação colaborativa em grande escala envolvendo dezenas de micologistas e outros cientistas que trabalham sobre a taxonomia dos fungos.[42] Esta classificação reconhece oito filos, dois dos quais - Ascomycota e Basidiomycota – estão contidos num ramo que representa o sub-reino Dikarya. O cladograma à direita representa os principais táxons de fungos e a sua relação com os organismos opistocontes e unicontes. Os comprimentos dos ramos desta árvore não são proporcionais às distâncias evolutivas.[120][121][122]

Fungi 

 Rozellomycota

 Microsporidiomycota

 Aphelidiomycota

Eumycota

 Chytridiomycota

 Neocallimastigomycota

 

 Blastocladiomycota

Amastigomycota

Zoopagomycota

 Mucoromycota

Glomeromycota

 Dikarya 

 Entorrhizomycota

 Ascomycota

 Basidiomycota

Grupos taxonómicos[editar | editar código-fonte]

Os filos principais (por vezes chamados divisões) dos fungos foram classificados sobretudo com base nas características das suas estruturas reprodutoras. Correntemente, são propostos sete filos: Microsporidia, Chytridiomycota, Blastocladiomycota, Neocallimastigomycota, Glomeromycota, Ascomycota, e Basidiomycota.[42]

Micorriza arbuscular vista ao microscópio. Células corticais da raiz de linho contendo arbúsculos emparelhados.

A análise filogenética demonstrou que os Microsporidia, parasitas unicelulares de animais e protistas, são fungos endobióticos altamente derivados (vivem nos tecidos de outra espécie) e bastante recentes.[96][123] Um estudo de 2006 conclui que os Microsporidia constituem um grupo irmão dos fungos verdadeiros, isto é, cada um deles é o parente evolutivo mais próximo do outro.[124] Hibbett e colegas sugerem que esta análise não colide com a sua classificação de Fungi, e embora Microsporidia tenha sido elevado ao estatuto de filo, reconhece-se que é necessária análise suplementar para clarificar as relações evolutivas no seio deste grupo.[42]

Os Chytridiomycota são vulgarmente conhecidos como quitrídios e têm uma distribuição mundial. Produzem zoósporos capazes de movimento ativo através de fases aquosas, com um único flagelo, o que levou os taxonomistas antigos a classificá-los como protistas. As filogenias moleculares, inferidas de sequências de ARN ribossómico em ribossomas, sugerem que os quitrídios são um grupo basal divergente dos outros filos de fungos, consistindo de quatro clados principais com evidências sugestivas de parafilia ou possivelmente polifilia.[125]

Os Blastocladiomycota eram antes considerados um clado taxonómico dos Chytridiomycota. Contudo, dados moleculares recentes e caraterísticas ultraestruturais, colocam-nos como um clado irmão de Zygomycota, Glomeromycota, e Dikarya (Ascomycota e Basidiomycota). São saprófitas, alimentando-se de matéria orgânica em decomposição, e são parasitas de todos os grupos eucariotas. Ao contrário dos seus parentes mais próximos, os quitrídios, que apresentam sobretudo meiose zigótica, os blastocladiomicetes apresentam meiose espórica.[96]

Os Neocallimastigomycota estavam antes colocados no filo Chytridomycota. Os membros deste pequeno filo são organismos anaeróbicos, vivendo no sistema digestivo de grandes mamíferos herbívoros e possivelmente em outros ambientes terrestres e aquáticos. Não têm mitocôndrias mas contêm hidrogenossomas de origem mitocondrial. Como os quitrídios, os neocallimastigomicetes formam zoósporos que são posteriormente uniflagelados ou poliflagelados.[42]

Os membros de Glomeromycota formam micorrizas arbusculares, uma forma de simbiose na qual hifas fúngicas invadem células das raízes de plantas e ambas as espécies beneficiam do aumento resultante no fornecimento de nutrientes. Todas as espécies conhecidas de Glomeromycota reproduzem-se assexuadamente.[73] A associação simbiótica entre Glomeromycota e as plantas é antiga, existindo provas da sua existência há 400 milhões de anos.[126] Anteriormente parte de Zygomycota, Glomeromycota foi elevado ao estatuto de filo em 2001 e actualmente substitui o filo Zygomycota.[127] Fungos antes classificados em Zygomycota estão agora a ser reclassificados em Glomeromycota, ou nos subfilos incertae sedis Mucoromycotina, Kickxellomycotina, Zoopagomycotina e Entomophthoromycotina.[42] Alguns exemplos bem conhecidos de fungos anteriormente incluídos em Zygomycota incluem o bolor preto do pão (Rhizopus stolonifer), e espécies do género Pilobolus, capazes de ejectar esporos a vários metros de altura através do ar.[128] Entre os géneros medicamente relevantes incluem-se Mucor, Rhizomucor, e Rhizopus.

Cross-section of a cup-shaped structure showing locations of developing meiotic asci (upper edge of cup, left side, arrows pointing to two gray-colored cells containing four and two small circles), sterile hyphae (upper edge of cup, right side, arrows pointing to white-colored cells with a single small circle in them), and mature asci (upper edge of cup, pointing to two gray-colored cells with eight small circles in them)
Diagrama de um apotécio (a estrutura reprodutora em forma de taça típica de Ascomycetes) mostrando tecidos estéreis além de ascos maduros e em desenvolvimento.

Os Ascomycota, vulgarmente conhecidos como fungos de saco ou ascomicetes, constituem o maior grupo taxonómico entre os Eumycota.[41] Estes fungos formam esporos meióticos chamados ascósporos, envolvidos por uma estrutura semelhante a um saco chamada asco. Este filo inclui o género Morchella, alguns cogumelos e trufas, leveduras unicelulares (por exemplo dos géneros Saccharomyces, Kluyveromyces, Pichia, e Candida), e muitos fungos filamentosos que vivem como saprófitas, parasitas, e simbiontes mutualistas. Entre os géneros de ascomicetes mais importantes e relevantes incluem-se Aspergillus, Penicillium, Fusarium, e Claviceps. Em muitas espécies de ascomicetes foi apenas observada reprodução assexuada (ditas espécies anamorfas), mas a análise de dados moleculares tem sido frequentemente capaz de identificar os seus teleomorfos mais próximos entre os Ascomycota.[129] Uma vez que os produtos da meiose são retidos no asco, os ascomicetes têm sido usados para elucidar os princípios da genética e da hereditariedade (por exemplo Neurospora crassa).[130]

Os membros de Basidiomycota, vulgarmente chamados fungos de bastão ou basidiomicetes, produzem meiósporos chamados basidiósporos em estruturas chamadas basídios. A maioria dos comuns cogumelos pertence a este grupo, bem como as ferrugens e os carvões (como o carvão-do-milho, Ustilago maydis),[131] espécies comensais humanas do género Malassezia,[132] e o patógeno oportunista humano, Cryptococcus neoformans.[133]

Organismos semelhantes aos fungos[editar | editar código-fonte]

Por causa das semelhanças morfológicas e de modo de vida, Myxomycetes e Oomycetes eram anteriormente classificados no reino Fungi. Ao contrário do que sucede com os fungos verdadeiros, as paredes celulares destes organismos contêm celulose e não têm quitina. Os Myxomycetes são unicontes como os fungos, mas são agrupados em Amoebozoa. Os Oomycetes são bicontes, agrupados no reino Chromalveolata. Nenhum destes dois grupos é aparentado com os fungos verdadeiros, e, portanto, os taxonomistas já não os incluem no reino Fungi. Apesar disso, estudos sobre Oomycetes e Myxomycetes são ainda frequentemente incluídos em manuais de micologia e em literatura de pesquisa primária.[134]

Os Nucleariida, actualmente agrupados em Choanozoa, poderão ser um grupo irmão do clado Eumycetes, e como tal poderiam ser incluídos num reino Fungi aumentado.[135]

Ecologia[editar | editar código-fonte]

Embora frequentemente inconspícuos, os fungos ocorrem em todos os ambientes da Terra e desempenham papéis muito importantes na maioria dos ecossistemas. Ao lado das bactérias, os fungos são os principais decompositores na maioria dos ecossistemas terrestres (e em alguns aquáticos), tendo, portanto, um papel crítico nos ciclos biogeoquímicos,[136] e em muitas cadeias tróficas. Como decompositores, têm um papel essencial nos ciclos de nutrientes, especialmente como saprófitas e simbiontes, ao degradarem a matéria orgânica em moléculas inorgânicas, que podem então reentrar nas vias metabólicas anabólicas das plantas ou outros organismos.[137][138]

Simbiose[editar | editar código-fonte]

Muitos fungos têm importantes relações simbióticas com organismos da maioria dos reinos (ou mesmo de todos).[139][140][141] Estas interacções podem ser de natureza mutualista ou antagonística; no caso dos fungos comensais parecem não trazer prejuízo nem benefício ao hospedeiro.[142][143][144]

Com as plantas[editar | editar código-fonte]

A simbiose micorrízica entre plantas e fungos é uma das mais bem conhecidas associações entre plantas e fungos e tem uma importância significativa para o crescimento e persistência das plantas em muitos ecossistemas; mais de 90% das plantas estabelecem relações micorrízicas com fungos e dependem desta relação para sobreviverem.[145]

A microscopic view of blue-stained cells, some with dark wavy lines in them
Os filamentos escuros são hifas do fungo endofítico Neotyphodium coenophialum nos espaços intercelulares do tecido da bainha da folha de Festuca arundinacea.

A simbiose micorrízica é antiga, datando de há pelo menos 400 milhões de anos.[126] Frequentemente, esta relação aumenta a absorção de compostos inorgânicos pela planta, tais como nitrato e fosfato, de solos com baixas concentrações destes nutrientes imprescindíveis para as plantas.[137][146] Os parceiros fúngicos podem também mediar a transferência de carboidratos e outros nutrientes entre plantas.[147][148] Tais comunidades micorrízicas são chamadas «redes micorrízicas comuns».[149] Um caso especial de micorriza é a mico-heterotrofia, em que uma planta parasita o fungo, obtendo todos os seus nutrientes do seu fungo simbionte.[150] Algumas espécies de fungos vivem nos tecidos no interior das raízes, caules e folhas, sendo então designados endófitos.[151] Tal como nas micorrizas, a colonização endofítica por fungos pode beneficiar os dois simbiontes; por exemplo, os endófitos de ervas fornecem ao seu hospedeiro resistência aumentada aos herbívoros e a outras pressões ambientais, recebendo em troca alimento e abrigo.[152]

Com algas e cianobactérias[editar | editar código-fonte]

A green, leaf-like structure attached to a tree, with a pattern of ridges and depression on the bottom surface
O líquen Lobaria pulmonaria, uma simbiose de espécies de fungos, algas e cianobactérias.

Os líquenes são formados por uma relação simbiótica entre algas ou cianobactérias (designados na terminologia dos líquenes como "fotobiontes") e fungos (sobretudo várias espécies de ascomicetes e alguns basidiomicetes), na qual células fotobiontes individuais encontram-se disseminadas num tecido formado pelo fungo.[153] Os líquenes ocorrem em todos os ecossistemas e em todos os continentes, e desempenham um papel-chave na formação do solo e na iniciação da sucessão biológica,[154] sendo as formas de vida dominantes em ambientes extremos, incluindo as regiões desérticas polares, alpinas e semiáridas.[155] São capazes de crescer em superfícies inóspitas, incluindo solos e rochas nus, cascas de árvores, madeira, conchas, cracas e folhas.[156] Como no caso das micorrizas, o fotobionte fornece açúcares e outros carboidratos através da fotossíntese, enquanto o fungo fornece minerais e água. As funções de ambos os organismos simbióticos estão tão intimamente relacionadas que eles funcionam quase como um só organismo; na maioria dos casos o organismo resultante difere muito dos componentes individuais. A linquenização é um modo comum de nutrição; cerca de 20% dos fungos – entre 17 500 e 20 000 espécies – são liquenizados.[157] Entre as caraterísticas comuns à maioria dos líquenes incluem-se a obtenção de carbono orgânico por fotossíntese, crescimento lento, tamanho reduzido, vida longa, estruturas reprodutoras vegetativas de longa duração (sazonais), nutrição mineral obtida sobretudo de fontes aéreas, e maior tolerância à dessecação que a da maioria dos organismo fotossintéticos no mesmo habitat.[158]

Com os insetos[editar | editar código-fonte]

Muitos insetos têm relações mutualistas com fungos. Vários grupos de formigas cultivam fungos da ordem Agaricales como fonte de alimento primária, enquanto algumas espécies de carunchos cultivam várias espécies de fungos nas cascas das árvores que infestam.[159] De igual modo, as fêmeas de várias espécies de vespas-da-madeira (género Sirex) injetam os seus ovos juntamente com os esporos de um fungo decompositor de madeira (Amylostereum areolatum) no alburno de pinheiros; o crescimento do fungo fornece as condições nutricionais ideais para o desenvolvimento das larvas da vespa.[160] Sabe-se que também as térmitas da savana africana cultivam fungos,[161] e leveduras dos géneros Candida e Lachancea habitam no trato gastrointestinal de uma grande variedade de insetos, incluindo Neuroptera, escaravelhos, e baratas; não se sabe se estes fungos obtêm algum benefício dos seus hospedeiros.[162]

Como patógenos e parasitas[editar | editar código-fonte]

A thin brown stick positioned horizontally with roughly two dozen clustered orange-red leaves originating from a single point in the middle of the stick. These orange leaves are three to four times larger than the few other green leaves growing out of the stick, and are covered on the lower leaf surface with hundreds of tiny bumps. The background shows the green leaves and branches of neighboring shrubs.
O patógeno vegetal Aecidium magellanicum causa uma ferrugem, vista aqui num arbusto de Berberis no Chile.

Muitos fungos são parasitas de plantas, animais (incluindo humanos), e doutros fungos. Entre os patógenos importantes de muitas plantas cultivadas que causam danos e prejuízos à agricultura e silvicultura incluem-se o fungo da brusone do arroz, Magnaporthe oryzae,[163] patógenos de árvores que causam a grafiose do ulmeiro, tais como Ophiostoma ulmi e Ophiostoma novo-ulmi,[164] e Cryphonectria parasitica responsável pelo cancro do castanheiro,[165] e patógenos vegetais dos géneros Fusarium, Ustilago, Alternaria, e Cochliobolus.[143] Alguns fungos carnívoros, como Paecilomyces lilacinus, são predadores de nemátodos, que capturam usando um conjunto de estruturas especializadas como anéis constritores ou malhas adesivas.[166]

Alguns fungos podem causar doenças graves em humanos[167], várias delas fatais se não tratadas. Entre estas incluem-se aspergiloses, candidíases, coccidioidomicose, criptococose, histoplasmose, micetomas, e paracoccidioidomicose. Também as pessoas com imunodeficiências são particularmente suscetíveis a doenças causadas por géneros como Aspergillus, Candida, Cryptococcus,[144][168][169] Histoplasma,[170] e Pneumocystis.[171] Outros fungos podem atacar os olhos, unhas, cabelo, e especialmente a pele, os chamados fungos dermatófitos e queratinófitos, causando infecções locais como dermatofitose e pé-de-atleta.[172] Os esporos dos fungos são também uma causa de alergias, e fungos de diferentes grupos taxonómicos podem provocar reações alérgicas.[173]Deve-se atentar para Esporotricose, doença causada pelo fungo Sporothrix schenckii[173]

Uso humano[editar | editar código-fonte]

Microscopic view of five spherical structures; one of the spheres is considerably smaller than the rest and attached to one of the larger spheres
Células de Saccharomyces cerevisiae vistas com microscopia de contraste de interferência diferencial.

O uso humano dos fungos na preparação e conservação de alimentos e com outros fins, é extenso e tem uma longa história. A apanha e o cultivo de cogumelos são grandes indústrias em muitos países. O estudo dos usos históricos e impacto sociológico dos fungos é conhecido como etnomicologia. Por causa da capacidade deste grupo para produzir uma enorme variedade de produtos naturais com atividades antimicrobianas ou outras, muitas espécies são há muito usadas, ou estão em estudo, para a produção de antibióticos, vitaminas,[174] e drogas anticancerígenas e redutoras do colesterol. Mais recentemente, foram desenvolvidos métodos de engenharia genética para fungos,[175] permitindo a engenharia metabólica de espécies de fungos. Por exemplo, modificações genéticas de espécies de leveduras[176]— que são fáceis de cultivar com taxas de crescimento elevadas em grandes vasos de fermentação—abriu novos caminhos à produção farmacêutica e são potencialmente mais eficientes do que a produção pelos organismos-fonte originais.[177]

Antibióticos[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Antibiótico

Muitas espécies produzem metabolitos que são fontes importantes de drogas farmacologicamente activas. Particularmente importantes são os antibióticos, incluindo as penicilinas, um grupo estruturalmente relacionado de antibióticos betalactâmicos sintetizados a partir de pequenos péptidos. Apesar de as penicilinas de ocorrência natural como a penicilina G (produzida por Penicillium chrysogenum) terem um espectro de atividade biológica relativamente estreito, uma grande variedade de outras penicilinas podem ser produzidas por modificação química das penicilinas naturais.

As penicilinas modernas são compostos semissintéticos, obtidos inicialmente de culturas de fermentação, mas em seguida estruturalmente alterados para obtenção de propriedades desejáveis específicas.[178] Entre outros antibióticos produzidos por fungos incluem-se: griseofulvina de Penicillium griseofulvin usada no tratamento de infecções da pele, cabelo e unhas, causadas por dermatófitos;[179] ciclosporina, usada como imunossupressor em cirurgia de transplantação; e o ácido fusídico, usado para ajudar no controlo de infecção pela bactéria Staphylococcus aureus resistente à meticilina.[180] O uso em larga escala destes antibióticos no tratamento de doenças bacterianas, como a tuberculose, sífilis, lepra, e muitas outras, começou no início do século XX e continua a desempenhar um papel principal na quimioterapia antibacteriana. Na natureza, os antibióticos de origem fúngica ou bacteriana, parecem desempenhar um duplo papel: em concentrações elevadas agem como defesa química contra a competição de outros micro-organismos em ambientes ricos em espécies, como a rizosfera, e em baixas concentrações funcionam como moléculas de deteção de quórum para sinalização intra ou interespecífica.[181]

Usos alimentares[editar | editar código-fonte]

A levedura de padeiro ou Saccharomyces cerevisiae, um fungo unicelular, é usado para fazer pão e outros produtos à base de trigo.[182] Espécies de leveduras do género Saccharomyces são também usadas na produção de bebidas alcoólicas por fermentação.[183] O bolor shoyu koji (Aspergillus oryzae) é um ingrediente essencial na preparação de shoyu (molho de soja), saqué, e miso,[184] enquanto espécies de Rhizopus são usadas para fazer tempeh.[185] Vários destes fungos são espécies domesticadas que foram selecionadas segundo a sua capacidade de fermentar alimentos sem produzirem micotoxinas (ver abaixo) prejudiciais, as quais são produzidas pelos muito aparentados Aspergillus.[186] Quorn, um substituto de carne, é feito a partir de Fusarium venenatum.[187]

Uso medicinal[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Cogumelos medicinais

Certos cogumelos são utilizados com fins terapêuticos em medicinas tradicionais, como acontece na medicina tradicional chinesa. Entre os cogumelos medicinais notáveis, e com uma história de uso bem documentada, incluem-se Agaricus blazei,[188][189] Ganoderma lucidum,[190] Ophiocordyceps sinensis,[191] e "cogumelos mágicos", que contém psilocibina e psilocina.[192][193] As pesquisas identificaram compostos produzidos por estes e outros fungos, os quais têm efeitos biológicos inibidores contra vírus[194][195] e células cancerosas.[188][196] Metabolitos específicos, como polissacarídeo-K, ergotamina e antibióticos betalactâmicos, são usados de modo rotineiro em medicina clínica. O cogumelo shiitake é uma fonte de lentinano, uma droga clínica aprovada para utilização em vários países, incluindo o Japão, em tratamentos oncológicos.[197][198] Na Europa e no Japão, o polissacarídeo-K, um químico obtido de Trametes versicolor, é um adjuvante aprovado em terapia oncológica.[199] Muitos fungos desempenham papel comensal na microbiota intestinal, bem como desequlibrios de sua população, local e mutações são fatores causais de algumas doenças[200].

Espécies comestíveis e venenosas[editar | editar código-fonte]

Two light yellow-green mushrooms with stems and caps, one smaller and still in the ground, the larger one pulled out and laid beside the other to show its bulbous stem with a ring
Amanita phalloides é responsável pela maioria das mortes por envenenamentos por cogumelos que ocorrem em todo o mundo.

Os cogumelos comestíveis são exemplos bem conhecidos de fungos. Muitos são cultivados comercialmente, mas outros têm de ser colhidos no estado selvagem. Agaricus bisporus, vendidos como champignon enquanto pequenos e como cogumelos Portobello quando maiores, é uma espécie bastante consumida, usada em saladas, sopas e outros pratos. Muitos fungos asiáticos são cultivados comercialmente e são cada vez mais populares no Ocidente. Estão frequentemente disponíveis frescos em mercearias e mercados, incluindo o cogumelo-de-palha (Volvariella volvacea), cogumelo-ostra (Pleurotus ostreatus), shiitake (Lentinula edodes), e enokitake (Flammulina spp.).[201]

Há muitas outras espécies de cogumelos que são colhidas no estado silvestre, quer para consumo pessoal quer para venda comercial. Exemplos: sancha, Morchella, cantarelos, trufas, trombetas-negras, e cepe-de-bordéus (também conhecido como cogumelo porcini, boleto ou tortulho) têm um preço elevado no mercado. São muitas vezes usados em pratos gourmet.[202]

Certos tipos de queijos requerem a inoculação dos coalhos do leite com espécies de fungos que fornecem um sabor e textura únicos ao queijo. Entre eles contam-se os queijos azuis como o Roquefort ou o Stilton, inoculados com Penicillium roqueforti.[203] Os bolores usados na produção de queijo não são tóxicos e portanto são seguros para consumo humano; contudo, pode ocorrer acumulação de micotoxinas (aflatoxinas, roquefortina C, patulina, ou outras) devido ao crescimento de outros fungos durante o processo de maturação e armazenamento do queijo.[204]

A corner of cheese with greenish streaks through it
Queijo Stilton com veios de Penicillium roqueforti.

Muitas espécies de cogumelos são venenosas para os humanos, com toxicidades que podem ir desde problemas digestivos ligeiros ou reações alérgicas, e alucinações até a falha de órgãos e morte. Entre os géneros com cogumelos tóxicos incluem-se Conocybe, Galerina, Lepiota, e o mais infame, Amanita.[205] Este último género, inclui o anjo-destruidor (Amanita virosa) e o chapéu-da-morte (A. phalloides), a causa mais comum de envenenamento mortal por cogumelos.[206] Gyromitra esculenta é ocasionalmente considerado uma especialidade culinária quando cozinhado, porém, pode ser muito tóxico quando consumido cru.[207] O míscaro-amarelo (Tricholoma equestre) era considerado comestível até ter sido implicado em envenamentos sérios causadores de rabdomiólise.[208] O mata-moscas (Amanita muscaria) pode também causar envenenamentos ocasionais não fatais, sobretudo como resultado da sua ingestão como droga recreativa, devido às suas propriedades alucinogénicas. Historicamente, este cogumelo foi usado por diferentes povos europeus e asiáticos e o seu uso presente com propósitos religiosos ou xamanísticos é relatado em alguns grupos étnicos como os coriacos do nordeste da Sibéria.[209]

Uma vez que é difícil identificar com exatidão um cogumelo seguro sem treino e conhecimento apropriados, é frequentemente indicado que se deve assumir que um cogumelo selvagem é venenoso e não consumi-lo.[210][211]

Controlo de pragas[editar | editar código-fonte]

Two dead grasshoppers with a whitish fuzz growing on them
Gafanhotos mortos por Beauveria bassiana.

Em agricultura, os fungos podem ser úteis se competirem ativamente com micro-organismos patogénicos como bactérias e outros fungos, pelos nutrientes e espaço, segundo o princípio da exclusão competitiva,[212] ou se forem parasitas desses patógenos. Por exemplo, certas espécies podem ser usadas para eliminar ou suprimir o crescimento de patógenos vegetais, como insetos, pulgões, ervas daninhas, nemátodos, e outros fungos causadores de doenças em colheitas importantes.[213] Isto gerou um forte interesse nas aplicações práticas que utilizam fungos como controlo biológico destas pragas agrícolas. Fungos entomopatogénicos podem ser usados como biopesticidas, pois matam ativamente os insetos.[214] Exemplos de fungos usados como inseticidas biológicos são Beauveria bassiana, Metarhizium anisopliae, Hirsutella spp, Paecilomyces spp, e Verticillium lecanii.[215][216] Os fungos endofíticos de ervas do género Neotyphodium, como N. coenophialum, produzem alcalóides que são tóxicos para vários herbívoros invertebrados e vertebrados. Estes alcaloides protegem as ervas da herbivoria, mas vários alcaloides endofíticos podem envenenar animais de pasto, como gado bovino e ovelhas.[217] A infecção de cultivares de ervas de pastagem e forragens com endófitos de Neotyphodium é uma abordagem em uso em programas de criação de ervas; as estirpes fúngicas são selecionadas por produzirem apenas alcaloides que aumentam a resistência a herbívoros como os insetos, mas que não são tóxicos para o gado.[218]

Biorremediação[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Micorremediação

Alguns fungos, em particular a podridão-branca, podem degradar inseticidas, herbicidas, pentaclorofenol, creosoto, alcatrão de hulha, e combustíveis pesados, transformando-os em dióxido de carbono, água, e elementos básicos.[219] Demonstrou-se que há fungos capazes de biomineralizar óxidos de urânio, sugerindo que podem ter aplicação na biorremediação de sítios poluídos radioactivamente.[220][221][222] O fungo Pestalotiopsis microspora é capaz de alimentar-se de plásticos compostos à base de poliuretano.[223][224]

Organismos modelo[editar | editar código-fonte]

Algumas descobertas fulcrais da biologia foram feitas por investigadores que usavam fungos como organismos modelo, isto é, fungos que crescem e reproduzem-se sexuadamente de forma rápida em laboratório. Por exemplo, a hipótese um gene-uma enzima foi formulada por cientistas que usaram o bolor do pão Neurospora crassa para testar as suas teorias bioquímicas.[225] Outros fungos modelo importantes, Aspergillus nidulans e as leveduras, Saccaromyces cerevisiae e Schizosaccharomyces pombe, têm cada um uma longa história de uso na investigação de questões da genética e biologia celular dos eucariotas, como a regulação do ciclo celular, estrutura da cromatina, e regulação dos genes. Outros modelos fúngicos surgiram mais recentemente, direccionados para questões biológicas específicas relevantes para a medicina, fitopatologia e usos industriais; entre os exemplos incluem-se Candida albicans, um fungo dimórfico, e patógeno humano oportunista,[226] Magnaporthe grisea, um patógeno vegetal,[227] e Pichia pastoris, uma levedura amplamente usada na expressão de proteínas eucariotas.[228]

Outros[editar | editar código-fonte]

Os fungos são muito utilizados na produção industrial de produtos químicos como os ácidos cítrico, glucónico, láctico e málico,[229] antibióticos, e até de gangas deslavadas.[230] Os fungos são também fontes de enzimas industriais, como as lipases usadas em detergentes biológicos,[231] amilases,[232] celulases,[233] invertases, proteases e xilanases.[234] Algumas espécies, mais particularmente cogumelos do género Psilocybe (coloquialmente chamados cogumelos mágicos), são ingeridos pelas suas propriedades psicadélicas, tanto recreativamente como religiosamente.

Micotoxinas[editar | editar código-fonte]

(6aR,9R)-N-((2R,5S,10aS,10bS)-5-benzyl-10b-hydroxy-2-methyl-3,6-dioxooctahydro-2H-oxazolo[3,2-a] pyrrolo[2,1-c]pyrazin-2-yl)-7-methyl-4,6,6a,7,8,9-hexahydroindolo[4,3-fg] quinoline-9-carboxamide
Ergotamina, uma das principais micotoxinas, produzida por espécies de Claviceps, que ingerida, pode causar gangrena, convulsões, e alucinações.

Muitos fungos produzem compostos biologicamente ativos, vários dos quais são tóxicos para animais ou plantas, os quais são designados micotoxinas. Particularmente relevantes para os humanos são as micotoxinas produzidas pelos bolores que causam a deterioração de alimentos, e os cogumelos venenosos (ver acima). Particularmente dignas de nota são as amatoxinas de alguns cogumelos Amanita, e ergotaminas, as quais têm uma longa história de causarem sérias epidemias de ergotismo em pessoas que consomem centeio e cereais relacionados contaminados com esclerócios de Claviceps purpurea.[235] Outras micotoxinas notáveis são as aflatoxinas, as quais são toxinas hepáticas insidiosas e metabolitos altamente carcinogénicos produzidos por certas espécies de Aspergillus, que muitas vezes se desenvolvem em cereais ou em nozes consumidas por humanos, ocratoxinas, patulina, e tricotecenos (por exemplo, micotoxina T-2) e fumonisinas, as quais têm um impacto significativo sobre as reservas alimentares e no gado.[236]

As micotoxinas são metabolitos secundários, e as pesquisas demonstraram a existência nos fungos de vias bioquímicas com o único propósito de produzir micotoxinas e outros produtos naturais.[237] As micotoxinas podem fornecer benefícios de aptidão em termos de adaptação fisiológica, competição com outros micróbios e fungos, e protecção contra o consumo (fungivoria).[238][239]

Micologia[editar | editar código-fonte]

A micologia é um ramo da biologia que se ocupa do estudo sistemático dos fungos, incluindo as suas propriedades genéticas e bioquímicas, a sua taxonomia, e a sua utilidade para os humanos como fontes de medicamentos, alimento, substâncias psicotrópicas consumidas com propósitos religiosos, bem como os seus perigos, como o envenenamento e infecção. O campo da fitopatologia, o estudo das doenças das plantas, está estreitamente relacionado com a micologia, pois muitos dos patógenos vegetais são fungos.[240]

O uso dos fungos pelos humanos data da pré-história. Ötzi, o Homem do Gelo, uma múmia de um homem do Neolítico com 5 300 anos de idade encontrada nos Alpes austríacos, transportava consigo duas espécies de cogumelos poliporos que podem ter sido usados como mecha (Fomes fomentarius), ou para fins medicinais (Piptoporus betulinus).[241] Os povos antigos usaram os fungos como fontes de alimento – frequentemente sem o saberem – durante milénios, na preparação de pão levedado e sumos fermentados. Alguns dos mais antigos registos escritos contêm referências a destruições de colheitas provavelmente causadas por fungos patogénicos.[242]

História[editar | editar código-fonte]

A micologia é uma ciência relativamente recente que se tornou sistemática após o desenvolvimento do microscópio no século XVI. Embora os esporos de fungos tenham sido observados pela primeira vez por Giambattista della Porta em 1588, o trabalho seminal no desenvolvimento da micologia terá sido a publicação em 1729 da obra Nova plantarum genera de Pier Antonio Micheli.[243] Micheli não só observou esporos, como mostrou que sob as condições apropriadas, eles poderiam ser induzidos a desenvolverem-se na mesma espécie de fungo da qual haviam sido originados.[244] Estendendo o uso do sistema binomial de Carl Linnaeus no seu Species plantarum (1753), o neerlandês Christiaan Hendrik Persoon (1761–1836) estabeleceu a primeira classificação de cogumelos com tal perícia, que é considerado um dos fundadores da micologia moderna. Mais tarde, Elias Magnus Fries (1794–1878) melhorou a classificação dos fungos, usando a cor dos esporos e várias características microscópicas, métodos ainda hoje usados pelos taxonomistas. Entre outros contribuidores notáveis no desenvolvimento da micologia nos séculos XVII-XIX e início do século XX incluem-se Miles Joseph Berkeley, August Carl Joseph Corda, Anton de Bary, os irmãos Louis René e Charles Tulasne, Arthur H. R. Buller, Curtis G. Lloyd, e Pier Andrea Saccardo. O século XX assistiu à modernização da micologia, devido aos avanços na bioquímica, genética, biologia molecular e biotecnologia. O uso das tecnologias de sequenciação de ADN e da análise filogenética, forneceu novas pistas sobre as relações dos fungos e a biodiversidade, e desafiou as classificações tradicionais da taxonomia dos fungos baseadas na morfologia.[245]

Notas de rodapé

  1. Moore RT. (1980). «Taxonomic proposals for the classification of marine yeasts and other yeast-like fungi including the smuts». Botanica Marine. 23: 361–73 
  2. Aphelidiomycota Mycobank
  3. Rozellomycota Mycobank
  4. Microsporidiomycota Mycobank
  5. Eumycota Mycobank
  6. R. H. Whittaker 1969, New Concepts of Kingdoms of Organisms. Cópia arquivada no Wayback Machine Science, Vol. 163
  7. Miguel A. Naranjo‐Ortiz et Toni Gabaldón. Fungal evolution: diversity, taxonomy and phylogeny of the Fungi Wiley Online Library.
  8. Simpson DP. (1979). Cassell's Latin Dictionary 5 ed. London: Cassell Ltd. 883 páginas. ISBN 0-304-52257-0 
  9. Alexopoulos et al., p. 1.
  10. Ainsworth, p. 2.
  11. Bruns T. (2006). «Evolutionary biology: a kingdom revised». Nature. 443 (7113): 758–61. PMID 17051197. doi:10.1038/443758a 
  12. Baldauf; Palmer, JD (1993). «Animals and fungi are each other's closest relatives: congruent evidence from multiple proteins». Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. 90 (24): 11558–62. PMC 48023Acessível livremente. PMID 8265589. doi:10.1073/pnas.90.24.11558 
  13. Deacon, p. 4.
  14. a b Deacon, pp. 128–29.
  15. Alexopoulos et al., pp. 28–33.
  16. Alexopoulos et al., pp. 31–32.
  17. Shoji JY, Arioka M, Kitamoto K. (2006). «Possible involvement of pleiomorphic vacuolar networks in nutrient recycling in filamentous fungi». Autophagy. 2 (3): 226–27. PMID 16874107 
  18. Deacon, p. 58.
  19. Zabriskie TM, Jackson MD. (2000). «Lysine biosynthesis and metabolism in fungi». Natural Product Reports. 17 (1): 85–97. PMID 10714900. doi:10.1039/a801345d 
  20. Xu H, Andi B, Qian J, West AH, Cook PF. (2006). «The α-aminoadipate pathway for lysine biosynthesis in fungi». Cellular Biochemistry and Biophysics. 46 (1): 43–64. PMID 16943623. doi:10.1385/CBB:46:1:43 
  21. Alexopoulos et al., pp. 27–28.
  22. Alexopoulos et al., p. 685.
  23. Desjardin DE, Oliveira AG, Stevani CV. (2008). «Fungi bioluminescence revisited». Photochemical & Photobiological Sciences. 7 (2): 170–82. PMID 18264584. doi:10.1039/b713328f 
  24. a b Alexopoulos et al., p. 30.
  25. Alexopoulos et al., pp. 32–33.
  26. Bowman SM, Free SJ. (2006). «The structure and synthesis of the fungal cell wall». Bioessays. 28 (8): 799–808. PMID 16927300. doi:10.1002/bies.20441 
  27. Alexopoulos et al., p. 33.
  28. Mihail JD, Bruhn JN. (2005). «Foraging behaviour of Armillaria rhizomorph systems». Mycological Research. 109 (Pt 11): 1195–207. PMID 16279413. doi:10.1017/S0953756205003606 
  29. a b c Keller NP, Turner G, Bennett JW. (2005). «Fungal secondary metabolism—from biochemistry to genomics». Nature Reviews Microbiology. 3 (12): 937–47. PMID 16322742. doi:10.1038/nrmicro1286 
  30. Wu S, Schalk M, Clark A, Miles RB, Coates R, Chappell J. (2007). «Redirection of cytosolic or plastidic isoprenoid precursors elevates terpene production in plants». Nature Biotechnology. 24 (11): 1441–47. PMID 17057703. doi:10.1038/nbt1251 
  31. Tudzynski B. (2005). «Gibberellin biosynthesis in fungi: genes, enzymes, evolution, and impact on biotechnology». Applied Microbiology and Biotechnology. 66 (6): 597–611. PMID 15578178. doi:10.1007/s00253-004-1805-1 
  32. Vaupotic T, Veranic P, Jenoe P, Plemenitas A. (2008). «Mitochondrial mediation of environmental osmolytes discrimination during osmoadaptation in the extremely halotolerant black yeast Hortaea werneckii». Fungal Genetics and Biology. 45 (6): 994–1007. PMID 18343697. doi:10.1016/j.fgb.2008.01.006 
  33. a b Dadachova E, Bryan RA, Huang X, Moadel T, Schweitzer AD, Aisen P, Nosanchuk JD, Casadevall A. (2007). «Ionizing radiation changes the electronic properties of melanin and enhances the growth of melanized fungi». PLoS ONE. 2 (5): e457. PMC 1866175Acessível livremente. PMID 17520016. doi:10.1371/journal.pone.0000457 
  34. Raghukumar C, Raghukumar S. (1998). «Barotolerance of fungi isolated from deep-sea sediments of the Indian Ocean». Aquatic Microbial Ecology. 15: 153–63. doi:10.3354/ame015153 
  35. Sancho LG, de la Torre R, Horneck G, Ascaso C, de Los Rios A, Pintado A, Wierzchos J, Schuster M. (2007). «Lichens survive in space: results from the 2005 LICHENS experiment». Astrobiology. 7 (3): 443–54. PMID 17630840. doi:10.1089/ast.2006.0046 
  36. Brem FM, Lips KR. (2008). «Batrachochytrium dendrobatidis infection patterns among Panamanian amphibian species, habitats and elevations during epizootic and enzootic stages». Diseases of Aquatic Organisms. 81 (3): 189–202. PMID 18998584. doi:10.3354/dao01960 
  37. Le Calvez T, Burgaud G, Mahé S, Barbier G, Vandenkoornhuyse P. (2009). «Fungal diversity in deep sea hydrothermal ecosystems». Applied and Environmental Microbiology. 75 (20): 6415–21. PMC 2765129Acessível livremente. PMID 19633124. doi:10.1128/AEM.00653-09 
  38. Esta estimativa é obtida combinando a contagem de espécies em cada filo, baseada nos valores obtidos na 10ª edição de Dictionary of the Fungi (Kirk et al., 2008): Ascomycota, 64163 species (p. 55); Basidiomycota, 31515 (p. 78); Blastocladiomycota, 179 (p. 94); Chytridiomycota, 706 (p. 142); Glomeromycota, 169 (p. 287); Microsporidia, >1300 (p. 427); Neocallimastigomycota, 20 (p. 463).
  39. Mueller GM, Schmit JP. (2006). «Fungal biodiversity: what do we know? What can we predict?». Biodiversity and Conservation. 16: 1–5. doi:10.1007/s10531-006-9117-7 
  40. Hawksworth DL. (2006). «The fungal dimension of biodiversity: magnitude, significance, and conservation». Mycological Research. 95: 641–55. doi:10.1016/S0953-7562(09)80810-1 
  41. a b Kirk et al., p. 489.
  42. a b c d e f g h Hibbett DS; et al. (2007). «A higher level phylogenetic classification of the Fungi» (PDF). Mycological Research. 111 (5): 509–47. doi:10.1016/j.mycres.2007.03.004. Consultado em 21 de março de 2010. Arquivado do original (PDF) em 26 de março de 2009 
  43. Harris SD. (2008). «Branching of fungal hyphae: regulation, mechanisms and comparison with other branching systems». Mycologia. 50 (6): 823–32. PMID 19202837. doi:10.3852/08-177 
  44. Deacon, p. 51.
  45. Deacon, p. 57.
  46. Chang S-T, Miles PG. (2004). Mushrooms: Cultivation, Nutritional Value, Medicinal Effect and Environmental Impact. [S.l.]: CRC Press. ISBN 0849310431 
  47. Parniske M. (2008). «Arbuscular mycorrhiza: the mother of plant root endosymbioses». Nature Reviews. Microbiology. 6 (10): 763–75. PMID 18794914. doi:10.1038/nrmicro1987 
  48. Steenkamp ET, Wright J, Baldauf SL. (2006). «The protistan origins of animals and fungi». Molecular Biology and Evolution. 23 (1): 93–106. PMID 16151185. doi:10.1093/molbev/msj011 
  49. Stevens DA, Ichinomiya M, Koshi Y, Horiuchi H. (2006). «Escape of Candida from caspofungin inhibition at concentrations above the MIC (paradoxical effect) accomplished by increased cell wall chitin; evidence for β-1,6-glucan synthesis inhibition by caspofungin». Antimicrobial Agents and Chemotherapy. 50 (9): 3160–61. PMC 1563524Acessível livremente. PMID 16940118. doi:10.1128/AAC.00563-06 
  50. Hanson, pp. 127–41.
  51. Ferguson BA, Dreisbach TA, Parks CG, Filip GM, Schmitt CL. (2003). «Coarse-scale population structure of pathogenic Armillaria species in a mixed-conifer forest in the Blue Mountains of northeast Oregon». Canadian Journal of Forest Research. 33: 612–23. doi:10.1139/x03-065 
  52. Alexopoulos et al., pp. 204–205.
  53. Moss ST. (1986). The Biology of Marine Fungi. Cambridge, UK: Cambridge University Press. p. 76. ISBN 0-521-30899-2 
  54. Peñalva MA, Arst HN. (2002). «Regulation of gene expression by ambient pH in filamentous fungi and yeasts». Microbiology and Molecular Biology Reviews. 66 (3): 426–46. PMC 120796Acessível livremente. PMID 12208998. doi:10.1128/MMBR.66.3.426-446.2002 
  55. a b Howard RJ, Ferrari MA, Roach DH, Money NP. (1991). «Penetration of hard substrates by a fungus employing enormous turgor pressures». Proceedings of the National Academy of Sciences USA. 88 (24): 11281–84. PMC 53118Acessível livremente. PMID 1837147. doi:10.1073/pnas.88.24.11281 
  56. Money NP. (1998). «Mechanics of invasive fungal growth and the significance of turgor in plant infection.». Molecular Genetics of Host-Specific Toxins in Plant Disease: Proceedings of the 3rd Tottori International Symposium on Host-Specific Toxins, Daisen, Tottori, Japan, August 24–29, 1997. Netherlands: Kluwer Academic Publishers. pp. 261–71. ISBN 0-7923-4981-4 
  57. Wang ZY, Jenkinson JM, Holcombe LJ, Soanes DM, Veneault-Fourrey C, Bhambra GK, Talbot NJ. (2005). «The molecular biology of appressorium turgor generation by the rice blast fungus Magnaporthe grisea». Biochemical Society Transactions. 33 (Pt 2): 384–88. PMID 15787612. doi:10.1042/BST0330384 
  58. Pereira JL, Noronha EF, Miller RN, Franco OL. (2007). «Novel insights in the use of hydrolytic enzymes secreted by fungi with biotechnological potential». Letters in Applied Microbiology. 44 (6): 573–81. PMID 17576216. doi:10.1111/j.1472-765X.2007.02151.x 
  59. Schaller M, Borelli C, Korting HC, Hube B. (2007). «Hydrolytic enzymes as virulence factors of Candida albicans». Mycoses. 48 (6): 365–77. PMID 16262871. doi:10.1111/j.1439-0507.2005.01165.x 
  60. Farrar JF. (1985). «Carbohydrate metabolism in biotrophic plant pathogens». Microbiological Sciences. 2 (10): 314–17. PMID 3939987 
  61. Fischer R, Zekert N, Takeshita N. (2008). «Polarized growth in fungi—interplay between the cytoskeleton, positional markers and membrane domains». Molecular Microbiology. 68 (4): 813–26. PMID 18399939. doi:10.1111/j.1365-2958.2008.06193.x 
  62. Christensen MJ, Bennett RJ, Ansari HA, Koga H, Johnson RD, Bryan GT, Simpson WR, Koolaard JP, Nickless EM, Voisey CR. (2008). «Epichloë endophytes grow by intercalary hyphal extension in elongating grass leaves». Fungal Genetics and Biology. 45 (2): 84–93. PMID 17919950. doi:10.1016/j.fgb.2007.07.013 
  63. Money NP. (2002). «Mushroom stem cells». Bioessays. 24 (10): 949–52. PMID 12325127. doi:10.1002/bies.10160 
  64. Willensdorfer M. (2009). «On the evolution of differentiated multicellularity». Evolution. 63 (2): 306–23. PMID 19154376. doi:10.1111/j.1558-5646.2008.00541.x 
  65. Daniels KJ, Srikantha T, Lockhart SR, Pujol C, Soll DR. (2006). «Opaque cells signal white cells to form biofilms in Candida albicans». EMBO Journal. 25 (10): 2240–52. PMC 1462973Acessível livremente. PMID 16628217. doi:10.1038/sj.emboj.7601099 
  66. Marzluf GA. (1981). «Regulation of nitrogen metabolism and gene expression in fungi». Microbiological Reviews. 45 (3): 437–61. PMC 281519Acessível livremente. PMID 6117784 
  67. Heynes MJ. (1994). «Regulatory circuits of the amdS gene of Aspergillus nidulans». Antonie Van Leeuwenhoek. 65 (3): 179–82. PMID 7847883. doi:10.1007/BF00871944 
  68. Dadachova E, Casadevall A. (2008). «Ionizing radiation: how fungi cope, adapt, and exploit with the help of melanin». Current opinion in Microbiology. 11 (6): 525–31. PMC 2677413Acessível livremente. PMID 18848901. doi:10.1016/j.mib.2008.09.013 
  69. Alexopoulos et al., pp. 48–56.
  70. Kirk et al., p. 633.
  71. Heitman J. (2005). «Sexual reproduction and the evolution of microbial pathogens». Current Biology. 16 (17): R711–25. PMID 16950098. doi:10.1016/j.cub.2006.07.064 
  72. Alcamo IE, Pommerville J. (2004). Alcamo's Fundamentals of Microbiology. Boston: Jones and Bartlett. p. 590. ISBN 0-7637-0067-3 
  73. a b Redecker D, Raab P. (2006). «Phylogeny of the Glomeromycota (arbuscular mycorrhizal fungi): recent developments and new gene markers». Mycologia. 98 (6): 885–95. PMID 17486965. doi:10.3852/mycologia.98.6.885 
  74. Guarro J, Gené J, Stchigel AM. (1999). «Developments in fungal taxonomy». Clinical Microbiology Reviews. 12 (3): 454–500. PMC 100249Acessível livremente. PMID 10398676 
  75. a b Taylor JW, Jacobson DJ, Kroken S, Kasuga T, Geiser DM, Hibbett DS, Fisher MC. (2000). «Phylogenetic species recognition and species concepts in fungi». Fungal Genetics and Biology. 31 (1): 21–32. PMID 11118132. doi:10.1006/fgbi.2000.1228 
  76. Metzenberg RL, Glass NL. (1990). «Mating type and mating strategies in Neurospora». Bioessays. 12 (2): 53–59. PMID 2140508. doi:10.1002/bies.950120202 
  77. Jennings and Lysek, pp. 107–114.
  78. Deacon, p. 31.
  79. Alexopoulos et al., pp. 492–93.
  80. Jennings and Lysek, p. 142.
  81. Deacon, pp. 21–24.
  82. Linder MB, Szilvay GR, Nakari-Setälä T, Penttilä ME. (2005). «Hydrophobins: the protein-amphiphiles of filamentous fungi». FEMS Microbiology Reviews. 29 (5): 877–96. PMID 16219510. doi:10.1016/j.femsre.2005.01.004 
  83. Trail F. (2007). «Fungal cannons: explosive spore discharge in the Ascomycota». FEMS Microbiology Letters. 276 (1): 12–18. PMID 17784861. doi:10.1111/j.1574-6968.2007.00900.x 
  84. Pringle A, Patek SN, Fischer M, Stolze J, Money NP. (2005). «The captured launch of a ballistospore». Mycologia. 97 (4): 866–71. PMID 16457355. doi:10.3852/mycologia.97.4.866 
  85. Kirk et al., p. 495.
  86. Brodie, HJ. (1975). The Bird's Nest Fungi. Toronto: University of Toronto Press. p. 80. ISBN 0-8020-5307-6 
  87. Alexopoulos et al., p. 545.
  88. Jennings and Lysek, pp. 114–15.
  89. Furlaneto MC, Pizzirani-Kleiner AA. (1992). «Intraspecific hybridisation of Trichoderma pseudokoningii by anastomosis and by protoplast fusion». FEMS Microbiology Letters. 69 (2): 191–95. PMID 1537549. doi:10.1111/j.1574-6968.1992.tb05150.x 
  90. Schardl CL, Craven KD. (2003). «Interspecific hybridization in plant-associated fungi and oomycetes: a review». Molecular Ecology. 12 (11): 2861–73. PMID 14629368. doi:10.1046/j.1365-294X.2003.01965.x 
  91. Donoghue MJ, Cracraft J. (2004). Assembling the tree of life. Oxford (Oxfordshire): Oxford University Press. p. 187. ISBN 0-19-517234-5 
  92. Taylor and Taylor, p. 19.
  93. Taylor and Taylor, pp. 7–12.
  94. Butterfield NJ. (2005). «Probable Proterozoic fungi». Paleobiology. 31 (1): 165–82. doi:10.1666/0094-8373(2005)031<0165:PPF>2.0.CO;2 
  95. Lucking R, Huhndorf S, Pfister D, Plata ER, Lumbsch H. (2009). «Fungi evolved right on track». Mycologia. 101 (6): 810–822. PMID 19927746. doi:10.3852/09-016 
  96. a b c James TY; et al. (2006). «Reconstructing the early evolution of Fungi using a six-gene phylogeny». Nature. 443 (7113): 818–22. PMID 17051209. doi:10.1038/nature05110 
  97. Taylor and Taylor, pp. 84–94 and 106–107.
  98. Schoch CL, Sung G-H, López-Giráldez F; et al. (2009). «The Ascomycota tree of life: A phylum-wide phylogeny clarifies the origin and evolution of fundamental reproductive and ecological traits». Systematic Biology. 58 (2): 224–39. doi:10.1093/sysbio/syp020 
  99. a b Brundrett MC. (2002). «Coevolution of roots and mycorrhizas of land plants». New Phytologist. 154 (2): 275–304. doi:10.1046/j.1469-8137.2002.00397.x 
  100. Redecker D, Kodner R, Graham LE. (2000). «Glomalean fungi from the Ordovician». Science. 289 (5486): 1920–21. PMID 10988069. doi:10.1126/science.289.5486.1920 
  101. Taylor TN, Taylor EL. (1996). «The distribution and interactions of some Paleozoic fungi». Review of Palaeobotany and Palynology. 95 (1–4): 83–94. doi:10.1016/S0034-6667(96)00029-2 
  102. Dotzler N, Walker C, Krings M, Hass H, Kerp H, Taylor TN, Agerer R. (2009). «Acaulosporoid glomeromycotan spores with a germination shield from the 400-million-year-old Rhynie chert». Mycological Progress. 8 (1): 9–18. doi:10.1007/s11557-008-0573-1 
  103. Taylor JW, Berbee ML. (2006). «Dating divergences in the Fungal Tree of Life: review and new analyses». Mycologia. 98 (6): 838–49. PMID 17486961. doi:10.3852/mycologia.98.6.838 
  104. Blackwell M, Vilgalys R, James TY, Taylor JW. (2009). «Fungi. Eumycota: mushrooms, sac fungi, yeast, molds, rusts, smuts, etc.». Tree of Life Web Project. Consultado em 25 de abril de 2009 
  105. January 2021, Mindy Weisberger-Senior Writer 31. «635 million-year-old fossil is the oldest known land fungus». livescience.com (em inglês). Consultado em 1 de fevereiro de 2021 
  106. Yuan X, Xiao S, Taylor TN. (2005). «Lichen-like symbiosis 600 million years ago». Science (New York, N.Y.). 308 (5724): 1017–20. PMID 15890881. doi:10.1126/science.1111347 
  107. Karatygin IV, Snigirevskaya NS, Vikulin SV. (2009). «The most ancient terrestrial lichen Winfrenatia reticulata: A new find and new interpretation» (PDF). Paleontological Journal. 43 (1): 107–14. doi:10.1134/S0031030109010110 
  108. Taylor TN, Hass H, Kerp H, Krings M, Hanlin RT. (2005). «Perithecial Ascomycetes from the 400 million year old Rhynie chert: an example of ancestral polymorphism». Mycologia. 97 (1): 269–85. PMID 16389979. doi:10.3852/mycologia.97.1.269 
  109. Dennis RL. (1970). «A Middle Pennsylvanian basidiomycete mycelium with clamp connections». Mycologia. 62 (3): 578–84. doi:10.2307/3757529 
  110. Hibbett DS, Grimaldi D, Donoghue MJ. (1995). «Cretaceous mushrooms in amber». Nature. 487: 487 
  111. Hibbett DS, Grimaldi D, Donoghue MJ. (1997). «Fossil mushrooms from Miocene and Cretaceous ambers and the evolution of homobasidiomycetes». American Journal of Botany. 84 (7): 981–91. doi:10.2307/2446289 
  112. Eshet Y, Rampino MR, Visscher H. (1995). «Fungal event and palynological record of ecological crisis and recovery across the Permian-Triassic boundary». Geology. 23 (1): 967–70. doi:10.1130/0091-7613(1995)023<0967:FEAPRO>2.3.CO;2 
  113. Foster CB, Stephenson MH, Marshall C, Logan GA, Greenwood PF. (2002). «A revision of Reduviasporonites Wilson 1962: description, illustration, comparison and biological affinities». Palynology. 26 (1): 35–58. doi:10.2113/0260035 
  114. López-Gómez J, Taylor EL. (2005). «Permian-Triassic transition in Spain: a multidisciplinary approach». Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology. 229 (1–2): 1–2. doi:10.1016/j.palaeo.2005.06.028 
  115. Looy CV, Twitchett RJ, Dilcher DL, Van Konijnenburg-van Cittert JHA, Visscher H. (2005). «Life in the end-Permian dead zone». Proceedings of the National Academy of Sciences USA. 162 (4): 653–59. PMC 35436Acessível livremente. PMID 11427710. doi:10.1073/pnas.131218098. See image 2 
  116. Ward PD, Botha J, Buick R, De Kock MO, Erwin DH, Garrison GH, Kirschvink JL, Smith R. (2005). «Abrupt and gradual extinction among late Permian land vertebrates in the Karoo Basin, South Africa». Science. 307 (5710): 709–14. PMID 15661973. doi:10.1126/science.1107068 
  117. Shalchian-Tabrizi K, Minge MA, Espelund M, Orr R, Ruden T, Jakobsen KS, Cavalier-Smith T. (2008). «Multigene phylogeny of choanozoa and the origin of animals». PLoS ONE. 3 (5): e2098. PMC 2346548Acessível livremente. PMID 18461162. doi:10.1371/journal.pone.0002098. Consultado em 25 de abril de 2009 
  118. Ver «Palaeos: Fungi» (em inglês). para uma introdução à taxonomia dos fungos, incluindo controvérsias recentes. 
  119. Celio GJ, Padamsee M, Dentinger BT, Bauer R, McLaughlin DJ. (2006). «Assembling the Fungal Tree of Life: constructing the structural and biochemical database». Mycologia. 98 (6): 850–59. PMID 17486962. doi:10.3852/mycologia.98.6.850 
  120. "The Mycota: A Comprehensive Treatise on Fungi as Experimental Systems for Basic and Applied Research"
  121. Tedersoo, Leho; Sanchez-Ramırez, Santiago; Koljalg, Urmas; Bahram, Mohammad; Doring, Markus; Schigel, Dmitry; May, Tom; Ryberg, Martin; Abarenkov, Kessy (22 de fevereiro de 2018). «High-level classification of the Fungi and a tool for evolutionary ecological analyses». Fungal Diversity. 90 (1): 135–159. doi:10.1007/s13225-018-0401-0 
  122. Spatafora, Joseph W.; Chang, Ying; Benny, Gerald L.; Lazarus, Katy; Smith, Matthew E.; Berbee, Mary L.; Bonito, Gregory; Corradi, Nicolas; Grigoriev, Igor; Gryganskyi, Andrii; James, Timothy Y.; O’Donnell, Kerry; Roberson, Robert W.; Taylor, Thomas N.; Uehling, Jessie; Vilgalys, Rytas; White, Merlin M.; Stajich, Jason E. (2016). «A phylum-level phylogenetic classification of zygomycete fungi based on genome-scale data». Mycologia. 108 (5): 1028–1046. ISSN 0027-5514. PMC 6078412Acessível livremente. PMID 27738200. doi:10.3852/16-042 
  123. Gill EE, Fast NM. (2006). «Assessing the microsporidia-fungi relationship: Combined phylogenetic analysis of eight genes». Gene. 375: 103–9. PMID 16626896. doi:10.1016/j.gene.2006.02.023 
  124. Liu YJ, Hodson MC, Hall BD. (2006). «Loss of the flagellum happened only once in the fungal lineage: phylogenetic structure of kingdom Fungi inferred from RNA polymerase II subunit genes». BMC Evolutionary Biology. 6: 74. PMC 1599754Acessível livremente. PMID 17010206. doi:10.1186/1471-2148-6-74 
  125. James TY, Letcher PM, Longcore JE, Mozley-Standridge SE, Porter D, Powell MJ, Griffith GW, Vilgalys R. (2006). «A molecular phylogeny of the flagellated fungi (Chytridiomycota) and description of a new phylum (Blastocladiomycota)». Mycologia. 98 (6): 860–71. PMID 17486963. doi:10.3852/mycologia.98.6.860 
  126. a b Remy W, Taylor TN, Hass H, Kerp H. (1994). «4-hundred million year old vesicular-arbuscular mycorrhizae». Proceedings of the National Academy of Sciences USA. 91 (25): 11841–43. PMC 45331Acessível livremente. PMID 11607500. doi:10.1073/pnas.91.25.11841 
  127. Schüssler A, Schwarzott D, Walker C. (2001). «A new fungal phylum, the Glomeromycota: phylogeny and evolution». Mycological Research. 105 (12): 1413–21. doi:10.1017/S0953756201005196 
  128. Alexopoulos et al., p. 145.
  129. For an example, see Samuels GJ. (2006). «Trichoderma: systematics, the sexual state, and ecology». Phytopathology. 96 (2): 195–206. PMID 18943925. doi:10.1094/PHYTO-96-0195 
  130. Radford A, Parish JH. (1997). «The genome and genes of Neurospora crassa». Fungal Genetics and Biology: FG & B. 21 (3): 258–66. PMID 9290240. doi:10.1006/fgbi.1997.0979 
  131. Valverde ME, Paredes-López O, Pataky JK, Guevara-Lara F. (1995). «Huitlacoche (Ustilago maydis) as a food source—biology, composition, and production». Critical Reviews in Food Science and Nutrition. 35 (3): 191–229. PMID 7632354. doi:10.1080/10408399509527699 
  132. Zisova LG. (2009). «Malassezia species and seborrheic dermatitis». Folia Medica. 51 (1): 23–33. PMID 19437895 
  133. Perfect JR. (2006). «Cryptococcus neoformans: the yeast that likes it hot». FEMS Yeast Research. 6 (4): 463–68. PMID 16696642. doi:10.1111/j.1567-1364.2006.00051.x 
  134. Blackwell M, Spatafora JW. (2004). «Fungi and their allies». In: Bills GF, Mueller GM, Foster MS. Biodiversity of Fungi: Inventory and Monitoring Methods. Amsterdam: Elsevier Academic Press. pp. 18–20. ISBN 0-12-509551-1 
  135. Shalchian-Tabrizi K, Minge MA, Espelund M, Orr R, Ruden T, Jakobsen KS, Cavalier-Smith T. (2008). «Multigene phylogeny of Choanozoa and the origin of animals». PLoS ONE. 3 (5): e2098. PMC 2346548Acessível livremente. PMID 18461162. doi:10.1371/journal.pone.0002098 
  136. Gadd GM. (2007). «Geomycology: biogeochemical transformations of rocks, minerals, metals and radionuclides by fungi, bioweathering and bioremediation». Mycological Research. 111 (Pt 1): 3–49. PMID 17307120. doi:10.1016/j.mycres.2006.12.001. Consultado em 15 de julho de 2009 
  137. a b Lindahl BD, Ihrmark K, Boberg J, Trumbore SE, Högberg P, Stenlid J, Finlay RD (2007). «Spatial separation of litter decomposition and mycorrhizal nitrogen uptake in a boreal forest». New Phytologist. 173 (3): 611–20. PMID 17244056. doi:10.1111/j.1469-8137.2006.01936.x 
  138. Barea JM, Pozo MJ, Azcón R, Azcón-Aguilar C. (2005). «Microbial co-operation in the rhizosphere». Journal of Experimental Botany. 56 (417): 1761–78. PMID 15911555. doi:10.1093/jxb/eri197 
  139. Aanen DK. (2006). «As you reap, so shall you sow: coupling of harvesting and inoculating stabilizes the mutualism between termites and fungi». Biology Letters. 2 (2): 209–12. PMC 1618886Acessível livremente. PMID 17148364. doi:10.1098/rsbl.2005.0424 
  140. Nikoh N, Fukatsu T. (2000). «Interkingdom host jumping underground: phylogenetic analysis of entomoparasitic fungi of the genus Cordyceps». Molecular Biology and Evolution. 17 (4): 2629–38. PMID 10742053 
  141. Perotto S, Bonfante P. (1997). «Bacterial associations with mycorrhizal fungi: close and distant friends in the rhizosphere». Trends in Microbiology. 5 (12): 496–501. PMID 9447662. doi:10.1016/S0966-842X(97)01154-2 
  142. Arnold AE, Mejía LC, Kyllo D, Rojas EI, Maynard Z, Robbins N, Herre EA. (2003). «Fungal endophytes limit pathogen damage in a tropical tree». Proceedings of the National Academy of Sciences USA. 100 (26): 15649–54. PMC 307622Acessível livremente. PMID 14671327. doi:10.1073/pnas.2533483100 
  143. a b Paszkowski U. (2006). «Mutualism and parasitism: the yin and yang of plant symbioses». Current Opinion in Plant Biology. 9 (4): 364–70. PMID 16713732. doi:10.1016/j.pbi.2006.05.008 
  144. a b Hube B. (2004). «From commensal to pathogen: stage- and tissue-specific gene expression of Candida albicans». Current Opinion in Microbiology. 7 (4): 336–41. PMID 15288621. doi:10.1016/j.mib.2004.06.003 
  145. Bonfante P. (2003). «Plants, mycorrhizal fungi and endobacteria: a dialog among cells and genomes». The Biological Bulletin. 204 (2): 215–20. PMID 12700157. doi:10.2307/1543562. Consultado em 29 de julho de 2009 
  146. van der Heijden MG, Streitwolf-Engel R, Riedl R, Siegrist S, Neudecker A, Ineichen K, Boller T, Wiemken A, Sanders IR. (2006). «The mycorrhizal contribution to plant productivity, plant nutrition and soil structure in experimental grassland». New Phytologist. 172 (4): 739–52. PMID 17096799. doi:10.1111/j.1469-8137.2006.01862.x 
  147. Heijden, Marcel G. A. van der (15 de abril de 2016). «Underground networking». Science (em inglês). 352 (6283): 290–291. ISSN 0036-8075. PMID 27081054. doi:10.1126/science.aaf4694 
  148. Yong, Ed (14 de abril de 2016). «Trees Have Their Own Internet». The Atlantic (em inglês). Consultado em 9 de março de 2019 
  149. Selosse MA, Richard F, He X, Simard SW. (2006). «Mycorrhizal networks: des liaisons dangereuses?». Trends in Ecology and Evolution. 21 (11): 621–28. PMID 16843567. doi:10.1016/j.tree.2006.07.003 
  150. Merckx V, Bidartondo MI, Hynson NA. (2009). «Myco-heterotrophy: when fungi host plants». Annals of Botany. in press. 1255 páginas. doi:10.1093/aob/mcp235 
  151. Schulz B, Boyle C. (2005). «The endophytic continuum». Mycological Research. 109 (Pt 6): 661–86. PMID 16080390. doi:10.1017/S095375620500273X 
  152. Clay K, Schardl C. (2002). «Evolutionary origins and ecological consequences of endophyte symbiosis with grasses». American Naturalist. 160 Suppl 4: S99–S127. PMID 18707456. doi:10.1086/342161 
  153. Brodo IM, Sharnoff SD. (2001). Lichens of North America. [S.l.]: Yale University Press. ISBN 0300082495 
  154. Raven PH, Evert RF, Eichhorn, SE. (2005). «14—Fungi». Biology of Plants 7 ed. [S.l.]: W. H. Freeman. p. 290. ISBN 978-0716710073 
  155. Deacon, p. 267.
  156. Purvis W. (2000). Lichens. Washington, D.C.: Smithsonian Institution Press in association with the Natural History Museum, London. pp. 49–75. ISBN 1-56098-879-7 
  157. Kirk et al., p. 378.
  158. Deacon, pp. 267–76.
  159. Douglas AE. (1989). «Mycetocyte symbiosis in insects». Biological Reviews of the Cambridge Philosophical Society. 64 (4): 409–34. PMID 2696562. doi:10.1111/j.1469-185X.1989.tb00682.x 
  160. Deacon, p. 277.
  161. Aanen DK. (2006). «As you reap, so shall you sow: coupling of harvesting and inoculating stabilizes the mutualism between termites and fungi». Biology Letters. 2 (2): 209–12. PMC 1618886Acessível livremente. PMID 17148364. doi:10.1098/rsbl.2005.0424. Consultado em 25 de abril de 2009 
  162. Nguyen NH, Suh SO, Blackwell M. (2007). «Five novel Candida species in insect-associated yeast clades isolated from Neuroptera and other insects». Mycologia. 99 (6): 842–58. PMID 18333508. doi:10.3852/mycologia.99.6.842 
  163. Talbot NJ. (2003). «On the trail of a cereal killer: Exploring the biology of Magnaporthe grisea». Annual Reviews in Microbiology. 57: 177–202. PMID 14527276. doi:10.1146/annurev.micro.57.030502.090957 
  164. Paoletti M, Buck KW, Brasier CM. (2006). «Selective acquisition of novel mating type and vegetative incompatibility genes via interspecies gene transfer in the globally invading eukaryote Ophiostoma novo-ulmi». Molecular Ecology. 15 (1): 249–62. PMID 16367844. doi:10.1111/j.1365-294X.2005.02728.x 
  165. Gryzenhout M, Wingfield BD, Wingfield MJ. (2006). «New taxonomic concepts for the important forest pathogen Cryphonectria parasitica and related fungi». FEMS Microbiology Letters. 258 (2): 161–72. PMID 16640568. doi:10.1111/j.1574-6968.2006.00170.x 
  166. Yang Y, Yang E, An Z, Liu X. (2007). «Evolution of nematode-trapping cells of predatory fungi of the Orbiliaceae based on evidence from rRNA-encoding DNA and multiprotein sequences». Proceedings of the National Academy of Sciences USA. 104 (20): 8379–84. PMC 1895958Acessível livremente. PMID 17494736. doi:10.1073/pnas.0702770104. Consultado em 25 de abril de 2009 
  167. Alookaran, Jane; Liu, Yuying; Auchtung, Thomas A.; Tahanan, Amirali; Hessabi, Manouchehr; Asgarisabet, Parisa; Rahbar, Mohammad H.; Fatheree, Nicole Y.; Pearson, Deborah A. (29 de março de 2022). «Fungi: Friend or Foe? A Mycobiome Evaluation in Children With Autism and Gastrointestinal Symptoms». Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition (3): 377–382. doi:10.1097/MPG.0000000000003349. Consultado em 13 de dezembro de 2022 
  168. Nielsen K, Heitman J. (2007). «Sex and virulence of human pathogenic fungi». Advances in Genetics. 57: 143–73. PMID 17352904. doi:10.1016/S0065-2660(06)57004-X 
  169. Brakhage AA. (2005). «Systemic fungal infections caused by Aspergillus species: epidemiology, infection process and virulence determinants». Current Drug Targets. 6 (8): 875–86. PMID 16375671. doi:10.2174/138945005774912717 
  170. Kauffman CA. (2007). «Histoplasmosis: a clinical and laboratory update». Clinical Microbiology Reviews. 20 (1): 115–32. PMC 1797635Acessível livremente. PMID 17223625. doi:10.1128/CMR.00027-06 
  171. Cushion MT, Smulian AG, Slaven BE, Sesterhenn T, Arnold J, Staben C, Porollo A, Adamczak R, Meller J. (2007). «Transcriptome of Pneumocystis carinii during fulminate infection: carbohydrate metabolism and the concept of a compatible parasite». PLoS ONE. 2 (5): e423. PMC 1855432Acessível livremente. PMID 17487271. doi:10.1371/journal.pone.0000423 
  172. Cook GC, Zumla AI. (2008). Manson's Tropical Diseases: Expert Consult. [S.l.]: Saunders Ltd. p. 347. ISBN 1-4160-4470-1 
  173. a b Simon-Nobbe B, Denk U, Pöll V, Rid R, Breitenbach M. (2008). «The spectrum of fungal allergy». International Archives of Allergy and Immunology. 145 (1): 58–86. PMID 17709917. doi:10.1159/000107578 
  174. Cardwell, Glenn; Bornman, Janet F.; James, Anthony P.; Black, Lucinda J. (13 de outubro de 2018). «A Review of Mushrooms as a Potential Source of Dietary Vitamin D». Nutrients (10). ISSN 2072-6643. PMC 6213178Acessível livremente. PMID 30322118. doi:10.3390/nu10101498. Consultado em 31 de outubro de 2020 
  175. Fincham JRS. (1989). «Transformation in fungi». Microbiological Reviews. 53 (1): 148–70. PMC 372721Acessível livremente. PMID 2651864 
  176. Hawkins KM, Smolke CD. (2008). «Production of benzylisoquinoline alkaloids in Saccharomyces cerevisiae». Nature Chemical Biology. 4 (9): 564–73. PMID 18690217. doi:10.1038/nchembio.105 
  177. Huang B, Guo J, Yi B, Yu X, Sun L, Chen W. (2008). «Heterologous production of secondary metabolites as pharmaceuticals in Saccharomyces cerevisiae». Biotechnology Letters. 30 (7): 1121–37. PMID 18512022. doi:10.1007/s10529-008-9663-z 
  178. Brakhage AA, Spröte P, Al-Abdallah Q, Gehrke A, Plattner H, Tüncher A. (2004). «Regulation of penicillin biosynthesis in filamentous fungi». Advances in Biochemical Engineering/biotechnology. 88: 45–90. PMID 15719552 
  179. Loo DS. (2006). «Systemic antifungal agents: an update of established and new therapies». Advances in Dermatology. 22: 101–24. PMID 17249298. doi:10.1016/j.yadr.2006.07.001 
  180. Pan A, Lorenzotti S, Zoncada A. (2008). «Registered and investigational drugs for the treatment of methicillin-resistant Staphylococcus aureus infection». Recent Patents on Anti-infective Drug Discovery. 3 (1): 10–33. PMID 18221183. doi:10.2174/157489108783413173 
  181. Fajardo A, Martínez JL. (2008). «Antibiotics as signals that trigger specific bacterial responses». Current Opinion in Microbiology. 11 (2): 161–67. PMID 18373943. doi:10.1016/j.mib.2008.02.006 
  182. Kulp K. (2000). Handbook of Cereal Science and Technology. [S.l.]: CRC Press. ISBN 0824782941 
  183. Piskur J, Rozpedowska E, Polakova S, Merico A, Compagno C. (2006). «How did Saccharomyces evolve to become a good brewer?». Trends in Genetics. 22 (4): 183–86. PMID 16499989. doi:10.1016/j.tig.2006.02.002 
  184. Abe K, Gomi K, Hasegawa F, Machida M. (2006). «Impact of Aspergillus oryzae genomics on industrial production of metabolites». Mycopathologia. 162 (3): 143–53. PMID 16944282. doi:10.1007/s11046-006-0049-2 
  185. Hachmeister KA, Fung DY (1993). «Tempeh: a mold-modified indigenous fermented food made from soybeans and/or cereal grains». Critical Reviews in Microbiology. 19 (3): 137–88. PMID 8267862. doi:10.3109/10408419309113527 
  186. Jørgensen TR. (2007). «Identification and toxigenic potential of the industrially important fungi, Aspergillus oryzae and Aspergillus sojae». Journal of Food Protection. 70 (12): 2916–34. PMID 18095455 
  187. O'Donnell K, Cigelnik E, Casper HH. (1998). «Molecular phylogenetic, morphological, and mycotoxin data support reidentification of the Quorn mycoprotein fungus as Fusarium venenatum». Fungal Genetics and Biology. 23 (1): 57–67. PMID 9501477. doi:10.1006/fgbi.1997.1018 
  188. a b Hetland G, Johnson E, Lyberg T, Bernardshaw S, Tryggestad AM, Grinde B. (2008). «Effects of the medicinal mushroom Agaricus blazei Murill on immunity, infection and cancer». Scandinavian Journal of Immunology. 68 (4): 363–70. PMID 18782264. doi:10.1111/j.1365-3083.2008.02156.x 
  189. Firenzuoli F, Gori L, Lombardo G. (2008). «The medicinal mushroom Agaricus blazei Murrill: review of literature and pharmaco-toxicological problems». Evidence-based Complementary and Alternative Medicine: eCAM. 5 (1): 3–15. PMC 2249742Acessível livremente. PMID 18317543. doi:10.1093/ecam/nem007 [ligação inativa]
  190. Paterson RR. (2006). «Ganoderma – a therapeutic fungal biofactory». Phytochemistry. 67 (18): 1985–2001. PMID 16905165. doi:10.1002/chin.200650268 
  191. Paterson RR. (2008). «Cordyceps: a traditional Chinese medicine and another fungal therapeutic biofactory?». Phytochemistry. 69 (7): 1469–95. PMID 18343466. doi:10.1016/j.phytochem.2008.01.027 
  192. «The New Science of Psychedelics». michaelpollan.com (em inglês). Consultado em 9 de março de 2019 
  193. Hess, Peter. «FDA "Breakthrough" Ruling on Magic Mushrooms, Explained by Scientists». Inverse (em inglês). Consultado em 9 de março de 2019 
  194. el-Mekkawy S, Meselhy MR, Nakamura N, Tezuka Y, Hattori M, Kakiuchi N, Shimotohno K, Kawahata T, Otake T. (1998). «Anti-HIV-1 and anti-HIV-1-protease substances from Ganoderma lucidum». Phytochemistry. 49 (6): 1651–57. PMID 9862140. doi:10.1016/S0031-9422(98)00254-4 
  195. El Dine RS, El Halawany AM, Ma CM, Hattori M. (2008). «Anti-HIV-1 protease activity of lanostane triterpenes from the vietnamese mushroom Ganoderma colossum». Journal of Natural Products. 71 (6): 1022–26. PMID 18547117. doi:10.1021/np8001139 
  196. Yuen JW, Gohel MD. (2005). «Anticancer effects of Ganoderma lucidum: a review of scientific evidence». Nutrition and Cancer. 53 (1): 11–17. PMID 16351502. doi:10.1207/s15327914nc5301_2 
  197. Sullivan R, Smith JE, Rowan NJ. (2006). «Medicinal mushrooms and cancer therapy: translating a traditional practice into Western medicine». Perspectives in Biology and Medicine. 49 (2): 159–70. PMID 16702701. doi:10.1353/pbm.2006.0034 
  198. Halpern GM, Miller A. (2002). Medicinal Mushrooms: Ancient Remedies for Modern Ailments. New York: M. Evans and Co. p. 116. ISBN 0-87131-981-0 
  199. Fisher M, Yang LX. (2002). «Anticancer effects and mechanisms of polysaccharide-K (PSK): implications of cancer immunotherapy». Anticancer Research. 22 (3): 1737–54. PMID 12168863 
  200. Markova, N. (16 de setembro de 2019). «Dysbiotic microbiota in autistic children and their mothers: persistence of fungal and bacterial wall-deficient L-form variants in blood». Scientific Reports (1). ISSN 2045-2322. doi:10.1038/s41598-019-49768-9. Consultado em 9 de novembro de 2020 
  201. Stamets P. (2000). Growing Gourmet and Medicinal Mushrooms = [Shokuyō oyobi yakuyō kinoko no saibai]. Berkeley, Calif: Ten Speed Press. pp. 233–48. ISBN 1-58008-175-4 
  202. Hall, pp. 13–26.
  203. Kinsella JE, Hwang DH. (1976). «Enzymes of Penicillium roqueforti involved in the biosynthesis of cheese flavor». CRC Critical Reviews in Food Science and Nutrition. 8 (2): 191–228. PMID 21770. doi:10.1080/10408397609527222 
  204. Erdogan A, Gurses M, Sert S. (2004). «Isolation of moulds capable of producing mycotoxins from blue mouldy Tulum cheeses produced in Turkey». International Journal of Food Microbiology. 85 (1-2): 83–85. PMID 12810273. doi:10.1016/S0168-1605(02)00485-3 
  205. Orr DB, Orr RT. (1979). Mushrooms of Western North America. Berkeley: University of California Press. p. 17. ISBN 0-520-03656-5 
  206. Vetter J. (1998). «Toxins of Amanita phalloides». Toxicon. 36 (1): 13–24. PMID 9604278. doi:10.1016/S0041-0101(97)00074-3 
  207. Leathem AM, Dorran TJ. (2007). «Poisoning due to raw Gyromitra esculenta (false morels) west of the Rockies». Canadian Journal of Emergency Medicine. 9 (2): 127–30. PMID 17391587 
  208. Karlson-Stiber C, Persson H. (2003). «Cytotoxic fungi—an overview». Toxicon. 42 (4): 339–49. PMID 14505933. doi:10.1016/S0041-0101(03)00238-1 
  209. Michelot D, Melendez-Howell LM. (2003). «Amanita muscaria: chemistry, biology, toxicology, and ethnomycology». Mycological Research. 107 (Pt 2): 131–46. PMID 12747324. doi:10.1017/S0953756203007305 
  210. Hall, p. 7.
  211. Ammirati JF, McKenny M, Stuntz DE. (1987). The New Savory Wild Mushroom. Seattle: University of Washington Press. pp. xii – xiii. ISBN 0-295-96480-4 
  212. López-Gómez J, Molina-Meyer M. (2006). «The competitive exclusion principle versus biodiversity through competitive segregation and further adaptation to spatial heterogeneities». Theoretical Population Biology. 69 (1): 94–109. PMID 16223517. doi:10.1016/j.tpb.2005.08.004 
  213. Becker H. (1998). «Setting the Stage To Screen Biocontrol Fungi». United States Department of Agriculture, Agricultural Research Service. Consultado em 23 de fevereiro de 2009 
  214. Keiller TS. «Whey-based fungal microfactory technology for enhanced biological pest management using fungi» (PDF). UVM Innovations. Consultado em 23 de fevereiro de 2009. Arquivado do original (PDF) em 29 de dezembro de 2011 
  215. Deshpande MV. (1999). «Mycopesticide production by fermentation: potential and challenges». Critical Reviews in Microbiology. 25 (3): 229–43. PMID 10524330. doi:10.1080/10408419991299220 
  216. Thomas MB, Read AF. (2007). «Can fungal biopesticides control malaria?». Nature Reviews in Microbiology. 5 (5): 377–83. PMID 17426726. doi:10.1038/nrmicro1638 
  217. Bush LP, Wilkinson HH, Schardl CL. (1997). «Bioprotective alkaloids of grass-fungal endophyte symbioses». Plant Physiology. 114 (1): 1–7. PMC 158272Acessível livremente. PMID 12223685 
  218. Bouton JH, Latch GCM, Hill NS, Hoveland CS, McCannc MA, Watson RH, Parish JA, Hawkins LL, Thompson FN. (2002). «Use of nonergot alkaloid-producing endophytes for alleviating tall fescue toxicosis in sheep». Agronomy Journal. 94: 567–74. Consultado em 21 de março de 2010. Arquivado do original em 7 de janeiro de 2010 
  219. Christian V, Shrivastava R, Shukla D, Modi HA, Vyas BR. (2005). «Degradation of xenobiotic compounds by lignin-degrading white-rot fungi: enzymology and mechanisms involved». Indian Journal of Experimental Biology. 43 (4): 301–12. PMID 15875713 
  220. BBC (2008). Fungi to fight 'toxic war zones'|accessed 2009-07-29
  221. Fomina M, Charnock JM, Hillier S, Alvarez R, Livens F, Gadd GM. (2008). «Role of fungi in the biogeochemical fate of depleted uranium». Current Biology. 18 (9): R375–77. PMID 18460315. doi:10.1016/j.cub.2008.03.011 
  222. Fomina M, Charnock JM, Hillier S, Alvarez R, Gadd GM. (2007). «Fungal transformations of uranium oxides». Environmental Microbiology. 9 (7): 1696–710. PMID 17564604. doi:10.1111/j.1462-2920.2007.01288.x 
  223. (em português) Tecmundo - Descoberto fungo que sobrevive comendo plástico e que pode ajudar a salvar o planeta. Acessado em 12/03/2012.
  224. (em inglês) American Society for Microbiology - Biodegradation of Polyester Polyurethane by Endophytic Fungi. Acessado em 12/03/2012.
  225. Beadle GW, Tatum EL. (1941). «Genetic control of biochemical reactions in Neurospora». Proceedings of the National Academy of Sciences of the USA. 27 (11): 499–506. PMC 1078370Acessível livremente. PMID 16588492. doi:10.1073/pnas.27.11.499 
  226. Datta A, Ganesan K, Natarajan K. (1989). «Current trends in Candida albicans research». Advances in Microbial Physiology. 30: 53–88. PMID 2700541. doi:10.1016/S0065-2911(08)60110-1 
  227. Dean RA, Talbot NJ, Ebbole DJ; et al. (2005). «The genome sequence of the rice blast fungus Magnaporthe grisea». Nature. 434 (7036): 980–86. PMID 15846337. doi:10.1038/nature03449 
  228. Daly R, Hearn MT. (2005). «Expression of heterologous proteins in Pichia pastoris: a useful experimental tool in protein engineering and production». Journal of Molecular Recognition: JMR. 18 (2): 119–38. PMID 15565717. doi:10.1002/jmr.687 
  229. Schlegel HG. (1993). General Microbiology. Cambridge, UK: Cambridge University Press. p. 360. ISBN 0-521-43980-9 
  230. «Trichoderma spp., including T. harzianum, T. viride, T. koningii, T. hamatum and other spp. Deuteromycetes, Moniliales (asexual classification system)». Biological Control: A Guide to Natural Enemies in North America. Consultado em 10 de julho de 2007 
  231. Joseph B, Ramteke PW, Thomas G. (2008). «Cold active microbial lipases: some hot issues and recent developments». Biotechnology Advances. 26 (5): 457–70. PMID 18571355. doi:10.1016/j.biotechadv.2008.05.003 
  232. Olempska-Beer ZS, Merker RI, Ditto MD, DiNovi MJ. (2006). «Food-processing enzymes from recombinant microorganisms—a review». Regulatory Toxicology and Pharmacology. 45 (2): 144–58. PMID 16769167. doi:10.1016/j.yrtph.2006.05.001 
  233. Kumar R, Singh S, Singh OV. (2008). «Bioconversion of lignocellulosic biomass: biochemical and molecular perspectives». Journal of Industrial Microbiology and Biotechnology. 35 (5): 377–91. PMID 18338189. doi:10.1007/s10295-008-0327-8 
  234. Polizeli ML, Rizzatti AC, Monti R, Terenzi HF, Jorge JA, Amorim DS. (2005). «Xylanases from fungi: properties and industrial applications». Applied Microbiology and Biotechnology. 67 (5): 577–91. PMID 15944805. doi:10.1007/s00253-005-1904-7 
  235. Schardl CL, Panaccione DG, Tudzynski P. (2006). «Ergot alkaloids—biology and molecular biology». The Alkaloids. Chemistry and Biology. 63: 45–86. PMID 17133714. doi:10.1016/S1099-4831(06)63002-2 
  236. van Egmond HP, Schothorst RC, Jonker MA. (2007). «Regulations relating to mycotoxins in food: perspectives in a global and European context». Analytical and Bioanalytical Chemistry. 389 (1): 147–57. PMID 17508207. doi:10.1007/s00216-007-1317-9 
  237. Keller NP, Turner G, Bennett JW. (2005). «Fungal secondary metabolism – from biochemistry to genomics». Nature Reviews in Microbiology. 3 (12): 937–47. PMID 16322742. doi:10.1038/nrmicro1286 
  238. Demain AL, Fang A. (2000). «The natural functions of secondary metabolites». Advances in Biochemical Engineering/Biotechnology. 69: 1–39. PMID 11036689. doi:10.1007/3-540-44964-7_1 
  239. Rohlfs M, Albert M, Keller NP, Kempken F. (2007). «Secondary chemicals protect mould from fungivory». Biology Letters. 3 (5): 523–5. PMC 2391202Acessível livremente. PMID 17686752. doi:10.1098/rsbl.2007.0338 
  240. Segundo uma estimativa de 2001, conhecem-se cerca de 10 000 doenças causadas por fungos. Struck C. (2006). «Infection strategies of plant parasitic fungi». In: Cooke BM, Jones DG, Kaye B. The Epidemiology of Plant Diseases. Berlin: Springer. p. 117. ISBN 1-4020-4580-8 
  241. Peintner U, Pöder R, Pümpel T. (1998). «The Iceman's fungi». Mycological Research. 102 (10): 1153–62. doi:10.1017/S0953756298006546 
  242. Ainsworth, p. 1.
  243. Alexopoulos et al., pp. 1–2.
  244. Ainsworth, p. 18.
  245. Hawksworth DL. (2006). «Pandora's Mycological Box: Molecular sequences vs. morphology in understanding fungal relationships and biodiversity». Revista Iberoamericana de Micologia. 23 (3): 127–33. PMID 17196017. doi:10.1016/S1130-1406(06)70031-6 
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Fungus», especificamente desta versão.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Ainsworth GC. (1976). Introduction to the History of Mycology. Cambridge, UK: Cambridge University Press. ISBN 0-521-11295-8 
  • Alexopoulos CJ, Mims CW, Blackwell M. (1996). Introductory Mycology. [S.l.]: John Wiley and Sons. ISBN 0471522295 
  • Deacon J. (2005). Fungal Biology. Cambridge, MA: Blackwell Publishers. ISBN 1-4051-3066-0 
  • Hall IR. (2003). Edible and Poisonous Mushrooms of the World. Portland, Oregon: Timber Press. ISBN 0-88192-586-1 
  • Hanson JR. (2008). The Chemistry of Fungi. [S.l.]: Royal Society Of Chemistry. ISBN 0854041362 
  • Jennings DH, Lysek G. (1996). Fungal Biology: Understanding the Fungal Lifestyle. Guildford, UK: Bios Scientific Publishers Ltd. ISBN 978-1859961506 
  • Kirk PM, Cannon PF, Minter DW, Stalpers JA. (2008). Dictionary of the Fungi. 10th ed. Wallingford: CABI. ISBN 0-85199-826-7 
  • Taylor EL, Taylor TN. (1993). The Biology and Evolution of Fossil Plants. Englewood Cliffs, N.J: Prentice Hall. ISBN 0-13-651589-4 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Saiba mais sobre Fungi
nos projetos irmãos da Wikipedia:

Search Wiktionary Definições no Wikcionario
Search Wikibooks Livros e manuais no Wikilivros
Search Wikiquote Citações no Wikiquote
Search Wikisource Documentos originais no Wikisource
Search Commons Imagens e media no Commons
Search Wikinews Notícias no Wikinotícias
Busca Wikcionario Recursos no Wikiversidade
Busca Wikispecies Fungi no Wikispecies